quinta-feira, 9 de março de 2017

Caminhada do Privilégio e Jogo da Linha: exercícios para tornar visíveis os privilégios que nos separam




O vídeo acima Caminhada do Privilégio, descobri no Twitter e é uma interessante iniciativa de Alex Castro de promover "um exercício que vem sendo realizado em cursos de diversidade nos Estados Unidos". Segundo ele, o "objetivo é tornar mais visível e mais palpável a distribuição desigual de privilégios em nossa sociedade".
O exercício que lembra em parte o conhecido jogo chamado Trilha de avançar um passo a cada jogada de dados, e "começa com um grupo de pessoas, de pé, lado a lado. em seguida, são feitas perguntas relativas aos seus privilégios. dependendo de quais privilégios tiveram acesso, as pessoas dão passos à frente ou atrás".
Conforme Alex, "nos meus encontros, tenho realizado uma versão brasileira desse exercício. quando possível, faço a atividade em uma escada ou ladeira, para que o resultado fique ainda mais graficamente concreto. As pessoas que vêm às minhas oficinas já são todas, em larga medida, bastante privilegiadas. mesmo assim, ao final do exercício, aquele grupo de pessoas privilegiadas que começou ombro a ombro está todo espalhado". O resultado é "uma ilustração concreta das distâncias que nos separam".
Ao assistir ao vídeo, logo me veio à memória a famosa cena Line Game (Jogo da Linha), do filme Escritores da Liberdade (inspirado em fatos reais e que pode ser assistido no You Tube), em que a professora Erin coloca uma fita adesiva vermelha no meio de sua sala de aula separando dois grupos de alunos que vivem se hostilizando e começa a fazer diversas perguntas, pedindo que a cada uma delas deem um passo à frente, caso se identifiquem com ela. Ao final do exercício, o que os alunos latinos, negros e asiáticos percebem é que têm mais em comum do que diferenças, apesar de viverem se digladiam na escola e nas ruas do bairro. Neste caso não são os privilégios que os afastam, mas as diferenças que acabam os unindo. Vejam a referida cena abaixo:



A caminhada do privilégio lembrou-me também de certa forma o jogo de xadrez em que algumas peças têm poucos privilégios e são sacrificadas já no início do jogo, como os peões, e outras tem graus diferentes de privilégios como os cavalos as torres, os bispos, reis e rainhas, muito semelhante na maioria das sociedades com suas castas privilegiadas, que não são incluídas em reformas previdenciárias, tributárias, trabalhista e tudo mais.
Para conhecer outros exercícios de empatia, segue o endereço abaixo:
http://alexcastro.com.br/empatia/
Para saber quando e onde serão os meus próximos encontros, segue também endereço a seguir:
http://alexcastro.com.br/encontros/
Contatos para estes exercícios em sua cidade ou organização, veja adiante:
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