sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Protetor para mídias e redes sociais (comunicação, educação e sociedade)



O vídeo acima Social Media Guard, que pelo sentido das imagens, preferi traduzir livremente para "Protetor para Mídias e Redes Sociais, trata-se de criativo, divertido e crítico comercial de refrigerante, mas que serve para tratar de comunicação, educação e sociedade em tempos de conectividade total: na casa, na escola, no trabalho, em toda parte... A grande maioria das pessoas possui um perfil em rede social, utiliza telefone celular, tablet ou computador para acessá-lo. Hoje é fácil em ruas, parques, restaurantes, qualquer local ver pessoas conectadas ao mundo virtual e aparentemente alheias ao que acontece ao seu redor.
Segundo dados de apresentação do referido vídeo: "(...) o mundo gasta 4 milhões de anos on-line todos os meses", e que a empresa de refrigerantes, numa brincadeira apenas, apresenta a “cura” para os viciados em redes sociais. "Trata-se de uma espécie de colar veterinário (o nome correto é Colar Elizabetano – um instrumento utilizado no pós-operatório veterinário, restringindo os movimentos do animal) que impede que os usuários consigam inclinar a cabeça para visualizar seus celulares e possam, assim, prestar atenção no que acontece ao seu redor e aproveitar da melhor forma".
É inegável o poder das mídias e redes sociais, ora superestimadas, ora subestimadas dentro e fora da escola... Mas é também inegável que tais recursos tecnológicos são apenas ferramentas, acessórios que promoverão ou não o intercâmbio artístico, cultural, educacional e social. Como bem lembrou certa vez, em palestra, a professora Sônia Bertocchi: "Twitter, Facebook e outros são ferramentas e não redes sociais. A rede social quem faz é o usuário" e ele, pensa o Educa Tube Brasil, que dará a destinação a sua rede, nem sempre com enfoque educacional e social. Porém, todo educador deverá ter a consciência de que ele é um formador de opinião, um formador de conhecimento. Seu papel social, utilizando uma rede social digital ou física (na escola, na família, na comunidade etc) é que sempre será relevante, tanto quanto o avanço tecnológico. Entretanto, em um mundo cada vez mais conectado, faz-se necessário profundo debate sobre a questão metodológica e didática do uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC), Mídias e Redes Sociais no currículo escolar do século XXI. Antes de incluir maquinário, há que se incluir adequadamente os usuários dentro de um contexto de ensino e aprendizagem, em que as tecnologias sejam um dos recursos a mais para sua qualificação.
A propaganda acima nos faz refletir sobre a medida exata do que deve ser valorizado, do que de fato é comunicação... Nem sempre estar vinculado a um grupo, a uma rede social nos faz integrantes efetivos de uma comunidade, como bem destaca o filósofo Alain De Botton na entrevista (link) abaixo:

AS DIFERENÇAS ENTRE REDE SOCIAL E COMUNIDADE, POR ALAIN DE BOTTON

De Botton, em entrevista ao evento denominado Fronteiras do Pensamento, tratando de Comunidades e Mídias Sociais, e divulgada pelo portal OBVIOUS, diz: "Não é porque eu gosto de filmes espanhóis, e você também gosta, que temos algum tipo de laço. Não, não temos. Não fazemos parte de uma comunidade porque gostamos das mesmas coisas. Quando falamos em comunidade, falamos em algo mais profundo do que inclinações culturais, ou o que o valha. Falamos de laços enraizados num ideal, laços que não se desatam porque eu e você não concordamos em algum ponto".
Veja logo a seguir, breve vídeo com Alain De Botton, filósofo, autor de livros preciosos como Arquitetura da felicidade e Como Proust pode mudar sua vida, entre outros:



Para pensar e debater sobre a ideia de comunidade escolar, em que não se deve padronizar procedimentos, respeitando a diversidade cultural da sociedade.

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