terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Se pode ser agora, pra que deixar pra depois? (propaganda, arte e educação)



O vídeo acima Se pode ser agora, pra que deixar pra depois?, trata-se de propaganda de refrigerante que parece inicialmente comercial de xampu, e que descobri na TV e achei no You Tube.
A história é simples e bem humorada, com uma surpresa no final, como se fosse um curta-metragem, algo que é tendência mundial, seja em videoclipes ou na publicidade: a apresentação de música ou produto como se fosse uma pequena história, com início, meio e fim. Uma pequena narrativa audiovisual.
Uma moça faz seu penteado, com algum tipo de alisamento, e eis que começa a chover. Para não desfazer o penteado, ela vai improvisando "caronas" involuntárias, sob guarda-chuvas que passam, sob marquises e proteções de loja, até chegar em determinado local, e não conseguir escapar de uma única gota que cai, quando o penteado se desfaz e fica todo encaracolado, voltando ao original. Nesse momento ela encontra alguém com quem se identifica: o jogador de futebol Davi Luiz, do time inglês do Chelsea e da Seleção Brasileira de Futebol. Bingo.
Se houvesse como nos contos infantis do passado, a chamada "moral da história", o que poderíamos concluir é que não adianta fugir de suas características, pois a identidade se alcança sendo você mesmo... Porém, o que podemos é pensar este vídeo como motivador para que saibamos, como educadores, enfrentar os desafios do cotidiano, quando nos adaptamos às novas realidades; certos de que, ainda que saibamos aproveitar certas oportunidades e improvisar muitas vezes, ao final, poderemos ter uma surpresa, o que não impede que possamos buscar novas parcerias de trabalho, estudo ou sociedade, quando o imprevisto ou o imponderável acontecem.
"Se pode ser agora, pra que deixar pra depois?" Uma indagação que me faço constantemente, enquanto educador e editor deste blog, no que tange a questão das condições ideais e possíveis de educar, seja na escola ou em casa, seja por professores ou pais... O ideal é que os pais tenham tempo para acompanhar os estudos dos filhos, comparecer às reuniões da escola, verificar suas atitudes dentro e fora de casa etc etc etc. Mas na impossibilidade disso, pelo menos, dentro de suas possibilidades, contatar a escola, ou se chamado, não ver na escola um adversário, vestindo a capa e a espada da defesa do indefensável, da justificativa do injustificável, quando seus filhos por sua própria omissão, os deixam de "cabelos em pé", faça chuva ou sol...
Da mesma forma os professores, que se pensarem apenas no ideal, enquanto conteúdo - nem estou falando de remuneração justa e digna, o que é algo que requereria uma outra postagem -, pois há situações novas que estão batendo à porta da escola e das salas de aula e requerem o uso das possibilidades de cada educador - sua iniciativa e criatividade -, ainda que não sejam as ideais: inclusão de pessoas e equipamentos, nova visão de mundo, novo contexto de ensino e aprendizagem, com a utilização dos multimeios, etc.
Quanto às condições ideais, essas também não podemos deixar para depois, mas também não podemos aguardar que elas surjam ao natural, sem uma provocação, enquanto indivíduo e instituição, enquanto órgão representativo da categoria e perante a comunidade, que precisa estar a par da realidade da escola que seu filho frequenta, para que justamente não exija condições ideais sem conhecer as reais possibilidades daquele local...
Afinal, sabemos também que o mau profissional se omite (e busca justificativas para o seu mau desempenho) diante da suposta falta de condições ideais de trabalho e o bom profissional, muitas vezes, se destaca justamente trabalhando com as possibilidades que tem ao seu alcance...

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