segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Desconectado: Curta-metragem para reflexão sobre conexões digitais, educacionais e sociais




O vídeo acima, Disconnected (Desligado, Desconectado), encontrei na internet e trata-se de curta-metragem, Prêmio de melhor filme pelo Juri Popular na 4a. edição do FIPC em 2014 e serve a um bom debate e reflexão sobre as conexões digitais, educacionais e sociais que estamos ligados e ao mesmo tempo desligados.
O termo "disconnected" se presta a múltiplas possibilidades, seja na questão da conexão a equipamentos eletrônicos, digitais, como mostra o curta, em uma crítica ao uso indiscriminado, exagerado; seja ao sentido de desligado, sem energia, desconectado ao que acontece ao redor.
De certa forma, atualmente, observamos que muitas pessoas ao se conectarem ao mundo digital se desligam por completo de tudo ao redor, e só voltam a se conectar às redes sociais humanas (família, amigos, colegas) quando os equipamentos estão desligados.
O problema não é a conexão em si, as TIC, mídias e redes sociais, mas o seu uso excessivo, exagerado, como demonstra no curta, em que três jovens se comunicam por via de chat, SMS, e outros recursos digitais, mesmo estando todos no mesmo ambiente físico, mas que só conseguem se olhar um para o outro, quando cai a conexão, quando acaba a energia dos equipamentos.
Mais que isso, faz-se cada dia mais necessário que tanto professores como pais, alunos como filhos se conectem ao universo do outro, conhecer um pouco o mundo do outro, além dos bits e bytes. Que promovam a comunicação efetiva (e afetiva), independente do recursos utilizado.
As tecnologias, mídias e redes sociais podem ser ótimas aliadas para atividades extracurriculares, extraclasse, compensando as limitações de tempo e espaço das salas de aula, do ambiente escolar tradicional, possibilitando a criação de blogs, páginas da escola em rede social, para disponibilizar outros conteúdos, torná-los um canal de comunicação além do convencional entre escola e sociedade.
Hoje, se pararmos para observar nas ruas, parques, cinemas, shoppings, em toda parte, muitos, independente da idade, estão conectados às telas, cabisbaixos, sem olhar para o entorno. A comunicação verbal é cada vez menor enquanto as pessoas estão vidradas em suas telas, seja em aniversários, shows, jogos etc. Só quando desligados, desconectados que a interação verbal parece existir.
Sabemos que quando a televisão já foi considerada vilã, quando surgiu, também acusada de interferir no diálogo familiar. Hoje a vilã, para alguns, é a internet e os meios eletrônicos. Mas sempre bom lembrar que o jornal e todo veículo de comunicação causam momentos de imersão, mas o veículo em si, nunca foi nem será o vilão. Mas cabe a cada um rever sua postura, debater e refletir sobre a necessidade de diálogo entre professores e alunos, pais e filhos, estão mais conectados e ligados ao mundo ao redor, e não apenas à chamada Matrix digital.
Promover rodas de bate papo, com os meios eletrônicos desligados, nem que seja por alguns minutos já promove uma reflexão entre pais e filhos, professores e alunos sobre o grau de dependência que cada um tem e meios de evitar tamanha exposição e desconexão à realidade.
Nem sempre estar conectado digitalmente significa estar conectado ao mundo ao redor e pequenos exercícios de interação com o colega, o vizinho, familiares podem favorecer outras formas de ligação.

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