quinta-feira, 30 de abril de 2020
Cordel Digital: "Que nenhum professor do mundo é substituído por um celular [...] e que nenhum vírus lhe tire a vontade de sonhar"
O vídeo acima, que intitulei de CORDEL DIGITAL, e está na página de Cynara Menezes, foi indicação pelo Facebook do colega e amigo Allan Magalhães, professor de Rio Grande (RS) Brasil.
Trata-se de um material simples e delicado, gravado num celular por um jovem pernambucano, mas de uma preciosidade, por ser uma bela homenagem de um aluno sobre a importância da escola, da educação e da importância dos professores no cotidiano.
Nesse "cordel digital", alguns versos são de uma beleza rara: "Que nenhum professor do mundo é substituído por um celular [...] e que nenhum vírus lhe tire a vontade de sonhar"...
Um audiovisual que serve pra massagear a alma dos professores nesse período tão delicado em que a pedagogia do afeto é tão importante como qualquer outro tipo de conexão, digital ou não. Tempo de delicadezas. Tempos de incertezas. Tempo de reaprender a conviver uns com os outros e de valorizar o que deve ser valorizado.
#PoesiaTodoDia #ArteEmTodaParte #LiteraturaTudoCura #FiquemEmCasa
quarta-feira, 29 de abril de 2020
Drone artesanal simula nave da animação "Os Jetsons": a vida imitando a arte em toda parte
O vídeo acima que intitulei de drone artesanal, que me foi indicado pelo colega e amigo Fernando Luis, músico, poeta e artesão de Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil, aparentemente, lembra um trenó adaptado com quatro hélices e um tablet acoplado, tornando uma pequena nave que lembra vagamente os desenhos da minha infância e adolescência, Os Jetsons (vejam vídeo logo abaixo), em que nos anos 60/70 imaginavam como seriam os anos 2000 e o século XXI:
Essa simulação do futuro, presente na animação de Hanna & Barbera, em algumas coisa até chegou perto, noutras ainda não. Mas que o drone artesanal até se aproxima de uma pequena nave de transporte de poucas pessoas a pequenas distâncias. Com o avanço tecnológico, breve teremos drones mais funcionais. Alguns, de uso militar exclusivo já são bem maiores, mas não tripulados. Tudo é questão de tempo e de imaginação. O cinema e a literatura, em alguns momentos parecem antecipar invenções, mas sempre é bom lembrar que muitas dessas ideias, conceitos e teorias já circulavam pelos meios científicos à épocas dos desenhos, filmes e livros. Basta ver os desenhos e projetos do grande Leonardo Da Vinci, em pleno Renascimento, com suas engenhocas que lembravam os modernos tanques de guerra, submarinos, helicópteros, aviões e outros mais.
A própria canção Índios (1986), da banda Legião Urbana, já dizia: "O futuro não é mais como era antigamente".
No caso do drone artesanal, é um ótimo material para refletir sobre tecnologia, inventividade, criatividade e inovação, ainda que não traga maiores detalhes de local, autoria etc. Algo que lembra também, outro vídeo da minha adolescência
terça-feira, 28 de abril de 2020
É tempo de prevenção: vídeo institucional que simula jogo do #FiquemEmCasa em tempos de isolamento social
O vídeo acima É tempo de prevenção, recebi via WhatsApp e trata-se de um vídeo institucional sobre o Coronavírus que simula um jogo, tipo PacMan, em que a lógica é fugir do vírus e se isolar em casa com a família. Uma boa campanha de saúde pública.
Em tempo de pandemia, toda a criatividade e publicidade deve favorecer à conscientização da população para evitar a exposição ao vírus, promovendo o isolamento e distanciamento social.
Em se tratando de saúde pública, cabe ser bem didático, trabalhar com o imaginário coletivo e com storytelling (a arte da contação de histórias).
No jogo real da vida, não temos outra chance, após o Game Over. Portanto, cuidem-se e #FiquemEmCasa.
segunda-feira, 27 de abril de 2020
Pandemias e suas vítimas: comparação de dados que serve para aulas interativas de História, Geografia, Matemática, Sociologia e muito mais
O vídeo acima Pandemias - Comparação de mortos, trata-se de curiosa animação digital que compara em termos quantitativos o número de vítimas de pandemias na historia da Humanidade, e, por motivos óbvios, não menciona a atual, pois estamos no início dela.
Um vídeo que serve para diversas finalidades: de informativo de saúde pública à material para tratar de estatística e proporção em matemática; para um professor de história ou de sociologia se debruçar sobre dados e contextos em diálogo com um de geografia.
Vídeo que situa o espectador em certas medidas como uma pessoa em um caixão, uma empilhadeira, a Estátua da Liberdade, a Torre Eiffel, um pequeno avião e a cidade de Nova Iorque.
Enfim, uma interessante arte gráfica com múltiplas funções para uma animação que encontrei na página do Facebook do colega e amigo Jaime Oliveira de Lemos, de São José do Norte, no extremo sul do Rio Grande do Sul, Brasil.
domingo, 26 de abril de 2020
FutVôlei na Quarentena: Reinventando espaços e esportes em tempo de isolamento social
O vídeo acima FUTVÔLEI NA QUARENTENA, é uma criativa e divertida iniciativa de brasileiros em isolamento social, e foi indicação via Facebook de minha esposa, também professora, Elisabete Brasil Roig, de Rio Grande (RS), Brasil.
Pensem em plena pandemia e as medidas de isolamento, confinamento e quarentena, vizinhos resolverem improvisar o muro que separa as duas duplas mistas de Futvôlei para reinventar e ressignificar tempos, espaços e esportes. Algo genial!
Um exemplo prático e emblemático do que digo que "a necessidade força a criatividade" e que a "simplicidade permite a continuidade".
Imaginem o futvôlei, que já é uma invenção e junção de dois esportes, agora, ao invés da rede tradicional e sua visibilidade, um muro de concreto, que torna a jogabilidade muito mais complexa. Mais: transformar espaços e ressignificar tempos. Algo fantástico.
São das brincadeiras que surgem projetos sérios. Muitas das grandes ideias surgem desses períodos chamados de ócio criativo, em que estamos relaxados, e que proporcionam insights que levam a boas invenções e recriações.
Adorei a ideia, a técnica e a criatividade dos participantes. Parabéns!
Eu mesmo, antes da pandemia, distribuía livros impressos aos meus alunos do ensino médio, dentro do projeto PASSAPORTE LITERÁRIO, vide abaixo comentário em meu canal de vídeo no YouTube, chamado Educação 3D+:
Diante da pandemia, da escola fechada, do isolamento social e das atividades online, ressignifiquei o referido projeto, renomeando-o como (imagem abaixo), em que continuo a distribuir, como incentivo à leitura e escrita, livros digitais em domínio público, de grandes autores e obras da literatura brasileira e mundial. A necessidade favorece à criativa, e a simplicidade é que permite a continuidade, como sempre digo.
sábado, 25 de abril de 2020
Tutorial de como criar Grupos no Facebook para interação de professores e alunos em tempos de pandemia e isolamento social
O vídeo acima Grupos Facebook - Treinamento, foi indicação via Facebook do colega e amigo Jaime Oliveira de Lemos, de São José do Norte (RS), Brasil e trata-se de ótimo tutorial para professores e escolas que queiram utilizar a rede social mais popular do país, para criar uma plataforma digital simplificada para compartilhamento de materiais educacionais com seus alunos.
O vídeo é bem didático, mostrando passo a passo todo o processo de criação, divisão de componentes curriculares em unidades, convidar alunos e professores, como publicar conteúdos e ter certos cuidados como administrador e moderador do grupo e de sua configuração.
Uma ótima iniciativa do amigo Jaime que resolvi socializar em meu blog educacional, por ser uma relevante informação nesses tempos de pandemia e isolamento social, principalmente para aqueles professores e escolas que não possuem uma plataforma digital própria para favorecer essa interação e aprendizado social.
sexta-feira, 24 de abril de 2020
O que os grandes escritores diriam dessa crise? [arte, cultura, memória e sociedade num vídeo motivador e intertextual]
O vídeo acima, O que os grandes escritores brasileiros diriam dessa crise?, é um belo, profundo e criativo material audiovisual e intertextual, valendo-se de literatura e da música para promover um diálogo entre variados textos de autores brasileiros de diversas épocas e escolas literárias com esse tempo atual, de pandemia global.
Uma ideia genial de trabalhar com arte, cultura, tecnologia, literatura, filosofia, história, memória e sociedade, promovendo profunda reflexão no espectador de todas as idades.
