terça-feira, 17 de outubro de 2017

Por que o romance sobrevive: entre o vivido e o imaginado (Por Ian McEwan ao Fronteiras do Pensamento)



O vídeo acima Por que o romance sobrevive, trata-se de palestra do escritor britânico Ian McEwan, dada ao evento Fronteiras do Pensamento e descobri via colega e amigo Lindemberg Castro, educador do Ceará, Brasil.
De início, McEwan compara a ficção como uma grande cidade que representa o mundo que vivemos, nossa condição humana e o exercício da imaginação.
Para ele, há a representação real do mundo social, do vivido pelo imaginado. E, por conta disso, diante de outras formas de lazer e prazer, concorrentes e atraentes, McEwan acha surpreendente que o romance tenha sobrevivido. De fato, é uma façanha que o mundo lido tenha sobrevivido diante do mundo jogado, assistido, compartilhado (cinema, teatro, TV internet, videogame etc)...
Para McEwan, a resposta é simples: o romance se tornou uma forma de representação do outro, de como ser um outro...
Alguém poderá dizer que esse tipo de interação existe nos jogos, nos seriados de TV, no cinema etc. Porém, quem lê um livro, sabe o bem, que o poder da imaginação de cada um sempre será superior à representação de um terceiro. Um filme, um jogo, uma série, uma peça de teatro é uma representação pronta de um terceiro. Já a leitura de um romance é uma experiência única, pessoal e intransferível, por maior que seja a tecnologia. O leitor cria o cenário, o figurino, as características de cada personagem, tudo, a partir de sua imaginação e bagagem cultural, fazendo associações entre o lido e a sua memória sentimental.
Incentivar a leitura é promover o exercício da imaginação, da criatividade, da alteridade, da empatia e da boa convivência social.

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