quarta-feira, 16 de abril de 2025

Professor em campo hostil: educar não deveria ser um ato de coragem. Nem sempre foi assim [reflexão pedagógica, tecnológica e social]




O texto e imagem acima, intitulado "Professor em campo hostil: educar não deveria ser um ato de coragem. Nem sempre foi assim", encontrei no Linkedin do professor Marcos Morais e é um breve relato para reflexão sobre o contexto educacional que bom parte dos educadores, não apenas da rede pública, estão vivenciando, diante das diversas denúncias e notícias de ameaças e agressões, de falta de infraestrutura, plano de carreira adequado, valorização salarial, reconhecimento social, excesso de atividades extraclasse que comprometem seu lazer e descanso: metas, planilhas, levantamentos, cobranças etc.
Muitos professores perdem mais tempo preenchendo formulários do que preparando boas aulas, e esses levantamentos, se ainda servissem para investimentos, planejamentos de médio e longo prazo, mas tudo indica que amontoam-se sem a devida análise conjuntural. Muitos professores se tornaram burocratas do saber, dispendendo tempo precioso que poderia estar planejamendo, organizando materiais, descansando, curtindo a família, pra cumprir prazos, metas, diretrizes de quem nunca entrou na sala de aula como educador, que nunca foi mestre de 40 alunos ou mais. O que parece um contrasenso, pois sem a prática, a teoria é mera ficção, às vezes científica, se apenas dotarem a escola de meios tecnológicos [computadores, internet, IAs etc] sem a devida discussão, qualificação, capacitação continuada para lidar com esses recursos que podem ser pedagógicos, se bem utilizados, de forma adequada.
Parafraseando Chaplin [vide imagem abaixo], em O Discurso do filme "O Grande Ditador", lá nos anos 40, ou seja, há mais 8 décadas:



Mais do que tecnologia, precisamos de uma pedagogia que seja valorizada pelos recursos humanos e pedagógicos, mais do que os tecnológicos de última geração. ChatGPT jamais substituirá o bom professor, até pelo fato de ele ser um simulador, um parafreaseador de toda a produção humana em rede, minerando o conhecimento e a inteligência coletiva, com alto processamento de dados.
Como disse, certa vez, noutro blog educacional, o LETRA VIDA DO ROIG: "Precisamos humanizar as máquinas e não robotizar as pessoas". E isso foi dito num contexto de quase 2 décadas atrás, quando as IAs eram mera ficção científica... Que a informática na educação engatinhava...
Para complementar esta postagem, segue vídeo com O discurso de Chaplin na íntegram:



Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direita desta postagem.

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