domingo, 28 de março de 2021

"A coisa toda de trabalhar em casa": múltiplas funções e múltiplos ensinos e aprendizagens nas fronteiras entre o mundo real e o virtual




O vídeo acima, The whole working-from-home thing [A coisa toda de trabalhar em casa, tradução livre], é uma propaganda da Apple, uma das Big Techs (empresas gigantes da tecnologia), produzida como peça de humor, mas que também é uma provocação reflexiva sobre esses dias de "Home Office", de trabalho em casa, em tempos de pandemia global e todas as suas implicações. O vídeo [com legendas automáticas] conta a história de 4 colegas que se reúnem para produzir um material coletivo e online, no formato cooperativo [todos no mesmo nível] para um cliente, e todas as situações descritas, no campo dos negócios, se prestam para a realidade de famílias, de professores, de gestores e de todos os demais, pois todos já passaram por situações semelhantes em suas áreas de atuação.
Um material que descobri por acaso, quando procurava outro vídeo sobre o assunto [ainda não localizado, de um executivo que vestido de terno e gravata atravessa sua casa e depois a piscina sobre uma prancha de surf para acomodar-se do outro lado da área externa, numa mesa com notebook e conexão com a internet]. Se alguem localizar esse vídeo que assisti no Tik Tok e não encontrei no YouTube, agradeço, para "linkar" a esta postagem.
A pandemia, as regras de distanciamento, depois confinamento social trouxeram um impacto tremendo ao cotidiano de todas as sociedades. Nunca tivemos algo semelhante e por tão longo tempo. Foi preciso se readaptar, se reinventar, se transformar. Aqueles que tinham uma base de informática, foram os primeiros, mas, mesmo pra esses, era algo inédito, e nunca se trabalhou tanto em casa e no geral como atualmente. Tomando como exemplo eu mesmo: quando não estou diante de uma tela dando aulas online, em tempo real, estou diante de telas produzindo aulas, adaptando conteúdos para slides, pesquisando vídeos, textos, salvando em PDF, compartilhando em grupos de alunos, aplicativos e plataformas da escola, participando de "Lives", seminários, webnários, preenchendo formulários, com todo o desgaste físico e emocional que isso implicado. Tremenda exposição de imagem, exposição a dados e mais dados, interferências diversas: fone tocando, vizinho brigando ou tocando m´sica em alto e bom som, conexão caindo, equipamento se desconfigurando, aplicativo tendo que ser reinstalado etc.
Pais e filhos dividindo o mesmo espaço social: a casa. Cada um num cômodo, uns assistindo, outros sendo assistidos via telas e mais telas. Um novo comportamento familiar que necessitou de adaptação de tempos e de espaços. Situações que envolvem privacidade, tranquilidade ou falta de, organização, planejamento e muito mais...
Antes da pandemia, o sonho de consumo de muitos era poder trabalhar em casa, mais tranquilo, sem perder tempo com deslocamentos e tudo mais. Seu pedido foi realizado, disse o gênio da garrafa que não abrimos. Foi um vírus poderoso que causou toda essa transformação, fazendo até aqueles mais receosos de entrar na internet, ter um perfil em rede social, uma conta de correio eletrônico (e-mail), comprar com cartão de credito ou débito online etc, a se render a força do mercado digital. Aquelas empresas, as tais Big techs, que já eram gigantescas, aumentaram seu tamanho, riqueza e poder... Os maiores bilionários do planeta são dessa área.
Enquanto isso, pais e filhos, professores e alunos, líderes e liderados, chefes e empregados tiveram que conviver com essa nova realidade [o tal de "novo-normal", expressão que me dá calafrios, pois não tem nada de normalidade nisso]. Todos tiveram que descobrir múltiplas funções, e acabaram tendo também múltiplas aprendizagens [professores ensinando alunos e outros colegas a usar aplicativos, recursos tecnológicos etc, alémd e seu conteúdo curricular; alunos ensinando professores e colegas sem conhecimento aprofundado do mundo virtual, da cibercultura a ser adaptarem a esse "Admirável Mundo Novo", previsto em parte pelo escritor Aldous Huxley]. A inteligência coletiva e humana avançou nesse período junto à Inteligência Artificial. A brainstorm [tempestade de ideias] em um grupo... O trabalho colaborativo pressupõe um mediador [professor, genrente, maestro, mestre] que coordene as ações...
Enfim, o mais interessante nesse vídeo e nesse período que vivenciamos é que serviu para mostrar aos defensores de homescholling [ensino em casa], que nem todo pai tem como substituir o bom professor. Que o bom professor jamais será substituído por máquinas, por melhor e mais avançados que sejam seus algoritmos, pois nenhuma máquina tem a bagagem sentimental que um educador possui. Mas, em contrapartida, a pandemia mostrou que professores que têm ensino mecânico, robotizado, calcado na memorização, na chamada "decoreba", esses sim, serão substituídos por simples algoritmos que produzem textos, questionários e atividades nem tão criativas, originais, autênticas como as feitas pelo professor diferenciado. Mas que o aluno nem nota a diferença, conforme matéria veiculada na imprensa de certa universidade que substitiu os professores por uma IA - Inteligência Artificial e ninguém notou...
"A coisa toda de trabalhar em casa", não é tão simples como muitos imaginavam, antes da pandemia, nem tão complexa como àqueles que resistem a aderir ao mundo virtual. Não é uma peça de humor nem um drama, mas uma nova realidade, um novo mundo, um mundo possível diante do contexto epidêmico e pandêmicos que nos rodeia. Se sairemos melhores disso tudo, tenho minhas ressalvas. Mas o bom professor, certamente que sim e o bom aluno, idem, pois todos acabam aprendendo uns com os outros, e ensinando uns aos outros, em comunhão [digital], como diria o educador Paulo Freire. Desliga o microfone, liga a webcam, compartilha o vídeo, o som tá bloqueado, não estou vendo os slides... Quem não passou por isso alguma vez neste período?...
Hoje, as telas tomaram uma dimensão de janelas para o mundo, sejam as telas de telefones celulares, smartphones, tablets, notebooks, desktops etc. Assim como as telas de TV, de internet e tudo mais que nos proporcionam contato com a arte e a cultura, que são essenciais para manter nossa humanidade e preservar nossa sanidade mental nesses tempos de inclusão digital. Nem todos ainda foram incluídos, o que mostra a desigualdade social mundo afora. E a pandemia isso tudo agravou. E gravou nas telas, nos olhos, em nossa memória...

Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com
José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direta desta postagem.

sábado, 27 de março de 2021

Chamada da escola em 2026: uma peça de humor para uma breve reflexão crítica e intertextual, vinculada a algumas cenas emblemáticas do cinema




O vídeo acima, Chamada da escola em 2026, é uma peça de humor, que recebi via WhatsApp, e, como tal, tem que ser interpretada, na associação de nomes de alunos a termos recorrentes na pandemia. Uma brincadeira, eu sei, mas toda obra de humor é algo mais sério do que a primeira vista ou audição imaginamos, pois envolve senso crítico, contextualização, sensibilidade, exposição de situações absurdas em paralelo com situações do cotidiano. Enfim, é uma forma de análise social que se evidencia em memes, piadas, charges, tirinhas, caricaturas, esquetes, tiradas irônicas, sarcásticas etc.
Chaplin, ator e diretor inglês, que criou a personagem Carlitos, o genial vagabundo, fez uma dura crítica o nazismo em seu filme, O Grande Ditador, em um dos discursos mais simbólicos, emblemáticos, poéticos que já vi no cinema, vejam cena a seguir, produzida em 1940, ou seja, mais de 80 anos, continua terrivelmente atual, sob o ponto de vista das relações humanas e sociais, das evoluções tecnológicas e muito mais:



Chaplin apela para o humor, para fazer uma dura crítica ao processo desunamizador da Revolução Industrial em curso, ao seu tempo, no filme Tempos Modernos, de 1936, vide cena logo abaixo:



Ainda no filme Tempos Modernos, Chaplin, em sua comédia de erros, também usa do humor para criticar o sistema social que persegue pessoas por conta de suas opiniões, como o caso de Carlitos pegando uma bandeira caída ao chão, querendo devolver aos seus integrantes e acaba liderando sem saber uma enorme manifestação, e sendo associado pelos policiais a um revolucionário e sendo perseguido pelo seu gesto sem tal intenção:



Inúmeras são as possibilidades do uso do humor, da crítica e da interpretação textual (sejam livros, filmes, letras de músicas etc) no ambiente escolar, dependendo da bagagem cultural de cada professor em diálogo intertextual com o conteúdo curricular que ministra. Mtwrial que pode proporcionar uma aula integrada e interdisciplinar, ou até multidisciplinar, agregando a participação de professores de Linguagens e Humanas, cada qual adequando ao seu componente curricular: geohrafia, história, sociologia, filosofia interagindo com literatura, artes, língua portuguesa, língua estrangeira, educação física etc.

A partir de uma simples peça publicitária, um videoclipe, um curta-mentragem, um fragmento de um livro, um pequeno conto, um meme, uma charge, uma tirinha, uma notícia de jornal, um tweet de rede social ou outro material, é possível promover múltiplas visões de mundo, múltiplas perspectivas, sem contar que promove a integração do conteúdo com as diretrizes da BNCC - Base Nacional Comum Curricular da Educação brasileira. ;-)

Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com
José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direta desta postagem.

quinta-feira, 25 de março de 2021

Projeto universitário produz audiovisuais em italiano [e legendados], contando a vida de Leonardo Da Vinci para crianças da rede pública de ensino do Brasil




O vídeo acima, "Io, Leonardo", é o primeiro de uma série de animação, de um total de três, dirigido às crianças, para contar a história de vida do grande artista renascentista Leonardo Da Vinci, com narração de Ana Paula Brun e legendas no YouTube, em português.
Vídeos com pouco mais de quase 2 minutos cada, mas que traz uma pequena versão de seus dados mais relevantes, dirigido ao público infantil.
Os audiovisuais fazem parte do projeto “Intercultura nas escolas: o italiano como língua e cultura na rede pública de ensino”, elaborado por lança uma série de vídeos em italiano sobre a vida de Leonardo Da Vinci. O material é destinado às crianças da rede pública de ensino de Curitiba, e está vinculado à UFPR, através dos estudantes bolsistas que produziram tal conteúdo relevante.
Segundo a coordenadora do projeto professora Paula Garcia de Freitas (UFPR), “O objetivo é inserir os alunos de Licenciatura em Italiano em contextos que contribuam para a valorização dessa língua e de seu ensino, a formação linguística e profissional dos alunos, o reconhecimento da Educação Básica como um espaço de formação e atuação profissional e a ampliação de conhecimentos dos envolvidos. (…) Nossas ações têm permitido perceber que é papel do professor de línguas orientar o processo de (auto)aprendizagem, provocar a reflexão e, acima de tudo, proporcionar vivências que façam com que a (auto)educação aconteça”.
Seguem os dois outros audiovisuais:





Para maiores detalhes do projeto, recomendo visita ao portal da UFPR, no link a seguir:

Vídeos em italiano contam a vida de Leonardo Da Vinci para crianças

Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com
José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direta desta postagem.

terça-feira, 23 de março de 2021

A ciência brasileira e a Síndrome de Cassandra: palestra de Natália Pasternak e as relações intertextuais entre a divulgação científica e a crônica de costumes




