quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Olhe acima da tela e veja o mundo ao redor, além da Matrix digital




O vídeo acima, Look Up (Olhe para o alto), descobri na rede social, através do site Vídeos Virais, e é um convite à reflexão sobre o modo de vida atual, em que muitas vezes, por estarmos por demais conectados às telas, deixamos de ver a vida ao redor. Uma boa oportunidade de dialogar sobre como ver e viver a vida além do "espelho espelho meu" digital. Sem falsos moralismos, não é preciso radicalizar e jogar fora o celular, mas saber dosar as coisas, com equilíbrio, vez em quando se desligando, se desconectando das telas de TV e olhar mais para as janelas.
Hoje é mais fácil saber quem não possui um celular com conexão, por mais simples que seja. Entretanto, estar conectado não significa promover a interação social, que requer afetividade e muitas vezes um contato visual direto e real.
O vídeo traz diversos temas para serem explorados pelos educadores - sejam pais e/ou professores - com seus alunos e filhos. Principalmente, na questão de mostrar aos jovens como era a vida de seus pais e professores quando também jovens, sem tantos aparatos eletroeletrônicos, como videogames, computadores, internet etc. Falar sobre as tecnologias que existiam à sua época etc.
Como tudo na vida, há aspectos positivos e negativos em tudo. Assim como as TIC, mídias e redes sociais, até mesmo uma simples faca de cozinha para passar manteiga no pão, pode ser utilizada como arma letal. Tudo na vida requer bom senso, equilíbrio, crítica e autocrítica.
E para ampliar o debate, indico link (logo abaixo) sobre texto que encontrei no Pavablog, e que se comunica, dialoga com o vídeo acima:

Estudo comprova que a dependência em smartphones é prejudicial à saúde

Destaco a seguir, alguns fragmentos do texto indicado:

"‘Sem o celular, eu me sinto nu'. Muita gente já ouviu ou falou essa frase. Agora, um trabalho da Universidade do Missouri, nos Estados Unidos, comprovou que o vício pelo uso de smartphone pode levar a consequências físicas prejudiciais ao usuário, como alteração alteração da pressão sanguínea".
Uma sensação de quem usa celular já deve ter sentido, inclusive eu senti várias vezes sim, essa falsa nudez, sem falar no efeito da mensagem ou chamada fantasmas que temos vez em quando também, e ao olharmos para a tela do aparelho nem chamada nem mensagem existem.
Ainda conforme texto no Pavablog:

"Segundo o psiquiatra André Brasil, a pesquisa comprova a gravidade das alterações comportamentais que a dependência do celular provoca. 'A falta do aparelho causa estados parecidos com o viciado em cigarro. O usuário fica impaciente e irritado quando não tem o smartphone por perto', diz".

Por essas e outras coisa, frequentemente faço expedições ao mundo real, observando as coisas ao redor, sem a cabeça por demais baixa, diante de uma tela, sacando, evidentemente, o celular, quando for para fotografar algo inusitado: um pôr-de-sol, uma bela paisagem, algo peculiar.
Como educador e especialista em TIC e Mídias na Educação, logicamente, não ou contra o uso destes equipamentos, dentro e fora da sala de aula, mas como tudo na vida, reitero a necessidade do uso moderado, do bom senso, do equilíbrio de ações, de que o maquinário seja menos importante que o usuário. Do contrário, corremos o risco de criar e acreditar piamente numa Matrix digital (tal qual o filme de mesmo nome), em que é criado um mundo paralelo, em que as pessoas são sugadas de sua energia vital por máquinas as quais estão conectados, vendo um mundo irreal, um grande holograma em 3D.
E neste sentido, o vídeo se presta a boas reflexões, artísticas, históricas, filosóficas, sociológicas, pedagógicas etc.

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