sexta-feira, 15 de julho de 2011

Gire 360 graus


Fonte: http://youtu.be/LWnIEHVoiXg

O belo vídeoclipe acima Spin, da banda Lifehouse serve para diversas interpretações e o incluirei no meu projeto educacional do uso das mídias e tecnologias na educação, através da arte, cultura, língua portuguesa e literatura, chamado Clipes que parecem Curtas, por justamente perceber que por conta das imagens, mais do que a própria canção em inglês, pode-se trabalhar com alunos a interpretação visual e a produção textual. Para quem quiser utilizar a letra, ao final desta postagem, incluí também a versão legendada.
Spin ou Gire propõe a reflexão sobre o entorno em que vivemos e que às vezes parece um mundo desconhecido para pais e filhos, professores e alunos, pois exige um exercício de alteridade; ou seja, fazer uma expedição ao mundo do outro, que apesar de fisicamente estar tão próximo, na verdade parece viver num "Reino Tão Tão Distante"...
Educar é um ato universal e cada vez mais tenho a consciência que é todo ele um diálogo com o tempo, o espaço, as coisas e as pessoas que fazem parte de nosso entorno.
Diálogo com as coisas? Sim, pois os prédios, os móveis, as ruas, os livros, tudo possui uma história particular. Visitar um museu é dialogar com o tempo passado, é sentir a história presente ainda naquelas coisas, como disse Göethe.
Mas, mais do que tudo, é preciso saber girar, mas não ficar vivendo em círculos fechados, repetindo-se cotidianamente, que nem peru aprisionado num círculo de giz. Aprender a viver a vida a cada dia, mas não fazer da própria vida e de quem conosco convive a sucessão de um único e monótono dia, sejamos pais ou educadores. Saber inovar em conteúdo e não apenas em forma, pois de nada adianta usar datashow pra repetir as mesmas "transparências" do tempo de retroprojetor...
Enfim, como educadores, precisamos ter uma didática e metodologia que contemplem as visões de mundo de nossos educandos. Assim como devemos propor a eles que girem 360 graus em torno de si mesmos e do muno em que vivem, precisamos também por propor giros maiores no entorno da escola, trabalhando os conteúdos e as competências de cada disciplina com breves passeios em volta da escola. Ensinar e aprender a olhar as coisas com olhos de descobridores de "Novos Mundos"...
Em projetos de aprendizagem, em parceria com professores das mais variadas áreas (educação infantil, educação especial, ensino fundamental e médio), já fiz esses giros e sei que foram aprendizagens significativas para todos os envolvidos, pois tínhamos atividades na própria sala de aula, no laboratório de informática, na biblioteca escolar e saídas de campo em volta da escola. Com o tempo esses giros podem aumentar seu raio de circunferência, circunavegando além do mundo virtual, em breves ou longas expedições ao mundo real. Tudo depende das regras estabelecidas entre educadores e educandos (entre nativos e imigrantes, passageiros e tripulantes) para isso.
Girem, caminhem, conheçam a realidade de sua comunidade, mas não fiquem girando em círculos no mesmo lugar, em torno do próprio umbigo, eis outra grande lição que aprendi com a Vida e com o Trabalho na Educação.

Abaixo, videoclipe Spin, da banda Lifehouse, na versão legendada:


Fonte: http://youtu.be/NfkpEFXdkHE

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