sábado, 1 de junho de 2013

Menina tentando demolir a escola: pegadinha no rádio para uma breve reflexão sobre educação



O vídeo acima, Beck's Prank Calls, foi indicação via Twitter da colega e amiga Lilian Baungratz de Oliveira, educadora de Santo Augusto, RS, Brasil e editora do blog Informática, Educação e Afins.
Trata-se de uma espécie de "pegadinha", brincadeira de um programa de rádio da Irlanda, em que uma menina de 9 anos liga para uma empresa de demolição, tentando demolir a escola, com os professores dentro.
Evidente que é uma brincadeira. Mas o que importa é, sendo "pegadinha" ou não, não deixa de refletir o fato de que muitos alunos gostariam de fazer o mesmo pedido: demolir sua escola; enquanto muitos professores desejam a sua reconstrução...
Um material para refletirmos sobre a questão do tempo e do espaço escolar, se é feito em função do aluno, se o aluno é levado em conta em seus desejos, se a escola sabe lidar com situações que evitem que o aluno queira implodir a instituição...
Sempre digo que a construção do conhecimento se assemelha, ao meu ver, à construção civil, em que deve iniciar-se pelos alicerces e fundações do ensino fundamental, de baixo para cima, e depois o acabamento (ensino superior) de cima para baixo.
E que o processo de ensino-aprendizagem deve ter significação a todos os envolvidos na comunidade escolar. Que a escola não chame os pais apenas para reprimendas em seus filhos; que os pais não venham à escola apenas para recriminar à escola quando assume o papel de pais, diante da omissão dos responsáveis; que os alunos venham para a aula para estudar e não apenas se divertir; que os professores saibam dialogar com esta geração multimídia... Enfim, diversos fatores que precisam ser vistos e ouvidos no ambiente escolar, para evitar que crianças e adultos queiram demolir a escola, seja de brincadeira ou não...
A construção do conhecimento é algo similar ao vídeo abaixo, que reproduz o cotidiano da construção civil no Nepal...



Educar é quase um trabalho manual, como este feito no Nepal (em que homens carregam o peso e mulheres descem recipientes vazios, envolvendo todo aquele grupo, passando de mão em mão), em que o educador precisa ir repassando em corrente, por sua rede social - digital ou não - seus conhecimentos, tendo a consciência que no dia seguinte precisa recomeçar. No Brasil, às vezes, na educação ocorre ao contrário: investimentos maciços no ensino superior, alguns para o ensino médio (tablet), mas ensino básico, que é a coluna-mestra, a fundação, ainda precisando de bons alicerces... De restruturação, para evitar a repetência e a evasão...
Pensando ainda em construção do conhecimento e reconstrução da sociedade, do autodidatismo ao ensino acadêmico, vejam também abaixo, trabalhadores africanos da construção civil:



Por fim, um vídeo chamado Tijolos africanos, em um show de equilibrismo, como muitos educadores precisam fazer, entre várias turmas em uma escola, várias escolas em seu mês de trabalho, sendo professores, pais substitutos, enfermeiros, etc. em uma multifuncionalidade atingida muito antes que equipamento com mesmo nome fosse inventado:



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