terça-feira, 30 de outubro de 2012

Manuel Bandeira: O Habitante de Pasárgada (documentário)



O vídeo acima, O Habitante de Pasárgada, documentário sobre o poeta Manuel Bandeira, com direção do escritor Fernando Sabino, foi indicação da colega e amiga Juliana Votto Cruz, educadora e historiadora de Rio Grande, RS, Brasil.
Vídeo inspirado no poema Vou-me embora para Pasárgada, inicia com cenas deste que é considerado um dos maiores poetas brasileiros, em sua casa, recitando versos do poema Testamento.
Ótimo material para tratar de poesia, literatura e língua portuguesa.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Teste de atenção seletiva (assista o vídeo, conte o nº. de passes e depois leia a postagem)



O vídeo acima, Teste de atenção seletiva (que peço que assistam antes de ler esta postagem, por causa do efeito surpreendente do mesmo, e observem a quantidade de passes que são feitas pelos jovens), descobri no blog Metamorfose Digital, depois de assistir ao programa Arena SporTV, que discutia sobre o lance e a polêmica do gol com a mão, feito pelo jogador Barcos, do Palmeiras, contra o Internacional, pelo campeonato brasileiro de futebol 2012. Um dos jornalistas presentes, se não me falha a memória Noriega, comentou que a bola na mão que quase todos viram, menos o juiz, foi melhor percebida quando das imagens na televisão. E lembrou da "experiência do gorila invisível", que é um teste de atenção seletiva, elaborado por Daniel Simons e Christopher Chabris, da Universidade de Illinois, EUA.
Na referida experiência, conforme o blog Metamorfose Digital: "Nele, os mencionados pesquisadores mostraram para um grupo de voluntários um vídeo onde um grupo de pessoas passava uma bola de basquete. A metade das pessoas usava camiseta branca e a outra metade usava camiseta preta. Os voluntários que assistiam o vídeo deviam então contar o número de passes que acontecia.
Concentrar-se em algo depende não somente do quão visível ele seja senão de que estamos procurando por ele e quanta capacidade livre temos para processá-lo. Os voluntários estavam tão concentrados em contar os passes de bola que não viram uma pessoa disfarçada de gorila atravessando pelo centro do círculo de jogadores de basquete.
O símio peludo aparecia visivelmente cruzando a tela durante cinco segundos. Surpreendentemente, 56% das pessoas não conseguiu ver o gorila passando pelo meio da ação. Em outro vídeo, o gorila detém-se, olha à câmera, golpeia-se no peito e depois sai. A ação dura 90 segundos, mas uma vez mais só 50% dos voluntários do estudo viram o intruso peludo.
O que acontece neste caso é um fenômeno denominado "cegueira intencional".
Uma das inquietantes descobertas deste experimento também foi que os pesquisados tinham menos probabilidades de ver o gorila quando pediam que contassem o número de passes realizado pela equipe que usava camiseta branca. Isso significa, segundo Simons, que as pessoas não via o gorila porque não tinha o aspecto daquilo que buscavam... ou porque sim tinha o aspecto do que estavam ignorando -a equipe com a camiseta preta-.
Os olhos só veem em alta resolução dentro de uma raio de dois graus a partir de nosso ponto de enfoque. Em outras palavras, por muito boa que seja nossa visão, a maioria das coisas que nos rodeiam permanecem principalmente fora de foco.
Quando mais nos concentramos em algo que esperamos ver, menos provável que vejamos o inesperado. Existe uma quantidade ilimitada de informação no mundo, mas nossa capacidade para atender à informação é bastante limitada. Estamos limitados ao número de coisas às quais podemos prestar atenção e esta atenção é a porta de acesso à consciência, de forma que só podemos ser conscientes de um subconjunto bem limitado do que há aí fora".
O conceito de "cegueira intencional" e a "experiência do gorila invisível" são ótimas possibilidades de discutir processo de ensino-aprendizagem, calcados na simples memorização.
Em 2010 e 2011, elaborei o Projeto Clipes que Parecem Curtas, em que apresentava aos alunos do ensino fundamental e ensino médio, respectivamente, de escolas da rede publica da cidade do Rio Grande, RS, Brasil, na disciplina de Língua Portuguesa e Literatura, videoclipes - muitos deles em língua estrangeira - que possuíam uma narrativa de curta-metragem, e pedia que a partir da palavra cantada, os alunos me contassem a história através da imagem, em exercícios de leitura, interpretação e produção textual, e foi surpreendente como os jovens percebiam detalhes que nem eu, que selecionei e revi diversas vezes os clipes, tinha antes observado.
Para uma geração calcada na questão audiovisual, nada como pensar estratégias que levem em conta esta situação.

sábado, 27 de outubro de 2012

Não importa o que eu leia, e sim o tom da voz (cinema e educação)



O filme acima, intitulado "Não importa o que eu leia, e sim o tom da voz" é um recorte feito pelo Educa Tube, via Movie Maker, de cena antológica do filme Três Solteirões e um Bebê (1987), para tratar de cinema e educação. Mais precisamente refletir sobre o fato de que o bom educador, diferentemente da cena acima, não basta ter um bom tom de voz, precisa, mais que tudo, ter conteúdo para contagiar o aluno, ter uma boa didática amparado em uma metodologia adequada.
Se com o bebê, basta manter um tom de voz meigo, não importando o que se diz, já que ela não entende mesmo; para um educador do século XXI é necessário que o conteúdo seja tão importante como o tom de expressá-lo.
Uma pequena cena de um minuto e meio, dentro de um longa-metragem, que promove diversas reflexões.

O pequeno marciano (Ensinando a viver): cinema, literatura e educação



O vídeo acima, encontrei no You Tube e traz algumas cenas do filme Martian Child (Pequeno marciano), traduzido o Brasil com o título de Ensinando a viver (2007), e que trata da relação pai e filho, entre um menino que foi abandonado e é adotado por um escritor de livros de ficção científica, de sucesso, que criou um mundo imaginário chamado Dracoban.
No primeiro contato imediato que David Gordon (John Cusack) com Dennis (Bobby Coleman), este encontra-se dentro de uma enorme caixa de papelão, temendo a radiação da Terra, pois considera-se um pequeno marciano, querendo ser humano. O menino cria também toda uma história sobre seu passado em Marte, chega a usar um cinto com peso, por conta de nossa gravidade.
O menino órfão, acompanhado pelo escritor recentemente viúvo, passam a conviver na mesma casa, cada um ensinado o outro a viver e a se tornar humano. David conta com a ajuda de uma amiga, chamada Harlee (Amanda Peet), que também acompanha os dois em suas expedições. E o mais interessante: a história é inspirada em fato real. O roteirista do filme David Gerrold, de fato, adotou em 1991 um menino (Sean Friedman, abandonado aos 3 meses de idade) que se julgava vindo de Marte.
O que um filme como O pequeno marciano nos ensina? Aqui no Educa Tube e outros locais, tenho sempre dito que precisamos fazer pequenas expedições ao mundo dos filhos e de nossos alunos, para conhecer sua atmosfera, sua cultura, e a partir daí estabelecermos estratégias efetivas e bem sucedidas de interação. Afinal, muitas vezes os professores se consideram da Terra e acham que seus alunos são de Marte ou de outro planeta distante. É o famoso choque de gerações, que através do diálogo mostra a cada um, que todos somos humanos e ensinamos e aprendemos a viver, uns com os outros. Mas na maioria das vezes, nós, pais e/ou educadores, é que devemos conhecer o planeta de nossos filhos/alunos, antes de querermos que apenas eles venham ao nosso mundo. Há que se ter toda uma didática e metodologia para interagir com esses jovens que parecem de outro mundo.
Outra cena do filme em questão é esta "Coisas são apenas coisas", abaixo, em que o pai conversa com filho "marciano":



O filme Ensinando a viver, trailer oficial abaixo, é um daqueles momentos mágicos do cinema que une literatura, educação e sociedade e que recomendo a todos os pais e educadores assistirem com seus filhos e alunos, pois trata de uma história universal. E mais uma indicação para a série CinEducação.
Tentei localizar alguma versão completa no You Tube, ou algum portal com versão gratuita para download, mas não obtive ainda sucesso. Quem tiver algum link que possa socializar, desde já agradeço. Eu adquiri uma cópia para uso pessoal e de futuras formações, sem fins lucrativos, quando em locadora de vídeos, que está trocando seu acervo em DVD para Blu ray, e achei o referido vídeo. :-))

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Google Cultural Institute (história, cultura e tecnologia)



O vídeo acima, trata-se de apresentação feito por Daniel Catelão, do portal RTP - Dicas de Internet, de Portugal, a respeito do Google Cultural Institute, que como o próprio nome indica, oferece 42 exposições sobre eventos históricos, como o Dia D, o Holocausto etc.
Um belo material para professores de História passearem virtualmente com seus alunos por temas da História Universal.
Abaixo, link para o referido portal:

Google Cultural Institute

Livro Trailer - Senhora, de José de Alencar (animação, literatura e educação)



O vídeo acima, trata-se de animação do livro Senhora, de José de Alencar, feito para a série chamada "Livro-Trailer", que é "composta de animações baseadas em obras literárias disponíveis nas bibliotecas das escolas, e tem como objetivo estimular os alunos a leitura."
No episódio acima, "o tema é a obra Senhora, de José de Alencar. Obra prima do Romantismo brasileiro, o romance faz críticas em relação a uma sociedade que valoriza as aparências, onde o casamento é mostrado meramente como um negócio. A protagonista Aurélia Camargo procura impor a condição feminina em um mundo em que as decisões são tomadas pelos homens e pelo dinheiro."
Este e outros vídeos (Memórias Póstumas de Brás Cubas, Morte e Vida Severina, O Quinze, O Vampiro de Curitiba e Triste Fim de Policarpo Quaresma), produzidos pela Coordenação de Multimeios, do Portal Dia a Dia Educação, do Governo do Estado do Paraná, Brasil, e que podem ser encontrados para download AQUI.
Descobri o Livro-Trailer, que considero uma ótima forma de utilizar o audiovisual para incentivo ao hábito da leitura, através do jornal virtual de Débora Sebriam, especialista em Tecnologia Educacional, de São Paulo, SP, Brasil.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Lego online: construa com o Google Chrome



