quinta-feira, 31 de julho de 2014

Arranquem a Introdução! Uma cena emblemática do cinema transposta para a educação




O vídeo acima, Arranquen la introducción, trata-se de cena antológica do filme Sociedade dos Poetas Mortos (1991), de Peter Weir, que conta a história ficcional de um ex-aluno de escola tradicional dos anos 1950, nos EUA, que retorna como professor de Literatura e surpreende a alunos, professores e direção da instituição de ensino por conta de seus métodos progressistas.
Ainda que seja ficção, é emblemática esta cena em que o professor, em sua primeira aula, pede a sua turma que arranque não só uma página, mas toda a introdução de um livro, espécie de manual de crítica literária que ensina como analisar uma poesia seguindo métodos rígidos como métrica, como seu poesia fosse uma ciência exata.
Mais que isso, o professor Keating contesta e desafia a metodologia antiquada de escola com seu gesto inusitado. Os alunos que têm empatia com o professor, fazem de forma imediata, por diversão, enquanto aqueles que não tem simpatia por ele, o obedecem também pelo respeito que todo professor deve ter. Apesar de tudo e até prova em contrário, o professor ainda é referência para o aluno. E um destes educandos é mero copista, anotando em seu caderno os rabiscos do professor no quadro, sem entender o sentido irônico daquele gesto.
A cena é didática e serve justamente para que se leve em conta que o livro e todo material didático - seja impresso ou atualmente, digital - é uma ferramenta a mais no processo de ensino-aprendizagem, mas não uma Bíblia que deve ser levada ao pé da letra, de forma rígida, sem contestações.
O gesto fictício do professor também ficcional nos serve para refletir sobre o papel social do educador, fazendo o aluno se sentir vivo dentro do processo de informação que gere conhecimento.
Este filme é fantástico por ter, não somente esta cena, mas diversas imagens e mensagens que podem e devem ser utilizadas na educação, como aquela em que alunos sobem nas mesas da sala de aula, a pedido do Senhor Keating, para poder ver melhor a "paisagem". Cena esta que emociona, e que não entro em maiores detalhes, recomendando sua assistência àqueles professores que ainda não viram o referido filme.
Como bem destaca Enrique Antonio Mena Caviedes, nos comentários do vídeo no You Tube: "Esta es la diferencia entre "Directivo" y "Líder". Pritchad es un directivo: Todo lo cuantifica. Le preocupa más la técnica que el contenido. Keating (Todo Gran Poeta) es un Líder: Todo lo significa. Se ocupa del contenido, más que de la técnica. Unos se dedican a la mantención del status quo, otros los rompen para crear un Nuevo Mundo".
Pritchad, no caso, é o professor e teórico que trata a análise poética como ciência exata, enquanto o novato Keating é o professor que humaniza esta análise crítica de um poema.
O Educa Tube sempre gosta de salientar que há grandes distinções entre o novo e a novidade, o antigo e o antiquado. Nem todo método antigo é antiquado, asism como nem toda a novidade (seja tecnológica ou pedagógica) é de fato algo novo, inovador.
O novo é aquilo que evidentemente deixa a antiga prática antiquada; e a novidade é aquele método, ferramenta, equipamento que nem sempre suplanta de forma irreversível, o que antes era moderno. Um exemplo disso na educação ainda é o projetor multimídia, vulgo datashow, que se for usado apenas para passar slides de forma convencional, como fazia o retroprojetor com suas transparências, é apenas novidade enquanto forma, mas nada inovador enquanto conteúdo.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Liberdade de expressão não significa liberdade de difamação (ética, senso crítico e autocrítica)




O vídeo acima Libertad de expresión no significa libertad de difamación, descobri na rede social e é campanha de Periodismo Responsable , junto a outros dois vídeos (veja mais abaixo) Libertad de Expresión no significa libertad de agresión e Libertad de expresión no significa libertad de distorsión .