Uma bela edição de áudio e vídeo, cujo ator se traveste de Carlitos, personagem do ator, escritor, diretor, compositor Charles Spencer Chaplin, tocando uma flauta mágica. O que me faz lembrar de clássico da MPB - Música Popular Brasileira, chamado "O Bêbado e a Equilibrista", interpretado por Elis Regina, interpretando os versos de Aldir Blanc e arranjo de João Bosco. Irônica e tristemente, Aldir Blanc recentemente foi contaminado pelo vírus do COVID-19 (vide link AQUI, da notícia).
Abaixo, célebre e genial interpretação da Pimentinha Elis Regina, deste clássico da MPB:
Um precioso material disponibilizado no Facebook pela amiga e colega Marisa Porto do Amaral e que me foi indicado pela colega e amiga Tatiana Lackmann, a primeira de São José do Norte e a segunda de Rio Grande (RS), no extremo sul do Brasil. Viva a rede social educacional!
Em tempo: Pesquisando no YouTube, tentando achar o vídeo de Chaplin tocando flauta, eis que encontrei essa outra preciosidade: Poemas de Charlie Chaplin | Libras, com narração de Maicon Alves. Sempre bom lembrar que os grandes clássicos de Carlitos foram feitos no tempo do "Cinema Mudo", por gestual, mímica e linguagem corporal.
quinta-feira, 23 de abril de 2020
Ideia genial: uma Biblioteca curiosa e uma Misteriosa mensagem (na soma dos títulos) em tempos de pandemia e isolamento social
A incrível imagem acima, de uma UMA BIBLIOTECA CURIOSA E UMA MISTERIOSA MENSAGEM, fio indicação via Facebook do amigos João Reguffe, de Rio Grande (RS), Brasil e trata-se de genial ideia que a página The Goodwill Bookstore teve de divulgação de livros vivos, a partir da imagem de Phil Shaw.
Como a própria chamda indica, "Em tempos incertos há sempre livros" #shelfisolation #COVID19 #GoodWillCome.
Imaginem uma biblioteca em que os livros estão organizados pelos títulos que nessas prateleiras de uma mágica estante formam frases e um texto completo, que remete ao período em curso, da pandemia. Ideia genial!!!
Segue o texto original:
The english patient had caught it on the beach. I should have stayed home. She said now. She was in quarantine. In the dark house of splendid isolation, Still hope springs eternal with a little bit of luck commom sense and personal hygiene. The corona book of horror stories must end soon always remember clean hands save lives and when in doubt dont go out!
Tradução livre (aguardando sugestões):
"O paciente inglês o pegou na praia. - Eu deveria ter ficado em casa, ela disse agora. Ela estava em quarentena. Na casa escura do esplêndido isolamento, ainda a esperança brilha eterna com um pouco de sorte, senso comum e a higiene pessoal. O livro corona de histórias de horror deve terminar em breve. Lave as mãos, salve vidas e em caso de dúvida não saia!"
Uma grande mensagem de amor aos livros, à vida, ao conhecimento! #FiquemEmCasa #LeiamLivros #LivrosVivos #ArteEmTodaParte #LiteraturaTudoCura
Um postagem especial em homenagem ao #DiaMundialDoLivro
Observação: para ler melhor a mensagem, cliquem duas vezes sobre a imagem acima.
quarta-feira, 22 de abril de 2020
Elogie do jeito certo: quando professor descobre talentos em sua turma tal qual o cantor com seu fã
O vídeo acima de Show de Michael Bublé com o jovem fã Sam de 15 anos, descobri no Facebook e depois o reencontrei no YouTube, e comecei a assisti-lo apenas como recreação, até que no desenrolar do incidente em que uma mãe pede ao ídolo cantar com seu filho, a coisa toma outra dimensão.
Logo após a reação de Bublé, recordei da mesma sensação que um professore tem quando descobre talentos em seu turma, como foi o caso do cantor com aquele jovem da plateia que ao subir no palco e cantar com ele, mostra uma belíssima voz. O professor que consegue dar essa oportunidade ao seu alunado para que mostre a si mesmo, e aos demais colegas é relevante a todo o grupo, pois em um coletivo sempre conseguimos descobrir diversas habilidades dos alunos, nas mais variadas áreas, noutro palco, chamado escola.
Tenho tido a satisfação de descobrir em minhas aulas, não apenas jovens poetas e escritores, mas grandes ilustradores, músicos, esportistas e muito mais; e vibro quando vejo cada um seguir adiante, sendo reconhecido além da sala de aula e da escola.
A escola, além de formação e instrução, pode ser uma "grande fábrica de conhecimento", como escreveu certa vez uma aluna, em uma redação. De fato, nessa linha de produção (textual ou não), vemos jovens que entram no 1º ano de um jeito, saindo mais maduros, preparados, motivados para outras jornadas.
Muitas vezes essa descoberta depende da forma como o professor conduz o processo de participação em aula, o que me lembra deste vídeo do Marcos Meier, da forma como deve-se elogiar um aluno:
Aqui, um texto também de Marcos Meier, a partir de um experimento social:
ELOGIE DO JEITO CERTO
terça-feira, 21 de abril de 2020
Inter e multidisciplinaridade utilizando arte em sua transversalidade: clipes que parecem curtas
O vídeo acima Birthplace (Local de Nascimento), da banda Novo Amor é bem semelhante a outro clipe, logo a seguir, de Naughty Boy, intitulado Runnin' (Lose It All) [Correndo (perdi tudo), tradução livre], com participação da cantora Beyoncê e de Arrow Benjamin:
O que ambos os clipes têm em comum, além de belíssimas imagens submersas e pessoas correndo e nadando no fundo do mar?
Ambos são videoclipes que possuem uma narrativa visual e podem ser "lidos" como clipes que parece curtas. Mais que isso, ambos são verdadeiras obras de artes, pela questão estética, mas também como produções filosóficas, pela questão ética que trazem em si e provocam no espectador.
Os dois vídeos podem ser utilizados de forma TRANSVERSAL, que transita e atravessa diversas áreas do conhecimento, por conta da questão ARTÍSTICA e AMBIENTAL. Os dois, podem e devem ser pensados como belas formas de introdução de projetos que envolvam arte e educação ambiental, e podem facilmente transitar nas áreas de linguagem, humanas, ciências da natureza, matemática etc.
O primeiro envolve a questão da poluição sobre mares e rios, e o segundo, por conta da relação espelhada entre o homem e a natureza, e a natureza humana consigo mesmo. os encontros e desencontros em quem está na superfície e quem está nas profundezas, desejando vir à tona.
Dois clipes que podem ser analisados pelos aspectos tecnológicos e inovadores que trazem, do ângulo de câmera, da movimentação dos atores embaixo d'água e muito mais.
Dois clipes que podem ser utilizados em produção textual, para leitura e interpretação de imagens e escrita criativa.
Abaixo, segue link para projeto que criei em 2011, que envolve o uso de clipes na produção textual:
Clipes que parecem Curtas - Projeto unindo mídias, literatura e língua portuguesa
E link para vídeo em que explico o referido projeto:
Clipes que parecem Curtas - Projeto unindo mídias, literatura, música e sociedade, no canal EducAção 3D+
segunda-feira, 20 de abril de 2020
Espetacular e longo plano-sequência do cinema que parece "efeito dominó", máquina do tempo e experiência imersiva na "beleza oculta" da História
O vídeo acima Atonement 2007 Long Take, trata-se de fabulosa indicação que recebi via Twitter do Bruno Lages, do Rio de Janeiro (RJ), que mostra o longo "plano-sequência" do filme Desejo e Reparação, "em uma praia francesa, com uma roda gigante, um coreto, tanques e cavalos". Algo extraordinário nesta produção franco-britânica de 2007, com direção de Joe Wright, e que comentei com Bruno que lembra aquele "Efeito Dominó" de centenas, milhares de peças se empilhando umas sobre as outras, numa sequência que vai criando formas e proporcionando sensações como a do filme em questão, que envolve um planejamento fantástico de direção de arte, figurino, direção de fotografia, centenas de atores e figurantes para que a câmera consiga dar coesão e coerência à cena, ao roteiro e ao filme. Quase um videogame imersivo sem óculos VR.
Abaixo, vídeo ilustrativo do "efeito dominó", presente noutro filme, chamado Beleza Oculta:
Educar é encontrar essa Beleza Oculta em situações do cotidiano, que dialoguem com a teoria, de promover uma comunicação entre textos e pessoas, entre professor e alunos, montando juntos, peça por peça, esse imenso painel, chamado educação.