O vídeo acima, trata-se da versão digital do jogo Lego online e foi indicação via Twitter do colega e amigo Robson Garcia Freire, educador de Itaperuna, RJ, Brasil e editor do premiado blog educacional Caldeirão de Ideias.
O programa RTP Dicas de Internet, apresentado por Daniel Catalão, de Portugal, demonstra como utilizar o Lego online, que por enquanto disponibiliza construções virtuais na Austrália e Nova Zelândia, podendo as casas e cidades construídas serem salvas através da conta do Google.
Um detalhe, o Lego online só funciona no navegador Google Chrome, que pode ser baixado aqui.
Instalado o Chrome, basta acessar o endereço Construa com o Chrome, vide link abaixo, e é só começar a montar suas construções em Lego online:

Construa com o Chrome

Quem nunca montou algo em Lego, quando criança, que atire a primeira pecinha adiante! :-)))

Para quem gosta de jogos de montar, estilo Lego, mas ao invés de online, diretamente no computador, sugiro baixar o jogo BlockCAD (link abaixo), que é muito semelhante ao Lego online:

BlockCAD - download Acesse o link do portal do jogo BlockCAD para maiores instruções sobre o referido jogo:

Portal BlockCAD

O Fenômeno Carrossel: telenovela infantil que resgata valores e limites na educação



O vídeo acima, apresentação da telenovela infantil Carrossel, atual fenômeno da TV, ficando em segundo lugar em audiência em seu horário de veiculação, rompe com a lógica, às vezes perversa, da televisão brasileira, que apenas mostra o lado violento e cruel da vida.
Carrossel, que iniciou sua trajetória televisiva em 1966, na Argentina (com o nome de Jacinta Pichimahiuda, a professora que não esquece), teve sua 2ª. versão na TV mexicana, em 1989, já com o nome atual. Em 1991, a 3ª. versão no Brasil, sendo depois repetida pela mesma emissora (SBT), em 1993, 1995 e 1996. Em 2012, nova versão, e igualmente o mesmo sucesso, trazendo em seu rastro uma série de produtos, seja cadernos, álbuns de figurinhas, vestuário e uma série de produtos com a imagens de seus personagens.
Sem ser moralista mas realista, Carrossel conta com uma trilha sonora motivadora e contagiante, com uma história simples, mas resgatando valores e limites perdidos ou até mesmo inexistentes atualmente; e comprova na prática que para se conseguir audiência não é preciso apelação nem exploração de fatos violentos e escatológicos, como fazem a maioria dos telejornais e até mesmo as telenovelas.
A mesma trama de sempre e sempre atual é o que conta a professora Helena e seus alunos da Escola Mundial, com roteiro de Ísis Abravanel e direção de Reinaldo Boury.
Desta vez incorporando ao roteiro e universo das personagens as novas tecnologias, e temas atuais como bullying, racismo, preconceito, discriminação, deficiência (um dos próximos personagens a se integrar à trama será um menino cadeirante) etc, de forma simples e realista sem ser panfletária.
Confesso: sou fã da novelinha, e sempre que posso, passo os olhos nos capítulos e recomendo aos pais e educadores que assistam pelo menos um capítulo para verem como pode ser um ótimo material para interação e debate com seus filhos e alunos sobre os temas tratados.
E acredito que a televisão pode ser uma aliada ao processo de ensino-aprendizagem, se o educador, seja pai ou professor, souber filtrar da grade de programação o que de melhor tiver, contextualizando com o filho e aluno aquele conteúdo. Mais: poderá o educador se valer do acervo digital de diversos programas de TV que se encontram disponíveis em diversos vídeos e formatos, sejam completos ou em fragmentos no You Tube.
Lendo recentemente o livro Infância (1945), autobiografia de Graciliano Ramos, foi impossível não perceber as relações conflituosas entre a educação e o menino que se tornou um dos maiores escritores brasileiros, por conta de alguns professores severos e conservadores. Suas melhores experiências foram com uma professorinha, parecida com a professora Helena de Carrossel, tanto que aconselho a leitura deste livro por professores, não apenas da educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental, como um exercício de autocrítica essencial ao bom educador.
A aprendizagem de Graciano Ramos, iniciada no final do século XIX, pelo pai que lhe mostrou as primeiras letras e os castigos de palmatória, se seguiram quando de seu ingresso na escola, já no início do século XX, com outros severos professores. Para ele, a escola era traumática, primeiro pela cartilha, depois o livro de histórias e o de catecismo, para em seguida a tabuada, sempre acompanhados da famosa palmatória. Dando as devidas proporções no tempo e espaço, a escola formal ainda continua, em alguns casos, a repetir um modelo que, embora tenha abolido os castigos corporais e as ameaças, continua ainda centrado na visão e exposição do professor, com os alunos enfileirados como meros espectadores de um monólogo exterior. O diálogo deveria ser uma constante e aqueles que o colocam em prática sempre colhem os frutos do que plantam na sala de aula... Educar, sempre digo, é dialogar, é estabelecer trocas de experiências.
Na descrição de Dona Maria, uma de suas primeiras professoras, Graciliano parece descrever, em parte a doce professorinha Helena de Carrossel:

"Felizmente d. Maria encerrava uma alma infantil. O mundo dela era o nosso mundo, aí vivia farejando pequenos mistérios nas cartilhas. Tinhas dúvidas numerosas, admitia a cooperação dos alunos, e cavaqueiras democráticas animavam a sala. (...) D. Maria nunca o manejou [palmatória]. Nem sequer recorria às ameaças. Quando se aperreava, erguia o dedinho, uma nota desafinava na voz carinhosa - e nós nos alarmávamos. As manifestações de desagrado eram raras e breves. A excelente criatura logo se fatigava da severidade, restabelecia a camaradagem, rascunhava palavras e algarismos, que reproduzíamos" (RAMOS, 1955, p. 113-114).

D. Maria, lá no princípio do século XX, fazia o que os bons educadores de hoje fazem bem: dar vez e voz ao seu alunado, se impondo pelos valores e limites de seu trabalho.
Para refletir, debater e divulgar, tanto a telenovela e alguns vídeos dela no You Tube, bem como a leitura do livro Infância, de Graciliano Ramos, que recomendo a todos os educadores.

domingo, 21 de outubro de 2012

América Latina por Calle 13 (música, história e sociedade)



O belíssimo videoclipe acima, América Latina, do grupo Calle 13 (Rua 13), descobri por acaso, enquanto conversava no Facebook com o colega e amigo Alexandre Protásio, educador de Rio Grande, RS, Brasil, sobre um viral do You Tube, Psy - Gangnam Style, que ele perguntava-se pelo motivo de vídeo de discutível qualidade receber a impressionante marca de 450 milhões (isot mesmo!) de acessos. E o pior: enquanto discutíamos o tema, na próxima meia hora, o referido viral recebeu mais de 2 milhões de acessos. Impressionante.
Apesar disso, deste bate papo online, Tiago Santos amigo de Alexandre, nos indicou o videoclipe Latinoamérica, da Calle 13, de uma beleza de imagens e força de letra e mensagem, que valeu a pena até ter visto o viral. :-))
Um material audiovisual que imagino sendo utilizado de forma interdisciplinar por professores de história, geografia, artes, ainda mais quando o verso diz: "Eu canto porque alguém escuta". Penso: eu educo por que alguém me escuta também. E pelo motivo de que o material que o educador use promova múltiplas reflexões entre todos os participantes. No caso, a música em questão foi indicação, via rede social, que tomou também um enfoque educacional.
Por linhas tortas, descobrimos eu e Alexandre esta riqueza de material para divulgar, debater e refletir. E o bom de tudo, com 12 milhões de acessos. Não se compara (em quantidade) ao viral asiático, que já ultrapassou os 500 milhões de visitas, mas, diferente deste (em matéria de qualidade), Calle 13 trata de coisas simbólicas, significativas e universais, que ficam além dos fenômenos do You Tube.
Canção que tem a participação especial de Totó la Momposina, Susana Baca e Maria Rita (filha de Elis Regina).
"Sou América Latina: um povo sem perna, que caminha", é um dos belos versos da canção, que ora é cantada em espanhol, ora tem alguns versos em português.
"Não se pode comprar o vento, não se pode comprar a chuva... não podes comprar minha alegria, não podes comprar a minha dor... não podes comprar minha vida", mais alguns versos que podem ser acompanhados na íntegra, no link abaixo:

América Latina, por Calle 13 - letra e tradução

Abaixo, videoclipe legendado em português:

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Muito melhor agora: A história de um marcador de página



A bela animação acima, Much Better Now (Muito melhor agora), foi indicação via Facebook do colega e amigo Robson Garcia Freire, educador de Itaperuna, RJ, Brasil e editora do premiado blog educacional Caldeirão de Ideias.
Trata-se da criativa história de um marcador de páginas que um dia cria vida, em uma metáfora visual sobre o ato de ler e imaginar mundos maravilhosos a cada folhear de páginas.
Recentemente comentei com colegas que a tecnologia é ótima e que uma delas, o livro, é algo que ainda, por mais avanços tecnológicos, não foi superada pela sua mobilidade e facilidade de uso, proporcionando ativar a imaginação e a criatividade, como nenhum outro. Quem lê cria cenários, personagens, objetos, e tudo mais, tornando-se, como leitor, uma espécie de editor de um jogo, jogo este de palavras entre quem escreve e quem lê.
Para a leitura de um livro impresso, o marcador de páginas é um acessório fundamental, um companheiro essencial nestas aventuras ao Planeta Literatura ou aos livros em geral.
A estante da sala de minha casa está muito parecida com a imagem final do referido vídeo, por conta de diversos livros lidos e outros tantos à espera de uma expedição ao seu interior. Quem lê é de certa forma um editor de um outro mundo, co-autor da história narrada, por conta da própria imaginação.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Filmes que Voam: portal de filmes para assistir e baixar gratuitamente





Imagem acima, do portal FILMES QUE VOAM, da Fundação Telefônica, que disponibiliza filmes brasileiros de qualidade para assistir e baixar gratuitamente, bastando apenas fazer cadastro prévio com conta de e-mail.
Vejam link abaixo para o portal:

FILMES QUE VOAM

Foi uma indicação via Facebook da amiga Márcia Cristina Alves, educadora do Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Abaixo, imagem do curta "O filho do vizinho", que assisti no referido portal e que é um ótimo material para tratar de inclusão. Vejam o surpreendente final desta história que une duas crianças em uma mesma rua.



