sábado, 8 de junho de 2013

O Nó do Afeto: curta para reflexão entre pais e filhos, professores e alunos



O belo vídeo acima, O Nó do Afeto, descobri indiretamente no You Tube, após assistir uma apresentação de slides (vide abaixo um slide semelhante), ofertada pela professora Berenice Rene aos pais de seus alunos, durante a entrega de notas do 1º. Trimestre de 2013.
Realmente, como sempre comento com colegas e amigos: Não basta amar, é preciso demonstrar. E na relação pai-filho, professor-aluno, há que se mostrar a informação que gere conhecimento, e demonstrar o afeto, pois este, apesar de não fazer parte do currículo escolar, é um de seus componentes mais fundamentais, seja na educação especial ou infantil, no ensino fundamental, médio ou superior.
O curta-metragem, com direção de Carla Camurati, e divulgado como propaganda institucional de um banco público, é uma bela adaptação deste pequeno conto que a professora Berê nos presenteou, e que repasso aqui no Educa Tube, como uma forma de reflexão sobre a Pedagogia do Afeto e do Exemplo, que precisamos repassar aos nossos filhos e alunos, que se espelham nos adultos, mas que não devem ser projeções dos sonhos não realizados pelos pais.
Recentemente, meu filho Allan (nome em homenagem ao escritor e poeta Edgar Allan Poe) me pediu para ser gremista (torcer pelo time Grêmio F.B.P.A, arquirival do meu time do coração, o S.C. Internacional), e o que disse a ele, com todo carinho é: "- Meu filho, a escolha é tua, faça aquilo te faça feliz!". Meu pai, seu Zeméco (artista plástico), era gremista, e eu, quando tinha um ano de vida, vestia (sem nada entender disso! risos!) uma camiseta do Grêmio, mas quando passei a entender de futebol, escolhi ser colorado, e meu pai respeitou minha opção. Meu pai era artista plástico e eu me tornei escritor e poeta. A arte nos uniu, ainda que no esporte gostássemos de times rivais. Chegou agora a minha vez, dentro deste revezamento que o tempo nos lega, de filhos tornarmo-nos pais, de aceitar as escolhas dos filhos, de apoiá-las e de refletir sobre o papel do carinho, do afeto, das trocas, das conversas, ou das simples manifestações da presença, mesmo enquanto ausentes (como bem ilustrar o vídeo e o slide), para que nossos filhos não se sintam órfãos de pais vivos. Que os notebooks, os tablets, fones celulares, televisão, internet, videogame não sejam pais substitutos, babás eletrônicas na ausência afetiva - ainda que presentes no convívio cotidiano. Bens materiais são coisas descartáveis que jamais irão substituir o bem maior: o amor, o carinho, o afeto entre as pessoas.
Vejam esta matéria, link abaixo:

Babá eletrônica: pais usam tablets para distrair os filhos

Recentemente, ouvi conversa entre duas idosas, em uma esquina da cidade, enquanto esperava abrir o sinal para atravessar a rua. Uma delas dizia a outra, referindo-se a própria neta: "- Ela é filha co computador e da televisão!". Algo que promoveu em mim uma profunda reflexão, pois de fato, temos uma geração órfã de contato mais aprofundado com os pais, e conectada por demais às mídias e redes sociais, sem tempo para conversar, além dos bate-papos virtuais.
Saber dosar o convívio real e virtual, e saber transitar entre as fronteiras reais e digitais, é o grande desafio dos educadores do século XXI, sejam eles pais ou professores. E saber também cortar alguns cordões umbilicais (e virtuais, no sentido afetivo), que ligam pais e filhos, dando-lhes autonomia para fazer escolhas que nem sempre sejam a que gostaríamos, mas que são desejos deles, logicamente, com bom senso. Filhos, devemos criar para o mundo e não para nós mesmo, já disse isto alguém. Devemos dar-lhes afeto, valores e limites de convivência social. Quem ama educa tanto para a diversidade quanto para a adversidade.
Abaixo, O Nó do Afeto, apresentação semelhante, que a professora Berê apresentou aos pais, pois não localizei ainda o original, pois existem várias versões on line:



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