Todo professor deve planejar sua aula, a partir de escolhas de recursos a serem utilizados, sejam impressos ou audiovisuais, analógicos ou digitais, usam de quadro e giz, livros didático e método expositivo, slides e debates, tanto faz... Mas o plano de aula é um "plano sequência" para que os atores sociais (docente e discentes) atuem de forma adequada nesse pequeno palco, chamado sala de aula, dentre de grande teatro vivo, denominado escola. E para que isso ocorra de forma significativa para ambos, direção, atores, equipe de apoio e comunidade, faz-se necessário que cada um desempenhe satisfatoriamente e coerentemente seu papel nessa sequência metodológica, didática, pedagógica e social. Eis, a Beleza, às vezes, Oculta da Educação e que educadores e instituições de ensino precisam socializar, divulgar, compartilhar via mídias e redes sociais, digitais ou não.
Uma cena de cinco minutos que dá inclusive para introdução à aula sobre PRODUÇÃO TEXTUAL, justamente mostrando na prática os conceitos de coesão e coerência em uma Redação, seja para o ENEM , Vestibular ou escrita criativa.
Coesão, pois o próprio "plano sequência" traz em si esse conceito de sequência lógica do que está sendo contado por imagens.
Coerência, pois esta cena imensa tem sentido dentro do contexto histórico e da narrativa visual do filme".
Muitas cenas de filmes podem promover reflexão, leitura de imagens, interpretação e escrita criativa. Alguns vídeos e filmes podem ser proposta na forma de SALA DE AULA INVERTIDA, para que a turma assista antecipadamente em casa e traga suas observações para debate e interpretação na sala de aula.
Este é mais uma postagem especial para a #tag (marcador) CinEducação que incentiva o uso de cenas e filmes de forma intertextual, inter e multidisciplinar. E em alguns casos, até de forma transversal.
domingo, 19 de abril de 2020
Achadouros da Infância: série de podcast de contação de histórias elaborada por professora da educação infantil
A imagem acima é do podcast ACHADOUROS DA INFÂNCIA, projeto criado por Beatriz Almeida, professora de Português, de João Pessoa, Paraíba, Brasil, que tem, como a própria idealizadora indica, "por objetivo maior levar histórias para crianças, pequenas ou grandes. Todo domingo ao meio-dia em todas as plataformas digitais!", vide imagem e link do Instagram do projeto, logo a seguir:
ACHADOUROS DA INFÂNCIA NO INSTAGRAM
A professora Beatriz Almeida populariza a literatura infantil através da contação de histórias por meio digital, no caso podcast via Spotify e divulgado no Instagram. Projeto simples e ao mesmo tempo relevante, pois incentiva o hábito da leitura através do imaginário da contação [e dos contos de fadas], uma das artes mais antigas da humanidade, agora por meio eletrônico.
Beatriz começou a contar histórias ainda na graduação e depois em 2017, em escola pública de Colinas do Sul. Em final de 2019 produziu o primeiro podcast e não parou mais, basta ver a lista de arquivos do projeto no Spotify.
Parabéns à Beatriz pela criatividade e inovação, valendo-se de ferramentas digitais para registrar, produzir e divulgar seu fazer pedagógico. Como sempre o Educa Tube Brasil destaca: é a simplicidade que permite a continuidade de projetos de trabalho e de vida.
Para saber um pouco mais e conhecer Beatriz, recomendo o link de reportagem abaixo e link para o Spotify do Projeto:
Professora paraibana cria podcast para ampliar o consumo de histórias infantis
ACHADOUROS DA INFÂNCIA - SPOTIFY
Os bastidores do filme 1917 e proposta de uso pedagógico: Luz, Câmera, Cinema e Educação!
O fabuloso vídeo acima, 1917: bastidores, como o título indica, mostra o por trás das cenas desse filme incrível que têm cenas que mostram o brilhantismo e a técnica impressionante, como a cena do soldado mensageiro correndo ao lado das trincheiras e a corrida entre as ruínas, sendo a escuridão da noite iluminada pelos sinalizadores do exército inimigo. Uma verdadeira aula de como fazer cinema que se vale de câmeras seguindo os atores, drones, gruas e tudo mais.
Algumas cenas são tão imersivas que parecem fases de videogame e que podem ser adotadas na prática escolar de um professor de História com o de Artes, e se quiser fazer uma experiência mais ampla, convidando professores das demais áreas para que tratem de assuntos como a química, física, biologia presente naqueles momentos, por exemplo, popularizando seus conhecimentos e tornando as disciplinas menos teóricas e mais práticas aos olhos do alunado.
É claro que projetos assim, inter e multidisciplinares requerem planejamento, empatia, sintonia e sincronia, não apenas entre os professores, que agiram de forma cooperativa entre si (já que estão no mesmo nível de conhecimento, cada qual em sua área de formação) e colaborativa com os alunos (que necessitam de um mediador para transporte as trincheiras da informação para as do conhecimento).
Cena de filmes como "1917", ou de "Até o último homem", como da "Guerra de Canudos", "Troia", "300", "Odisseia", "O Resgate do Soldado Ryan", "No Amor e a Guerra", "Três Reis", "Bom dia, Vietnã!", "Círculo de Fogo", "Nascido Em 4 de Julho", "Full Metal Jacket", "Dunkirk", "Salvador, o martírio de um povo", "Apocalipse Now", "A um passo da eternidade", "Falcão Negro em Perigo", "Platoon", "Cartas de Iwo Jima", "A Conquista da Honra", "Os Doze Condenados", "Os Canhões de Navarone", "Nada de Novo no Front", "A Lista de Schindler", "Gladiador", "A Última Legião", "O Último Batalhão", "Além da Linha Vermelha", "Tartarugas Podem Voar", "O Túmulo dos Vagalumes", "O Início do Fim", "Glory", "Os Gritos dos Silêncio", "Império do Sol", "Pearl Harbor", "A vida é bela", "O menino do pijama listrado", "Cavalo de guerra", "O pianista", "A Ponte sobre o Rio Kwai", "Glória feita de sangue (I GM)", "Glória de um covarde (Guerra Civil EUA)", "O barco (II GM viés alemão)", "Vá e Veja", "Olga", "O ano em que meus pais saíram de férias", "Nascido para Matar", "Asas da Liberdade", "Caçada ao Outubro Vermelho", "Patton", "Johnny vai à guerra", "A Queda", "Fomos Heróis", "Guerra ao Terror", a serie "Band of Brothers" e outras tantas obras da chamada Sétima Arte, podem funcionar como um pequeno simulador da História, uma pequena máquina do tempo, aliada a documentários, revistas, livros e vídeos diversos de cada época.
Podem ser consideradas saídas de estudos virtuais, seja com projeção de cenas em sala de aula, ou como convite aos alunos assistirem os filmes completos em sua casa, para uma sala de aula invertida na escola, na outra semana. Tudo dependerá do planejamento de tempos e espaços, de classe e extraclasse.
EM TEMPO: após primeira publicação desta postagem, recebi essa fabulosa indicação acima, via Twitter do Bruno Lages, do Rio de Janeiro (RJ), que mostra "O plano sequência de Desejo e Reparação, em uma praia francesa, com uma roda gigante, um coreto, tanques e cavalos". Algo extraordinário nesta produção franco-britânica de 2007, com direção de Joe Wright, e que comentei com Bruno que lembra aquele "Efeito Dominó" de centenas, milhares de peças se empilhando umas sobre as outras, numa sequência que vai formas e proporcionando sensações como a do filme em questão, que envolve um planejamento fantástico de direção de arte, figurino, direção de fotografia, centenas de atores e figurantes para que a câmera consiga dar coesão e coerência à cena, ao roteiro e ao filme. Uma cena que dá inclusive para uma aula sobre PRODUÇÃO TEXTUAL, justamente mostrando na prática os conceitos de coesão e coerência em uma Redação, seja para o ENEM , Vestibular ou escrita criativa.
Abaixo, algumas cenas e trailers de alguns dos filmes citados anteriormente, e os comentários desta postagem ficam disponíveis para receber outras indicações de filmes e cenas sobre esse tema.
Abaixo, uma das cenas mais poderosas do cinema de guerra, do clássico "Apocalipse Now" (1979), de Francis Ford Coppola, que mostra todo o horror da guerra ao som de 'Ride of the Valkyries' (A Cavalgada das Valquírias), do compositor Richard Wagner (1851):
A seguir, mais algumas cenas e trailers de filmes, alguns que lembrei e já assisti, e outros que foram indicados por amigos, via Twitter:
sexta-feira, 17 de abril de 2020
Mundo Magritte: quando a pintura influencia música e cinema (videoclipes intertextuais)
O vídeo acima Across The Universe, trata-se de versão de Rufus Wainhwright para clássico da maior banda de todos os tempos: The Beatles, com a participação da atriz Dakota Fanning e com um visual inspirado nas artes plásticas, em especial às pinturas surrealistas do belga René Magritte (vide imagens de algumas de suas telas a seguir):
A arte, que está em toda parte, é uma fonte inesgotável de intertextualidade com a cultura e a educação.