Vejam também no portal o filme Sentidos (imagem abaixo): "documentário mostra a cidade de Itajaí por meio dos sentidos da jovem Kátia, de 19 anos, que é cega desde a infância. Assim, os pontos turísticos do local se descortinam sob outro olhar, além da visão convencional. Uma cidade também é feita de cheiros, texturas e sons. Kátia define seu destino em uma cidade que acolhe e integra a todos, independentemente de qualquer limitação física."



Ainda tem o Canal Muito Especial, com animações e filmes em Libras.

E FILMES FEITOS POR ESTUDANTES COMO ATIVIDADES ESCOLARES, bastando clica na guia do Menu do portal, chamada NOTA 10.

Atenção: No portal encontra-se a seguinte observação: "(...) é proibido o uso de imagens e sons desta obra em exibições públicas e que envolvam lucro. Escolas e universidades podem exibir livremente."

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Sonata, de Erico Verissimo (música, literatura,cinema e educação): episódio fantástico do seriado Brava Gente Brasileira



O vídeo acima trata-se do episódio A Sonata, do seriado Brava Gente (2001), curta-metragem inspirado no conto Sonata, de Erico Veríssimo, que me foi gentilmente indicado pelo Facebook do colega e amigo Tiago Tresoldi, de Porto Alegre, RS, Brasil, após comentário que fiz em aula sobre o livro Aura, de Carlos Fuentes, que pelo aspecto fantástico, lembrava muito o conto de escrito pelo escritor brasileiro. Em ambos, um anúncio de jornal os leva a uma estranha casa, onde encontram o amor. Teodoro, professor de piano em Sonata, se apaixona pela jovem Adriana; Felipe, escritor contratado para terminar memórias do falecido marido de dona Consuelo, e que se apaixona por sua sobrinha Aura.
A Sonata, com direção de Jaime Monjardim, tendo como protagonistas os atores Angelo Antonio (o músico Teodoro) e Mariana Ximenes (a aluna de piano Luciana, ao invés de Adriana, como no conto de Verissimo), faz uma bela reconstituição de época que serve para professores de Arte, História, Literatura, Língua Portuguesa, Música etc trabalharem interdisciplinarmente.
Pretendo nesta postagem focar mais na questão da educação, já que é o objetivo maior do Educa Tube indicar vídeos e outros recursos tecnológicos que possam ser utilizados ou adaptados ao fazer pedagógico.
A história de Sonata (o conto) inicia com o professor de piano, que mora em Porto Alegre, assim relatando sua vida:

"A história que vou contar não tem a rigor um princípio, um meio e um fim. O Tempo é um rio sem nascentes a correr incessantemente para a Eternidade, mas bem se pode dar que em inesperados trechos de seu curso o nosso barco se afaste da correnteza, derivando para algum braço morto feito de antigas águas ficadas, e só Deus sabe o que então nos poderá acontecer. No entanto, para facilitar a narrativa, vamos supor que tudo tenha começado naquela tarde de abril. Era o primeiro ano da Guerra e eu evitava ler os jornais ou dar ouvidos às pessoas que falavam em combates, bombardeios e movimentos de tropas. "Os alemães romperão facilmente a linha Maginot" assegurou-me um dia o desconhecido que se sentara a meu lado num banco de praça. "Em poucas semanas estarão senhores de Paris." Sacudi a cabeça e repliquei: "Impossível. Paris não é uma cidade do espaço, mas do tempo. É um estado de alma e como tal inacessível às Panzerdivisionen." O homem lançou-me um olhar enviesado, misto de estranheza e alarma. Ora, estou habituado a ser olhado desse modo. Um lunático! É o que murmuram de mim os inquilinos da casa de cômodos onde tenho um quarto alugado, com direito à mesa parca e ao banheiro coletivo. E é natural que pensem assim. Sou um sujeito um tanto esquisito, um tímido, um solitário que às vezes passa horas inteiras a conversar consigo mesmo em voz alta. "Bicho-de-concha!" — já disseram de mim. Sim, mas a essa apagada ostra não resta nem o consolo de ter produzido em sua solidão alguma pérola rara, a não ser... Mas não devo antecipar nem julgar."

Neste contexto (o conto enncotra-se no livro Fantoches, de 1932, mas na vídeo vai mais além), a personagem principal tem como passatempo ir à biblioteca pública, folhear velhos jornais. Um dia lê anúncio de jornal, datado de 1912, procurando professor de piano. Ao descobrir que a rua mudou de nome mas a casa antiga, com um anjo triste no jardim, ainda existe, movido pela imaginação e a curiosidade, o professor vai ao local. Por algum mistério, é atendido por uma empregada junto ao portão e adentra na casa, sendo recebido por Safira, mãe de Luciana, a jovem a quem ele irá ensinar a tocar piano.
Apaixonado, o professor faz literalmente uma viagem no tempo, escrevendo para a jovem por quem se apaixona, uma sonata em lá menor. A música é uma linguagem universal. A arte igualmente. Pensando na arte e na cultura, na música e na literatura como meios de passar um conteúdo educacional, o Educa Tube propõe um outro tipo de viagem no tempo, através da história, da música e da literatura a outros educadores que utilizem filmes, curtas-metragens, fragmentos de vídeos e tudo mais que possa ilustrar um tema ou projeto.
O professor que se apaixona pelo seu trabalho e consegue ir de encontro ao tempo do aluno, através destes recursos, promoverá outras viagens no tempo, encantando o aluno para todo um acervo artístico e cultural, histórico e literário que podem promover debates, pesquisas e reflexões no ambiente escolar.
O abismo do tempo que a personagem Teodoro diz separá-lo de sua musa Luciana, também deve ser transposto por todo educador nascido no século XX, trabalhando em escolas ainda com o feitio do século XIX, mas com alunos nascidos no século XXI.
Diz Teodoro, ao final do vídeo (não querendo antecipar seu final àqueles que não leram o conto, nem assistiram ao episódio em questão), que "é da natureza do amor ser regido pelo signo do mistério". O Educa Tube diz que é da natureza da educação ser regida pelo signo das descobertas, para que o abismo do tempo entre professores e alunos seja transposto de forma harmoniosa por ambos, como numa sonata em lá menor.
Teodoro é o professor de piano, que motivado pela aluna e musa torna-se compositor reconhecido e maestro de sucesso, anos depois de sua viagem no tempo. Todo bom professor é um mestre, um maestro que rege com brilhantismo sua orquestra (turma), em que cada aluno tem um talento (seja musical, esportivo, artístico, literário etc). E que se inspira através das trocas de saberes com seus alunos.
Observação: Indico o link abaixo sobre o conto Sonata:

O FANTÁSTICO EM ÉRICO VERÍSSIMO: UMA ANÁLISE DO CONTO “SONATA”, de Daniele Marcon e João Claudio Arendt

Complementando o fantástico, antecipado neste conto de Erico Verissimo, lembro do filme Em algum lugar do passado (1980) de Jeannot Swarcz e do episódio 1, The Cellar (A adega) do seriado Amazing Stories (Histórias Maravilhosas), de 2020, logo a seguir, que relembra Sonata, nesta incrível intertextualidade:





José Pacheco e a Escola da Ponte, no TED



O vídeo acima, trata-se de mini palestra feita ao TED, em 15/02/2011, pelo educador português José Pacheco, "fundador da revolucionária Escola da Ponte, em Vila das Aves (Portugal), é do tempo do giz, mas apagou do quadro negro a ignorância de um sistema educacional mais preocupado com as respostas do que com as perguntas."
Indicação feita via Facebook do amigo Fernando Luis, músico de Rio Grande, RS, Brasil.
Pacheco discute as relações entre a teoria e a prática, o universal e o local, a partir de sua experiência em escola pública. Fala da questão das aulas de 50 minutos. A lei e a lógica. Se não explica não cumpre lei. Alunos não entendem explicação e se rebelam. Que é importante aprender com todos, independente da idade. Que termos como carga horária, grade curricular, ponto de corte são frutos dessa cultura.
Na verdade, precisamos mesmo é fazer uma ponte entre a escola e a sociedade, entre a informação e o conhecimento, entre o aprender e o ensinar, pois como bem declara Pacheco: fala-se muito em dificuldade de aprendizagem (do ponto de vista do aluno) mas e a dificuldade de ensinagem (do ponto de vista do professor)?
Que as crianças leem o que aparece na TV, através de imagens, e vão se alfabetizando fora da escola. Que o melhor método não existe: melhor método é o que resolve o problema da pessoa, de cada pessoa, segundo José Pacheco. Para ele, muda prefeitos, mudam projetos, novas assessorias e novos projetos; que não existe falta de recursos, mas desperdício de recursos na educação, havendo também um amadorismo numa área tão importante que é a educação. Que este modelo epistemológico de educação faliu, remetendo ao pensamento de Paulo Freire, de que é preciso suliar (virar-se mais para o nosso sul) e não nortear (pensar modelos europeus e estadunidenses, que são frutos doutra cultura). Por fim, que a escola deve ser uma cidade educadora, onde se estabeleça uma rede colaborativa de aprendizagem.
Um ótimo material para refletir sobre educação, educadores, escola, ensino e aprendizagem.