Atualmente, navegando no mundo virtual, principalmente em períodos pré-eleitorais, tenho ficado impressionado como lendas urbanas, de repente, nas redes sociais, em listas de email, nos telejornais, e em revistas e jornais virtuais, tornam-se fatos consumados (embora jamais investigados a fundo, nem efetuado o devido debate de ideais), por conta de pessoas desinformadas ou mal intencionadas. Parece até paradoxal dizer que veículos de comunicação são muitas vezes os que mais desinformam o cidadão, por conta de suas disputas ideológicas, em que a lógica, o bom senso, a ética, o respeito ficam em segundo plano ou são quase inexistentes para alguns. O boato - como um rastilho de pólvora - se transforma em processo com trânsito em julgado (concluído e sem direito a recurso) por parte de (de) formadores de opinião e os chamados "calunistas de plantão", que como no filme Mephisto, fazem um pacto com o lado obscuro em troca de fama, dinheiro, poder.
Há inclusive, por parte de alguns destes "calunistas de plantão", que muitas vezes escrevem para revistas e jornais de grande circulação, uma postura infantilóide, "adolescêntrica" de ao serem contestados, reagirem de forma como uma criança mimada, que xinga, chuta, agride sem sequer estabelecer um diálogo razoável, mesmo quando não são ofendidos. Basta serem contrariados e as agressões são ato reflexo, inclusive o editor deste blog já foi ofendido por uma destas "celebridades da polêmica", apenas por lhe mostrar que havia uma contradição em sua opinião. Naquele momento, evidenciei na prática como alguns confundem a "liberdade de expressão" com a liberdade pra exprimir qualquer coisa, sem nenhum tipo de fundamentação, muitas vezes na base do "achismo", da "palpitação", do sentimento "anti" algo ou alguém, e que não lhes permite reconhecer o erro.
O erro faz parte da humanidade, da aprendizagem, da vida e não saber lidar com o contraponto, com o contraditório (princípio jurídico) torna alguns contraditórios a si mesmos e ao mundo real. E esta conduta tem sido presenciada em todas as camadas sociais e em todos os poderes constitucionais, comentando boatos "tribais" como se fossem fatos cabais.
Muitas das denúncias carecem de investigação, são apenas e tão-somente indícios sem provas cabais. Sequer são matéria de investigação de órgão competente, mas tem por parte de que se abriga atrás do escudo da chamada "Liberdade de expressão" para ter justamente a liberdade para difamar, injuriar, caluniar, agredir, distorcer os fatos.
Como educadores, sejamos pais ou professores, temos o dever de ensinar a filhos e alunos a não aceitarem apenas uma fonte de informação, como se faz com diagnóstico médico, que muitas vezes necessita de uma segunda opinião. Todos temos direito de ter opinião própria e parafraseando versos de canção de Raul Seixas e letra de Paulo Coelho: "Prefiro ser esta metamorfose ambulante do que ter a mesma opinião sobre tudo". A vida, o mundo, a sociedade são dinâmicos, e as coisas se transformam cada vez mais de forma ágil, e é necessário, como educadores, nos atualizarmos, nos capacitarmos, nos reciclarmos sobre conceitos, pré-conceitos e preconceitos, muitos deles, frutos da desinformação, em função das mudanças que ocorrem diariamente.
Antes de curtir, repassar, compartilhar uma notícia, é lei pessoal, sempre faço uma checagem da fonte (se é conhecida, reconhecida, vasculhando outros portais, blogs, redes sociais) pra confirmar sua autenticidade. Em seguida, autenticada a fonte da notícia, procuro pesquisar prós e contras sobre o tema. Verificar as variantes e as motivações do divulgador, pois tudo isso influência no discurso de seu emissor. Nós, como receptores, precisamos ter em mente este fato concreto que todo emissor tem uma motivação, e parafraseando Marcel Proust, assim como "Todo leitor é um leitor de si mesmo", não podemos esquecer que todo autor é também um autor de si mesmo, ou seja, que como narrador de um fato, quem conta um conto sempre aumenta um ponto.
Instrumentalizado com estes dados, ai poderemos fazer uma devida análise da notícia e de seu discursos ali presente.
Como educadores, podemos nos valer de recortes de notícias de vários meios de comunicação (impressos ou digitais) e de empresas das mais variadas tendências para construir este mosaico com os alunos de múltiplas visões de um mesmo fato ou boato.
recomendo uma atividade assim, de analisar recortes de notícias, sejam impressas ou digitais, para que se debate determinado tema, assunto, conteúdo escolar, favorecendo o debate de ideias.
Para quem desejar colocar esta ideia em prática, recomendo assistir primeiro ao filme O GRANDE DESAFIO (vide link para vídeo e resenha, logo abaixo), inspirado em fato real de professor que ensina seus alunos a debaterem entre eles e depois participarem de grandes debates com outras universidades dos EUA. Vale a pena. É motivador!

O GRANDE DESAFIO - CINEMA, EDUCAÇÃO E SOCIEDADE

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Martín Restrepo comenta tendências para a educação : dispositivos móveis, storytelling, experiências transmídias etc




O vídeo acima Martín Restrepo comenta algumas tendências para a educação, descobri via Twitter do Instituto Claro e trata-se de entrevista do educador espanhol, comentando algumas das tendências para a educação, neste século XXI.
Conforme notícia no portal do Instituto Claro:

"Inspirados pelo conceito de mobile education, diversos pesquisadores estão sugerindo e implementando mudanças na forma como a aprendizagem se estabelece dentro e fora da sala de aula. Conversamos com Martín Restrepo, fundador da Editacuja e especialista no tema, a respeito de algumas transformações que devem ganhar força na educação nos próximos anos.
Para Restrepo, que também é consultor da versão brasileira do Horizon Report, as escolas devem estabelecer seu currículo tendo em foco grandes áreas de conhecimento e o desenvolvimento de projetos. Desta forma, elas seriam capazes, segundo ele, de transformar-se em incubadoras de projetos criativos onde alunos e professores têm a liberdade de criar e aprender juntos.
Entre as tendências de comunicação que podem ser aproveitadas para envolver estudantes em atividades de aprendizagem está o storytelling – que nada mais é que a habilidade de desenvolver narrativas para engajar – e as experiências transmídia, que utilizam aproveitam o melhor de cada mídia para contar uma história de forma integrada.
Restrepo aponta, ainda, a questão dos conteúdos abertos como fundamental para futuro próximo da aprendizagem, já que ela possibilita que professores e alunos recriem, remixem e compartilhem conteúdos educacionais, com as escolas convertendo-se em editoras".


Quem acompanha o trabalho do Educa Tube Brasil deve ter percebido o quanto este blog educacional defende muitos dos conceitos que Restrepo apresenta, como o uso de narrativas (escritas ou audiovisuais) por professores e alunos, do trabalho coletivo em coautoria, da aprendizagem significativa além da sala de aula, da utilização de metodologias diversas para espaços diferenciados de interação, da necessidade de processos de ensino-aprendizagem serem feitos na sala de aula, em espaços informatizados, na biblioteca escolar e em saídas de campo, seja no entorno da escola ou além, dando significação ao ensino formal do professor e ao conhecimento prévio que tem o aluno.
A mobilidade deve ser do usuário também e não apenas do maquinário, a convergência de multimeios deve ser pensado entre os atores sociais que são os alunos, professores, equipe diretiva, comunidade escolar, com o sentido não apenas tecnológico, mas pedagógico e social.
Pensar o termo redes sociais, além de experiências digitais, conectadas à internet e em tempo real, mas trabalhar este conceito com toda a escola, como um trabalho em rede educacional.
A fala de Martín Restrepo vem ao encontro do que o Educa Tube Brasil e traz novos conceitos, para práticas empíricas que o editor deste blog tem feito a algum tempo, como transmídia, por exemplo, que ver o mundo real como uma grande mídia que deve ser incorporada à educação.