Impossível pensar numa fala, seja de qual área for, que não esteja impregnada em algum momento do uso da linguagem figurado, da utilização de analogias, metáforas e simbologias. Nada é o que primeiro parece. Tudo remete a outras influências e referências. E todo educador deve valer-se de sua bagagem artística e cultural, isso não abro mão e nunca me esqueço de relembrar e sugerir neste blog.
O vídeo abaixo é outra situação em que a música dialoga com a obra surrealista de Magritte, neste belo clipe da banda Oasis e o sucesso Don't Go Away:
O educador do século XXI é sim, um arte-educador e um mídia educador, como dizia o pesquisador Pier Cesare Rivoltella, no sentido mais amplo do termo, ainda que alguns valham-se mais da prerrogativa de área. Quando digo que a arte e cultura são formas de preservar a humanidade e a sanidade, não é mera força de expressão, mas a dura realidade, ainda mais em tempos de distanciamento e isolamento social, de confinamento ou quarentena. A arte de dizer o indizível por meio de tintas, pedras, cores, traços, sons e muito mais. O primeiro artista, lá na escrita rupestre, que assinou sua obra, estampando e espalmando sua mão é tão atual e universal como o mais célebre artista da contemporaneidade. Todo educador é um artista da palavra, quando está diante de sua turma repassando informações que gerem conhecimento.
Educar é uma arte. E a arte - seja ela musical, escultural, literária, cinematográfica ou o que for - também educa nosso olhar, eis a grande constatação e lição da vida!
A atualidade de Magritte na surrealidade do Mundo.
quinta-feira, 16 de abril de 2020
Quando o professor de seu filho é fã da banda Queen: anúncio publicitário intertextual que mescla arte, cultura e memória
O vídeo acima, Quando o professor de seu filho é fã de Queen!, intitulado assim por Aquele Rock, página na rede social Facebook, e que me foi indicado pela colega e amiga Jenny Horta, educadora de Búzios, RJ, Brasil.
Trata-se de um anúncio da John Lewis, rede varejista britânica e o vídeo é publicitário, em parceria com a marca de supermercados Waitrose. A peça publicitária é de 2018 e feita pela agência Adam & Eve / DDB e dirigido por Dougal Wilson que fazem uma leitura bem humorada e criativa do fantástico, famoso e emblemático clipe "Bohemian Rhapsody", lançado em 1976, e hit da banda Queen, que ficou incríveis 9 semanas no topo das paradas musicais.
Um material que serve para pensar a questão da educação em diversos planos: no artístico, a visão de um professor e seus alunos como protagonistas, tendo a plateia formada pelos pais e responsáveis das crianças; no plano publicitário, valer-se da arte e cultura, de cenas icônicas do rock, da busca da identidade cultural de um produto com sua comunidade; no plano escolar, da arte e cultura, e da música como linguagem universal, do designer instrucional que deve ser pensado, não apenas os sites, blogs, plataformas e aplicativos educacionais, com um visual gráfico que favoreça a intuitividade, a interação, a conexão, o ensino e a aprendizagem.
Se pensarmos seriamente, a banda Queen mescla no clipe original, ao final desta postagem, diversas linguagens: o cinema, da narrativa curta, o rock e a ópera, que une justamente o teatro com a música, a coreografia, a edição de imagens e muito mais. Digamos que algo intertextual.
Enfim, um material que nos faz pensar em como o humor, o imaginário, a bagagem artística e cultural podem fazer um diálogo entre gerações, seja entre pais e filhos, professores e alunos. A escola e a família são espaços de saberes sociais. E que um professor pode trazer seu acervo sentimental para construção do conhecimento formal, como metodologia e didática próprias, valendo-se da empatia, da criatividade, do humor e muito mais.
O professor, de certa forma, vende um produto, a partir da peça instrucional que formata para levar aos seus alunos, seja de forma expositiva com giz e quadro, seja por meio digital. Educação é também um artefato cultural.
Abaixo, Bohemian Rhapsody, videoclipe histórico e emblemático dessa banda larga que influenciou gerações, que praticamente inventou a linguagem do videoclipe e que legou diversos sucessos, letras e canções:
Para os professores em quarentena: reflexão interessante de Christian Dunker sobre a importância da experimentação
O vídeo acima Para os professores em quarentena, reflexão de Christian Dunker, Psicanalista, Professor Titular do Instituto de Psicologia da USP, foi indicação via Twitter e é um ótima material para debate. Como Dunker diz, é um momento para repactuar as coisas com as gentes.
De fato, é um tempo de reaprender a ser professor, aluno, pais, cidadão e SER humano. É momento para que a criatividade ande junto com ensino e aprendizagem. A importância de levar em conta a experiência que virá disso tudo.
Experimentar aplicativos, plataformas, recursos variados, ver o que é possível adaptar ao fazer pedagógico.
Pode ser um momento para estabelecer trocas entre professores e alunos, professores com professores.
Não é para normalizar a excepcionalidade. Tampouco para inviabilizar qualquer tipo de ensino ou aprendizagem.
É um momento ainda muito curto para para se ter respostas prontas, muito pelo contrário. É um período para compartilhar dúvidas. O que me lembra uma frase de uma antiga professora: "AS CERTEZAS SÃO PROVISÓRIAS E AS DÚVIDAS PERMANENTES". Algo que jamais esqueci, e que essa pandemia veio para referendar.
Lembrando dos antigos filósofos gregos, mais que as respostas, o importante é levar em conta as perguntas e a partir delas, estabelecer rodas de conversas, trocas de saberes, planejamento de projetos em que o coletivo esteja acima do individual. É um momento de experimentação, de avaliação, reavaliação e autoavaliação. De gestão de crise mais que gestão de pessoal. De uma pedagogia do afeto. Tempo de consenso, diálogo e descobertas.
terça-feira, 14 de abril de 2020
Saúde: quando uma letra de canção se torna atemporal e universal (memória, história, música e sociedade)
O vídeo acima Saúde, letra e música de Rita Lee, uma lenda viva do rock nacional, originalmente foi composta em 1981, mas tomou nova dimensão neste 2020, em "Live" nas redes sociais digitais, durante este tempo de isolamento social por conta da pandemia COVID-19.
Quase quatro décadas após e a letra de Saúde passa a ter outra dimensão, atemporal e universal, em tempos de coronavírus, que requer muitos cuidados para manter a saúde. A letra chega a ser quase profética quando inicia assim:
"Me cansei de lero lero, dá licença mas eu vou sair do sério, eu quero saúde. Me cansei de ouvir opiniões, de como ter um mundo melhor, mas ninguém sai de cima, nesse chove não molha, eu sei que agora eu vou cuidar de mim!"
De fato, vemos muito lero lero, principalmente por aqueles que querem flexibilizar as normas de combate ao vírus, que acreditam em lero lero do WhatsApp e outros (de)formadores de opinião, sem nenhum aparato médico ou científico. às vezes cansa mesmo ouvir pessoas desprovidas de bom senso, de empatia, de compaixão e lógica.
100... sacional essa letra antiga e terrivelmente atual de Rita Lee, que mostra que diferente de outros roqueiros, o Rock com ela não Errou! Diva da melhor idade Divando! Roqueira coerente com sua memória e história.
domingo, 12 de abril de 2020
Imaginação e Realidade: a metáfora da construção de sentido dentro do processo educacional e social
O vídeo acima No One Ever Gave Us The Right (Ninguém nunca nos deu o direito)... a sonhar?, digo eu, trata-se de belíssimo videoclipe da banda Marble Sounds (Sons de Mármore) que serve para mim como uma pequena metáfora da educação.
Nessa narrativa visual, mediada por versos e música, é possível ver mãe e filha numa viagem que bem poderia ser também de professora e aluna, cada uma em seu lugar: a mãe/professora na frente e a filha/aluna atrás. A primeira, como protagonistas, conduzindo o carro e o processo de ensino-aprendizagem de forma tradicional e a segunda, como coadjuvante, como receptor de um método expositivo que poderia ser numa sala de aula convencional. Um condutor e outro passageiro. Mas no meio do caminho, como diria o poeta Drummond, tinha mais que uma pedra... Eis que surge algo inusitado que transforma a própria narrativa.
Eis que na primeira parada aparece um amigo imaginário para brincar com a menina. Mais adiante, noutra parada, ocorre a interação, quando a jovem segue aquele amigo até à beira da praia deserta.
