@caradalocadora Uma das melhores minisséries da Netflix dos últimos anos já pode ser considerada o melhor fracasso da plataforma. Mesmo com roteiro e direção excelentes de Steven Zaillian, um cara que assinou roteiros de filmes como A Lista de Schindler, Missão: Impossível, O Irlandês, entre outros. E sabe por quê? Dê o play no vídeo e descubra #ocaradalocadora #dicadeserie #serie #series #melhoresseries #dicasdeseries #netflix #serienanetflix #dicananetflix #ripley #edit ♬ som original - caradalocadora
O vídeo acima, encontri no Tik Tok de Cara da Locadora, que faz críticas e resenhas sobre filmes e seriados.
No vídeo em questão, ele aborda o ótimo seriado Ripley, adaptação da literatura e do próprio cinema, agora para o formato seriado e pela Netflix, com um tratamento de arte e estética únicos, em fotografia preto e branco, narrativa mais arrastada, o que tem ocasionado reclamações do que ele denomina de "geração Tik Tok", que quer tudo instantâneo, que num o miojo, que bats de 3 a 5 minutos para fazer um alimento básico. Por "geração Tik Tok" entendo, não apenas a quesstão da idade, mas de todos que se acostumaram com acelarçaõ de áudios no WhatsApp, da vida corrida, de clipes e curtas e que não tem tempo nem paciência para narrativas densas, que precisam de um tempo para desenvolver os personagens e a própria história, o enredo, a trama. E isso é uma carterísttca da geração atual, independente da idade cronológica que tenham os espectadores. Um fenbômeno que tem a ver com a "engenharia social" dos algoritmos das redes sociais digitais e as Big Techs, da Indústria Cultural que trata os espectadores como consumidores e a obra de arte como um produto descartável, um fast food. Público que se acotumou com lanches rápidos e não com uma culinária mais elaborada, mal comparando.
Como diz o resenhador, "O melhor fracasso da Netflix". Fracasso, não pela qualidade do produto, que é genial, mas por não agradar um público mal acostumado a tramas superficiais, personagens planas, muitos efeitos visuais e trama previsível. Lembrei inclusive de citação de William Shakespre, quando disse que "Alguns vencem por seus crimes e outros são condenados pelas suas virtudes". A série Ripley tem muitas virtudes e talvez seja justamente esse o motivo de seu fracasso. Ser muito boa para um público que não está preparado para algo fora do consumo rápido, como um delivery de lanches, num cardápio recheado de mais do mesmo...
Para quem desejar uma "culinária" mais refinada, Ripley, a série, é um prato cheio e saboroso, com o tempêro na medida certa.
Por isso, como professor de Língua Portuguesa, produção textual, literatura e filosofia, incentivo que os meus alunos ampliem seus horizontes de perspectivas, lendo clássicos e contemporâneos, independentemnte do tamanho do texto, para que adquriram vocabulário, técnica de escrita, conhecimento de mundo e senso crítico.
Ripley, como outros seriados e filmes adaptados da literatura devem ser vistos e também lidos os escritos originais, pois são um filme vivo, construído na mente do leitor, que cria junto á narrativa o vestuário, a fisionomia, a arquitetura, todo um contexto único para aquele texto. Ler é como passar um filme na cabeça. Uma outra forma de linguagem que deve ser sempre estimulada.
Para ampliar o debate, indico o livro A GERAÇÃO ANSIOSA, que trata desse tema e dos impactos de hiperconectividade está trazendo às crianças e jovens [e ouso dizer, aos adultos também], link abaixo: A GERAÇÃO ANSIOSA, DE JOHANTHAN HAIDT
Segue também um vídeo sobre o conceito de INDÚSTRIA CULTURAL, que serve como repertório à redação dissertativa-argumentativa do ENEM:
Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direta desta postagem.
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