Não desista, você é amado (mensagem pelo Dia do Professor)



A bela canção acima, You Are Loved (Don't Give Up), de Josh Groban, descobri por acaso no Educa Tube, mas sua letra traz uma mensagem de reflexão a todo aquele educador que já pensou em desistir um dia, mas "desistiu de desistir" (como eu também já fiz, movido por uma força maior), por amar a sua profissão e saber que, ao fazer o que gosta, também é motivo de inspiração a outros mais, sejam colegas, amigos, alunos e outros mais.
O Educa Tube deseja um Feliz Dia do Professor a todos os educadores que alçam voos na imaginação e que despertam em seus colegas e alunos o gosto por aprender e ensinar. Lembrando que todo dia, qualquer dia, todos os dias é Dia de professar a fé na vida, no trabalho e no amor.
Nunca desistam de aprender e ensinar, eis a grande lição. Como a imagem final, da apresentação acima, ninguém vive só, aprendemos e vivemos em grupo, dando asas aos sonhos...
Abaixo, vídeoclipe original de Josh Groban.



Vejam também abaixo outra bela canção de Josh Groban, Você me eleva, que serve também como metáfora da educação, do mestre que eleva o discípulo. Que na dança das horas faz acordes tornarem-se despertares...



Abaixo, tradução da referida canção:

You Raise Me Up - Você me eleva

domingo, 14 de outubro de 2012

Coisas em câmera lenta: breve reflexão sobre o ato de educar



O vídeo acima, Coisas em câmera lenta, descobri por acaso no You Tube, e trata-se justamente de compilação de coisas em câmera lenta,que servem para refletir: algumas delas, além das coisas móveis e imóveis, mas os bens essenciais de uma sociedade, são fruto de um processo lento mesmo, como educar, descobrir o amor; outras coisas não deveriam ser tão devagar de acontecer, como o ato de fazer Justiça para todos. E quando a justiça, em sentido amplo, acontece em câmera lenta, toda a sociedade é penalizada.
Entretanto, quando se pensa no ato de educar, há diversos estágios de aprendizagem a serem respeitados. Cada um tem seu próprio tempo de aprender. O bom educador deve estar atento ao que parece descuido, despreocupação, quando na verdade pode ser apenas um jeito próprio e lento de perceber as coisas. Nem sempre se consegue acelerar o processo de ensino-aprendizagem. Muitas vezes ele é de fato lento...
Saber ensinar é mostrar a mesma coisa de pontos de vista diversos... E não fazer como certo professor que uma colega me contou, quando ela era apenas aluna, e hoje professora de matemática, que ele era o senhor com muita paciência. Não se cansava de ter que explicar, 2, 3, 10 vezes, se necessário... Mas sempre do mesmo jeito. Se não aprendeu daquele jeito, repetir mais 9 vezes nada acrescentará. É preciso saber ensinar doutras formas o mesmo conteúdo...
O amor também é algo que inicia lento, e vai tomando conta de nós pouco a pouco, de forma lenta, como no vídeo acima, e quando nos damos conta, já está tomando conta de nosso ser...
O amor e o educar são coisas que acontecem de forma lenta... mas que ficam para sempre em nosso ser... Para refletir e motivar.
Vejam abaixo, outros impressionantes imagens de coisas em câmera lenta:





Ainda falando em coisas em câmera lenta, sugiro a leitura da notícia abaixo:

Por que apenas 2% dos estudantes querem seguir a carreira de professor?

Sobrevoo noturno da Estação Espacial Internacional sobre o Canadá



O belíssimo vídeo acima, trata-se de sobrevoo noturno da Estação Espacial Internacional sobre o Canadá e descobri via Facebook do Discovery Channel. Percebe-se a iluminação artificial das cidades por onde a Estação Espacial passa. Pequenos pontos de luz na imensidão...
Conforme apresentação do vídeo no You Tube:

"Este vídeo foi feito pela tripulação da Expedição 30 a bordo da Estação Espacial Internacional. A sequência de imagens foi tirada 04 de fevereiro de 2012 a partir de 07:55:38 para 08:11:19 GMT, em uma passagem do Oceano Pacífico Norte, a oeste de Oregon, ao norte do Oceano Atlântico, a leste da Nova Escócia. Esta passagem começa nublado ao longo do Oceano Pacífico Norte, olhando para a Soyuz. Como a ISS começa a voar sobre a terra, a câmera aponta sudoeste em direção a San Francisco e Seattle. O passe continua sobre o sul do Canadá, onde as cidades menores podem ser vistos. O brilho do luar ilumina pequenos rios em todo o vídeo. Com o passar continua sobre o Canadá, a maior parte da terra é coberta de neve. O vídeo termina como o ISS passa sobre a Nova Inglaterra e Canadá região sudeste, olhando em direção ao sudoeste de Montreal e áreas de Cape Cod. Cortada russa Soyuz e Progress veículos são vistos em primeiro plano durante todo o vídeo. cortesia Vídeo da Ciência Imagem & Laboratório de Análise, NASA Johnson Space Center. Mais na página:
http://eol.jsc.nasa.gov/Videos/CrewEarthObservationsVideos/

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Graça Maravilhosa - Il Divo (música e educação)



O vídeoclipe acima, Graça Maravilhosa, do grupo vocal Il Divo, descobri via Facebook da colega Márcia Ribeiro Paganella, professora de informática em Caxias do Sul, RS, Brasil, editora do blog Me Acharam e do portal ATIVIDADES RECREATIVAS.
Um vídeo postado inicialmente com enfoque artístico e cultural, mas que amplia as possibilidades, se utilizado na educação e, em especial, na disciplina de História, pois, conforme comentário postado no You Tube:

"Essa música foi publicada pela primeira vez em 1779, pelo inglês John Newton, o qual trabalhava com o tráfico de escravos. Durante uma tempestade, ele imaginou que todos iriam morrer e neste momento de desespero se converteu. Tornou-se posteriormente um clérigo e compôs, esta melodia, baseada na sua experiência de conversão e, especialmente, na sua salvação....Uma verdadeira conversa com Deus!"

De acordo com a Wikipédia:

"Amazing Grace" é um conhecido hino tradicional protestante com a letra escrita pelo inglês John Newton e foi impresso pela primeira vez no Newton's Olney Hymns (1779). Quando “Amazing Grace” foi publicado pela primeira vez no “Newton’s Olney Hymns” somente a letra fora impressa sem partitura musical alguma. Acredita-se também que o texto era recitado na época e não cantado.

Letra e História:

Depois de um curto tempo na Marinha Real, John Newton iniciou sua carreira como traficante de escravos. Certo dia, durante uma de suas viagens, o navio de Newton foi fortemente afetado por uma tempestade. Momentos depois de ele deixar o convés, o marinheiro que tomou o seu lugar foi jogado ao mar, por isso ele próprio guiou a embarcação pela tempestade. Mais tarde ele comentou que durante a tempestade ele sentiu que estavam tão frágeis e desamparados e concluiu que somente a Graça de Deus poderia salvá-los naquele momento. Incentivado por esse acontecimento e pelo que havia lido no livro, Imitação de Cristo de Tomás de Kempis, ele resolveu abandonar o tráfico de escravos e tornou-se cristão, o que o levou a compor a canção Amazing Grace (em português: "Graça Maravilhosa").

A História do autor de Amazing Grace:

Em torno de 1750, John Newton era o comandante de um navio negreiro inglês. Os navios fariam o primeiro percurso de sua viagem da Inglaterra, quase vazios, até que chegassem na costa africana. Lá os chefes tribais entregariam aos europeus as "cargas" compostas de homens e mulheres, capturados nas invasões e nas guerras entre as tribos. Os compradores selecionariam os espécimes mais finos, e os comprariam em troca de armas, munição, licor, e tecidos. Os cativos seriam trazidos, então, à bordo e preparados para o "transporte". Eram acorrentados abaixo das plataformas para impedir suicídios. Eram colocados de lado a lado, para conservar o espaço, em fileira após a fileira, uma após outra, até que a embarcação estivesse "carregada", normalmente com até 600 "unidades" de carga humana.
Os capitães procuravam fazer uma viagem rápida, esperando preservar ao máximo a sua carga; contudo, a taxa de mortalidade era alta, normalmente 20% ou mais. Quando um surto de disenteria ou qualquer outra doença ocorria, os doentes eram jogados ao mar. Uma vez que chegavam ao Novo Mundo, os negros eram negociados por açúcar e o melaço, para manufaturar o rum, que os navios carregariam à Inglaterra para o pé final de seu "comércio triangular."
John Newton transportou muitas cargas de escravos africanos trazidos à América no século 18. No mar, em uma de suas viagens, o navio enfrentou uma enorme tempestade e afundou. Newton ofereceu sua vida à Cristo, achando que iria morrer. Após ter sobrevivido, ele se converteu e começou a estudar para ser pastor. Nos últimos 43 anos de sua vida ele pregou o evangelho em Olney e em Londres. Em 82, Newton disse: "Minha memória já quase se foi, mas eu recordo duas coisas: que eu sou um grande pecador, e que Cristo é meu grande salvador!"
No túmulo de Newton, lê-se: "John Newton, uma vez um infiel e um libertino, um mercador de escravos na África, foi, pela misericórdia de nosso senhor e salvador Jesus Cristo, perdoado e inspirado a pregar a mesma fé que ele tinha se esforçado muito por destruir."
O seu mais famoso testemunho continua vivo, no mais famoso das centenas de hinos que escreveu: Amazing Grace!