O vídeo acima, A ciência brasileira e Síndrome de Cassandra, descobri no YouTube e trata-se de uma ótima mini conferência da microbiologista Natália Pasternak ao TEDxUSP, de 2017, em que de forma didática, a especialista defende a importância da ciência frente ao avanço das crendices, superstições, Fake News, traçando um interessante percurso da anticiência, das pseudociências e das chamadas terapias alternativas e o silêncio dos próprios cientistas durante este período. Esse mea culpa de Natália é muito reflexivo, não apenas na ciência, como na política e na sociedade, pois, de certa forma, todas pessoas esclarecidas se omitiram quando viram certos discursos negacionistas, intolerantes, fascistas, revisionistas e diversionistas foram se instalando na sociedade, através de programetes policialescos glamoruizando as políciais violentos e milícias, programas jornalísticos e humorísticos flertaram com o sensacionalismo, banalizando e humanizando figuras sinistras e política e terrivelmente incorretas, não contestando o Tiozão da família nos grupos de redes sociais e tudo mais.
Natália também de forma didática demonstra como iniciou, no marketing e publicidade, usando a linguagem da ciência para vender shampoo e outras coisas, ao mesmo tempo que demonstrou a importância da pesquisa científica, frente ao descrédito de cientistas, professores e especialistas, frente a uma população dominada por notícias falsas, espelhadas em massa.
A "síndrome de Cassandra", aquele mito grego é bem propício ao momento atual e negacionista e o exemplo dado por Natália é emblemático. Em alguns momentos, sua fala me lembrou fragmentos do livro de CarlSagan, um dos grandes divulgadores da Ciência, "O mundo assombrado pelos demônios". Vejam abaixo, vídeo resenha sobre o referido livro:



Outro material intertextual que me veio à mente, enquanto ouvia a palestra da Dra. Natália Pasternak, foi esta interpretação de Antonio Abujamra, dramatizando a crônica "Eu sei, mas não devia", de Marina Colasanti:



Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com
José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direta desta postagem.

domingo, 21 de março de 2021

O "buraco quadrado" e a mesma solução para todos os problemas: designer, humor e reflexão sobre o poder da imaginação na educação




O vídeo acima, The Square Hole Meme - 1st viral meme of 2021 (Meme de O buraco quadrado - 1º. vídeo viral de 2021), descobri no aplicativo Tik Tok e achei um material bem interessante para uma reflexão sobre ensino e aprendizagem, embora seja uma peça de humor, um meme sobre designer e as soluções mais fáceis para problemas mais complexos.
O meme mostra uma jovem incentivando alguém a inserir peças de formatos diferentes, cada uma em seu local adequado, até que a frustração ocorre, já que todas as peças acabam sendo colocadas na mesma cavidade, o tal "buraco quadrado". Lembra-me o aluno, o candidato a concurso, o cursista que numa prova de escolha múltipla resolve marcar a mesma alternativa, tipo a "A", para todas as questões, contando com a sorte ou o azar dessa única escolha para situações diferentes e complexas.
No campo da educação, lembra-me também o professor que não se cansa de explicar algo, mas sempre do mesmo jeito; o de uma prática mais calcada na memorização, na repetição, no mecanicismo, na "robotização", do que na apreensão de conhecimento por associação entre o formal e o conhecimento prévio que o aluno traz de casa.
O "buraco quadrado" está em toda parte e é a tal única escolha que aqueles que preferem o caminho mais fácil para chegar a nenhum lugar. Seja o que copia algo da internet sem dar crédito ao autor (plágio); seja o que participa de um trabalho em grupo e não auxilia em nada, só incluindo seu nome; seja até aquele que faz tudo pelo grupo, colocando tudo no mesmo buraco quadrado...
O meme é uma peça de humor crítico que serve para múltiplas reflexões, principalmente no ambiente escolar, seja em aulas de produção textual e interpretação de textos (verbais, não verbais e mistos), em filosofia, sociologia, história e muito mais.
Saber valer-se da arte, da cultura, da criatividade em sala de aula é essencial ao educador do século XXI, pois promove um diálogo com o universo do aluno, incorporando elementos da bagagem sentimental do educador à do aluno, através das trocas de saberes, sejam eles seriados, livros, filmes, canções, experiências de vida etc.
Em tempo: após publicação desta postagem, encontrei esse tweet, via Linkedin da colega e amiga Josane Batalha Sobreira da Silva, que vem ao encontro do que comentei:



Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com
José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direta desta postagem.

sábado, 20 de março de 2021

A Cinco Passos de Você: filme e videoclipe sobre distanciamento social, antes da pandemia, mas que serve para profunda reflexão social diante da atualidade




