sábado, 4 de fevereiro de 2012

A Massa e a Mídia


A ilustração acima, descobri no Facebook, e trata-se de citação "A massa mantém a marca, a marca mantém a mídia e a mídia controla a massa", de George Orwell, autor de clássicos da literatura mundial, dentre eles 1984, que mais do que um romance futurista é uma contundente denúncia dos regimes totalitários de direita e de esquerda, de sua época (1949), onde existe a figura onipresente do Grande Irmão que tudo vê, tudo sabe, tudo controla, e que inspirou até mesmo os reality shows.
Fiz um link com uma canção da MPB, lá dos anos 1980, de autoria de Raimundo Sodré, que chama-se justamente A Massa, e que tem muito a ver com a imagem acima. Afinal, a atual geração vive muito em função da mídia e das marcas, seja de roupas, brinquedos, eletrônicos etc.
Ouçam, reflitam e repassem. Para discutir textos e contextos históricos, artísticos e culturais no espaço escolar e familiar, tanto por professores de língua portuguesa e literatura, como de artes, música, história etc.e educadores em geral.



Letra da canção A Massa, de Raimundo Sodré (1980):

A MASSA

A dor da gente é dor de menino acanhado/ Menino-bezerro pisado no curral do mundo a penar/ Que salta aos olhos igual a um gemido calado/ A sombra do mal-assombrado é a dor de nem poder chorar/ Moinho de homens que nem jerimuns amassados/ Mansos meninos domados, massa de medos iguais/ Amassando a massa a mão que amassa a comida/ Esculpe, modela e castiga a massa dos homens normais/ Quando eu lembro da massa da mandioca mãe, da massa/ When I remember of "massa" of manioc/ Nunca mais me fizeram aquela presença, mãe/ Da massa que planta a mandioca, mãe/ A massa que eu falo é a que passa fome, mãe/ A massa que planta a mandioca, mãe/ Quand je rappele de la masse du manioc, mére/ Quando eu lembro da massa da mandioca/ Lelé meu amor lelé no cabo da minha enxada não conheço "coroné"/ Eu quero mas não quero (camarão)./ Minha mulher na função (camarão)/ Que está livre de um abraço, mas não está de um beliscão/ Torna a repetir meu amor: ai, ai, ai!/ É que o guarda civil não quer a roupa no quarador/ Meu Deus onde vai parar, parar essa massa/ Meu Deus onde vai rolar, rolar essa massa.

Fonte: http://letras.terra.com.br/raimundo-sodre/460163/

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