quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Sozinho no Mundo: divertido e reflexivo comercial intertextual (publicidade, cinema, tecnologia e sociedade)



br /> O vídeo acima Alone In The World(Sozinho no Mundo) descobri na rede social e é um divertido comercial de serviço de suporte 24 horas a telefone móvel, mas serve como metáfora e ironia para a vida atual, em que as pessoas possuem grande dependência dos meios digitais, principalmente dos smartphones, sentindo-se desprotegidas e solitárias sem eles: fone, internet, etc.
Na propaganda, um jovem na estação de repente sente falta de seu telefone móvel e imediatamente se sente sozinho numa ilha deserta, numa alusão e intertextualidade com o filme Náufrago, estrelado por Tom Hanks. As cenas são muito parecidas, basta ver o trailer do referido filme, a seguir:



Como escreveu a professora Daniela Diana: "A intertextualidade é um recurso realizado entre textos, ou seja, é a influência e relação que um estabelece sobre o outro. Assim, determina o fenômeno relacionado ao processo de produção de textos que faz referência (explícita ou implícita) aos elementos existentes em outro texto, seja a nível de conteúdo, forma ou de ambos: forma e conteúdo.
Grosso modo, a intertextualidade é o diálogo entre textos, de forma que essa relação pode ser estabelecida entre as produções textuais que apresentem diversas linguagens (visual, auditiva, escrita), sendo expressa nas artes (literatura, pintura, escultura, música, dança, cinema), propagandas publicitárias, programas televisivos, provérbios, charges, dentre outros"
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Mais que uma simples propaganda bem humorada, é um vídeo que serve para se discutir justamente essas relações entre tecnologia e sociedade na atualidade, sobre o que é estar conectado, sobre o que é imersão, realidade virtual e real, e, acima de tudo, realidade local, pois as pessoas de tão ligadas quase umbilicalmente aos seus aparelhos eletrônicos (não há mais cordão, nem cabo, é wifi!), muitas vezes esquecem de olhar ao redor. Seguidamente em locais públicos fico observando as pessoas conversando, não entre si, mas com outras pessoas atrás das telas. Muitos acabam se isolando em suas casa e quartos, sem conviver com seres biológicos, mas com algoritmos. As crianças quase não fazem atividades físicas, práticas esportivas, mas jogam muito online.
Em alguns momentos estamos todos sozinhos no mundo e só percebemos isso quando cai a conexão, falta energia elétrica, acaba a bateria dos equipamentos.
Mais com um vídeo engraçado, é um assunto sério para se pensar e conversar: "Teclo, logo existo?" Existe vida inteligente fora do mundo virtual? Enfim, algumas provocações poéticas, éticas e filosóficas.

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