O vídeo acima, "Brasileiros não comem a comida brasileiros vivem a comida", de Nino Fallard, produtor de conteúdo no Instagram que se autodenomina de "cariocês da gema" [carioca / francês], sobre a relação da linguagem, principalmente a culinária que os brasileiros estabelecem como forma de expressão de afetos, sentimentos e emoções. Algo que me remeteu imediatamente à obra Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust, escritor francês, que em sua obra monumental em sete volumes, em cena específica, descreve as relações do inconsciente e da memória através de um café que remete ao odor e sabor de sua infância, na casa de sua avó, saboreando uma madeleine, espécie de biscoito. Proust escreve diversas páginas para descrever essa pequena viagem no tempo sem máquina alguma que não seja a própria memória armanezada que é despertada pelo sabor e odor.
O que Nino, um estrangeiro, demonstra de forma didática, é que o brasileiro em geral, se vale de uma liguagem poética para traduzir sentimentos por meio da culinária, o que é uma característica típica dos nativos, de Norte a Sul, e que, muitas vezes, as comilanças são meros pretextos para outros afetos: reunir amigos, familiares, vizinhos, colegas de trabalho para um churrasco ou outra iguaria, dependendo do clima, região, estado de espírito.
Esse audiovisual de Nino, que me foi indicado pela amiga Fernanda Amaral, jornalista e comunicóloga, de São José, SC, Brasil, serve para uma aula inaugual sobre língua e linguagem, produção textual e literatura, sociologia e filosofia, memória e história e outras coisas mais.
Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direita desta postagem.
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