quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

Entretenimento: A Causa do Declínio intelectual e Cultural [entre o conhecimento geral e a cultura inútil, projeto de engenharia social?]




O vídeo acima, Entretenimento: A Causa do Declínio intelectual e Cultural, encontrei no YouTube, mais precisamente no canal A Psique, que encontrei, graças a indicação de Maria José Rego, no Facebook, que foi indicação de Ádina Corsi, no Bluesky.
O audiovisual em questão traz uma profunda reflexão sobre o papel da televisão no entretenimento da sociedade, a partir do ponto de vista de Neil Postman [1931-2003], que foi "foi um autor, educador, teórico de mídia e crítico cultural estadunidense, que é mais conhecido por seus vinte livros[1], incluindo Amusing Ourselves to Death (1985), Conscientious Objections (1988), Technopoly: The Surrender of Culture to Technology (1992), The Disappearance of Childhood (1994) e The End of Education: Redefining the Value of School (1995)", conforme dados da Wikipédia.
Neil se debruça sobre a televisão por motivos óbvios: faleceu em 2003, quando a internet começava a se expandir e as redes sociais digitais nem existiam como tal. Twitter, Facebook etc começam a se tornar megacorporações a partir de 2006.
Sobfre essa perspectiva, de acordo com Postman, "o vício do entretenimento está causando um declínio intelectual e cultural. A televisão, ao simplificar a informação e promover a passividade, limita nossa capacidade de reflexão crítica. A sociedade se torna superficial, priorizando o espetáculo em detrimento do conhecimento profundo, o que pode resultar em apatia e desinformação".
Para Postman: "O entretenimento, que deveria enriquecer nossas vidas, pode estar simplificando nosso pensamento e corroendo nossa capacidade de questionar e refletir criticamente sobre o mundo ao nosso redor."
Com isso, Neil argumenta que "a televisão transformou áreas essenciais como política e educação em meras extensões do entretenimento, reduzindo a profundidade cultural e intelectual da sociedade", já que "A tecnologia nunca é neutra; ela carrega mudanças sociais inevitáveis que moldam nosso pensamento e percepção da realidade, influenciando como interagimos com o mundo".
Por fim, "Postman nos alerta que não apenas o que consumimos, mas como consumimos entretenimento, molda a nossa identidade e a maneira como existimos em sociedade. Para ele, A era televisiva transformou a política em um espetáculo, onde a aparência dos políticos importa mais do que suas ideias ou qualificações reais. Essa superficialidade prejudica nossa capacidade de discernir líderes competentes".
Diante disso, fico refletindo sobre filmes como Idiocracia: o mundo governado por idiotas [e fenômenros como Trump, Milei, Bolsonaro e outros] e conceitos filosóficos e sociológicos como Sociedade do espetáculo [Guy Debord] e Sociedade do cansaço [Byung-Chuk Han], Modernidade líquida [Zygmuth Bauman] que vão ao encontro das ideias de Postman.
Logicamente que o foco de Postman era a televisão, que Marshall McLuhan dizia que teria transformado o mundo numa "aldeia global", lá nos anos 60, 70 do século XX. Entretanto, na contemporaneidade, vivemos em bolhas e ilhas digitais, cada um no seu quadrado, conforme versos de uma canção. Imaginem, então, hoje com o avanço das redes sociais digitais ou Big Techs, que são megacorporações mais ricas e poderosas que muitas nações, que impõem seus algoritmos e engenharias sociais. Algo preocupante se não tiver uma regulação mundial e no entretenimento imposto por balizadores digitais [algoritmos] e impérios virtuais [Big Techs], fazendo que o conhecimento geral seja supérfluo para uns e a cultura inútil um bem essencial para outros, num vasto projeto de engenharia social, visível a cada dia.
Um ótimo material e possível tema para exercício de leitura crítica e escrita criativa, em produção textual e redação dissertativa-argumentativa para o ENEM.

Para complementar esta postagem, indico o texto no link a seguir:

De Marshall McLuhan a Harold Innis ou da Aldeia Global ao Império Mundial*

Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direta desta postagem.

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