sábado, 26 de julho de 2014

Carta aos meus avós: adaptação literária (texto de Saramago) e edição de vídeo




O vídeo acima Carta aos meus avós, descobri na rede social e é uma bela composição de André Raposo, de Portugal, adaptando a crônica "Carta a Josefa, minha avó", escrita por José Saramago.
Uma ótima ideia de unir um texto literário com vídeo do próprio André Raposo e sua avó, que poderá inspirar educadores a fazerem vídeos similares no ambiente escolar, em parceria com seus alunos, utilizando-se de contos, crônicas, poesias, com imagens de cenários da região, em uma bela composição para tratar de situações do cotidiano.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Quase Idênticos: experimento social em exposição de arte surpreende pelo resultado (Arte, Educação e Sociedade)



Eles Deram Chiclete para Só um Destes Gêmeos... por videosvirais

O vídeo acima, Quase Idênticos, descobri na rede social e trata-se de um experimento social que fizeram em uma exposição, fazendo perguntas simples sobre aspectos de dois irmãos, gêmeos idênticos, só que um sério e outro descontraído, mascando chicletes. Cada pessoa questionada tinha que apertar um entre dois botões, para indicar qual dos gêmeos correspondia àquela indagação. O resultado é surpreendente e tem muito a ver mais com a aparência do que com a essência das pessoas, até pelo fato que o mascar de chicletes, justamente, é o grande diferencial entre duas pessoas que se aparentam tanto, seja no sentido consanguíneo, como no estético.
Um ótimo material para refletir sobre a educação e a sociedade e discutir modelos, formas, metodologias de ensino-aprendizagem, às vezes, binárias, tipo questionários que tem só como opção o "sim" e o "não", o "bem" e o "mal", o "vilão" e o "heroi", o "um" e o "zero" etc.
Educar é muito mais do que replicar receitas de bolo da vovó, que deram certo em sua época e que hoje já não se sustentam mais, precisam ser atualizadas, recicladas, reorganizadas; ou de formas com verniz de modernidade, mas que são no "fundo do baú sem fundo da memória", apenas métodos arcaicos de padronização da escolarização, calcados demais na memorização por repetição condicionada de exercícios, fórmulas, cópias, do que na aprendizagem significativa, amparada na construção coletiva do conhecimento, nas trocas de experiências e na divulgação de descobertas.
Um vídeo pra discutir os estereótipos e os rótulos presentes tanto na escola como na sociedade em geral, inclusive na questão do chiclete, do boné, do fone celular e outras situações que fazem parte do cotidiano e identidade dos jovens do século XXI, que em boa parte são proibidas por professores formados no século XX e escolas criadas, estruturalmente, no século XIX.
Mascar chiclete, assim como opção religiosa ou política, cor de pele, corte de cabelo, orientação sexual e outras coisas mais não fazem de alguém um ninguém, não fazem de uma pessoa tanto vilão como heroi.
Vídeos como estes servem para que educadores e gestores escolares e públicos debatam formas de utilização de projetos semelhantes, adaptados a situações diversas, pois nada é de fato idêntico, nem mesmos os gêmeos assim chamados, pois se olharmos bem, as impressões digitais na ponta dos dedos, o fundo do olho e outros dados biométricos, assim como as impressões interiores, a identidade emocional de cada um é totalmente diversa.
Pensar projetos semelhantes sem levar em conta a realidade local e não promover as devidas adaptações é fazer mais receita de bolo, que pode até funcionar bem numa cozinha. Entretanto, escola não é educação culinária. Cada escola possui uma realidade local e cada professor e aluno possuem uma realidade individual.
Isto não significa que pessoas diversas não podem trabalhar de forma integrada, coletiva, tanto cooperativa entre educadores e colaborativa entre professores e seus alunos, respeitando a identidade de cada um.
Logicamente que existem traços semelhantes entre as pessoas, sejam físicos ou emocionais, e são estas situações que aproximam uns aos outros, seja no esporte, na cultura, na arte e na sociedade em geral.
O Educa Tube Brasil sempre reforça uma observação: "Quando conheço os pais entendo os filhos..." E esta assertiva é decorrente de interações no Planeta Educação e serve para que possamos analisar o que de fato é idêntico em essência e o que é tão somente em aparência.
Se os filhos são reflexos de seus pais, cabe à comunidade escolar debater suas semelhanças e diferenças e encontrar um denominador comum a todos, de uma forma ampla e não apenas limitada a apertar botões, como no vídeo experimento em questão. Algo que mostra que recursos tecnológico por si só não podem dimensionar fatores tão inerentes à condição humana.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

"Essa terra é minha": Animação que resume o conflito entre a Palestina e Israel em três minutos


This Land Is Mine from Nina Paley on Vimeo.