Observação do Educa Tube:

Arte e cultura, música e história... Uma letra de música contém uma história e dependendo de seu conteúdo, pode ser até servir de conteúdo educacional, se trabalhado texto e contexto de criação. Quantas canções da MPB podem servir a este propósito. Pode-se aprender e ensinar muito com letras de músicas... A música é uma linguagem universal.
O amor, o trabalho e a vida podem ser considerados graças maravilhosas e surpreendentes que obtemos. Nascemos sem pedir, amamos sem querer, trabalhamos por dupla necessidade, de subsistência e de sentido à vida e ao amor. Já dizia o cantor Cazuza: "O trabalho é mais importante que o amor, pois é ele que nos dá dignidade para amar..."
Naufrágios, em sentido figurado, todos já tivemos algum nesta vida, e somos muitas vezes naus frágeis em um mar imenso. Diz a sabedoria popular que "quem canta seus males espanta". Trabalhar com música, não apenas na disciplina de história, mas dentro de um contexto educacional, dentro de uma proposta pedagógica adequada, pode ser uma atividade motivadora para professores e alunos.

Aprendizagem Invisível: Como aprender apesar da escola?



Após leitura do texto O que Bill Gates e a Maria do crochê têm em comum?, no portal Porvir: o futuro se aprende, que trata do conceito de "Aprendizagem invisível", lembrei-me de vídeo sobre o mesmo tema, intitulado Aprendizagem invisível: como aprender apesar da escola? (vídeo acima), referente apresentação do professor e pesquisador Cristóbal Cobo, feita ao TED em 2011, e que tinha assistido tempo atrás no blog Sobre Educação, da colega e amiga Elis Zampieri, professora da educação especial e coordenadora pedagógica da APAE de Curitibanos, SC, Brasil.
No referido vídeo, Cristóbal Cobo, utilizando-se de imagens e diversas citações, trata da aprendizagem visível (formal) e a invisível (feita além da escola). O que me reporta ao que tenho comentado e publicado neste blog e nas redes sociais, através do processo de garimpo sentimental que tenho feito em minha memória infanto-juvenil, colaborado por pesquisas no Google e You Tube, de desenhos animados, histórias em quadrinhos, músicas, clipes, álbuns de figurinhas, filmes, seriados, fotografias, textos etc que me seriam da aprendizagem antes de adentrar aos bancos escolares e de formação e informação extracurricular.
Já citei e publiquei aqui alguns exemplos como um episódio de desenho animado da série A arca do Zé Colmeia, em que tive as primeira noções de educação ambiental; do episódio Jogo de palavras (Wordplay) do seriado Além da Imaginação, que trata justamente da questão da aprendizagem e que assisti quando nem imaginava que me tornaria um educador; bem como outras lembranças que venho tentando reencontrar no mundo virtual. Já comentei sobre álbuns de figurinhas e a aprendizagem através das trocas, em que pais, avós e crianças se encontram próximo à banca de revistas, em Rio Grande, RS, Brasil, para completar seus álbuns através de trocas dos cromos repetidos, uns com os outros, envolvendo conhecimento matemático (já que alguns vendem por centavos também), envolvendo a memória (pois enquanto os adultos olham as figurinhas pelos números, as crianças sabem de cor e salteado pelas imagens dos jogadores, no caso, o álbum do campeonato brasileiro de futebol). Enfim, recordo-me também que aprendi com uma história em quadrinhos do Mickey Mouse que o sol nasce no leste e morre no oeste. Tudo isso, de certa forma, é uma aprendizagem invisível para o ensino formal.
Cristóbal Corbo fala dessa padronização do conhecimento que replica muito o sistema industrial, e destaca o que ele denomina de "o pequeno Mozart": o menino Lim Ding Wen, de apenas 9 anos, que é um gênio da informática. E o mais interessante de tudo é o que Cobo declara: "Aprendizagem é o que acontece enquanto se faz outra coisa", pois aí está o grande mérito do educador, de que para aprender deve-se vincular a outras atividades, e que a escola não é a única fonte do saber, que os saberes estão em toda parte e que se aprende mais facilmente quando se faz algo que se gosta.
Um ótimo vídeo para refletir sobre os diferenciados processos de aprendizagem que estamos sempre vivenciando uns com os outros.
Segundo John W. Moravec, co-autor, junto com Cristóbal Cobo, do livro Aprendizagem Invisível - Para uma Ecologia da Educação: "“A educação invisível reconhece que as formas de aprendizagem formal, não formal, informal e incidental são interligadas. A maior parte do nosso aprendizado é não formal”.
De acordo com Patrícia Gomes, em texto para o portal Porvir: o futuro se aprende: "O MEC define a educação formal como aquela que ocorre nos sistemas de ensino tradicionais, a não formal como iniciativas organizadas de aprendizagem, mas que acontecem fora dos sistemas de ensino, e a informal e a incidental como as que ocorrem ao longo da vida." Abaixo, link para download do livro Aprendizagem Invisível, de Cristóbal Cobo, versão em espanhol:

APRENDIZAGEM INVISÍVEL - PARA UMA NOVA ECOLOGIA DA EDUCAÇÃO, de Cristóbal Cobo e John W. Moravec

Leiam também a postagem abaixo, no portal Porvir: o futuro se aprender, que trata sobre a aprendizagem invisível:

O que Bill Gates e a Maria do Croché têm em comum?

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Você está fazendo o que ama agora?



O vídeo acima, Você está fazendo o que ama agora?, descobri através do Google + de Elenara Stein Falcão, arquiteta de Porto Alegre, RS, Brasil e editora do blog Arquitetando Ideias. Um vídeo motivacional que trata do conflito de gerações, dos jovens de ontem e os de hoje, seus objetivos de vida e as formas de se relacionar com o trabalho, desde então.
Antes, os mais velhos ensinavam os mais novos. Hoje, todos aprendem com todos, criando e compartilhando. Um ótimo material para reflexão a pensar estratégias de interação com a atual geração, chamada de Millenials.
Respondendo a pergunta título do vídeo e desta postagem: Sim, eu amo o que faço, e faço o que amo, pois meus projetos de trabalho são complementos do projeto maior, de vida. Faço o que gosto e gosto do que faço, pois aprendendo ensinando e ensino aprendendo, de forma compartilhada com diversos colegas que se tornaram amigos, e amigos que se tornaram colegas. :-))
Como arquiteto da minha felicidade procura sempre socializar o que descubro, via blog e redes sociais, e em contrapartida, outras pessoas socializam seus saberes comigo, de forma voluntária.
Aproveito para destacar frase da arquiteta Elenara Stein Leitão, em seu blog Arquitetando Ideias, também para reflexão dos seguidores e visitantes deste blog educacional:

"Um arquiteto tenta projetar espaços com razão e sensibilidade. Tenta transformar sonhos de vida em paredes e cores, luzes e nuances que se tornarão realizáveis com o passar das horas de um dia. Um arquiteto tenta conceber aquilo que se antevê apenas em sonhos."

Como educadores, precisamos tornar nosso tempo e espaço escolares em um ambiente agradável para nós e nossos alunos. E iniciando com o diálogo, talvez seja uma das melhores estratégias, perguntando justamente isto aos alunos: Você está fazendo o que ama agora? ...

Primavera das Ideias: O Jardim do Conhecimento Colaborativo





A imagem acima, trata-se da ótima iniciativa Primavera de Ideias: o Jardim do Conhecimento Colaborativo (vide link abaixo), da colega e amiga Raphaella Marques de Carvalho, educadora do Rio de Janeiro, RJ, Brasil e editora do blog Estudando e navegando.
Conforme a apresnetação do projeto, feita pela própria Raphaella em seu blog:

"A proposta da Primavera das Ideias foi despertar o espírito colaborativo dos professores que estão conectados ao mundo virtual. Estamos na era “Crowdlearning” e precisamos tirar o máximo proveito da “Inteligência Coletiva”, no qual , Piere Levy explica que é “uma inteligência distribuída por toda parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta uma mobilização efetiva das competências”. (Blog OConhecimento) Quando aplicamos as tecnologias à Educação, podemos interagir com outros professores, conhecer diferentes práticas pedagógicas e, sobretudo, novas ideias ! Foram mais de 20 trabalhos desenvolvidos sobre a leitura e os recursos multimídias pelos professores das Escolas Municipais do Rio de Janeiro. Vamos conhecer como cada um elaborou o seu planejamento e divulgou no seu blog educacional."

Uma ótima iniciativa de divulgar o blog e a prática educacional de outros educadores, que tem apoio do Educa Tube, pois como sempre digo: o futuro da educação está em compartilharmos as descobertas, gerando conhecimento mútuo. :-))
Conheçam os projetos, no link abaixo:

PRIMAVERA DAS IDEIAS: O JARDIM DO CONHECIMENTO COLABORATIVO

Observação do Educa Tube: Por crowdlearning ou crowd learning, entende-se a aprendizagem coletiva, através do conhecimento colaborativo entre diversas pessoas das mais variadas áreas, que compartilham seus saberes.

domingo, 7 de outubro de 2012

A percepção de beleza e o efeito Photoshop no cotidiano



O vídeo acima, A Evolução da Beleza, referente a anúncio de produto de beleza, mostra a transformação de uma bela jovem, e sua imagem, primeiro, maquiada em estúdio de beleza, e depois, manipulada no software de edição de imagens Photoshop, tornando-se uma outra pessoa, aumentando pescoço, os olhos, a boca etc.
Ao final, uma emblemática frase: "Não é de admirar que a nossa percepção de beleza é distorcida", um fantástico vídeo para refletir sobre o efeito photoshop em nosso cotidiano. E sobre o verdadeiro sentido de beleza que nos é oferecido pela grande mídia. Não basta parecer mais natural, é preciso ter algo de espetacular em tudo.
O que vem de encontro a uma afirmação que tenho feito em cursos e palestras, que o bom projeto educacional é aquele autêntico e simples, que tem continuidade, e não aquele espetacular e grandioso, que por sua complexidade não possui esta continuidade.
Abaixo, mais um vídeo em que o Photoshop é o diferencial, manipulando a imagem de uma modelo, e colocando o efeito de água em seus cabelos. Um recurso que pode ser utilizado com sentido artístico no ambiente escolar, na produção de imagens variadas dentro de um conteúdo educacional.

Enquanto o mundo dorme

While The World Sleeps from Rishi Kaneria on Vimeo.



