sexta-feira, 27 de maio de 2011
A Biblioteca da Imaginação Humana (por Jay Walker - TED)
Fonte: http://www.ted.com/talks/view/lang/eng//id/418
Uma biblioteca com artefatos da imaginação e criatividade humana, vídeo com apresentação de Jay Walker ao TED, feita em fevereiro de 2008, em Monterrey, Califórnia, EUA, foi indicação indireta, via Twitter de Obvious ( http://obviousmar.org ).
Escolha a legenda, no canto inferior esquerdo do referido vídeo.
A fala de Jay Walker, mais que motivadora é extremamente feliz ao promover a reflexão sobre a necessidade de incentivar e divulgar a criatividade humana.
Walker nos instiga quando diz que:
"(...) o que é mais interessante sobre a Bílbia de Guttenberg e o surgimento desta tecnologia não é o livro em si. Percebam que o livro não foi impulsionado pela leitura. Em 1455, ninguém sabia ler. Então por que a imprensa foi adiante?"
Em seguida conta sobre a questão das indulgências papais que promoveram o incentivo a tecnologia iniciante - que revolucionou o mundo, desde então:
"A prensa gráfica, (...) foi impulsionada pela necessidade de imprimir o perdão e não tinha nada a ver com a leitura".
Ironia do destino, como tantas outras descobertas da humanidade que acontecem além de seu objetivo principal. Se pensarmos nisso, o computador pessoal, a internet e outras tantas coisas que acabaram sendo apropriadas, pela educação e a sociedade, em pricípio foram desenvolvidas para outras atividades.
Mas o que mais chama a atenção nesse vídeo é justamente a visualização da chamada "Biblioteca da Imaginação Humana", mostrada por Jay, que na verdade, segundo ele, trata-se de uma sala que é um teatro, que muda de cor e é controlada por computador, com objetos diferentes e espaços diferentes. Literalmente, uma biblioteca viva e pensante, diferente da associação que fazemos com certas bibliotecas e museus, meramente tratados como depósitos de livros e de coisas antigas, mas que carecem dessa alma do mundo (Anima Mundi).
Tal estrutura, que contém "toda a história da imaginação humana e tem o design de uma gravura de Escher", de acordo com Walker, remeteu-me a ideia de uma escola viva, em que para cada espaço diferente de aprendizagem, deveria também existir além de um tempo próprio de ensinar, um espaço diferenciado de interação, pois a sala de história não poderia se assemelhar de forma alguma à de geografia, tampouco com a de matemática e assim por diante. Espaços diferenciados requerem posturas diversas de interação entre professores e alunos (nada de uma sala padrão para todos os saberes que são diferentes), e isso para mim é cristalino e mais transparente fica - além da utilização ou não de lousas eletrônicas, datashows etc -; principalmente quando assisto a vídeos como esses, que propõem a valorização da criatividade, da imaginação, da interação entre coisas e gentes, o que na escola tradiocinal ainda precisa ser pensado, planejado e executado de forma adequada, não apenas dando um verniz de modernidade, tranformando o datashow no moderno retroprojetor do século XXI.
Walker instiga mais a plateia quando mostra as ligações e conexões entre a máquina humana e o seu código DNA da Vida e a máquina mecânica, chamada ENIGMA, utilizada pelos nazistas na II Guerra Mundial, com o sentido de Morte. O codificar e o decodificar de tais máquinas, que me remete novamente à educação, na questão do aprender e do ensinar, em que precisamos, como educadores, ensinar códigos e decodificar interesses do alunado e até mesmo do educador. Afinal, todo professor deveria estar em processo de formação continuada, ser professor e estar aluno...
Por fim, Jay Walker, mais uma vez trabalha com conceitos que podem promovee uma ampla reflexão em sala de aula, na sala dos professores, na comunidade escolar.
Ao falar do papel do TED, que "tem tudo a ver com o desenho das nuvens" e que muitas vezes "ver a coisa todos veem, mas [que é preciso] pensar sobre elas de um modo que ninguém pensou antes". Isso se chama criatividade e originalidade, digo eu.
E ao falar de energia e tecnologia, mostra as relações entre o carvão e a internet. Que um pequeno pedaço de carvão equivale a um megabyte de informação na rede mundial de computadores e que para enviar ou baixar 200MB de informação é necessário o equivalente a um saco grande desse mineral. Que nada é de graça no mundo virtual e que consumimos muita energia em nossas conexões digitais.
Uma apresentação de 7 minutos que promove diversas discussões e reflexões...
Para ler a matéria completa, no endereço abaixo:
http://www.brainpickings.org/index.php/2008/12/30/jay-walker-library-of-human-imagination/
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