domingo, 12 de julho de 2009

O passo da lua: origens e influências


Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2009/07/11/dica-de-site-tributo-michael-jackson-204091.asp

Fonte: http://www.eternalmoonwalk.com
Imagem acima, indicação via twitter, do Blog do Noblat(http://twitter.com/BlogdoNoblat), do jornalista Ricardo Noblat, trata do sítio Eternal Moonwalk, mostrando vídeos de milhares de ilustres desconhecidos, mundo afora, fazendo a dança criada por Michael Jackson, intitulada "passo da lua".

ORIGENS DO MOONWALK

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=fxZcLWAmdco

Vídeo acima, extraído do You Tube, com a suposta origem do Moonwalk.
Todos nós temos nossas influências, em pais, avós, educadores. O importante é que essas influências gerem algo novo, criem em cima do já existente uma nova versão, além da cópia.
Público e notória a influência do dançarino Fred Astaire na dança de Michael Jackson, por ele mesmo confessada, assim como a admiração do mestre Astaire sobre seu "discípulo", dizendo que Michael tinha inovado a dança.
Com isso, volto aos ensinamentos do mestre Paulo Freire, quando disse em A pedagogia da Autonomia que "Educar é ter a consciência do inacabamento".
Todos somos educadores, no sentido amplo do termo. Mas como também vi em cartaz em escola pública que visitei, dando formação aos professores de lá, no uso do laboratório de informática com fins pedagógicos: "Pais educam, professores ensinam".
Atualmente essa transição entre a educação familiar e a escolar encontra-se mediada pelos multimeios, por conta da desestrutura familiar e social. A escola, muitas vezes, assume o papel dos pais, que isentam-se de suas responsabilidades...
Tanto pais como professores precisam ter a consciência freireana, de que seus filhos e alunos são pessoas em formação, e o papel social de cada um é dar os meios para o jovem encontrar por si mesmo seu talento natural, seja para as artes, seja para o trabalho em geral e para a vida em sociedade.
Educação familiar e/ou escolar severa, sem o devido equilíbrio entre o lúdico e o pedagógico, vimos em Michael Jackson no que deu...
No vídeo acima, de 1940, o dançarino é Bill Bailey, de certa forma faz alguns passos que lembram o "moonwalk", mas é inegável o talento nato de Jackson para a dança, a música, o canto etc. Sem ele, talvez o Moonwalk jamais tomasse essa dimensão... O poder da dança, das artes e dos esportes no alunado deve ser melhor explorado no ambiente familiar, escolar e social.

Abaixo, vídeo de Michael Jackson, com o famoso Moonwalk, indicado para toda uma geração que não viveu o grande "boom" dos anos 1980. Hoje, todos os "street dancers" e assemelhados, são de certa forma, sobrinhos de Michael; parentes distantes por parte da dança e da arte.


Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=s7MmEMrCRfc

Vejam também esse curioso vídeo de dança, abaixo:

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=M4K2P4tAHQI

Todos são herdeiros de Michael, por parte de amor à dança.

Apresentação do vídeo no You Tube:

"street dancing fighters gara finale".

Conhecer o mundo de filhos e alunos é uma forma de buscar um diálogo franco e aberto com essa geração, que é visual, corporal, musical, multifocal e multifuncional.
O grande erro dos pais e educadores é querer que alunos/filhos se incluam ao seu mundo, que já é passado (embora com grandes ensinamentos). Quem deve se incluir no processo de integração social são pais e professores, e dentro dele, mostrarem aos jovens o quanto éramos modernos, e quanto eles nos "devem" dessas origens.
O Moonwalk é um exemplo disso, que tem suas origens décadas e décadas atrás, no aparente e distante anos 1940 do século XX.
Muitas vezes, pais e professores, por não entenderem esse universo jovem, simplesmente preferem o método mais fácil: proibir por proibir. Proíbem boné, celular, exigem uniformes sem entender que o visual faz parte da identidade da juventude. Usar boné não é afronta nem quebra de autoridade, simplesmente uma forma de identidade com a sua tribo.
A dança, o teatro, a música, os esportes, quando explorados no ambiente escolar dão belos frutos e impedem que os alunos se insiram em outros universos (como o das drogas). Enfim, cada tribo tem sua linguagem, e para dialogarmos com elas precisamos compreender o mundo em que vivem e convivem.

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