O belo vídeo acima, Enquanto o mundo dorme, filmado por Kaneria Rishi, com a câmera Canon 60 D, descobri no portal Vimeo, e trata-se de cenas do cotidiano da Índia (algumas, muito semelhantes ao dia a dia de cidades brasileiras), com narração utilizando-se de fragmentos do discurso de Jawaharlal Nehru, na véspera da independência da Índia e sobre a morte de Mahatma Gandhi.
A belíssima música chama-se "Journey to the Line", de Hans Zimmer.
Abaixo, fragmento de "Um encontro com o destino":

"Há muitos anos nós fizemos um encontro com o destino, e agora chega o momento em que deverá resgatar o nosso compromisso, não no todo ou em medida cheia, mas muito substancialmente. Ao soar a meia-noite, quando o mundo dorme, a Índia acordará à vida e à liberdade. Chega um momento, que vem, mas raramente na história, quando saímos do velho para o novo, quando termina uma era e, quando a alma de uma nação, muito reprimida, encontra expressão. É justo que neste momento solene, assumir o compromisso de dedicação ao serviço de Portugal e seu povo e à causa ainda maior da humanidade. "

Enquanto o mundo dorme, este título, lembrou-me poema que fiz nos anos 1990 e depois reescrevi em 2001, chamado Enquanto as crianças dormem... (abaixo, link para meu blog literário ControlVerso):

ENQUANTO AS CRIANÇAS DORMEM...

sábado, 6 de outubro de 2012

A magia da tecnologia: alerta sobre informações expostas na internet



Já dizia o grande filósofo do cotidiano, mestre da comunicação e apresentador de programa de auditório Abelardo Barbosa, vulgo Chacricha, que "Na TV nada se cria, tudo se copia", numa paródia à máxima de Lavosier.
O vídeo acima, Cuidado com as informações que você expõe na Internet, inicialmente lembra aquelas pegadinhas e videocassetadas que infestam a programação da televisão aos domingos, tudo cópia uma das outras, muitas delas, pura armação. Mas neste caso, trata-se de uma saudável brincadeira em tom de alerta aos perigos de disponibilizar nas redes sociais e no mundo virtual dados íntimos e pessoais, que podem ser usados contra nós, por pessoas mal intencionadas.
O falso vidente que consegue descobri nome, cidade, emprego, até dados das contas bancárias, na verdade, só tem acesso a isso tudo, pois cada um dos que ali tiveram suas vidas desvendadas, o fizeram antes no mundo virtual, como demonstra ao final o vídeo.
Uma indicação, via Facebook da colega e amiga Márcia Cristina Alves, do Rio de Janeiro, RJ, Brasil, representante do Rioeduca.net na 9ª CRE, e que compartilhei nas redes sociais e estou divulgando aqui no Educa Tube.
Já que iniciei esta postagem citando Chacricha, abaixo um vídeo, com momentos de seu programa Cassino do Chacrinha. Atualmente, muitos apresentadores da TV tem em Abelardo Barbosa um ícone, modelo, e em alguns casos, até copiando muito de seu jeito. Chacretes ou corpo de balé, concurso de talentos, revelação de cantores e muito mais estão ai nos programas dominicais.



Abaixo, algumas das frases mais conhecidas do chamado Velho Guerreiro:

"Eu vim para confundir, não para explicar!"
"Quem não se comunica, se trumbica!"
"Na TV nada se cria, tudo se copia."
"Não sou psicanalista e nem analista. Sou vigarista."
"A melhor lua pra se plantar mandioca é a lua-de-mel."
"Alô, Dona Maria, seu dinheiro vai dar cria."
"Honoris causa é a mesma coisa do que hors-concours."

Ensina-me a viver (Harold e Maude): cinema e educação



O vídeo acima, trata-se de comentários do crítico Marcelo Janot sobre o filme "Ensina-me a viver", de 1971, com direção de Hal Ashby.
O filme, com título original de Harold e Maude, conta a história de dois personagens: um jovem milionário de 20 anos (Harold) que vive com a mãe e tenta simular o suicídio por diversas vezes para chamar a sua atenção e uma idosa (Maude), que às vésperas de completar 80 anos tem uma alegria imensa de viver.
O que ambos tem em comum? Gostarem de ir a funerais e em um desses se encontram e tornam-se amigos inseparáveis. Maude ensina a Harold a beleza da vida nas pequenas coisa do viver, como a cantar, dançar e a tocar um instrumento musical. Desperta no jovem a alegria de viver. Em uma das falas, Maude diz: "Arrisque-se e faça o seu melhor possível", em contraponto à mãe de Harold que em outra cena preenche pelo filho um questionário, com os supostos gostos do rapaz, na opinião da própria mãe. A educação tem ainda disso, de questionários de perguntas e respostas, de certo e errado, de falso e verdadeiro, quando a vida lá fora é bem mais complexa que isso. Quantos pais não fazem o mesmo, preenchendo o tema de casa para seus filhos, achando que com isso estarão os ajudando, quando na verdade estão lhes tirando a iniciativa, a responsabilidade, sem impor valores nem limites...
Harold vai visitar o tio militar, indicado pela mãe, como modelo a seguir, por ter sido heroi de guerra, mas são personagens de mundos diversos. A mãe do rapaz promove encontros com garotas, para ver se alguma delas agrada ao rapaz, que por ser excêntrico, não arranja namorada.
Ensina-me a viver trata desse choque de gerações, tão comum na educação, e que sintetizo em outra frase de Maude a Harold: "com a sua engenhosidade e a minha experiência..." De fato, com a engenhosidade do aluno e a experiência do professor, ambos ensinam um ao outro a viver. A verdadeira educação é esta que proporciona que engenhosidade e experiência convivam em um mesmo espaço, cada qual valorizando no outro o que lhe falta ou lhe complementa. O filme é para mim uma metáfora do ensinar a viver e a conviver com as diferenças, sejam de sexo, idade, classe social, experiência de vida e tudo mais. Do estimular a independência e a autonomia. Afinal, a atual geração que liberdade, mas nem sempre independência, estando muitos ainda vivendo com os pais e sustentados pelos mesmos. Os pais da atual geração querem dar aos filhos tudo o que não puderem TER, e muitas vezes fazer com que eles sejam tudo o que não puderam SER. Mais do que BENS materiais, é preciso passar como educadores (sejamos pais ou professores), valores éticos e morais e limites sociais. Pois, se os educadores não ensinarem seus filhos/alunos a viver, será a Dona Vida a severa professora para muitos deles. Para refletir e repassar...
Mais um filme que incluo na série cinema e educação e que pode ser acompanhada neste blog, através do marcador CinEducação.
Abaixo, vídeo com canção tema de Ensina-me a viver, na voz de seu autor Cat Stevens, que também é o responsável pela belíssima trilha sonora do filme.

Abaixo, link do referido filme, para baixá-lo em duas partes no formato winrar (compactado):

ENSINA-ME A VIVER (download, parte 1 e 2)

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Aprendendo com as margens para a sociedade da aprendizagem móvel



O vídeo acima, palestra da educadora espanhola Tiscar Lara, intitulada Aprendendo com as margens, para a Sociedade da Aprendizagem Móvel, para o TED, descobri no You Tube.
Tiscar Lara é Vice-reitora de Cultura Digital na Escuela de Organización industriais - EOI, onde coordena Projetos e conhecimento de aprendizagem móvel em aberto.
O TED: ideias que merecem ser espalhadas, é um evento organizado de forma independente (há 25 anos) e uma organização sem fins lucrativos, que reúne pessoas em diversas partes do planeta, com o propósito de através de pequenas palestras (em média de 15 minutos), com personalidades, pensadores, empreendedores, educadores e outros, que possuem o desejo de mudar o mundo, deixando sua contribuição inovadora.
No vídeo em questão, traz a interessante fala de Tiscar Lara, baseada em algumas imagens de infância, adolescência, de sua família e comunidade para tratar de educação, trabalho e sociedade.
Inicia dizendo tratar-se de "pequena historia pessoal em uma grande historia universal", e que aprendeu andar bicicleta na rua; que muitas coisas se aprende fora da escola; que existem diversas práticas educativas fora da escola. Mas que o educar, enquanto instituição, desde a sua origem, visa a "standarização" do conhecimento, calcado em moldes, modelos, em que instrumentos criam réplicas, cópias... Realmente, o Educa Tube concorda que esta padronização da vida requer um novo olhar, uma nova abordagem pela escola ainda calcada no tempo e espaço do século XIX, para que enfim adentre ao século XXI, onde os alunos (seres nativos e digitais) já estão incorporados e que os professores (na maior parte seres imigrantes e analógicos) estão iniciando uma descoberta de um Mundo Novo de possibilidades.
Lara comenta sobre a necessidade de abrir os códigos, de tornar livre o conhecimento, e dessa troca, entre o original e a cópia, criar uma a cópia original. E se pararmos para pensar: toda a escrita, seja literária ou não, é uma cópia de algo original, uma ressignificação. Assim deveria ser a educação, valorizando o conhecimento clássico, em diálogo com novas possibilidades no tempo e no espaço. Nem o novo pelo novo, tampouco a refração do antigo, por ser antigo. O que se deve é separar o inovador do antiquado. Tem muito projeto, dito inovador que é uma cópia de uma cópia (um control + C e um Control + V), nada trazendo de original. Enquanto existem projetos antigos, que ainda são inovadores, além de diversas teorias e práticas educacionais.
Tiscar Lara propõe a reflexão sobre novas formas de aprender, a partir das margens, e que atualmente, graças as redes sociais e a mobilidade dos equipamentos, as margens se colocam no centro; que centro e periferia já não são tão claros de se ver; que justamente através das redes sociais, podemos interagir todos com todos. O que me remete as forças imaginantes teorizadas por Gaston Bachelar em A Água e os Sonhos, quando trata das forças centrípeta e centrífuga, que atuam do centro para fora e vice-versa. E se pensarmos nisso, nós somos o centro de nossa rede social, e os demais que fazem parte da mesma, ora podem ser margem ou centro, dependendo das interações, das forças imaginantes que nos façam atuar sobre o todo. Creio que - o que parece óbvio, mas nem sempre é: o aluno deva ser sempre o centro de uma escola, e que a rede social, que inicia na família e tem desdobramentos na escola - usando ou não dispositivos móveis -, tenha esse caráter educacional e social, que gere conhecimento mútuo. (Por isso sou a favor que projetos como "um computador por aluno" e assemelhados permitam o uso dos notebooks pelos alunos em sua casa, com a sua família, promovendo a inclusão social, educacional e tecnológica).
Por fim, em sua fala esclarecedora e motivadora, Tiscar Lara diz que existem muitos pontos de acesso à informação e à comunicação, e possibilidades inúmeras de nos relacionarmos, de produzirmos e aprendermos a qualquer momento e em qualquer lugar, dentro e fora da escola, com professores e não-professores. E, se paramos para pensar, muito aprendemos e descobrimos com os links, imagens, mensagens que são curtidas e compartilhadas nas redes sociais, criando a chamada inteligência coletiva. O Educa Tube é uma prova cristalina disso. Mais de 90% de seu acervo virtual é composto por trocas, interações, sugestões de colegas e amigos, via redes sociais como Twitter, Facebook, MSN, e-mail etc.
Hoje, podemos ser autores e leitores de nosso tempo e do mundo ao nosso redor, e podermos conectar nossa pequena aldeia digital à uma imensa aldeia global, como previu Marshall Mc Luhan, nos anos 1970 (os meios de comunicação como extensões do próprio homem), referindo-se à televisão e aos meios daquele contexto, mas que é um conceito de aldeia atualíssimo, no que tange ao mundo virtual, ao ciberespaço, à infovia da informação.
Como bem disse Tiscar Lara: "tecnologia móvel para aprendizagens móveis", em que as margens e o centro dialoguem mutuamente, ensinando e aprendendo uns com os outros, que já tinha muito em Paulo Freire, antes mesmo da internet ser conhecida e reconhecida como meio de aprendizagem e ensino. Os educadores do século XXI precisam saber conciliar: metodologia e tecnologia, sem esquecer que o maquinário é o acessório e o usuário o bem principal desta relação dialógica chamada Educação.