O vídeo acima This Land Is Mine (Essa terra é minha), foi indicação via Facebook do colega e amigo Robson Freire, educador do Rio de Janeiro, RJ, Brasil e residente atualmente na cidade do Porto, Portugal, editor do blog Caldeirão de Ideias.
Trata-se de animação, de Nina Paley que, conforme a Revista Forum, resume o conflito entre a Palestina e Israel em três minutos.
Segundo Nina Paley, em seu blog: “This land is mine é uma paródia da ‘Canção êxodo’”, que era “uma trilha sonora do sionismo americano na década de 1960 e 70, que visava expressar o direito judaico por Israel”. Para Paley, “colocar a música na boca de todos os partidos em guerra” está “criticando” a canção original.
Uma animação com forte senso crítico, demonstrando como aquela terra sempre esteve envolvida em conflitos, todos reclamando sua propriedade. Ao final da animação, surge O Anjo da Morte, considerado o "verdadeiro herói do Antigo Testamento, e agora também".
Um ótimo material que envolve arte, cultura, história, geografia e educação em geral.
Para maiores detalhes sobre a animação e os personagens nele apresentados, sugiro visitar o blog da autora, no link abaixo:

THIS LAND IS MINE - NINAPALEY.COM

Abaixo, link para a tradução da canção The Exodus Song, composta por Ernest Gold e interpretada pelo cantor e ator Pat Boone:

THE EXODUS SONG - TRADUÇÃO

domingo, 20 de julho de 2014

Educação colaborativa deveria ser como estes vídeos entre quatro, oito ou mais mãos tocando uma mesma canção




O vídeo acima Four Hands Guitar (Guitarra a quatro mãos) e os vídeos mais abaixo são frutos de um bate-papo online e em tempo real via Twitter com o professor, músico e poeta Marcello Gouvêa Duarte, de São Carlos, SP, Brasil, editor do blog Poemas versus Poesias e editor do portal educacional pETe: educação com tecnologia.
Four Hands Guitar é música composta por Jerry Reed, interpretada por Antoine Dufour e Tommy Gauthier em uma única guitarra.
Além de uma divertida apresentação, trata-se de uma talentosa forma de interação entre duas pessoas, no caso, dois músicos que conseguem dar uma unidade na sua diversidade e que me remete à figura do professor e seu aluno, que poderiam interagir de forma semelhante; não necessariamente apenas através da música, mas de diversas formas artísticas e culturais como teatro, dança, esportes, cinema, literatura, desenho etc.
Imaginem só a sintonia e sincronia necessárias para que duplas e quartetos como nos vídeos abaixo consigam tocar juntos sem que a canção sofra interrupções. Algo que remete ao ato de educar que precisa, sim, para obter belos resultados - como os vídeos em questão - promover esta sintonia e sincronia entre tempos e espaços diferenciados e diversos como são os de professores e de alunos. Para isso há a necessidade de planejamento, organização, ensaios, colaboração, empatia, objetivos em comum.
Para assistir e refletir sobre música, sociedade e educação.
Vejam no link abaixo a canção Tico Tico no Fubá, de Zequinha de Abreu, clássico da Música Popular Brasileira (MPB), apresentação na Universidade da Flórida (EUA), em 2009, feita a quatro mãos (entre um homem e uma mulher), pelo "Duo Siqueira Lima - FERNANDO (Brazil) & CECILIA (Uruguay), iniciativa do Brazilian Music Institute (Instituto de Música Brasileira). Percebam que cada músico, tanto o homem como a mulher, possui estilo diferente, mas ambos atuam em acordes diversos sem perder a unidade.

BRAZILIAN MUSIC INSTITUTE 2009 - TICO TICO (Guitar Four-Hand Exchanging)

Por fim, mais abaixo, a mesma canção Tico Tico Fortissimo, pelo Guitar Quartet, em que quatro pessoas (três mulheres e um homem) interagem em duas duplas, com um resultado sempre divertido, talentoso e encantador:



quarta-feira, 16 de julho de 2014

Crianças da pré-escola aprendem a programar computadores (vídeo da UPFTV)




O vídeo acima Crianças da pré-escola aprendem a programar computadores, descobri nas redes sociais e trata-se de notícia da UPFTV, divulgando projeto pioneiro no Rio Grande do Sul, realizado pelo Mutirão pela Inclusão Digital da UPF - Universidade de Passo Fundo, que ensina os pequenos a programar computadores.
Um projeto de extensão da UPF em parceria com a Escola Municipal de Educação Infantil Cantinho Feliz que, pelo que observei, utiliza o G Compris, um software livre educacional com diversas atividades para crianças de 2 a 10 anos de idade.
Uma das professoras envolvidas no projeto fala do ensino da lógica do computador, da motricidade ampliada, da aprendizagem colaborativa, da alfabetização digital, das redes de relacionamento destes nativos digitais frente à sociedade da informação, redes que se iniciam também na escola e se ampliam na comunidade; e fiquei a pensar sobre a sequência lógica da educação, utilizando ou não as TIC, em algo que tenho sempre reiterado de que a construção do conhecimento se assemelha e muito com a construção civil, se levarmos em conta que fundamento deve iniciar de baixo pra cima (alicerces, fundações, ensino fundamental), enquanto que o acabamento é feito de cima para baixo (reboco, pintura, ensino médio e superior).
Há que se potencializar ações que permitam nativos e imigrantes digitais se relacionarem de forma adequada, cada qual comhecendo um pouco do mundo do outro, incentivando a produção coletiva, a resolução de problemas, o debate de ideias, ainda que na mais tenra idade, pois este é o futuro da sociedade, que o Educa Tube tanto defende...
E já que o software educacional mencionado no vídeo é o G Compris, segue abaixo link para postagem que este blog fez sobre o referido recurso pedagógico e tecnológico, que vem instalado no sistema operacional Linux Educacional, mas que pode ser baixado para versão Windows também (inclusive com link para download):

GCompris: software livre educacional com diversas atividades para crianças de 2 a 10 anos de idade

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Desenhos animados sobre meio ambiente para crianças (Canal de vídeos no You Tube)






As imagens acima são do portal chamado Desenhos animados sobre meio ambiente para crianças, que encontrei nas redes sociais e trata-se de canal de vídeos no You Tube que, como o próprio nome indica, disponibiliza cerca de uma centena de vídeos e animações dirigidas ao público infantil com temas sobre o meio ambiente.
Abaixo, destaco um dos vídeos do referido canal, chamado Gotinha em Gotinha, canção do DVD Vem Dançar com a gente, do grupo Palavra Cantada, que formado por Sandra Peres e Paulo Tatit com vários CDs e Dvds gravados especialmente para o público infantil:



