sábado, 27 de julho de 2013

A Corporação (2003): documentário canadense impactante sobre o mundo em que vivemos



O vídeo acima, A Corporação, descobri no You Tube é trata-se de um impactante documentário canadense (2003), que trata de forma didática sobre o surgimento e transformação das Corporações, com poder mais forte que o político dos governos. Um ótimo material para debater sobre o mundo em que vivemos e os valores que aí estão postos.
Conforme apresentação do vídeo: "Através de seus lobbies junto aos governos e suas ferramentas de merchandising, marketing, branding, etc ,elas definem tendencias de consumo de produtos eletrônicos, vestuário, alimentos, entretenimento, medicamentos, etc. Corporações farmacêuticas influenciam e ate definem o que será e o que não sera ensinado nos currículos universitários de Medicina, Farmácia e outras áreas de Saúde, para defender seus interesses mercantilistas de vendas de inúmeros medicamentos nocivos."
Interessante a análise e comparação entre pessoas físicas e jurídicas, através do Diagnóstico do Distúrbio de Personalidade de Uma Corporação (pessoa jurídica), que se encaixa no diagnóstico do psicopata prototípico, pela negação de valores comuns e defesa de interesses particulares, sem aparente sentido de culpa.
Mais interessante a fala de um dos entrevistas, junto a imagens que falam por si só, de que "as famílias não conseguem enfrentar uma indústria que gasta 12 bilhões de dólares ao ano (nos EUA) em marketing para influenciar seus filhos", investimentos bilionários para "impor a filosofia da futilidade e do consumo de modismos", como declara Noam Chomsky. E isto fica evidenciado nos eletroeletrônicos que são substituídos cada vez mais, por conta do novo aparelho revolucionário para fazer mais do mesmo...
Conforme Richard James Havis (2005): "A Corporação" ataca questões éticas de grandes empresas. Os ataques às práticas éticas e sociais das grandes empresas que compõem o documentário "A Corporação" não serão novidade para a maioria dos liberais bem informados. Mas a pesquisa bem feita, a apresentação clara e a correlação precisa com os escândalos recentes envolvendo grandes empresas norte-americanas devem incentivar os espectadores bem menos informados a refletir mais profundamente sobre o papel das grandes firmas no mundo. Se tivesse sido exibido alguns anos atrás, "A Corporação" provavelmente tivesse passado desapercebido. Mas o destaque ganho por "Fahrenheit 11 de Setembro" e os escândalos envolvendo empresas norte-americanas devem despertar o interesse do público. O fato de Michael Moore aparecer no filme, como entrevistado, é uma atração adicional. A produção canadense é dirigida por Mark Achbar ("Manufacturing Consent: Noam Chomsky and the Media") e Jennifer Abbot a partir de um livro de Joel Bakan. O documentário começa com um breve histórico legal das grandes empresas. De acordo com a lei, as firmas têm os mesmos direitos que os indivíduos: podem processar, ser processadas, etc. Mas o foco do filme está em mostrar que existe uma grande diferença entre o indivíduos e a corporação. Espera-se dos indivíduos que demonstrem responsabilidade ética e social. Já a corporação tem, por lei, apenas uma responsabilidade: garantir a seus acionistas o maior lucro possível. O longa-metragem afirma que esta é uma abordagem unidimensional que conduz à exploração da força do trabalho, à devastação do meio ambiente, a fraudes contábeis e várias outras coisas do gênero. Para comprovar seu argumento, os cineastas entrevistam cerca de 40 pessoas, incluindo Noam Chomsky, Milton Friedman, Mark Moody-Smith (ex-presidente da Royal Dutch Shell) e os jornalistas Jane Akre e Steve Wilson, ex-funcionários da Fox News. Os temas variam desde fábricas de fundo de quintal no Terceiro Mundo até a destruição do meio ambiente, passando pela patenteação do DNA. Uma parte perturbadora do filme mostra um negociador de commodities, Carlton Brown, dizendo que, ao assistir ao ataque terrorista contra o World Trade Center, os dealers de ouro acharam que a tragédia teria um aspecto positivo, na medida em que faria o preço do ouro subir. Os cineastas deram a executivos-chefes como Mooy-Smith a oportunidade de apresentar argumentos em favor da responsabilidade empresarial. O que Moody-Smith quer mostrar é que existem alguns líderes bons nas grandes empresas, capazes de conduzi-las num rumo positivo. Os diretores respondem que esses poucos bons líderes não serão capazes de impor uma responsabilidade ética a uma máquina construída com o objetivo único de auferir lucros. Um raio de esperança é lançado por Ray Anderson, executivo-chefe da Interface, a maior fabricantes mundial de tapetes. Anderson se conscientizou da questão ambiental e reestruturou um terço de sua empresa, que vale 1,4 bilhão de dólares, com base em princípios ecologicamente sustentáveis. "A Corporação" não é um trabalho de ativismo global que defenda a derrubada do capitalismo. Uma seção final do filme analisa como o poder das grandes empresas pode ser reduzido por meios legais e sociais. Alguns trechos do filme, como um em que Michael Moore, antes do lançamento de "Fahrenheit", comenta por que a Disney lança filmes de um inimigo declarado das grandes empresas, como ele, estão datados, e o filme fala muito pouco da Worldcom ou da Enron. Mesmo assim, será muito bem-vindo pela parte do público cujas preferências políticas se situam à esquerda do centro." (Texto fonte: http://cinema.uol.com.br/ultnot/2005/... )

Vejam também, dentro deste mesmo contexto do papel das grandes corporações, o vídeo abaixo, intitulado A Ordem Criminosa do Mundo, "Documentário exibido pela TVE espanhola, que aborda a visão de dois grandes humanistas contemporâneos sobre o mundo atual: Eduardo Galeano e Jean Ziegler. Pode se dizer que há algo de profético em seus depoimentos, pois o documentário foi feito antes da crise que assolou os países periféricos da Europa, como a Espanha. A Ordem Criminal do Mundo, o cinismo assassino que a cada dia enriquece uma pequena oligarquia mundial em detrimento da miséria de cada vez mais pessoas pelo mundo. O poder se concentrando cada vez mais nas mãos de poucos, os direitos das pessoas cada vez mais restritos. As corporações controlando os governos de quase todo o planeta, dispondo também de instituições como FMI, OMC e Banco Mundial para defender seus interesses. Hoje 500 empresas detém mais de 50% do PIB Mundial, muitas delas pertencentes a um mesmo grupo. (Docverdade)":



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