O vídeo acima, que encontrei zapeando no Instagram, mais precisamente no perfil Spritz AI, destaca fragmento de entrevista do escritor de sci-fi Isaac Asimov, autor de clássicos como "Eu, Robô!" e "As Três Leis da Robótica" etc, quando tudo isso era mera perspectiva ficcional, lá em 1988, e hoje, no século XXI, tornou-se realidade concreta como buscadores, indexadores e mineradores de informações gerando dados complexos em segundos, ou seja, Google, Internet, Inteligência Artificial e muito mais.
Cabe salientar, antes de tudo, que a ficção científica sempre se inspirou na ciência e esta foi provocada pelas teorias científicas e pelos devaneios de autores de ficção. O que seria de Julio Verne, antes dele Edgar Allan Poe, depois Lovercraft e tantos mais sem alguma base ou inspiração em leituras científicas ou de divilgação científica para produzirem seus clássicos da literatura? Um depende do outro. Ciência sem imaginação é burocrática, imaginação científica sem base científica é delírio.
Jorge Luis Borges, em "Funes, o memorioso", trata de alguém que não esquece de nada e, portanto, tudo passa a ser desimportante, algo semelhante ao que vivemos na contemporaneidade, com o excesso de informações a um toque de dedo numa tela. Borges previu a Biblioteca Ideal, que seria um local que pudesse armazenar todo o conhecimento humano, de fácil acesso e preservação. Não! Ele jamais imaginou Google, IA, Internet. Estava se referindo num contexto filosófico e não tão tecnológico.
Porém, Asimov notabilizou-se por escrever histórias, narrativas que podem ser rotuladas no gênero sci-fi, e dentre as possibilidades e teorias científicas correntes ao seu tempo, assim como Verne, que previu o submarino nuclear Nautilus e outras parafernálias tecnológicas, eram possibilidades remotas, ainda sem tecnologia avançada para sua confecção.
Por isso que ciência e imaginação, cinema e tecnologia estão umbilicalmente ligados faz tempo. Clipes, arte narrativa visual, precisaram de tecnologia avançada para construir efeitos visuais deslumbrantes. Efeitos visuais deslumbrantes só foram criados por haver demanda e financiamento artístico para tal fim. Então, que essa união estável entre Ciência e Ficção continue duradoura. Quem sabe um dia tenhamos o teletransporte, já que o telemóvel foi pensado no seriado Star Trek [Jornada nas Estrelas, 1966], quando a telefonia móvel [celular] era pura imaginação. O SmartWatch aparece lá em Dick Tracy, nos anos 1930, em HQs. Em "Os Jetsons", animação dos anos 60, é mostrada a teleconferência, robôs domésticos etc.
Vida longa à ciência imaginativa e à imaginação científica.
Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direta desta postagem.
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