sábado, 22 de fevereiro de 2025

O admirável mundo novo de Aldous Huxley e sua entrevista em 1958, do que já se constituía, bem antes do surgimento de internet, big techs e IA




O vídeo acima, trata-se de entrevista do escrito Aldous Huxley, em 1958, em programa de maior audiência na TV dos EUA, muito antes da criação da internet como temos hoje, da popularização do computador, do surgimento das Big Techs [megacoporações de tecnologia, mais ricas e poderosas do que qualquer nação] e das Inteligências Artificiais. Porém, os sinais já estavam sendo dados no pós-guerra, e na chamada Guerra Fria, em que a tecnologia seria uma poderosa ferramenta de controle de dados e de mentes, num preocupante projeto de engenharia social que hoje vivenciamos na prática, de redes sociais digitais onipresentes no cotidiano dos países, sendo livre trânsito para todo tipo de informação, inclusive fake news, golpes midiáticos, avanço da extrema direita mundo afora.
Huxley chamou de "a ditadura perfeita" esse sistema focado no narcisismo, individualismo e consumismo que ora é praxe, com pessoas sendo hipnotizadas, abduzidas, arrebatadas pelos algoritmos das redes sociais, os espelhos, espelhos meus digitais, muito mais invasivos que o da Madrasta da Branca de Neve, que via e ouvia tudo.
Diversas postagens neste blog educacional demonstram o cuidado que pais e professores devem ter com o uso excessivo dos multimeios pelos filhos e alunos, pelo poder de sispersão, alienação, desinformação que podem ter na mão de inflouencers digitais, youtubers, tiktokers sem compromisso com a realidade e sim, engajados no arrabatamento dos algortimos, por meio da visualização, fidelização e consequente monetização, e para que isso ocorra, a denominada "lacração", sem compromisso com a fidelidade da informação, é o modus operandi de muitos desses operadores digitais, em que o lucro acima de tudo é a lei maior.
Regular essas plataformas é questão de soberania nacional. Nenhuma empresa pode estar acima da legislação de um país, de uma nação! Nenhum magnata e sua megacorparação podem dispor de poder maior que o da sociedade, sob pena de implosão do próprio tecido social.
Huxley nunca esteve tão atual, mais até do que Orwell, que em 1984 previu uma sociedade assumidamente totalitária, autoritária. Huxley pressentiu que as tecnologias, as mídias, poderiam ter um poder brutal de controle de informação, que de fato hoje possuem, e que isso deveria ser percebido, discutido e enfrentado.
Um bom material para produção sobre os limites da chamada "liberdade de expressão" em uma sociedade. Até pelo fato de que os que pedem liberdade de esxpressão irrestrita agem como censores virtuais em suas empresas, ao manipularem os algoritmos, decidindo o que deve viralizar e o que fica nas sombras da nova Caverna de Platão.
Para complementar esta postagem trago outra relevante entrevista com a filósofa Marilena Chauí [TV Brasil], que trata desse novo narcisismo digital em tempos e templos de globalização, como se tornaram as redes sociais digitais, do "teclo, logo existo", um movimento que leva à depressão, ansiedade, em alguns casos até ao suicídio, e outras situações que envolvem a saúde mental. Considero brilhante a reflexão de Chauí, quando diz que "não houve uma transformação tecnológica, mas uma mutação civilizacional. O que existe hoje é outra coisa". Diria, um poderoso projeto de engenharia social envolvendo big techs + IA + Mercado financeiro etc, e que deve ser também regulado, em prol da sociedade minimamente civilizada:



Por fim, para concluir esta postagem, seguindo a linha de consumismo e alienação, segue outra poderosa reflexão O CAPITALISMO É A RELIGIÃO DO MUNDO, que convém fazer, sobre os mecanismos a que estamos expostos por megacorporações e oligopólios da informação. Antes fossem meras teporias da conspiração, mas são dados já comprovados através de farta literatura e documentários como Máquina do Caos e Enhengenhrios do caos, respectivamente, por Max Fisher e Giuliano da Empoli, e Dilema das Redes [Netflix]:



Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direita desta postagem.

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