sábado, 27 de agosto de 2016

Corpos Informáticos: grupo de pesquisa em arte da Universidade de Brasília e suas provocações visuais




O vídeo acima Corpos Informáticos, descobri nos vídeos correlatos do canal TV Brasil, no You Tube e trata-se de iniciativa do "grupo de pesquisa em arte da Universidade de Brasília", no Distrito Federal, Brasil.
Inicialmente, o público na rua confunde a provocação artística com algum tipo de protesto político, mas sempre lembrando que toda manifestação artística e cultural é um ato político, ainda que não partidário. E talvez por isso, aqueles com "profunda superficialidade", misturem a política (que é universal) com o partidarismo (que é algo mais particular).
Corpos informáticos (aqui link para blog do projeto) e também performáticos, por conta da linguagem visual, da inovação e inúmeras premiações ao longo dos 25 anos de existência, e que levam e elevam a arte aos locais públicos, como suas intervenções, instalações e performances artísticas, de provocação cultural, para além dos teatros e museus.
Como comenta a professora Bia Medeiros, uma das idealizadoras do projeto que reúne desde 1992, alunos e professores da UnB: "É um trabalho mais perto do povo e fora das instituição", da importância de ser um trabalho em grupo "para se ter mais potência e visibilidade" e que "a gente não explica nada, as pessoas que procurem suas próprias explicações". O que concordo, pois não cabe ao artista explicar sua obra". É o espectador que deve buscar o sentido, o significado também em um diálogo entre a vida e a arte. Poesia (visual, falada ou escrita) é feita primeiro para ser sentida, depois entendida e, por fim, quando em curso específico, interpretada, tentando ser explicada. Às vezes, em algumas provas de concurso e vestibular, até mesmo o autor discordou da suposta interpretação que alguém determinou ser a mais adequada. :-)
Como diz a aluna Natasha de Albuquerque: "Tem gente que gosta, tem gente que nem percebe" e outras que interagem, e até ampliam a proposta. Algo que os educadores precisam levar em conta com seus alunos, em projetos de aprendizagem.
A arte, como a vida, é para ser vivida, reimaginada, reinventada, e cada vez que participo de mostras artísticas, culturais e educacionais, mais tenho essa impressão, que já foi matricial, depois jato de tinta, a laser e agora em 3D: que entre a ideia (comum a todos) e a execução, há todo um ser imaginante, criativo, que ressignifica a teoria, através de sua prática inovadora. Sobre a contação de histórias, por exemplo já vi inúmeros trabalhos semelhantes, mas nenhum igual, cada um com seu diferencial, que e justamente a identidade com a realidade local daquela turma daquela escola, daquela comunidade. Isto confere aos projetos a autenticidade, e por conta da simplicidade, promove a continuidade dessas ações individuais que se tornam coletivas.
O bom educador é um corpo "performático" no ambiente escolar, marcando seu espaço, como faz um ator (social) em seu palco (seja a sala de aula ou em saídas pelo entorno da escola), que através de sua intervenção, interação pela arte, cultura e tecnologia promove um diálogo com seu alunado.
Ações simples que desacomodem o próprio educador, tirem o aluno da zona de conforto, a escola do lugar-comum, e a comunidade da mesmice, são aquelas que mais promovem a interação social e educacional e este blog está repleto de exemplos os mais variados.
Abaixo, link para o blog do grupo:

CORPOS INFORMÁTICOS - UNB

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