quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Borboletas de Zagorsk


Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=bA_GMtqUGeQ&feature=player_embedded


Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=cTvvzBwhwvs&feature=related


Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=NfkBsj2w0uA&feature=related


Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=vLDROI206lw&feature=related


Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=aLQ1wSbc_xY&feature=related


Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=Snn6YixcU4U&feature=related

Reproduzo abaixo, na íntegra, indicação do video acima BORBOLETAS DE ZAGORSK, feita pela coleg'amiga Elis Zampieri, professora da educação especial, em Curitibanos - SC - Brasil, editora dos blogs Sobre Educação e Et Cetera; e colunista do portal INCLUSIVE.

BORBOLETAS DE ZAGORSK, por Elis Zampieri:

Borboletas de Zagorsk é um documentário produzido pela BBC em 1992 que trata do trabalho desenvolvido em uma escola russa com crianças surdas e cegas inspirado nos estudos de Lev Vygotsky. A obra tem 40 minutos de duração e se passa na cidade de Zagorsk, a 80 km de Moscou.
Em seus estudos sobre a defectologia, Vygotski traz a ideia da compensação segundo a qual as pessoas com deficiência utilizam seus sentidos sadios para compreenderem o mundo, isto é, desenvolver seus sentidos normais para compensarem seus sentidos perdidos ( visão, audição, etc. )

Segundo a prof. Elisângela Zampieri:

O documentário reforça a importância da mediação e a crença de que todas as pessoas, independente da idade e da condição física ou intelectual, são capazes de aprender. Concepção esta também retratada na teoria da Modificabilidade Cognitiva Estrutural do educador Romeno Reuven Feuerstein. Com a conhecida frase: "Não me aceite como eu sou", Feuerstein desafia o educador a planejar e propor ações que possibilitem ao sujeito relacionar-se com seus pares, sem que esta relação seja permeada pelo atributo da incompetência por acreditar que não se pode prever, nunca limites para o desenvolvimento humano.
Borboletas de Zagorsk é a evidência disso.


Observação do editor do Educa Tube:

Sou testemunha do que o documentário mostra e a Elis comenta, pois de 2005 a 2007, coordenei Projeto do Informática na Educação Especial, quando foi coordenadora também do Núlceo de Tecnologia Educacional (NTE) Rio Grande, da 18ª CRE, desenvolvendo o referido projeto em parceria com as professoras da educação especial da EEEF Barão de Cêrro Largo, de Rio Grande - RS - Brasil.
Na época, o projeto cooperativo e colaborativo, entre professores e alunos da ecucação especial e os multiplicadores do NTE, demonstrou as inúmeras possibilidades de aprendizagem de alunos portadores de deficiência nas áreas visual, mental, física e auditiva, tendo as tecnologias como uma aliada nesse processo de ensino-aprendizagem. Além desse projeto, participei em parceria com professoras dao ensino regular em turmas inclusivas.
Destaco alguns situações que vem de encontro ao que o documentário apresenta:

Na deficiência visual, atendi certa vez um aluno cego que recebi atendimento em sala de recursos da professora especialista nessa área, e o ensinei a usar o programa dosvox, que permite o uso do computador por alguém com deficiência visiual, seja o editor de texto, jogos e até mesmo a internet. Na questão desta, não sabia como configurar a mesma, e o o aluno H. me repassou o telefone de um amigo dele D., que também cego, era técnico em informática e morava no estado de São Paulo. Por telefone, e depois por MSN, D. ensinou-me a configurar a internet no dosvox, que pode ser baixado gratuitamente, no link abaixo.

DOSVOX

Na deficiência mental e auditiva, em projeto em turma inclusiva de 4ª série do ensino fundamental, eu a a professora regente de turma, percebemos como a aprendizagem funcionava de forma surpreendente, pois a aluna J., com deficiência mental, aprendera rapidamente Língua Brasileira de Sinais (Libras), para se comunicar com seus colegas surdos, enquanto tinha dificuldade na questão do raciocínio matemático. E os alunos ouvintes também aprenderam facilmente a língua de sinais para se comunicar. Que a aprendizagem funciona de forma muito similar entre alunos portadores de deficiência ou não, e que as tecnologias são um grande aliado para ambos.

Não importa se somos professores ou alunos, se temos deficiência ou limitações, todos temos nosso tempo particular de aprendizagem, e muito desta depende da dedicação e profissionalismo do educador e da dedicação e persistência do educando.

Um comentário:

  1. Zé, precisamos conversar sobre esse post e os contatos que vc apresenta nele.
    Tenho algumas dúvidas.
    Minha dissertação de mestrado abarca o tema, e preciso urgentemente de contatos e estudos que eu aprecie e que eu possa ser contemplada de saberes necessários para produção de uma crítica a um material que advém do DOSVOX.
    Vou procurá-lo, no face e twitter para conversarmos mais particular e aprofundadamente, ok?
    Abs, e parabéns pelo post.

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