quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Transformer Humano e o poder de transformação da educação e da tecnologia




O vídeo acima Human Transformer - NOLATron (Tranformer Humano), foi indicação de minha colega, amiga e esposa Elisabete Brasil Roig, professora de Matemática em Rio Grande, RS, Brasil.
Trata-se de artista de rua, fantasiado de Bumblebee, um Transformer (um personagem da ficção científica, alienígena robô que se transforma em automóvel), que brinca com o imaginário, diante de quatro crianças, munido apenas de fantasia e um mecanismo de tração no braço direito, disfarçado de rodas.
Um material para refletir sobre o poder da imaginação, da criatividade, quando utilizado com crianças, jovens e adultos, e que os educadores - sejam pais ou professores - precisam conhecer e com ele estabelecer formas de interação.
Arte e cultura devem fazer parte da proposta didática de um educador, como tema transversal, como já são a educação ambiental, a informática etc. Cinema, música, esportes são recursos que podem ser incorporados ao fazer pedagógico do arte e mídia educador do século XXI, desde que de forma adequada, que faça sentido e proporcione significado ao conteúdo programático a ser ministrado em sala de aula, ou além dos muros da escola.
Há que se ultrapassar aquela questão da educação bancaria, do ensino mecânico, calcado apenas na memorização, e humanizar o processo de ensino-aprendizagem através da fantasia e da realidade, da arte e cultura que fazem parte do imaginário de crianças, jovens e adultos.
Como certa vez escrevi: "Há que se humanizar as máquinas e não apenas robotizar as pessoas". Transformar a educação com práticas simples, mas inovadoras. Não apenas a utilização de novidades. Afinal, nem sempre a novidade significa algo de fato inovador.
Até as máquinas (caixas eletrônicos, telemarketing, etc) são às vezes mais cordiais em sua artificialidade digital do que alguns humanos robotizados em sua superficialidade sem igual. Não sei se um dia as máquinas dominarão o mundo como em filmes de ficção, mas que muitos humanos parecem robotizados, isso sim, é real. E gestos cordiais de "Bom dia!", "Boa noite!" cada vez mais ficando restritos a apresentadores de telejornal. Daí o papel social de pais e professores, não em transformar filhos e alunos em robôs, mas em pessoas "humanas", apesar da redundância da expressão. E as tecnologias, tão criticadas, muitas vezes podem ser uma ótima aliada como no vídeo em questão que une arte, cultura, divertimento e que pode ser um pequeno exemplo de possibilidade educacional, sujeita a adaptação.
Como bem escreve Fernanda Orlandin em seu blog:

"Quando abrimos nossa mente nos libertamos da certeza. As coisas não são mais dadas como prontas, você acredita no que você quer e não ao que é condicionado. Percebe então, que quando se liberta um pedaço de você fica para trás. E você só se dá conta disso quando tem novos prazeres, quando descobre que a mudança não muda somente você, muda também seu meio e sua rota. Quem sabe, a única certeza que podemos ter é a dúvida. Não sabemos quem somos, porém chegamos perto disso quando nos encontramos, quando somos nós mesmos e fazemos o que realmente gostamos."

Se, de fato, a única certeza que temos na vida é a dúvida - que as certezas são sempre provisórias e as dúvidas permanentes -, como bem disse Paulo Freire: "Educar é ter a certeza do inacabamento", pois se não somos seres como os Transformers (robôs que se transformam em carros, aviões, etc), somos humanos em constante transformação. E a educação e a tecnologia podem ser grandes aliadas neste processo Transformador.

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