O vídeo acima, é trailer do filme A Cinco Passos de Você, com trilha sonora de Daughter para a belíssima canção Medicine (Medicamento).
A Cinco Passos de Você é filme adaptado de livro de mesmo nome e foi uma indicação de meus alunos do ensino médio, feita em 2019, durante uma aula de Produção Textual, pois trata da história de amor entre dois jovens, Stella e Will, que se conhecem num hospital, enquanto são tratados de uma doença chamada fibrose cística, que impede o contato direto. Eis a alusao ao título do filme, de manter certo distanciamento para não ser contaminado por bactérias, já que Will esta em estado mais grave e Stella está na fila, aguardando um transplante de pulmão.
Em 2020, durante a pandemia, lembrei dessa história de amor, em tempos de pandemia, e da necessidade de professores, alunos, familiares estarem a no mínimo cinco passos uns dos outros em locais públicos, devido ao distanciamento social.
A amizade, o afeto, a solidariedade, a empatia e a alteridade são medicamentos essenciais em tempos de pandemia ou não, e filmes, livros, músicas são também um receituário fundamental para manter nossa humanidade, sanidade (saúde mental).
No filme, os jovens se comunicam constantemente por meio do telefone celular. O filme é de 2019, ou seja, bem antes da pandemia, mas traz muitas questões que o fazem ser bem atual, na questão do distanciamento social, da comunicação a distância, uso de máscaras, dos cuidados com higiene e muito mais.
Stella, ao perder um amigo, grava um vídeo em seu canal do YouTube, que é bem emblemático para os dias atuais: "Precisamos ser tocados por quem amamos quase quanto do ar que respiramos, só fui entender isso direito, depois que o perdi".
Uma bela, tocante e comovente mensagem que nos serve de inspiração, para valorizar aos amigos, às pessoas que a gente gosta e que gostam da gente e que são nosso suporte nesses dias tensos e intensos. Uma espécie de Romeu e Julieta do século XXI.
Este filme, A Cinco Passos de Você, trailer a seguir, é um ótimo material para reflexão e indicação a pais e filhos, professores e alunos para trabalharem questões como resistência, resiliência, vida em sociedade:



Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com
José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direta desta postagem.

sexta-feira, 19 de março de 2021

"Lima Barreto: triste visionário", com Lázaro Ramos e Lilia Schwarcz (Flip 2017): aula magna sobre literatura, cidadania e sociedade brasileiras




O vídeo acima, "Lima Barreto: triste visionário", trata-se de fragmento da sessão de abertura da Flip 2017, com Lázaro Ramos e Lilia Schwarcz, cujo tema foi Lima Barreto, escritor que é considerado um dos maiores gênios da literatura brasileira, ao lado de Machado de Assis, Graciliano Ramos e Guimarães Rosa. É um texto terrivelmente atual e que, passado um século, mostra ainda a estrutura monolítica de nossa sociedade, ainda cartorial, como nos tempos das capitanias hereditárias.
Por isso a importância de ler os clássicos, por sua atemporalidade e universalidade. Gênios da palavra que conseguiram como poucos radiografar a alma do brasileiro e a vida nesses "tristes trópicos".
Lima Barreto, além de visionário, foi um crítico muito perspicaz de seu tempo, nos legando diversas crônicas, contos e livros que mantém uma triste versossimilhança com nossa atual realidade, vide, por exemplo, a crônica O PAI DA IDEIA, já destacada anteriormente neste blog educacional:

O PAI DA IDEIA, CRÔNICA DE LIMA BARRETO

Recomendo, os vídeos a seguir, que trazem a Sessão de abertura completa e outros vídeos da professora Lilia Moritz Schwarcz, uma profunda conhecedora da literatura brasileira e da obra de Lima Barreto:

Flip 2017 - Sessão de abertura: “Lima Barreto: triste visionário”:



A importância da obra de Lima Barreto, por Lilia Moritz Schwarcz:



LIMA BARRETO, O BRASILEIRO DO SÉCULO | LILIA MORITZ SCHWARCZ:



O visionário Lima Barreto – Parte 1:



O visionário Lima Barreto – Parte 2:



O visionário Lima Barreto – Parte 3:



O visionário Lima Barreto – Parte 4:



Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com
José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direta desta postagem.