Abaixo link para o canal de vídeos:

DESENHOS ANIMADOS SOBRE MEIO AMBIENTE PARA CRIANÇAS

A seguir, link para site oficial do grupo Palavra Cantada:

PALAVRA CANTADA - SITE OFICIAL

domingo, 13 de julho de 2014

Três Gatinhos Sonolentos: Meu Malvado Favorito e o poder da contação de histórias no imaginário infantil




O vídeo acima, Gru contando a historinha: "Três Gatinhos com Soninho", trata-se de cena da divertida animação Meu Malvado Favorito, que encontrei no You Tube, após assistir ao referido filme com meu filho Allan.
Na cena o malvado Gru mostra o poder da contação de histórias e do despertar o imaginário das crianças; algo que todos os educadores, sejam pais ou professores deveriam fazer vez em quando com seus filhos e alunos, mesmo que não sejam professores de Português ou Literatura. Contar uma história, seja ficcional (um conto, uma fábula), uma notícia de jornal ou até mesmo uma história de quando era criança, pode ajudar a estabelecer essa ponte entre as gerações, algo que denomino de as pedagogias do Afeto e do Exemplo. Pedir que eles ilustrem após esta contação, pode ser também uma atividade lúdica e de conhecimento do professor sobre a realidade de seu alunado...
Sempre digo que mais que jogos eletrônicos, que tem seu valor de estimular o raciocínio lógico e a resolução de problemas através da ultrapassagem de fases, nada superará o livro e a leitura, seja individual ou a contação de histórias de um adulto (professor ou pai) com as crianças. Afinal, ao invés de receber como num jogo cenário, personagens, objetos todos prontos e se resumir a interação a apertar botões e comandos já previamente organizados; o livro e a leitura estimulam a imaginação, que criará a partir da associação de ideias os próprios cenários, personagens, vestimentas, objetos e tudo mais...
Quem dera todo contador de histórias tivesse essa consciência de que é também um educador (e que todo educador deveria ser também um bom contador de histórias fictícias ou de vida) e que estimulasse a leitura de livros e de mundo com os jovens de seu cotidiano.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Animais de tecido (curta de animação em stop-motion de origamis com lenços de papel)




O vídeo acima Tissue Animals (nepia), foi indicação via Facebook da colega e amiga Elis Zampieri, educadora de Curitibanos, SC, Brasil e editora do blog Sobre Educação.
Trata-se de animação em stop-motion de origamis feitos com lenços de papel de marca japonesa e, logicamente, pode ser reproduzida - de forma mais simples - em sala de aula com professores de artes e seus alunos, criando origamis e fotografando os movimentos para futura edição de vídeo. A ideia esta ali, e se usada a criatividade, podem ser feitas diversos origamis, não necessariamente de animais, mas de coisas do cotidiano escolar e também sem a necessidade de ser feito em lenços de papel de seda. O lenço em si demonstra somente como é possível fazer algo durável (através de um vídeo que será material permanente) utilizando-se de recursos tão frágeis como aqueles tipo de tecido, sem nenhuma estrutura de sustentação.
Beleza e sutileza em um projeto diferenciado, imortalizado através deste curta de animação.
Abaixo, o vídeo (Making Movie) de como foi feito todo esse processo:



Vejam também, outro vídeo interessante, chamado How to make an F15 Eagle Jet Fighter Paper Plane, que mostra como fazer um avião F15 Eagle, feito por Tadashi Mori:



segunda-feira, 7 de julho de 2014

"A oportunidade é uma porta azul" e o conhecimento uma porta giratória multicolorida (cinema, propaganda e educação)




O vídeo acima Oportunidade Azul, trata-se de comercial de empresa de telefonia que ao assistir me remeteu automaticamente ao longa-metragem de animação Monstros S.A., justamente pela similaridade entre as portas que se abrem para novas oportunidades e dimensões, sejam reais ou imaginárias.
Ao procurar por alguma imagem do filme, encontrei diversas cenas que se prestam a diversas reflexões entre as relações reais e virtuais de jovens e adultos, filhos e pais, professores e alunos.
O uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC), se bem aplicadas à educação, podem proporcionar grandes oportunidades de interação, dentro e fora das salas de aula.
O filme Monstros S.A. apresenta diversas cenas que podem ser vistas sob o ponto de vista educacional. Por exemplo, na Cena 11: Randall faz hora extra (logo abaixo): "Randall faz hora extra escondido para ultrapassar a marca de Sulley. Mas ao voltar para buscar os relatórios, Sulley vê a porta, quando vai verificar se tem algum monstro assustando, a criança entra no mundo dos monstros. Randall recolhe a porta impossibilitando Sulley de devolver a criança".
A referida cena é emblemática, pois em certas situações, alguns professores e pais, às vezes, parecem monstros para filhos e alunos, e suas portas trancadas... Os jovens entram em portas e janelas virtuais com grande facilidade, sem se preocupar com o que existe do outro lado, querem descobrir novos mundos.



Noutro momento do filme, na Cena 13: Notícia que há uma criança no mundo dos monstros, é mais clara ainda a relação entre jovens e adultos, quando o ocorre o espanto dos monstros, quando tudo sai da ordem alfabética, a ordem cartesiana das coisas, quando a juventude atual tem uma relação hipertextual com o mundo. Uma criança no mundo dos supostos monstros é motivo de pânico às vezes para aqueles professores que não dominam as TIC e não sabem como lidar com esta situação. Todo jovem que entra sem permissão no mundo dos adultos é uma espécie de Boo, causando espanto, desconforto, pânico... E agora, o que eu faço?, muito pensam. Como faço para que ela (o aluno indagador) volte para seu mundo, pro outro lado da porta, da outra dimensão?, outros dirão. O desconhecimento da dimensão, uma da outra, sejam de jovens em relação aos adultos e vice-versa, causa este desconforto mútuo, se não há a devida interação, cada qual considerando o outro como o monstro assustador.



