sexta-feira, 15 de maio de 2015

Humano ou robô e suas limitações? Quem vencerá uma partida de ping pong?




O vídeo acima The Duel: Timo Boll vs. KUKA Robot, descobri via rede social e trata-se de duelo, via partida de ping pong, entre Timo Boll, um dos maiores jogadores e estrela do tênis de mesa da atualidade contra Kuka Robotics, que é um robô desenvolvido pela empresa de mesmo nome para um desafio homem x máquina.
Quem ganha a partida de ping pong: o humano ou o robô?, pergunta a matéria da revista digital Exame Informática.
O robô começa arrazador, munido de algum tipo de sensor e algoritmo, chegando a estar vencendo o jogo por 6 a zero. Entretanto, eis que o ser humano, usando sua inventividade, passa a enfrentar o ser autômato no seu "calcanhar de Aquiles", ou seja, recorrente a certos artifícios como sacar a bolinha sobre a fita da rede, que amortece a velocidade e faz a bola cair rente a rede: ponto! Depois, Timo Boll coloca a bolinha nas bordas da mesa, o que dificulta a recepção do jogador adversário (o robô), e, por fim, Timo efetua uma batida forte na bola que repique na mesa e voa acima do robô. O jogador humano, ciente de suas limitações utiliza os próprios limites da máquina como seu aliado. O jogo se encerra com placar de 11 x 6 para a humanidade ;-)
Seja no tênis de mesa, como em uma mesa de trabalho, a primeira coisa que o bom jogador, professor, trabalhador deve ter em conta é a questão espacial, depois temporal, e por fim, estabelecer os limites de sua atuação, neste tempo-espaço.
Um vídeo que se presta a uma breve reflexão, justamente, sobre aprender a trabalhar com os limites e as limitações do cotidiano, e suas possibilidades na falta das condições ideais, que devem ser sempre buscadas.
Há que se valorizar o espaço em que se vai estabelecer uma prática física, escolar, laboral, conhecendo estas limitações e possibilidades, como a mesa de ping pong no referido vídeo.
Primeira lição é nem subestimar, tampouco superestimar o adversário, nem vê-lo como um inimigo no esporte ou na sociedade.
Lição dois: encarar os desafios, por maiores que sejam, observando os pequenos detalhes, a envergadura (física e emocional) do adversário, até onde alcançam seus braços e seu olhar (sua percepção social, cultural, profissional, educacional etc).
Por fim, ter a noção de que uma "raquetada" bem dada às vezes faz as coisas tomarem outra dimensão, para o bem e para o mal.
Portanto, estabelecer uma estratégia de jogo, na vida, no esporte, na educação e na sociedade é essencial.
Parafraseando o escritor e educador Ruben Alves, "o amor é como uma partida de frescobol e não de tênis" (ou ping pong), pois o primeiro visa manter o maior tempo possível a bolinha no ar, e o outro colocá-la longe do alcance do adversário, no chão.
Frescobol visa a parceria constante, de um "jogador" depender do outro para manter elevado um objetivo em comum (seja pai e mãe, professor e alunos, namorado e namorada); já o ping pong e o tênis visam que um jogador derrote o outro para sair-se vencedor, e ai a sensível diferença, quando pensado o coletivo acima do individual.
O uso da tecnologia na educação deve ser encarada mais como uma partida de frescobol, em que educador e educandos são parceiros no processo de ensino-aprendizagem, do que adver´sario num ping pong de trocas de acusações e estabelecimento de culpas...
Com estea finalidade que vejo um vídeo deste teor, que pode servir para uma dinâmica de grupo, e/ou uma abordagem prática da tecnologia no espaço escolar, sem robotizar ninguém e humanizar a todos! Inclusive às máquinas, que por mais inteligência artificial que venham a ter, terão a intuição, a criatividade, o improviso que o ser humano tem, como Timo Boll, diante de um adversário até mais qualificado, forte e veloz? Conhecer nosso limites e trabalhar em cima de nossas limitações poderão ser boas estratégias de interação em grupos na família, na escola, no trabalho e na sociedade.

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