Decerto, deserto somos nós, quando não damos vida à nossa imaginação. Quando esquecemos diante do mar, de amar à própria natureza, à vida e ao mundo em que vivemos. Quando olhamos para o mar e só vemos uma imagem única sem sentido simbólico e metafórico. Algo que me remeteu neste clipe, imediatamente a passagem de O LIVRO DOS ABRAÇOS, de Eduardo Galeano, no microconto (imagem abaixo), intitulado A FUNÇÃO DA ARTE/1:
A comovente história de um pai que leva o filho a conhecer o mar e este, diante de algo que jamais tinha visto, pede que o pai lhe ensine a olhar é, de certa forma, a própria metáfora da Educação, do ato de aprender a ver e de alguém ajudar (o professor) a enxergar às coisas ao redor, que sempre estiveram ali, mas eram apelas vistas mas não percebidas em toda sua profundidade, seja em artes, literatura, filosofia, física, química, biologia, geografia etc. O bom professor é aquele que ensina ao aluno uma cartografia sentimental, a partir de sua topografia cultural. Esse mapeamento mental é depois feito entre ambos: o bom professor e sua turma. Essa bagagem de vivências que o educador tem, seja ele professor ou pai, deve ser incorporada ao seu cotidiano, quando das interações que surgirem, pois nossa vida é intertextual, construída pelas diálogos que fazemos entre o eu do passado com o eu do presente também.
O texto de Galeano, de O Livro dos Abraços, dialoga com esse fragmento de Machado de Assis, em Memorial de Aires: "[...] não é mau afastar-se da praia com os olhos na gente que fica". Apesar de escrito noutro contexto e século, este excerto de Machado complementa o microconto de Galeano, escrito bem depois, e ambos dialogam com o professor que utiliza-se da POÉTICA DO OLHAR, DO AFETO, DAS DESCOBERTAS E DA IMAGINAÇÃO em seu fazer pedagógico. Esse afastar-se da praia de Machado, comparo com o distanciamento que o aluno, após concluir seus estudos, terá dos professores e escola que ajudou em sua formação. É um movimento natural em busca de novas formações. Porém, "os olhos na gente que fica" é essa memória que permanece, dos bons professores que nos ensinaram a enxergar as coisas com outro olhar: imaginativo, crítico, emancipador...
Para complementar essa postagem intertextual, trago outra voz para essa roda de conversas comigo. A de Alberto Manguel, em "No Bosque do Espelho", quando escreve: "As crianças sabem o que a maioria dos adultos esqueceu: que realidade é qualquer coisa que pareça real para nós".
De fato, algo que tem muito do conceito de REALIDADES IMAGINÁRIAS, que Yuval Noah Harari (Sapiens, Homo Deus) comenta: sobre que somos seres imaginários e que nossa sociedade é construída com base na imaginação, quando convencionamos que um pedaço de papel tem valor pra compra casa, carro etc.; quando idealizamos crenças; quando imaginamos além de nosso tempo ideias que a ficção pensou primeiro e que a ciência colocará em prática no futuro, graças ao avanço das tecnologias.
Quando, voltando ao videoclipe em questão, a mãe vê, inicialmente a menina dançando sozinha na praia, é o olhar prático e cético do adulto; quando ela consegue se deixar levar pela imaginação da criança, nesse caso, há o contrário da história de Galeano: é a criança que ensina ao adulto a olhar diante do mar.
Na verdade, em que tange o processo educacional, ambos devem se contagiar, inspirar um ao outro. O professor trazendo sua bagagem de vida, e o aluno mantendo sua imaginação fértil, apesar de certos processo, inclusive, de ensino-aprendizagem que inmpedem de dar vazão ao seu talento, conhecimento e imaginação.
O papel de todo educador, seja pai ou professor é auxiliar o filho/aluno, diante do mar-oceano de informações, no ciberespaço ou na sala de aula, a ver e enxergar além do básico, do trivial. Dar vazão a esse rio da imaginação rumo ao mar do Conhecimento, sim. Simbólico? Metafórico? Filosófico? Sim! Sim! Sim!
sábado, 11 de abril de 2020
Mapas mentais, música, cinema e educação e suas inter-relações (conceitos, frases e imagens)
O vídeo acima The Time To Sleep (Hora de Dormir, tradução livre) é um belo videoclipe do grupo Marble Sounds (Sons de Mármore), e que conheço há anos e tenho retardado essa postagem, em que pretendo tratar de MAPAS MENTAIS E MAPAS CONCEITUAIS NA EDUCAÇÃO, pois procuro faz tempo cena de um filme de sci-fi que vi na TV há um bom tempo atrás, mas não me recordo o título, mas que traz incríveis semelhanças com o clipe em questão.
Já fiz diversas pesquisas na web e deixo aqui, caso alguém se recorde do nome, para poder completar esse post, a sinopse do filme que procuro, que é a seguinte: "Um paciente com problemas emocionais tenta construir uma antena com sucata, pois alega que ouve mensagens do além e que precisa captar os sinais. A médica que trata dele dá vazão a suas manias e o ajuda na construção da tal antena de telecomunicações com o espaço. Um dia ele diz ter recebido uma mensagem codificada. Ela leva a tal mensagem para um amigo cientista que a decodifica em código binário e a imprime em dezenas de páginas. A médica leva pra casa e as espalha no chão de sua sala e nada vê e entende naquele nível de visão. Quando desiste e sobe para o segundo andar de sua casa e olha para baixo, enfim, a revelação: aquela quantidade de folhas repletas de números 1 e 0 formam um rosto imenso de um ET. E se encerra o filme".
Já tentei localizar por filmes ou seriados, já que a sinopse lembra e muito aquele famosos seriado "Twilight Zone" (Além da Imaginação). Mas por enquanto ainda não consegui localizar o referido filme.
Aí vocês podem me perguntar, o que ETs e esse filme têm a ver com o clipe acima? E lhes direi: Nada mesmo! Exceto essa questão intertextual das imagens em escala menor, que tomam um maior significado num outro plano de visão.
Algo que me faz lembrar Johann Wolfgang von Goethe, um dos maiores pensadores da humanidade, que favoreceu a transição do Romantismo para o Realismo, muito inspirado em uma estadia nos Alpes, quando enfermo, foi lá buscar tratamento para problemas respiratórios: o mal do século XIX. Lá do alto, ao enxergar a vila embaixo, Goethe teve insights, de perceber as coisas em certas escalas, como macro e microssistemas.
Assim vejo os MAPAS MENTAIS na educação, em que o professor pode incentivar seu aluno a montar, a partir de conceitos, ideias, temas, tais mapas que lhes favorecerá a organização do pensamento, a visão ampla do assunto, o estudo e a memorização. Um mapa mental é a construção do conhecimento feita pelo aluno que, como no clipe acima, irá montando esse mapa como um desenho amplo daquilo que ele já sabe ou parte, em busca de um conhecimento maior: a descoberta do tesouro na ilha chamada Educação.
No clipe em questão, que parece um curta-metragem, enquanto a música toca, a jovem vai unindo folhas para completar seu desenho, que ao final saberemos, tratar-se do retrato do músico.
A música é uma linguagem universal - que todos entendem, independentemente do idioma - e poderá ser uma grande aliada na prática escolar, seja em dinâmicas de grupo ou atividades de produção textual etc.
Os mapas mentais são também ferramentas de apoio, tanto do professor, para passar de forma prática e visual um conteúdo, como para o aluno sistematizar as informações gerando conhecimento. Abaixo um vídeo que explica Como Fazer Mapas Mentais:
Educação, música, cinema e mapas mentais estão interligados e podem facilitar projetos de ensino ou de aprendizagem.
No belo videoclipe, a jovem chega naquela casa e encontra sobre o chão uma imensa folha de papel em branco: que resolvi utilizar como metáfora da escola e da educação. E sobre essa folha, conforme a música vai tocando, ela irá desenhar algo. Parecem rabiscos, traços apenas. Porém, com o transcorrer do clipe, vemos a jovem pegar lápis e ampliar o desenho. E o ato de educar é isso: estabelecer linhas, metas, caminhos... E ao final, desse grande "brainstorm" (tempestade de ideias) ficará um mapa mental e conceitual completo, a imagem do todo. A metodologia de MAPAS utilizo com meus alunos do ensino médio nos três anos, e fica evidenciado que no ano final, eles já dominam a técnica que lhes favorece o estudo e a organização do pensamento. E, quando os alunos, parte da casa, como a jovem, ao final do clipe, a certeza de que a experiência foi gratificante, tanto para professor como alunos, é visível.
EM TEMPO: Quem tiver alguma pista, algum detalhe desse filme ou seriado no qual fiz uma ligação intertextual com o clipe, agradecerei imensamente, pois ampliará o horizonte dessa postagem.