Na Cena 30: Mostra como funciona a nova fábrica "e o sucesso do Mike como comediante, faz uma criança rir rir ao invés de assustá-la. E fica comprovado que o riso é 10 vezes mais potente que os sustos. A fábrica está mais alegre agora, com o riso sendo mais potente que o grito, é mais fácil atingir a cota. Os monstros estão se divertindo no trabalho. Sulley vê um desenho de Boo e uma lasca de sua porta em sua prancheta e lembra dela. Mike fala para ele fechar os olhos porque ele tem uma surpresa".



Se pensarmos a fábrica de Monstros S.A. com uma escola tradicional, e a e a formação de professores para abrir novas portas e não as mesmas de sempre, veremos que o adulto (salvo exceções) se assusta, entra quase em pânico (como se fosse algo monstruoso) com tudo que é desconhecido, atrás de uma porta, seja azul ou não; entretanto, os jovens, em geral, se entediam com as mesmas portas e janelas (Windows, Android etc)... Se ao abrí-las, sejam reais ou virtuais, encontram sempre as mesmas coisas. Os jovens, diante de portas fechadas não se intimidam, abrem e aproveitam as descobertas, na maioria dos casos, socializando-as com seus amigos e colegas. Os adultos, em grande parte, receiam abrir sem permissão, batem primeiro, aguardam ser atendidos e se ninguém responde, dão meia-volta e vão embora...
Diante destes paradoxos, virtuais ou reais, muitos educadores - sejam pais ou professores -, tentam fazer como na Cena 18: Sulley não sabe de que máquina Randall está falando (tentando devolver Boo), e, de fato, tentam devolver, ou trazer o aluno para o seu mundo e nem sempre procuram atravessar a porta que separa a sua realidade da de seu alunado.



Conforme apresentação do vídeo acima: "Sulley não sabe de que máquina Randall está falando e Mike está preocupado em devolver a criança. Mike pega o cartão da porta errada. Eles discutem e Mike grita para ele mandar o 'treco de volta senão o bicho pega' e os outros monstros ouvem. Eles inventam uma desculpa e Boo some. Mike acha que isso é bom, pois ela se foi e não é mais responsabilidade deles. Sulley sai procurá-la. Eles esbarram com Randall e ele pergunta da criança que escapou como se não tivesse nada a ver com a história. Célia diz à Mike que tinha sido a pior noite da vida dela! Randall vê no jornal uma foto com Mike atrás da Boo".
O "treco", no caso, é a criança que invadiu o mundo dos monstros e "bagunçou" a ordem natural daquela dimensão. Quando um jovem contesta certas verdades dos adultos, muitas vezes é visto por alguns como alguém que quer "testar" o conhecimento do professor, que quer se mostrar aos seus colegas, e passa a ser visto com outros olhos, quando deveria ser incentivada a argumentação, o debate, o raciocínio lógico. Aqueles professores que assim o fazem, mediados por estratégias de conhecimento do mundo do outro e convencimento a partir de conteúdo adaptado a esta nova realidade, obtém uma ótima interação.
Quando no filme uma das personagens diz que "Monstros não devem dar nomes [a crianças], se não começam a se afeiçoar..." remeteu-me a fala de alguns professores que dizem que não se deve mostrar os dentes aos alunos para não perder a autoridade, que não se deve apegar, ter intimidade, principalmente, fora do ambiente escolar, tipo em redes sociais etc. O mundo mudou e algumas ideias, alguns conceitos, pré-conceitos e preconceitos precisam ser reavaliados... Autoridade e autoritarismo são duas portas distintas... Quem tem domínio de conteúdo, provavelmente (se amparado em boa didática e metodologia), terá igualmente domínio de classe e a devido respeito e admiração do alunado...
Para o jovem, que utiliza os multimeios em seu cotidiano diariamente, é de certa forma uma pequena monstruosidade, quando a escola proíbe o uso de fone celular, internet, tablet etc sem conhecer todas as suas possibilidades de informação e comunicação...
Por fim, pensando ainda nas portas como oportunidades para reflexão, debate e interação entre jovens e alunos, lembrei do videoclipe abaixo, Can't Fight This Feeling (Não posso lutar contra este sentimento), da banda REO Speedwagon, em que ao 1 minutos e 40 segundos mostra uma curiosa e surpreendente janela, que ao ser aberta mostra diversas pessoas com rostos azuis e tremeluzentes, como telas. Trata-se de um videoclipe dos anos 1980, ou seja, da penúltima década do século XX e que hoje, na metade da segunda década do século XXI (quase quarenta anos após) ainda é atualíssima, pois "não devemos lutar contra estas novas possibilidades que as portas e janelas, digitais ou não, nos possibilitam de interação entre o novo e a novidade, o antigo e o antiquado". De 1980 até hoje, as próprias TIC mudaram sua interface, mas continuam sendo ferramentas que podem ser utilizadas simplesmente pro lazer e recreação, como para o trabalho, o estudo, a socialização do conhecimento, unindo o particular ao universal. Coisa que naquela época eram apenas ficção científica, hoje são realidade. Algumas até veem superando a nossa imaginação. A novidade e o antiquado, passam; porém, o novo e o antigo, permanecem, se utilizados de forma adequada a necessidade do usuário, e se incorporadas ao fazer pedagógico, como aliadas à qualificação do processo de ensino-aprendizagem onde portas e janelas não são nem devem ser consideradas barreiras entre mundos, mas possibilidades múltiplas de intercâmbio entre dimensões tecnológicas, profissionais, educacionais e sociais...
Se a oportunidade é uma porta azul, como afirma o comercial, o conhecimento pode ser uma porta giratória multicolorida, para usar uma metáfora visual...



