sábado, 23 de janeiro de 2021

Pluralidade: curta distópico sobre o poder da tecnologia no cotidiano, a questão da privacidade e do olhar crítico e plural (cinema, literatura, sociologia e filosofia)




O video acima, Pluralidade, é um curta-metragem distópico que trata de segurança e privacidade, controle e centralização de dados, e muito mais.
Observação: ativem antes as legendas e depois a tradução automática, clicando nos ícones no canto inferior direito da janela de exibição do YouTube.
Achei curiosas as alusões ao cinema, literatura e filosofia. A começar com o agente chamado Foucault, que remete ao Michel, filósofo francês, autor de "Vigiar e Punir" (e a ideia do panóptico), entre outros, um policial que persegue uma jovem chamada Alana que detém a ideia de pluralidade, que remete também aos filmes da série Divergente; Minority Report; Blade Runner e a 1984, de George Orwell, a medida que descobrimos que o sobrenome de Alana é Winston, mesmo nome da personagem (Winston Smith) do clássico distópico em que enfrenta a ira do Big Brither, o Grande Irmão que tudo vê, tudo controla.
Alana, fugindo da Nova Iorque de 2023, lembra também a perseguição que sofre a personagem de Will Smith, no filme de 1998, intitulado "Inimigo do Estado", em que o sistema de vigilância, naquele tempo, julgávamos se ater apenas á ficção científica, antes de Edward Snowden denunciar a vigilância global em 2013.
Atualmente, muitas dessas tecnologias de vigilância já estão em vigor, mundo afora. E a pluralidade de ideias é cada vez menor. E pensar "fora da caixinha", remete tambpem à série Divergente por conta disso, além de diversos episódios do seriado Black Mirror, que faz uma crítica ao uso sombrio das tecnologias.
No curta, Alana detém a pluralidade, que tem a ver com a questão de viagem no tempo, mas essas viagens, viajantes e "estrangeiros", podem ser todos aqueles que veem além do próprio tempo e que tem uma criticidade maior em relação ao cotidiano, seja na família, na escola, no trabalho, na sociedade... E que mudam seu jeito de ver, pensar e sentir o mundo ao redor.
Hoje em dia, abrem-se muitas telas e janelas digitais e fecham-se livros e livrarias. Lembra Farenheit 451, de Ray Bradbury?
Estabelecer a criticidade de jovens e adultos requer não apenas leitura de livros, mas interpretação textual, saber ler nas entrelinhas, identificar o sentido irônico, o sarcasmo, a crítica social, as referências ao contexto.
Trabalhar com Literatura e Cinema de forma integrada aos conteúdos escolares é também estabelecer uma pluralidade de ideias, conceitos e conteúdos, de forma intertextual, inter e multidisciplinar. Uma cena de filme, um curta, um clipe, a letra de uma canção, um conto, enfim, diversos materiais ficcionais ou não, podem tornar a educação mais plural, e menos singular, ampliando as prpoprias aulas de Literatura, Produção Textual, Filosofia, Sociologia, Artes, Geografia etc.
Abaixo, trailer de alguns dos filmes, livro e filmes inspirados em livros, acima mencionados:

















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