sábado, 27 de fevereiro de 2016

Plano de sequência cinematográfico espetacular, feito em 1964, quando drones eram ficção!


Plano sequencia 1964

Esse longo plano sequencia feito em 1964 é incrível, usando cabos, cordas e muita criatividade pra realizar a cena com a visão do diretor, assista até o final, vale a pena.http://www.senscritique.com/film/Soy_Cuba/390558?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_content=Fiche%20SC%20Soy%20Cuba&utm_campaign=Extrait%20Soy%20Cuba

Publicado por Super Cinema em Quarta, 20 de janeiro de 2016


O fantástico vídeo acima Plano de sequência, descobri no Facebook do colega e amigo José Henrique Freitas, educador do Rio de Janeiro (RJ) Brasil, que sempre compartilha em sua linha do tempo suas incríveis descobertas. Nesta caso, trata-se de espetacular plano de sequência cinematográfica do Cinema cubano, feita em 1964, sem grandes recursos, mas com muita criatividade, usando e abusando de cordas e cabos para fazer o que hoje se consegue com um sofisticado e ainda pouco popularizado drone.
Algo que vem ao encontro dos conceitos de "Ideal e possível" que digo aos colegas da educação, quando comento em formações, palestras, postagens no blog ou redes sociais, ou em bate papos informais, de que devemos lutar pelas condições ideais, mas sem esquecer de usar as possibilidades. Pois entre o novo e o inovador, existe muita novidade. Inovação é quando usamos algo, além de seu conceito inicial, o transformando E se conseguirmos transformar os equipamentos e as máquinas, humanizando-os em prol de uma educação de qualidade, e não apenas tentar robotizar pessoas e procedimentos, nós é que primeiro sentiremos os efeitos de tal transformação, e transformados, poderemos transformar nossa prática escolar, do aluno e da comunidade. Nada de Transformers, mas de educadores inovadores, transformadores...
Um plano de aulas pode ser tão inovador como um plano de sequência de uma cena de filme de cinema, desde que nos inspiremos na máxima do grande cineasta brasileiro Glauber Rocha, que dizia que bastava uma ideia na cabeça e uma máquina na mão, para sair filmando.
No caso do educador e da educação, o planejamento sequencial de ações, atividades, projetos requer essa visão panorâmica de que o processo de ensino-aprendizagem e da construção do conhecimento é semelhantes ao da construção civil, em que primeiro são feitas as fundações, os alicerces, a base fundamental do ato de educar, de baixo pra cima, para que depois o acabamento (a graduação, pós-graduação etc) venha em sentido contrário, de cima para baixo.
O cinema e as artes em geral podem ser aliados neste processo de reflexão e de execução de projetos de ensino e de aprendizagem no ambiente escolar e na comunidade. Seja usando uma câmera digital ou um telefone celular para documentar a realidade local e a prática escolar, seja o professor em parceria (coautoria) com seu alunado criando material didático e audiovisual e compartilhando com seus pares, com a comunidade escolar e com o mundo virtual, como incentivo aos que produzem ou inspiração àqueles que desejam fazer algo simples e ao mesmo tempo inovador.

Já dizia Arquimedes, um dos maiores matemáticos da Antiguidade, falando sobre o princípio da alavanca, por ele inventada: "Dêem-me um ponto de apoio e eu levantarei o mundo".
O princípio da alavanca, de utilizar uma haste e um ponto de apoio para deslocar o eixo de um objeto e poder movimentá-lo, elevando-o, é algo que continua essencial à educação, e as artes e cultura, e as tecnologias, digitais ou não, podem ser esse ponto de apoio a servir para alavancar o processod e ensino-aprendizagem. Cabo, cordas, roldanas; cabos USB, conexões, redes lógicas e sem fio nas redes sociais escolares... Usar a realidade local em favor da educação universal, eis o grande desafio do educador do século XXI.

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