Para ilustrar esse diálogo intertextual entre gerações, indico algumas cenas, seriados e filmes em que o ato de comunicar-se além do tempo e do espaço é tratado de forma poética e filosófica:
ALTA FREQUÊNCIA
QUINTA DIMENSÃO - MUNDOS DISTANTES
INTERESTELAR
CONTATO
SONATA - ERICO VERISSIMO
sexta-feira, 10 de abril de 2020
A arte e a vida no cotidiano: a intertextualidade entre Moriyama, Hopper, Tati e Shyamalan
A imagem acima, que encontrei no Twitter de Maurício Santoro, realmente lembra essa cena fotografada por Victor Moriyama, do famoso Edifício Copan - nesses tempos de isolamento social - com as "pinturas sobre a solidão urbana" de célebre pintor Edward Hopper, conforme alguns exemplos logo a seguir:
A imagem abaixo, foi anexada posteriormente, ao vê-la na linha do tempo do colega e amigo Robson Garcia Freire.
A partir dessa postagem no Facebook, o amigo João Reguffe lembrou de cenas do filme "Playtime", de Jacques Tati (vide abaixo o trailer), que de fato remetem também a Hopper e ao Edifício Copan.
Por fim, em função dessas alusão, lembrei do filme Fim dos Dias, de M. Night Shyamalan, que trata de uma estranha pandemia que surge de repente, começando com o desaparecimento das abelhas e depois forçando o isolamento das pessoas. Uma estranha intertextualidade entre ficção e realidade.
Somos seres sociais e sociáveis, e nossa vida em sociedade é fruto da bagagem histórica, política, mas também artística e cultural. Em alguns momentos, a sensação é de que a vida imita a arte, noutras, justamente o contrário. O que une o trabalho de Moriyama, Hopper, Tati e Shyamalan é a questão da solidão urbana, principalmente nos grandes centros humanos e urbanos, as grandes cidades. A pandemia do coronavírus ou Covid-19 tem nos feito refletir sobre a vida e a arte, sobre o mundo e a família, trabalho e coletividade, sobre tempo e espaço... A arte e a cultura, nesse momento, como tenho dito há tempos, é o que preserva nossa humanidade e mantém nossa sanidade diante dos desafios que vivenciamos. Que possamos sair desse isolamento, mais humanos e solidários, mais fraternos e colaborativos, e menos solitários...
Parece mesmo! Arte viva! Fotografia, do grego: photo (luz) grafia (escrita). Fotografia = escrita com luz. Poesia pura em imagens!
Distanciamento social em tempos de pandemia: um pouco de espaço nos deixa mais seguros sempre
O vídeo acima Flatten The Curves (Achatem as curvas, tradução livre), encontrei no Twitter do Charles Nisz e considero extremamente didático, pois trabalha com o poder simbólico das imagens, o que torna esse material universal e atemporal, ainda mais em tempos de quarentena, confinamento e isolamento social.
Um belo material para, em tempos de pandemia, tentar convencer aqueles relutantes que desafiam a Ciência e preferem acreditar em Fake News e em personalidades delirantes!
Conforme a própria peça publicitária indica, para "parar a propagação", há que se proporcionar "trabalhos em distanciamento social", pois "um pouco de espaço nos deixa mais seguros sempre".
Achatem as curvas, mas não ao ponto de tornarem a Terra Plana, como alguns alienados insistem em acreditar, apesar de todas as provas em contrário.
A linguagem simbólica é um recurso que poetas e escritores se utilizam desde sempre. E este vídeo pode ser trabalhado em Língua Portuguesa e Produção Textual pela força emblemática de suas imagens, que são construtoras de sentidos; bem como noutras áreas do conhecimento das Ciências.
quinta-feira, 9 de abril de 2020
Passeios Kids: pedalando com criatividade, inovação e transformação de tempos e espaços
O vídeo acima, do PASSEIOS KIDS, página no Facebook, foi indicação de minha colega e esposa Elisabete Brasil Roig, professora de Rio Grande (RS) Brasil e trata-se de um belo exemplo de criatividade, inovação e transformação de tempos e espaços.
Em tempos de isolamento social, cada vez mais é necessário inovar, ou seja, transformar conceitos antigos em coisas novas, como o caso de pegar uma bicicleta com rodinhas e as travando com tênis diante de uma TV, transformando o espaço de confinamento da casa numa pequena academia improvisada.
Ah, muitos dirão que é o Ovo de Colombo, que depois de posto é fácil, mas ninguém tinha pensado nisso antes. E muitas ideias criativas são de fato e tão-somente um olhar criativo sobre o que sempre esteve ali, esperando uma reciclagem de ideias.
Outra ideia incrível, que dialoga com a de cima, envolvendo o País Chamado Infância, alusão a livro do escritor e médico Moacyr Scliar é essa a seguir, valendo-se de sucata e muita criatividade também: Pedaço de papelão, lã, lápis de cor e pronto. Mais que uma brincadeira, algo sério. Brincadeira é algo sério. O brincar, o lúdico é um exercício natural de criatividade que deve seer sempre incentivado em qualquer idade:
"Para toda a problemática eu tenho uma solucionática": soluções de informática educativa em tempos de confinamento/isolamento social
O vídeo acima, trata-se de entrevista do famoso jogador de futebol dos anos 1970, Dadá Maravilha, multicampeão por onde passou, principalmente pelo SC Internacional, Clube Atlético Mineiro e Seleção Brasileira de Futebol. Dario, Rei Dadá, Dadá Maravilha ou simplesmente Dadá era um goleador nada, mas com consciência das limitações técnicas. Não tinha a elegância de um Zico, Sócrates ou Falcão. Mas poucos como ele dentro da grande área fez tantos gols. Era oportunista no sentido esportivo, de estar sempre bem colocado, de saber se movimentar pelo capo, de ler o jogo.
Dadá ficou famoso, dentro e fora dos gramados, principalmente pelo seu imenso carisma, simpatia e pelas frases de efeitos que criava a cada entrevista. Numa dela disse que além de Dadá Maravilha, somente helicóptero e beija-flor paravam no ar, numa alusão a sua incrível impulsão pro cabeceio, quase sempre certeiro e gooooool. Foi uma lenda viva do futebol, naqueles tempos românticos, sem chuteiras coloridas, cortes de cabelos estilosos, tatuagens, direito de imagem, salários milionários, transferências para o exterior, ser tratado como popstar.
Todavia, Dadá soube brilhar por sua presença de espírito e bom humor, como no caso do título dessa postagem, extraído de uma dessas divertidas entrevistas: "PARA TODA A PROBLEMÁTICA EU TENHO UMA SOLUCIONÁTICA". Eram os anos 1970 e na TV havia uma outra personagem, dessa feita, ficcional, chamada ODORICO PARAGUASSU, da telenovela O BEM AMADO, do genial Dias Gomes (vide a seguir vídeo com algumas cenas e falas da personagem fictícia e comparem com a da figura real do futebol brasileiro).
Na referida telenovela, um prefeito de cidade do interior da Bahia criava diversas palavras, num neologismo hilário, crítico, político, em tempos de Censura Federal em tempos de regime autoritário, que lembra a famosa frase do Rei Dadá.
Discursos e neologismos, realidade e ficção à parte, cabe usar estas frase de efeito, num contexto de pandemia global, isolamento social e formas de adaptação a novas formas de interação, seja escolar, profissional e/ou social.
De fato, "Para toda a problemática terá de fato uma solucionática"? Problemáticas temos várias, "solucionáticas" nem tanto. A informática para uns é a nova varinha mágica que tudo resolve, para outros, sem o conhecimento básico, parece o desmontar de uma bomba-relógio prestes a explodir! Nem 8 nem 80... Mexer com informática não é tão complexo como decifrar um enigma grego, lá da Esfinge: "Decifra-me ou te devoro!" Também não é lâmpada mágica de um gênio com direito a três pedidos a serem realizados no simples estalar de dedos.
Como professor e blogueiro educacional, trouxe estes dois vídeos acima pra uma provocação e reflexão, justamente sobre PROBLEMÁTICAS & SOLUCIONÁTICAS EM TEMPOS DE CRISE, não apenas de saúde pública, mas de governança, de crise ética e moral, econômica e social.
Por PROBLEMÁTICA, atualmente, podemos pensar a educação virtual em tempos de isolamento social.
Por SOLUCIONÁTICA, podemos pensar em formas adequadas, simples e eficientes, de resolver questões de educação sem a presencialidade, em um tempo de excepcionalidade.