domingo, 6 de julho de 2014

Eu não durmo, tenho oportunidade de tornar um sonho realidade: Quebrando o Ciclo




O impressionante vídeo acima How Bad Do You Want It (Quanto mal você deseja? - tradução livre deste blog), descobri no portal Awebic, com o título de "Toda vez que você pensar em desistir… assista ESSE vídeo".
Impressionado com as imagens e a mensagem, fui pesquisar detalhes sobre o mesmo e descobri que trata-se de vídeo motivacional "sobre o que é preciso para se atingir sucesso" e que as legendas foram feitas para a o site www.apanasc.com.br, para a equipe de natação da Apanasc, a partir de tradução de texto do Rev. Eric Thomas, palestrante, educador, autor, ativista e ministro, mais conhecido como The Hip Hop Preacher, que usa sua experiência de vida como motivação contra o crime e o analfabetismo, através do esporte, utilizando com os jovens de "estratégias e exercícios de auto-aperfeiçoamento que ele aprendeu, a fim de auxiliá-los no desenvolvimento de seus próprios projetos de vida".
"Eu não durmo, tenho oportunidade de tornar um sonho realidade" é frase de Eric Thomas, que extraí do vídeo para intitular esta postagem, pois além de poética, serve para ilustrar o fato de que persistência, resistência, paciência, dedicação, talento, força de vontade, fé, são componentes que todo educador - seja pai ou professor - deve passar a seus filhos e alunos, demonstrando a partir de suas próprias vivências, como a vida é dinâmica, desafiadora e surpreendente para quem não desiste de seus sonhos.
Um ótimo material motivacional, não apenas para professores de educação física utilizarem com seus alunos, mas de formadores de professores com seus cursistas e destes com seus alunos em geral, pois as impressionantes imagens do jogador de futebol americano (que ainda não consegui identificar o nome), além de mostrar o treinamento pesadíssimo que o atleta se submete, mostra de forma didática como é possível superar limites, por mais difíceis que sejam (vide ele subindo um morro de frente e depois de costas, entre outras façanhas como fazer apoio e levantamento de peso simultaneamente etc), se o indivíduo - atleta ou não - tiver dedicação, força, fé, esperança em si mesmo, poderá ser um vencedor. Quando não superamos os próprios limites que impomos ao nosso corpo, também limitamos nossa alma, ao deixarmos de sonhar... O "eu não durmo", no caso do vídeo, logicamente, não é para ser lido ao pé da letra, mas uma metáfora para o despertar, o acordar para a vida e não ficar vagando pela mesma tal qual um sonâmbulo... Alguém que caminha, faz quase tudo tal e qual quando está acordado, mas só que dormindo, sem se dar conta disso... Muitos jovens e adultos vivem vida de sonâmbulo, sem acordar pra beleza da vida, que é feita a cada dia pela superação de desafios, ora que a vida, o trabalho, o amor, o tempo nos impõem, ora pelas limitações físicas e psicológicas que nós mesmos nos impomos... Um vídeo para ver, rever, ler e reler as entrelinhas da fala de Eric Thomas e para debater com pais e filhos, professores e alunos.
Abaixo, breve biografia (tradução livre do Educa Tube) que pesquisei sobre o autor do texto que acompanha este belo e surpreendente vídeo:

Eric D. Thomas - Ativista da Juventude, palestrante, autor e motivador

"Renomado palestrante, educador, autor, ativista e ministro [estadunidense], Eric Thomas atingiu projeção nacional ao apresentar mensagem que visa quebrar os ciclos de crime, desesperança e o desespero que muitos enfrentam diariamente. Conhecido por sua abordagem cativante pessoal, suas mensagens são dinâmicas e inspiradoras. Quando associada com sua própria experiência Quebrando Ciclos, seus ensaios contundentes sobre a realidade e notável capacidade de alcançar até mesmo o mais desmotivados, tem ajudado milhares de jovens em todo o país. Eric motiva plateias, que vão desde empresas a educadores, com sua mensagem, os princípios, ideias e estratégias que ele usou para superá-los. Nascido em Chicago, IL, cresceu nas ruas de Detroit, MI. Sua infância e adolescência foram difíceis, e suas lutas de vida e questões de identidade pessoal foram intensificadas porque, como tantos, ele não estabelecer uma relação com seu pai biológico até seus trinta anos.
Aos 16, desafiador e teimoso, Eric decidiu sair de casa e abandonar a escola, optando por viver nas ruas de Detroit. Aos 17 anos, Eric encontrou um pastor. Aquela relação levou Eric para completar os seus estudos e se preparar para a faculdade. Determinado a não ser uma outra estatística, se matriculou na Universidade Oakwood, onde começou a ler tudo que caia em suas mãos. Compreendeu a luta das ruas, percebeu que seu objetivo na vida. Então, ele reencontrou seus amigos, traficantes de drogas, e ajudou muitos deles concluir seus estudo e ir para a faculdade, incorporando as estratégias e exercícios de auto-aperfeiçoamento que ele aprendeu, a fim de auxiliá-los no desenvolvimento de seus próprios projetos de vida. Ao fazê-lo, ele forneceu-lhes uma opção positiva muito necessária para a vida do crime e do analfabetismo.
Enquanto estava na faculdade, Eric criou Break The Cycle I Dare You, (BTC) - Quebrando o Ciclo, organização sem fins lucrativos, que se concentra no desenvolvimento de programas para a juventude que fizeram más escolhas, muitas delas por falta da figura paterna em suas vidas. Hoje BTC desenvolve e produz muitos programas comunitários de apoio e conferências em todo o país. Eles fornecem aos jovens e professores atividades, exercícios de auto-aperfeiçoamento e estratégias motivacionais para ajudá-los a alcançar seu potencial mais elevado na vida. Eric atua agora como Presidente da Organização.
Ele obteve seu mestrado em 2005 e atualmente cursa o doutorado em Administração de Educação da Universidade Estadual de Michigan e atua como pastor, em Michigan. Também atua como consultor no Estado de Michigan, onde ele desenvolveu o Programa de Vantagens, um programa de retenção de graduação visando academicamente estudantes de alto risco. Além disso, ele também atua como um consultor para vários programas esportivos universitários em todo o país. Nessa função, ele fornece assistentes para estudantes-atletas que têm desafios acadêmicos e sociais no que se refere à transição com sucesso de escolas e comunidades de alto risco para um ambiente colegiado".


