sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Nunca estará sozinho: um "clipe que parece curta" e que serve como exercício de escrita criativa para a Redação do Enem




O vídeo acima Never Gonna Be Alone (Nunca estará sozinho, tradução livre), da banda Nickelback é um audiovisual que conheço por longa data, e já ouvi diversas vezes, mas nunca parei pra prestar atenção nas imagens. Recentemente, quando assisti na íntegra o videoclipe, fiquei encantado com a narrativa visual que poderia ser usada no meu projeto CLIPES QUE PARECEM CURTAS, que justamente se vale desse tipo de material para propor reflexão, interpretação de imagens e escrita criativa com alunos e professores.
O clipe foi mostrado para meus alunos em duas partes: primeiro só a introdução até que a moça (noiva, com uma flor azul na mão) se volta para os convidados e olha com carinho para um homem, em especial. Dou pausa no vídeo e pergunto aos alunos: - O que vocês acham dessa situação? Quem será aquele homem qual seu papel na história? Uns dizem que é um ex-namorado, um amante, um irmão mais velho, um parente, amigos, pai... No segundo momento, retomo o vídeo desde seu início, estabelecendo antes com os alunos, que após aquele ponto pausado, que prestem atenção que indicarei com a mão o número 1 e depois 2, que são as duas partes do desenvolvimento da história, que levará à conclusão. No ponto 1, a jovem se recorda do pai, presente sempre em todos os momentos da vida dela, inclusive ali no casamento. No ponto 2, todos descobrem que era apenas um fantasma, ou a memória afetiva da noiva, dando a entender que eles continuava junto dela, mesmo já não no momento dos vivos. Por fim, quando o clipe encerra com a noiva colocando na lapela do noivo a flor azul, deixo o audiovisuais e encerrar e passo a palavra aos alunos. Alguns conheciam o vídeo, outros só a música. A maioria - inclusive eu - nunca tinha prestado atenção à história cantada.
As reflexões que surgiram após a visualização do clipe (esse terceiro momento) foram bem interessantes pois os alunos se deram conta da simbologia, da linguagem simbólica, metafórica, presente no material que poderia sim, ser visto como uma curta: o amor que se transforma, amor de pai para o de futuro marido, do estar presente na memória, da história de vida que trazemos, dos momentos relevantes que passam em nossa mente, como num filme etc.
Mais que isso, num quarto momento, comecei a mostrar para eles de forma didática, onde estavam os elementos introdutórios, de desenvolvimento e de conclusão, que poderiam ser vistos como uma organização de ideias através de imagens, e que uma redação se assemelha a isso: A flor azul, como a tese ou ideia principal, que conecta as demais partes até à conclusão. Do desenvolvimento que mostra o passado e o presente, situando o leitor (de imagens) não apenas no texto, mas no contexto descrito e finalmente a conclusão em que a flor azul retoma o destaque e explica a história, deixando ao espectador uma mensagem de renovação do amor, da vida, da família, da própria sociedade.
Para saber mais sobre o projeto Clipes que parecem Curtas, segue link de postagem neste blog educacional e também, mais abaixo o vídeo no meu canal do YouTube EDUCAÇÃO 3D+:

CLIPES QUE PARECEM CURTAS: Projeto unindo mídias, literatura e língua portuguesa



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