Há que se, primeiro, analisar a problemática antes de imaginar "solucionáticas". Analisar o problema é essencial para planejamento de possibilidades de uso de tecnologias com fins didáticos, de formação, de ensino e aprendizagem. Nem tudo que pode funcionar no modelo presencial, inclusive, as TIC - tecnologias da informação e da comunicação, efetivamente funcionará no modelo à distância e por um tempo ainda indeterminado. O próprio planejamento precisa pensar em práticas variadas, numa escala de tempo reduzido. Não há, de forma alguma, querer transpor o modelo de aula presencial de 50 minutos para o meio virtual e em EAD. Seria uma problemática criando mais problemas, seja da falta de acesso e conexão ideal de toda a turma, seja capacitação do professor para uma metodologia jamais utilizada nesse grau de tempo integral em nenhum tempo e espaço desse planeta.
Tudo é muito recente nesse Admirável Mundo Novo das TIC, mídias e redes sociais digitais que passaram a ser usadas de forma generalizada pela educação. Cada um explorando possibilidades, alguns de forma improvisada, outros trocando ideias, implementando projetos, outros valendo-se de plataformas que, por melhor que sejam, não foram pensadas nem desenhadas para absorver uma demanda ampla nem totalizante. Nenhum site, plataforma e sistema consegue dar conta de uma demanda dessa monta, assim de supetão. Seria como liberar o trânsito das ruas e estradas para todo mundo ao mesmo tempo. Haverá gargalos naturais, sobrecarga de sistemas e lentidão de conexão, pois é impossível de, da noite para o dia, encaixar um quadrado dentro de um círculo.
A melhor solucionática é não criar mais problemas para a própria problemática. A melhor problemática é adaptar-se às possíveis soluções de forma simples, gradual e planejada com todo cuidado para não sobrecarregar, não apenas o sistema digital mas o sistema imunológico do paciente, que poderá ser o gestor, o educador, o educando, a família e a própria sociedade. Muita calma nessa hora., pois não existem soluções mágicas nem problemas que não possam ser resolvidos com organização, troca de experiências, planejamento e criatividade.
Para ampliar a reflexão, seguem algumas "Lives" que fiz com alguns colegas, chamados de professores jurássicos, que como eu, estão trabalhando com tecnologia na educação, que são blogueiros educacionais há décadas, formadores de professores ou já foram, e que sabem que o BURACO ELETRÔNICO é bem mais embaixo, mas que é possível pensar além da caixinha, eletrônica ou não.
"Isto não é uma escola": Do surrealismo de Magritte 3.0 ao imediatismo da Educação Digital em tempos de isolamento social (brevíssima reflexão)
Live: Educação, Ciências e Blogues como ambientes de ensino e aprendizagem
Reaprendendo a ser Professor e Aluno em Tempos de Isolamento Social: reflexão a partir de uma peça de humor
Educação em Tempos de Crise: "Live" entre o "Professor Digital" José Carlos Antonio (SP) e "O Urbanauta" José Antonio Roig (RS)
quarta-feira, 8 de abril de 2020
"Sempre Teremos Paris": cinema e educação e a dupla reflexão (imagem e projeção a partir de cena final do filme Casablanca)
O vídeo acima, cena final do clássico do cinema Casablanca, encontrei no YouTube, após um papo com amigos virtuais e, coincidentemente, logo após, ler postagem de minha mãe, em que mencionava o referido filme, um dos preferidos dela.
O título desta postagem é justamente uma alusão a frase emblemática em que Rick se dirige à Ilsa, em sua despedia, de que, embora distantes, cada qual seguindo um rumo em suas vidas, sempre teriam Paris em sua memória, imaginário e coração.
Paris, a cidade luz, a capital dos amantes, é também um símbolo neste filme de um local idealizado na memória que nos serve de refúgio.
Pensando como professor, há que lembrar que "Sempre Teremos Paris", quando nos valemos de nossa economia sentimental, nossa bagagem artística e cultural para darem suporte ao nosso fazer pedagógico. Que essa relação de amor entre professores e alunos permanecerá quando estes seguirem seu rumo, deixando o professor em sua eterna Paris: o período escolar. Um tempo e espaço que ficará guardado na memória dos alunos, referente a seus bons professores, aqueles que souberam mostrar a luz do conhecimento aos seus pupilos, enquanto tiveram sobre seus cuidados escolares. Mas há um momento de despedidas, embora a vontade seja de ficar. Há que se incentivar a independência e voos mais longos dos educandos.
Entretanto, "Sempre Teremos Paris" em nossa história e memória, e guardo com muito carinho as lembranças dos grandes professores que me ensinaram muito mais do que conteúdos curriculares, que foram parte de meu lar durante aquele período e se mantém presentes em minhas recordações de eterno aprendiz. Afinal, todo aluno é em parte a projeção, o reflexo, da imagem de seus professores.
O Cinema ou a Sétima Arte, como é denominado, pode ser esse grande aliado do fazer pedagógico, quando o professor vale-se de cenas ou filmes completos para relacioná-los ao seu conteúdo programático, não importando qual disciplina ministre, pois o cinema possui filmes e cenas maravilhosas para praticamente qualquer conteúdo que seja abordado: matemático ou filosófico, químico ou literário, científico ou sociológico, linguístico ou biológico, físico ou histórico etc.
Abaixo, seguem outras duas cenas, uma mais restrita do filme Casablanca, e outra, uma releitura do seriado Os Simpsons, com um final alternativo para o clássico:
domingo, 5 de abril de 2020
Discurso Yoda: uma metáfora para a educação [o que faz de um bom professor um mestre Jedi?]
O vídeo acima DISCURSO DE YODA, encontrei por acaso no YouTube, nos vídeos correlatos de outro que pesquisava e me fez refletir sobre a condição humana em geral e o papel do professor, em sentido mais estrito.
Lógico que é uma peça de ficção, sci-fi, a moderna ficção científica, mas que une a questão espiritual do mestre Yoda com a praticidade de um piloto de caça espacial, o jovem e impetuoso Lucky Skywalker, e sua nave avançada. Todavia, justamente por isso que considero essa cena uma boa metáfora para a educação, tanto de jovens como de adultos, em qualquer tempo e espaço, sideral ou não, usando tecnologia digital ou não.
Logo que vi essa cena me perguntei: Afinal, o que faz de um bom professor um mestre jedi? E ao refletir sobre as falas, fui anotando algumas questões:
1. A questão do tamanho do desafio e a sabedoria popular do "tamanho não é documento", desde os tempos bíblicos, vide Davi e Golias ou dos tempos míticos, de a astúcia do Odisseu e o gigante Polifemo de um olho só, visto que não devemos julgar algo apenas pelo tamanho, pois as aparências enganam;
2. Que a força interior pode ser uma grande aliada, sabendo canalizar a energia para a matéria (seja a disciplina dada, seja persuadindo ou convencendo o alunado para a importância da informação que gera conhecimento mútuo), que se aprende ensinando e vice-versa;
3. Sobre o possível e o impossível, mais que isso, sobre o ideal e as possibilidades que dispomos naquele momento (luta-se pelo ideal, mas não se aguarda de braços cruzados, aproveita-se a oportunidade via criatividade), pois nem sempre conseguimos movimentar mundos e fundos, seja pela força do pensamento de um jedi, seja pelo poder de argumentação e arregimentação de recursos humanos e financeiros de um professor, gestor escolar etc;
4. Tentar encontrar a Força interior, com pequenos gestos que gerem grandes realizações, projetos simples e eficazes, ideias que possam cativar um público, mas sempre lembrando: de nada adianta belos discursos sem que se tenha em contrapartida pequenas ações que possam se multiplicar aos poucos, gradualmente, sempre em frente;
5. Reverter o próprio ceticismo e depois o do grupo, lembrando a cena em que Lucky diz: "- Eu não acredito!", com espanto mesmo depois do mestre Yoda ter conseguido movimentar sua nave, tirando-a do lodaçal, haja visto que o fracasso muitas vezes é uma tentativa mal planejada;
6. Buscar a autoestima e a autocrítica na exata medida, pois não se consegue estimular alguém quando nem mesmo o próprio acredita no que diz, e, por fim,
7. Mestre é aquele que está um nível acima, pela vivencia as coisas e possui experiências a compartilhar, pois ninguém se torna um Jedi, seja na ficção como no cotidiano, apenas com discursos, mas com ações e realizações.
Eis minha breve reflexão sobre uma cena que permite usá-la como uma metáfora da educação, em que o bom professor poderá se tornar um mestre jedi aos seus alunos, por mais incrédulos e céticos que eles possam ser no início de uma jornada.
sábado, 4 de abril de 2020
"Isto não é uma escola": Do surrealismo de Magritte 3.0 ao imediatismo da Educação Digital em tempos de isolamento social (brevíssima reflexão)
A imagem acima, uma releitura crítica da famosa tela do pintor surrealista René Magritte, encontrei no Facebook do meu amigo e colega Robson Garcia Freire, educador do RJ, residindo atualmente em João Pessoa (PB), Brasil, que tinha achado na página de Guillaume Soulez, e é uma fantástica possibilidade de debater sobre educação formal, educação a distância e a tentativa de educação on-line em tempos de isolamento social.