Educação Infantil: Cuidar, Educar e Brincar



O vídeo acima, Educação Infantil: Cuidar, Educar e Brincar, foi indicação via Facebook da coleg'amiga Elis Zampieri, professora da educação especial e coordenadora pedagógica da APAE de Curitibanos, SC, Brasil, editora do blog Sobre Educação e colunista do portal INCLUSIVE. O vídeo trata-se, conforme apresentação no You Tude, de "Programa da disciplina Fundamentos e Princípios da Educação Infantil. As especialistas em educação infantil Beatriz Ferraz e Tizuko Morchida analisam situações de cuidado, educação e brincadeira com crianças pequenas em creches e pré-escolas". O programa foi a "algumas escolas para mostrar na prática que o educar está associado em diversas atividades realizadas na educação infantil - no banho, na troca de fraldas, na alimentação e higiene. Mostramos também que a brincadeira é o eixo da educação infantil e que a partir dela a criança também aprende."
Vejam também o vídeo abaixo, A Importância do Brincar, que trata-se de entrevista com a professora da faculdade de Educação da USP, Tizuko Morchida, que "fala um pouco mais sobre o papel das brincadeiras na educação infantil. Ela destaca que até os bebês aprendem a fazer escolhas através dos brinquedos".



Muito interessante os dois vídeos, e a questão do espelho no ato de brincar e de representar o mundo em volta, pela criança, na fala da profª. Tizuko Morchida.

Jornada cósmica: a Terra vista do espaço



O vídeo acima, Jornada Cósmica, trata-se de imagens feitas pelos astronautas, na Estação Espacial Internacional, mostrando paisagens impressionantes do planeta Terra.
Ótimo material para a disciplina de geografia, além de tema transversal como a educação ambiental.
Ativem as legendas e a tradução.
Este e outros vídeos do espaço podem ser assistidos no link abaixo:

SpaceRip

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Classroom TV: portal com aulas de universidades top





A imagem acima, do portal de educação CLASSROOM TV, que me foi indicação, via Facebook da colega Elisabete Pereira Silva, educadora de Viamão, RS, Brasil, editora do portal Aprendendo Linux.
Trata-se de um portal educacional que disponibiliza vídeos aulas a quem fizer um cadastro prévio no link abaixo:

CLASSROOM TV

De acordo com notícia do portal Porvir: o futuro se aprende:

Suponha que você tenha uma dúvida específica, quer aprender um assunto sem compromisso ou até quer se envolver com mais afinco em um tema, mas não tem muito tempo. Ou que não quer fazer um curso inteiro, mas também não quer se aventurar pela internet sem nenhuma orientação. Pois saiba que você não está sozinho e, para atender a demanda desse público crescente e exigente, um ex-aluno de Stanford lançou o Classroom TV, um site que reúne mais de 10.000 videoaulas de grandes universidades do mundo e as disponibiliza gratuitamente para qualquer interessado. E, em breve, a plataforma terá instituições brasileiras e versão em português.
“Existem várias iniciativas nessa área. Boa parte de nós divide uma visão parecida, mas, ao mesmo tempo, estamos atacando o problema de maneiras muito únicas”, diz Eduardo Abeliuk, fundador da plataforma. Para o jovem, que começou a idealizar o Classroom TV enquanto terminava seu PhD em Stanford, o primeiro diferencial que oferece é reunir videoaulas de alta qualidade várias instituições em conteúdo educacional aberto, em vez de produzir vídeos eles mesmos, como faz a Khan Academy. ”Nós nos certificamos de que todas as aulas indexadas na nossa plataforma são de alta qualidade. Além disso, nosso foco é mais em educação superior do que básica”, afirma.
Pelo Classroom TV, o aluno pode escolher as videoaulas por disciplinas, universidade ou por tema. A maior parte das videoaulas foi gravada em sala de aula mesmo, com o professor em ação. Por isso, são vídeos longos, que podem ter mais de uma hora de duração. Como também existem alguns vídeos da Khan Academy, não é difícil encontrar aulas de 15 minutos, especialmente nas áreas de exatas e de ciências da natureza. Mas se o assunto for difícil demais, o usuário pode marcar o ponto onde teve dúvida, inserir uma pergunta e esperar que algum dos colegas responda ou até mesmo fazer um comentário que agregue informação ao conteúdo apresentado. Entre os quatro pilares do Classroom TV está, em primeiro lugar, o fato de que todos devem ter acesso à educação de altíssima qualidade e, em seguida, que as pessoas aprendem mais se interagirem com os colegas.
A plataforma permite ainda que os estudantes acompanhem a evolução de seu desempenho e façam exercícios. “Conforme as aulas se tornam mais avançadas, mais tecnologia é necessária para se avaliar. E estamos trabalhando no desenvolvimento dessas tecnologias”, diz Abeliuk. Por ser um site aberto, os alunos podem sugerir avaliações e melhorias e montar seus próprios testes. Outra funcionalidade disponível ao usuário é que ele monte seus planos de estudos. Pelo padrão de aulas escolhidas pelos alunos e seus interesses em determinados assuntos, o Classroom TV ainda sugere vídeos individualmente.


O Educa Tube fez o cadastro, preencheu o perfil, e visitou alguns vídeos e atesta a qualidade do material e do referido portal, que serve como um ótimo suporte aos educadores. Mesmo os vídeos em inglês (em sua maioria), possui abaixo da janela de visualização a função CC, que permite ativar legendas em português.

Amiga Lata, Amigo Rio (educação, meio ambiente e literatura)





A imagem acima, foi indicação recebida por email, e trata-se do livro "Amiga Lata, Amigo Rio", de Thiago Cascabulho, que está para download grátis. O livro é infantil e trata de temas ligados à educação ambiental.
Apresentação do livro:
"Douradinho é um peixe cascudo que – junto com sua única amiga, uma latinha amassada que ficou presa em sua nadadeira – resolve nadar contra a corrente em busca de um rio menos poluído para viver. Esta história já percorreu nove estados brasileiros com o livro Amiga Lata, Amigo Rio, de autoria de Thiago Cascabulho, promovendo o incentivo à leitura e a conscientização ambiental com a distribuição de 55 mil exemplares da obra e centenas de apresentações de contação de história."
Conforme dados recebidos: "Esse livro faz parte de um projeto que já rodou o país e distribuiu mais de 55 mil exemplares gratuitos para crianças carentes".
O Projeto Douradinho é uma iniciativa que une educação, literatura, meio ambiente, tecnologia e sociedade e que tem a divulgação do Educa Tube, por conta de seu conteúdo relevante e social.
Abaixo, link para o site do projeto e download do livro (em PDF, bastante mandar um tweet no Twitter ou um post pro Facebook e é liberado acesso ao material):

PROJETO DOURADINHO: AMIGA LATA, AMIGO RIO

É possível também baixar a cartilha do projeto pedagógico e outros materias para serem usados por professores e alunos, bem como a versão em áudio do livro.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Eco: educação e o espelho da sociedade

ECHO from kveten on Vimeo.