segunda-feira, 15 de março de 2021

O Emprego: criativo curta de animação que discute as relações de trabalho na atualidade, na perspectiva da objetificação das pessoas [cinema e sociedade]




O vídeo acima, O EMPREGO (el Empleo), é um curta de animação de Santiago Bou Grasso, que discute as relações de trabalho entre as pessoas em que uns são objetos dos outros, na relação enyre explorados e exploradores, na perspectiva da objetificação das pessoas.
Na cena inicial, o protagonista acroda e toma café, usando seus familiares como móveis e objetos de decoração. NO percurso para o trabalho, se vale de outras pessoas atuando como coisas e, por fim, como uma surpresa no desenlace do curta, ele próprio, de protagonista, passa a mere figurante, literalmente sendo tratado como um capacho, um tapete na frente da sala de outro alguém. OU seja, quem explora acaba também sendo explorado nesse ciclo vicioso, tão presente na sociedade.
Um ótimo audiovisual para reflexão e provocação filosófica e social.
O emprego, descobri via indicação do colega e amigo Robson Freire, que me sugeriu o link abaixo:

15 filmes de animação infantil com exibição gratuita acompanhados de atividades pedagógicas

Para assistirem a outros curtas de animação, recomendo visitação ao portal abaixo:

TAKORAMA FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA

Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com
José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direta desta postagem.

domingo, 14 de março de 2021

Umbrella ou o Guarda-Chuva Amarelo: Curta-metragem de animação brasileiro, premiado e qualificado ao Oscar, que trata de empatia, gentileza, alteridade, esperança e solidariedade




O vídeo acima, Umbrella (Guarda-Chuva), é um curta-metragem de animação brasileiro, um filme independente, com direção de Helena Hilario e Mario Pece, premiado e qualificado ao Oscar, que conforme consta na apresentação do mesmo no YouTube, é "Inspirado em eventos reais, enquanto uma meninha visitava um lar de crianças ela conheçe Joseph, um menino que sonha em ter um guarda-chuva amarelo. Esse encontro inesperado desperta as memórias do passado dele."
Uma bela e comovente história e narrativa visual sem diálogos sobre empatia, gentileza e esperança, que toca fundo à alma do espectador, pois falam de uma linguagem universal e atemporal, chamada de alteridade, do colocar-se no lugar do outro, de ser solidário com o outro, de estebelecer uma conexão. Não por acaso, o guarda-chuva amarelo é esse símbolo desse resgate feito pela memória, que é a nossa pequena máquina do tempo.
Um vídeo para trabalhar leitura de imagens e escrita criativa com alunos sobre o que representa o guarda-chuva amarelo? E qual é o seu guarda-chuva amarelo?

Para saber mais sobre a animação, segue link para a o site do mesmo:

UMBRELLA

Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com
José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direta desta postagem.

sexta-feira, 12 de março de 2021

GeoGuessr - Vamos explorar o mundo! [jogo de descoberta geográfica baseado na web via Google Street View]




O vídeo acima, Geoguessr - Onde é que eu estou?, encontrei no canal Jovem Nerd e trata-se de material explicado sobre um recurso que meu filho me indicou, denominado GeoGressr, que é um jogo de descoberta geográfica baseado na web e via Google Street View.

Um recurso lúdico, um jogo que pode se tornar educativo, se utilizado pelo professor com essa concepção, dinamizando sua aula de Geografia, que poderá ser em parceria com as de História, Literatura, Filosofia etc, buscando elementos em comum. Um jogo que requer um conhecimento geral de mundo de cada jogador a partir da nálise das imagens disponibilizadas.
Abaixo, imagem e link para o portal do jogo:



GeoGuessr - Let's explore the world!