O termo surrealidade invadiu à própria realidade contemporânea, seja na política, economia e agora na saúde pública, em tempos de pandemia, que traz notícias e imagens que lembram as mais doidas distopias. O mundo parece ter se tornado, em alguns casos, totalmente surreal.
Porém, o que une o surrealismo de Magritte (versão original a seguir), nessa versão 3.0 de sua obra clássica, ao imediatismo de todos quererem fazer educação digital, conectada, mesmo sem muita experiência no ramo, é justamente que, como na famosa tela do artista belga, que dizia que "Isto não é um cachimbo", podemos também refletir sobre a imagem acima, de que um notebook como símbolo dessa conexão entre a escola e seus professores e do outro lado da tela, seus alunos e pais, mediados pelas TIC, mídias e redes sociais, não é de forma alguma uma escola, sob o ponto de vista convencional. É apenas uma representação limitada e parcial do real. E para usar um termo técnico e próprio da informática: trata-se de quando muito, uma simulação de escola, pois é impossível transpor a metodologia e tecnologia utilizada numa sala de aula e na escola como um todo, para um período de confinamento, de restrição de saída às ruas, de falta de convívio social.
Nenhum professor e escola, por melhor que sejam, e estrutura que tenham, poderão dar conta de demandas de alunos que, ainda que tenham já desenvolvido algumas atividades on-line, nunca foi dessa forma, totalmente à distância. Um computador com conexão a internet, por melhor que seja, não é uma escola, nem dará conta de aspectos pedagógicos, didáticos, metodológicos, afetivos e avaliativos do processo pleno de ensino e aprendizagem.
Todos estão se adaptando a uma excepcionalidade, tendo que aprender a dirigir um carro novo em pleno movimento. Educar requer tempo adequado para planejamento, organização de material, troca de saberes etc. Mais que isso, requer experimentação de novas possibilidades com o devido suporte técnico. Requer também conhecimento de edição de vídeos e áudios, que demandam tempo. Tendo como analogia o cinema, pode-se lembrar que um longa-metragem demanda meses para sua gravação e edição, antes de seu lançamento; um curta-metragem de 2 a 5 minutos demora horas ou dias para sua finalização. E isso que, feito por profissionais da área! Como então querer que professores dominem ferramentas, equipamentos, recursos tecnológicos, aplicativos complexos, além do planejamento natural de suas aulas? Há que se repensar toda a prática escolar em tempos de educação fora do espaço convencional. Há que o professor receba capacitação continuada, equipamentos adequados, conexão eficiente e muito mais. E do outro lado da tela pressupor que o aluno disponha também de equipamento e conexão adequadas. E isso, se pensarmos em escolas particulares que tanto a instituição, professores e alunos possuem uma outra realidade, bem diversa da maioria das escolas da rede pública, seus professores e alunado.
Portanto, antes de todo mundo sair por ai fazendo videoaula amadora, no imediatismo exigido pela situação e sua surrealidade; convém, primeiro estimularas trocas de experiências entre os professores, seja por grupo de WhatsApp, emails, "Lives" nas redes sociais digitais. De o professor pensar atividades iniciais mais simples e gradualmente, a medida que irá se familiarizando com alguns recursos, ir incorporando-os ao seu fazer pedagógico; estabelecendo trocas com outros educadores e com o possível suporte da instituição, quando houver.
Eu, comecei de forma gradual: na primeira semana utilizei-me do livro didático, do aplicativo da escola que todos os alunos tinham instalado no celular, do e-mail e do grupo de whats para passar tarefas, de leitura de páginas de conteúdo à resolução de questões; na segunda semana, mandei gabaritos em PDF, mapas mentais e podcasts (arquivos de áudio) para explicar o conteúdo; na terceira, passei a fazer videoaulas em plataforma da escola, com momentos de 20 minutos, usando de forma compartilhada na tela slides, mapas mentais e livro didático junto aos alunos; mais adiante penso em produzir vídeos e disponibilizá-los via YouTube, ou fazer Hangouts (app que se instala no celular e permite videochamada de até 100 pessoas, recursos liberado gratuitamente neste período de pandemia). Apesar de ter longa experiência com educação a distância, sei que meus alunos não possuem isso, então, muita calma nessa hora: QUALIDADE acima da quantidade e bom senso acima do imediatismo e do atropelo.
Que a surrealidade do mundo lá fora, não contagie a educação, pois de fato um computador, por melhor que seja, nunca será o substitutivo pleno para a escola, quando muito um paliativo, e em alguns casos, mera simulação para se tirar uma boa fotografia e expor como novidade e suposta adaptação supersônica à situação excepcional.
sexta-feira, 3 de abril de 2020
Simuladores: ótima postagem do blog Dicas de Ciências para atividades com os alunos
A imagem acima SIMULADORES, trata-se de atividade e popularização das Ciências que encontrei justamente no blog DICAS DE CIÊNCIAS, de minha colega e amiga Andrea Barreto, professora no Rio de Janeiro (RJ), Brasil e que indico para utilização com alunos.
Diversos tipos de simulações para que sejam tratados diversos conceitos da Física e das Ciências em geral.
Seguem link para a referida postagem e para o referido blog:
SIMULADORES
DICAS DE CIÊNCIAS
Live: Educação, Ciências e Blogues como ambientes de ensino e aprendizagem
O vídeo acima refere-se a Live feita no Facebook, em 02/04/2020, cujo tema envolvia EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E BLOGUES COMO AMBIENTES DE APRENDIZAGEM. A conversa promovida pelo PROFESSOR DIGITAL José Carlos Antonio, de Santa Bárbara do Oeste (SP), com o apoio do URBANAUTA José Antonio Klaes Roig, de Rio Grande (RS), teve como convidada a professora Andrea Barreto, do Rio de Janeiro (RJ), editora do blog DICAS DE CIÊNCIAS.
A conversa girou em torno desses tema: educação, ciências e uso de blogues pelos professores, já que os três professores "jurássicos", são blogueiros educacionais há décadas e tendo seus blogues como fonte de referência para outros educadores e alunos.
José Carlos Antonio mantém o blog PROFESSOR DIGITAL, que tem seu conteúdo referenciado em diversos TCCs, dissertações e teses por outros educadores e pesquisadores.
José Antonio Klaes Roig é editor do blog EDUCA TUBE BRASIL que serve como repositório digital de diversos audiovisuais (clipes, curtas, documentários, slides, peças publicitárias, cenas de filmes etc) que recebem uma resenha e proposta de uso pedagógico e serve como suporte indireto a diversas educadores, que inclusive sugerem materiais para o acervo.
Andrea Barreto promove o ensino das Ciências via blog DICA DE CIÊNCIAS, que além de popularizar as Ciências de modo geral e estimular seus alunos, de modo específico, ainda vale-se do imaginário do cinema, das tecnologias e do cotidiano para produzir suas postagens, algumas delas fruto de solicitações de outros professores.
O blog, ou diário virtual, ainda é uma ótima ferramenta de interação entre professores, professores e seus alunos, escolas e comunidade. É um pequeno canal de comunicação, onde é possível armazenar a produção escolar de um professor, de sua turma, da escola, sendo de fácil acesso, utilização e custo zero. É como utilizar um e-mail, só que a mensagem pode ficar restrita (por meio de senha) a um grupo ou aberta ao mundo.
O blog, que surgiu como diário virtual de adolescentes, foi depois utilizado por diversos professores como ferramenta de produção, divulgação ou armazenamento de vídeos etc. Depois passou a ser usado por jornalistas e celebridades, até que se banalizou ao ponto de, como o YouTube, passar o termo "blogueiro", como o "youtuber", a ser mencionado de forma pejorativa por causa das polêmicas causadas por blogueiros e youtuber, nada educacionais, que difundiam Fake News, preconceitos e discriminações em busca de likes, visualizações, fidelizações e monetizações.
A maioria dos blogueiros educacionais produz e compartilha sua prática escolar sem fins lucrativos, de forma diletante mesmo. Alguns, por causa de um material diferenciado, que requer edição, pesquisa profunda e muita criatividade, acabam se destacando e se tornando verdadeiros popstars, com milhões de visualizações, com monetização e destaque nacional. É a exceção, não a regra. Mas o importante é que o blogue pode ser uma ótima ferramenta de interação, produção e divulgação de conteúdo educacional referenciado pelo próprio professor. Ou seja, um espaço de aprendizagem e também de ensino, seja em tempos de crise (COVID-19 ou não) ou em tempos de normalidade.
Na conversa acima, o blogue educacional foi um dos temas e em próximos eventos esse assunto será retomado.