O vídeo acima, Eco, publicado por Kveten, de Izhevsk, Rússia, descobri no portal Vimeo e se presta uma reflexão sobre a figura do espelho na sociedade e na educação.
Uma imagem duplicada, que forma destas duas partes de si mesmo, uma terceira, uma certa unidade na diversidade, assim como deveria ser o ato de educar, que é moldar o conhecimento a partir das trocas entre pais e filhos, professores e alunos.
A escola é para mim, o reflexo do espelho da sociedade e não o contrário, pois sempre digo que entendo o aluno quando conheço seus pais, seja do ponto positivo como negativo.
Reflexo (imagem) reflexão (percepção)...
De acordo com estudos de Jacques Lacan (1966) sobre o estágio do espelho e o imaginário demonstram que o ser humano só cresce em função do outro, e o outro é justamente o espelho em que se admira e se projeta. No exercício da imitação, desde o falar, o caminhar, o escrever e todas as demais ações feitas em sociedade, tal comportamento é espelhado em percepções do que vê ao redor. Os filhos imitam os pais. Todos são frutos do meio em que vivem e são reflexos da vida que tiveram. Reflexo em duplo sentido: enquanto imagem e pensamento.
Estudos de Piaget (1975, p. 19), indicam que as crianças até determinada idade, não percebem o reflexo diante do espelho como sendo delas próprias. Sua identidade é construída com o tempo, mas a partir dos dois anos de vida já começa a tomar consciência do outro e reconhecer seu reflexo no espelho, e da alteridade, do outro além de si mesmo. Da mesma forma, a criança, mesmo já falante e alfabetizada, demora determinado tempo para compreender o sentido irônico, conotativo, sarcástico das palavras, sejam elas escritas ou faladas. Segundo Piaget, as três primeiras fases da infância são constituídas pela ausência de imitação, a imitação esporádica e posteriormente o início de imitação sistemática. Na primeira fase, chamada de Preparação Reflexa, a imitação está excluída do processo no nível dos reflexos puros. Na segunda fase, a imitação esporádica, “é caracterizada, precisamente, pelo fato dos esquemas reflexos começarem assimilando certos elementos exteriores e ampliando-se, assim, em função de uma experiência propriamente adquirida, na forma de reações circulares ‘diferenciadas’” (1975, p. 22). Imita sons, gestos, mas ainda não tem a noção de identidade individual. Na terceira fase, ocorre a imitação sistemática, por conta da coordenação da visão. Mas é no estágio chamado de pré-operatório, próximo aos dois anos de idade que a criança, por imitação e representação, começa a reconhecer o próprio reflexo diante do espelho.

LACAN, Jacques. O estádio do espelho como formador da função do Eu tal como nos é revelada na experiência psicanalítica. Comunicação feita ao XVI Congresso Internacional de Psicanálise, Zurique, 17 de julho de 1949. Disponível em: http://www.bsfreud.com/jlestadioespelho.html.

PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. 2 ed. Rio de Janeiro: Zahar; Brasilia: INL, 1975.

Aula de anatomia garatuja (animação)



O vídeo acima, Aula de anatomia garatuja, foi indicação, via Facebook da colega Elisabete Pereira Silva, educadora de Viamão, RS, Brasil.
Trata-se de animação, com curiosa aula de "biologia", feita e interpretada por Roberta Almeida, desenhada e editada por Tartaruga Feliz, com a múscica "O amor está aqui para ficar", de George Gershwin.
Trabalhar o imagináiro infanto-juvenil através de animações prontas ou produzidas pelos alunos, seja avia apresentação de slides ou editores de vídeo, é uma ótima oportunidade de trabalhar o conteúdo educacional de forma colaborativa, seja pela metodologia de projetos ou em atividades criativas, unindo imagens, texto, música, vídeo, fotografias etc.
Conhecer a anatomia e psicologia do alunado garatuja ou não, é um dos desafios do educador do século XXI, seja ele pai ou professor.
O Educa Tube sempre destaca a atual geração é uma geração audiovisual.
Visitem também o portal/revista digital Garatujas Fantásticas 2012 (garatujasfantasticas.com).

terça-feira, 2 de outubro de 2012

iPad para idosos: reflexão sobre a tecnologia no cotidiano e o choque de gerações



O divertido vídeo acima, intitulado Tecnologia para idosos - iPad, mais que uma brincadeira sobre o uso de um moderníssimo iPad por um idoso, que confunde o sonho de consumo da maioria dos jovens com um utensílio doméstico de uso na cozinha (e por si só, já mostrando as multifuncionalidades do equipamento. Risos!), trata-se de um ótimo material para reflexão.
Muito se fala em nativos e imigrantes digitais. Da dificuldade de idosos em utilizar as tecnologias atuais, mas, se pararmos para pensar, e ver também o vídeo abaixo, em que crianças tentam descobrir para que serviram as tecnologias do passado, quando os idosos de hoje eram jovens ou crianças, aqueles também têm certas dificuldades no manuseio, achando que um disquete é um porta CDs etc.
Portanto, cada tempo tem suas tecnologias e as pessoas, sejam jovens ou idosos, possuem suas dificuldades e facilidades.
Mas o que importa é sempre lembrar que os maquinários, que já foram modernos, logo ficam obsoletos, mas o conhecimento humano, que proporciona estes avanços, e que a educação que promove este conhecimento, são eternos.



Agradeço a Núbia Hanciau, minha professora no Doutorado em Letras, da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Rio Grande, RS, Brasil, pelo envio deste vídeo, via e-mail da turma, e que me promoveu esta reflexão. :-))

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Professor transforma sucata em computador: obsolência é apenas falta de imaginação



O vídeo acima, Robert Litt na construção de um laboratório de informática gratuitamente no DIY EdSurge, descobri via Twitter do Educadores Inovadores, que recomendo a todos os educadores seguirem o perfil na rede social, pois traz sempre ótimas indicações de recursos tecnológicos e práticas pedagógicas inovadoras.
No caso acima, uma ótima possibilidade de reciclar o chamado lixo eletrônico, tornando novamente ativo máquinas que antes eram descartadas.
Trata-se da iniciativa de Robert Litt, professor de tecnologia da rede pública de Oakland, na Califórnia (EUA), que explica como dar nova vida a computadores descartados, usando ferramentas de código aberto como o Ubuntu GNU / Linux.
Destaco a frase final de sua fala que é emblemática: "obsolência é apenas uma falta de imaginação" e que "descartar computadores é desperdiçar recursos à educação".
Conforme demonstra o vídeo acima: "Litt é capaz de criar laboratórios completos, utilizáveis ​​em sua escola com custo zero, através destas máquinas, que eram consideradas apenas sucata.
De acordo com o portal Porvir: o futuro se aprende:
"Mas ele tinha dois problemas relativamente graves: sua escola não tinha computadores nem orçamento para comprá-los. Como ele precisa ensinar os primeiros passos da alfabetização digital para alunos do ensino básico, sem computador, sua tarefa ficava bem complicada. Foi então que ele começou a pedir para que conhecidos, empresas e pessoas da comunidade doassem computadores velhos para montar um laboratório de informática.
Ele não fez nenhuma exigência. A máquina não precisava ter nenhum tipo de programa ou capacidade específica. Podia, inclusive, ser aquele computador pronto para ir para o lixo. “Nos EUA, o número de computadores que é jogado fora é inacreditável”, disse Litt, que se surpreendeu com o que recebeu. “A maior parte dos computadores tinham problemas de software e não de hardware”, afirmou. Isso quer dizer que as máquinas estavam lentas, cheias de vírus e mal ligavam, mas, com uma bela faxina e com a troca do sistema operacional por um que usa menos memória, 9 entre 10 computadores voltaram a funcionar."
Tudo se transforma, seguindo a máxima de Lavoisier, e uma ótima iniciativa de Litt, que outras escolas poderiam se associar com professores de informática e instituições que lidem com informática com seus alunos, em projetos de educação, informática e educação ambiental.
Conforme notícia do portal Porvir: o futuro se aprende:

Segundo Litt, a escola onde dava aula era pobre, assim como boa parte das instituições de ensino norte-americanas. “A gente pode fazer muito com muito pouco. Tenho um amigo que diz que ‘obsolescência é falta de imaginação’. Eu concordo”, afirmou. Para o norte-americano, os custos de reciclagem de computadores são nulos e, por isso, não há motivos para uma escola não ter um laboratório de informática. “Os computadores fazem com que a educação fique mais interessante. Você pode fazer música, arte, ciência. As crianças ficam motivadas a aprender.”
Litt afirma ainda que, embora assustem a muita gente, os procedimentos que usou são simples e qualquer pessoa pode fazer. Então, para ajudar professores que aceitem o desafio de montar um laboratório com computadores reciclados, o americano disponibilizou um artigo em seu site, escrito em inglês, para explicar o passo a passo do seu modelo. O documento é extenso, mas, Em síntese, as quatro principais etapas são:

1. Ter um professor que lidere a iniciativa;
2. Pedir doações de computadores que serão descartados;
3. Procurar instruções de como instalar um sistema operacional livre (ele sugere o Linux);
4. Não ter medo de testar e errar.


Reciclar, reaproveitar, reutilizar... E o melhor de tudo, com custo zero e ainda preservando o meio ambiente. Ótima iniciativa do professor Litt que merece ser divulgada e incentivada no ambiente escolar.
Quando eu era menino, lá pela década de 1970, eu, meus irmãos e a maioria das crianças daquela época não tínhamos acesso a brinquedos manufaturados, salvo aniversário e Natal. Mesmo assim, não haviam brinquedos eletrônicos, como hoje, alguma coisa a pilha e controle remoto, quando muito. Videogame era algo ainda experimental, como o tele jogo, com a tela preta e duas hastes que se movimentavam em sentido pra cima e para baixo, e uma bolinha para ser rebatida, bem diferentemente dos sofisticados videogames da atualidade...
Mesmo assim, éramos felizes, pois nossos brinquedos eram sucata reciclada, como pipas, aro, carros feitos de lata de óleo e de leite em pó etc. Eu e meu irmão Marco Antonio, fazíamos nosso bonecos de super-herois, articulados, mas com papelão, lápis de cor e tesoura. Se perdia um braço, a cabeça, uma perna, era simples: outro pedaço de papelão, lápis de cor e tesoura e tínhamos uma nova produção. Sem falar no conhecimento adquirido e na terapia feita durante este processo de dar vida à imaginação através de sucata.
Vejam também os três vídeos abaixo que tratam de tecnologia, brinquedos e reciclagem:

BRINQUEDOS ANTIGOS



BRINQUEDOS RECICLADOS



CARRINHOS DE JORNAL - PROFESSOR SASSÁ



Observação do Educa Tube: Ative as legendas em inglês, depois ative a tradução para o português.