terça-feira, 1 de novembro de 2011

O poder das palavras e sua intertextualidade


http://youtu.be/jTdmPfdZF6o

Este vídeo motivacional, O poder das palavras, descobri de hoje (01/11/11), pela manhã, ao acessar as atualizações do Facebook, uma indicação indireta da educadora Cíntia Vechi, de Ribeirão preto - SP, Brasil, que curiosa e coincidentemente vem de encontro a frase que li à tarde, em uma revista de 2009, quando no consultório médico, aguardava para fazer infiltração nos 2 calcanhares, para minimizar as dores de esporão de calcaneo.
"Não me interessa a maneiras como as pessoas se movem, mas o que as faz se mover", frase de Pina Bausch (imagem), a alemã que nos anos 1970 promoveu a fusão entre o Teatro e o Balé, link abaixo:



Memória: Pina Bausch - Edição 2120: A fusão do teatro com o balé

Outra fusão essencial é a da educação com a motivação, tanto do professor como do aluno. E o vídeo acima, demonstra isso: o poder das palavras.
O bom educador vive das palavras, de sua retórica, de sua didática e metodologia, muito mais do que dos recursos tecnológicos que possa usar.
No vpideo acima, um cego pede ajuda em um cartaz, e a moça que passa e observa a cena, reescreve aquele pedido, com outro enfoque, perspectiva e poder de persuasão do leitor, justificando ao senhor:
"Escrevi a mesma coisa, mas com palavras diferentes".
O que ela escreveu? Isto: "É UM LINDO DIA, E EU NÃO POSSO VÊ-LO". Tocante, comovedor e motivador. E o vídeo finaliza com a frase: "Mude as palavras, mude seu mundo".
O que vem de encontro também a citação de León Tolstói: "Há quem passe pelo bosque e só veja lenha para a fogueira". Não basta olhar, tem que saber enxergar as coisas ao redor.
A diferença entre o "burocrata do saber" e o educador nato está justamente no poder das palavras que estes possuem e os outros, não. O educador, como o poeta, eleva as palavras e o conteúdo de sua disciplina acima da linha horizontal do texto em um livro, dando-lhe um contexto além do educacional, ampliando a questão social.
E por experiência própria, posso afirmar que não existe palavra mais poderosa do que a palavra que vem da alma, a palavra amiga, a palavra segura, a palavra autêntica e sincera, franca e gentil... A palavra que demonstra conhecimento do assunto, domínio do conteúdo, e, por consequência, domínio de classe.

Vejam abaixo que interessante jogo de palavras, com a palavra "palavra":

Poesia?

A pá lavra

Euclides Dourado

De início pensei que apenas a nossa “inculta e bela” permite dizer isto de maneira tão sintética, definitiva e definidora do que quer dizer. E também de um belo modo. Porém, “traduzindo” para o inglês, a beleza não se perde:

The word works

E permanece no italiano:

La parola labora

No francês a pronúncia tem seu encanto:

Le mot travaille

No alemão, também a pronúncia guarda certa beleza:

Die worten arbeiten

Assim, a beleza do conceito permanece em outras línguas. Mas somente no português pode-se conseguir a proeza de expressá-lo com as próprias letras.


Fonte: http://www.tirodeletra.com.br/poesia/Apalavra.htm

Um comentário:

  1. Lindo demais este post Caro amigo! Irei reproduzi-lo lá no blog Diálogo com as TIcs. Colocarei os devidos créditos sim!!!! Bom demais!!!!

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