Enfim, alguém que aprendeu com a própria experiência de vida, unindo teoria e pratica, ou melhor, a vivência para construir uma metodologia que influencia muitos ao seu redor. Precisamos aprender a quebras nossos próprios ciclos viciosos (sejam quais forem) para podermos motivador, contagiar, inspirar aos demais... Bela mensagem de vida, e impressionantes imagens de determinação, força física e psicológica. Muito mais do que um vídeo motivacional, algo de fato inspirador. Se não acreditarmos em nós, como poderemos ter fé em algo maior do que nos rodeia?...

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Lupita Nyong'o (Vencedora do Oscar) fala sobre aceitação da Beleza Negra




O vídeo acima Vencedora do Oscar fala sobre aceitação da Beleza Negra , recebi por email e como o título indica, trata-se de comovente e contundente fala da Lupita Nyong'o, atriz mexicana com naturalidade queniana, vencedora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante pelo filme "12 Anos de Escravidão", durante o "7º Essence Black Women in Hollywood", falando sobre sua condição de mulher, atriz, negra e, acima de tudo, cidadã do mundo e ser humano.
A parte mais comovente e contundente é quando Lupita conta de curiosa carta que recebeu de outra menina negra, dizendo que se preparava para comprar um produto de beleza pra clarear sua pele, mas que desistiu ao conhecer a jovem atriz, seu trabalho e se orgulhar de sua condição e pele.
Lupita declara que também se orgulhou de sua condição, graças ao filme "A Cor Púrpura", de Steven Spielberg, o que mostra o poder do cinema na educação. Belíssima a expressão "negra como a noite", referência de Lupita a sensação que sentia ao se olhar no espelho. Tristeza em saber que a bela atriz, quando menina, pedia ao céu um milagre, de acordar mais clara.
Por fim, comenta como o surgimento da modelo Alek Wek no cenário mundial transformou de vez sua vida e sua aceitação sobre a beleza negra, já que a mesma tinha também a pele escura como a noite e tornou-se capa de revistas e celebridade internacional. Alguém que era célebre e tão parecida com a futura jovem atriz.
Em 2014, Lupita foi eleita como a mulher mais bonita do mundo pela revista People, numa lista de 50 mulheres.
Um vídeo que não serve apenas para tratar da aceitação da beleza negra pelos próprios negros, que foram historicamente discriminados, mas um rico material e belíssimo depoimento de valorização da condição humana, independentemente da cor da pele, do local de nascimento, identidade cultural, política e social, etc. De valorização da essência mais do que a aparência...

terça-feira, 1 de julho de 2014

Uma Vida de Artes: A História de Vida de José Américo Roig (Zeméco)




O vídeo acima Uma Vida de Artes: A História de Vida de José Américo Roig, trata-se de Documentário (2006) da APHAC - Norte (Associação do Patrimônio Histórico Artístico e Cultural de São José do Norte, Rio Grande do Sul, Brasil sobre a vida e obra do artista plástico autodidata José Américo Roig, mais conhecido pelo nome artístico de Zeméco (1934-2011), e conta com produção e edição de Maicon Bravo e J.F. Costa (José Fernando Silveira Costa).
Lançado no VIII Seminário da APHAC Norte "São José do Norte, Mui Heróica: Ontem e Hoje", em 23/10/2006, contém cenas de pontos turísticos da cidade, sobrepostos a filmagem dos quadros do autor, contando ainda com depoimentos de pessoas da comunidade, ligados à história, arte e cultura; e o apoio da Secretaria Municipal de Educação de São José do Norte, Rio Grande do Sul, Brasil.
Conforme a apresentação do vídeo: "Uma das figuras mais carismáticas de São José do Norte e pintor conhecido por além fronteiras do estado do Rio Grande do Sul, José Américo Roig, Zeméco, traz o relato de sua vida, suas experiências, suas aventuras, seu amor pela terra natal e sua perseverança na arte neste documentário produzido pela Aphac-Norte. Exemplo a ser seguido no longo caminho da vida, símbolo de talento e força de vontade e ícone em torno do qual nortenses, gaúchos e brasileiros devem se espelhar para construir uma identidade forte, Zeméco é quase que mitológico ao ser o protagonista de inúmeras façanhas que já fazem parte do imaginário coletivo de São José do Norte".
Dentre tais façanhas, consta que certo dia o menino Zeméco fez um par de asas voadoras e pulou de cima do telhado de um casario histórico, ficando com várias fraturas. O sonho de Zeméco (pai do editor do blog Educa Tube) resistiu à queda, e até mesmo a perda parcial da visão, anos depois... Resolveu após a aventura de querer voar, apenas dar asas a imaginação, através das artes plásticas...
Falecido em 29/03/2011, sua produção artística pode ser conhecida também através do blog VIDA E OBRA DO ZEMÉCO, criado em 2006 para ser um acervo digital do pintor.