A seguir, indico dois vídeos sobre a disputa entre dois youtubers, usando o GeoGuessr, que dá uma dimensão de suas possibilidades, que podem ser utilizadas na educação, pois além dos elementos geográficos, requer uma cultura geral dos jogadores, a partir da observação de detalhes em placas, línguas, bandeiras e outras situações:





Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com
José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direta desta postagem.

domingo, 7 de março de 2021

As Bruxas Retratadas na Arte Através dos Tempos: história, literatura, cultura, política e sociedade




O vídeo acima, As Bruxas Retratadas na Arte Através dos Tempos, descobri através do portal NotaTerapia, e trata´se de riquíssimo material pictório com diversas representações da ideia de "bruxa", no transcorrer da história e da arte e, principalmente, da História da Arte.
Mulheres que a cada tempo desafiou os valores de seu próprio tempo, em buscar de liberdade de pensamento, de vida, da subsistência, de operárias a donas de casa, de soldadas a heroínas, de feiticeiras celtas a policiais, de espiãs a empresárias, todas, em algum momento da história foram taxadas de bruxas, feiticeiras e perseguidas por conta de seus atos e opiniões. Algumas levadas às fogueiras da Inquisição, outras trabalhadoras trancadas em galpão que incendiou, quando lutavam por jornada de trabalho mais humana, salário digno, repouso etc. A luta das sufragistas pelo direito de votar e ser votada; a luta das empregadas domésticas pelo registro em carteira profissional; a luta pela mãe poder ter liceça maternidade e acompanhar em casa seu filho pelo tempo necessário.
Enfim, a luta das mulheres e cultura de taxá-las de bruxas por conta disso é um ato político que move a sociedade, desde sempre, na busca por um mundo mais justo, humano e igualitário.
Este vídeo serve, não apenas para a introdução de uma aula de Artes, bem como de História, Filosofia, Sociologia e muito mais. Pode servir para um diálogo entre Literatura e Produção Textual, através da pesquisa de textos que descrevem bruxas e feiticeiras, como representações de um imaginário de um tempo e de um espaço.
Aura, de Carlos Fuentes é um livro fantástico em que a temática fica evidenciada, em forma de realismo mágico. Um clássico de 60 páginas que recomendo. Vejam, a seguir, o vídeo "Aura explicada por Carlos Fuentes 1977":



Indico também um ótimo livro de pesquisa acadêmica de minha ex-professora Nubia Tourrucôo Jacques Hanciau, intitulado "A feiticeira: personagem histórica e ficcional das Américas de língua francesa", que está disponível para leitura no repositório institucional da FURG - Universidade Federal do Rio Grande, da cidade do Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil:

A FEITICEIRA: PERSONAGEM HISTÓRICA E FICCIONAL DAS AMÉRICAS DE LÍNGUA FRANCESA

Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com
José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direta desta postagem.

sábado, 6 de março de 2021

Nossa origem - Série Evolução para Todes: Animação do LAAAE/USP ensina evolução humana para crianças [série de divulgação científica]




O vídeo acima, Nossa origem - Série Evolução para Todes, trata-se do episódio 2 de animação e série de divulgação científica que ensina eolução humana para crianças e é uma iniciativa do LAAAE - Laboratório de Arqueologia e Antropologia Ambiental e Evolutiva, vinculado ao Instituto de Biociências da USP, que de acordo com o Jornal da USP, busca levar conhecimento sobre evolução humana, além de arqueologia e antropologia.
Ainda, segundo o Jornal da USP: "O diferencial da animação é a utilização de elementos da cultura brasileira na produção, iniciativa que é trabalhada por uma equipe multidisciplinar formada, além de cientistas, por profissionais de comunicação, marketing digital, design, programação, produção audiovisual, animação e educação em afro-alfabetização. O projeto é liderado pelas pós-graduandas Mariana Inglez, Lisiane Müller e Eliane Chim, do LAAAE, com a supervisão dos professores Rui Murrieta, do Instituto de Biociências, e André Strauss, do Museu de Arqueologia e Etnologia, além de Rodrigo Oliveira, pesquisador colaborador. Também conta com o apoio do Insituto Serrapilheira de fomento à pesquisa e à divulgação científica no Brasil."
Ou seja, unir diversas áreas em uma produção interdisciplinar que envolve também a arte e a cultura brasileira, em animação de curta-metragem.
Abaixo, o episódio 1 da referida série:



Para acompanhar os demais episódios, recomendo o canal a seguir:



EVOLUÇÃO PARA TODES

Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com
José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direta desta postagem.