domingo, 19 de dezembro de 2021

"Abra os olhos": curta-metragem de animação que faz crítica ética e poética sobre o uso abusivo das tecnologias por jovens e crianças




O vídeo acima, que na impossibilidade de localizar ainda seu título, o denominei de "Abra os olhos", trata-se de um belo, poético e filosófico curta-metragem de animação que me foi indicado via Facebook pela colega e amiga Josane Batalha Sobreira da Silva, educadora de Campinas, São Paulo, Brasil.
O referido curta, em linguagem simbólica, mostra a vida de um menino que se sente aprisionado ao fone celular e às redes sociais e jogos eletrônicos, desconhecendo a vida ao redor, sendo mantido cativo como uma cãozinho aos seu dono por uma "coleira digital" que são os estímulos visais e digitais que crianças, jovens e adultos são expostos diariamente.
Há, inclusive, um documentário na Netflix, chamado O DILEMA DAS REDES [vide trailer a seguir] que denuncia essa arquitetura da felicidade ilusória feita pelos algoritmos do mundo virtual, deixando seus "usuários" dependentes, tal qual os dependentes químicos, como se sobre efeito de uma droga, um alucinógeno, desta feita, composto por bits e bytes...



"Abra os olhos" mostra que existe um outro mundo possível, em que crianças e ovens podem interagir sem estar apenas on-line, no mundo físico, com brincadeiras, jogos e outra dinâmica, como a famosa casa na árvore, brinquedos num parque, numa praça, numa praia etc.
Preocupa-me, como educador - tanto como pai e professor - ver propostas como o tal Metaversos que parece ser mais imersivo ainda do que já é, e que, se não houver um controle por parte de usuários, pode levar a uma dependência maior, já que a proposta do metaversos é de imersão total num ambiente virtual, para jogar, trabalhar, estudar, interagir... "Paraísos Artificiaias", parafraseando título de livro de Charles Baudelaire ["Paraísos Artificiais reúne dois ensaios realizados pelo poeta seguindo o seu interesse pelos chamados estados de exaltação atingidos pelo uso de drogas, especialmente as da época: ópio e o haxixe. Em "Um comedor de ópio", Baudelaire comenta e analisa o livro de Thomas de Quincey, Confissões de um comedor de ópio, de quem foi tradutor e grande admirador. No 'Poema do haxixe', o poeta fala sobre os efeitos da droga baseado em suas experiências e na convivência com poetas, pintores e jovens intelectuais franceses, que se reuniam no Club des Hachichins, no Hotel Pimodan, em Paris, onde residia Baudelaire". Fonte: L&PM Editores].



Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com
José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direta desta postagem.

Um comentário:

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