sábado, 4 de fevereiro de 2017

Um professor impressionante e sua memória sentimental na assinatura corporal de seus alunos



O vídeo acima que intitulei O professor impressionante e sua assinatura corporal, foi indicação via Facebook do amigo Fernando Luis músico e poeta de Rio Grande (RS), Brasil e editor do blog Zé Urbano.
Trata-se da incrível iniciativa de Barry White Jr., professor de inglês do quinto ano da Ashley Park PreK-8 School, em Charlotte, na Carolina do Norte (EUA), que elaborou criativo aperto de mão personalizado, com que ele saúda cada um de seus alunos na entrada da sala de aula. Aperto inspirado na personalidade dos jovens que proporciona empatia, emoção e energia no convívio escolar.
Conforme entrevista dada pelo professor ao canal ABC News, e reproduzida pelo Yahoo Barry diz que iniciou este aperto de mãos com os alunos do 4º ano, mas que "Este ano eu comecei a fazer apertos de mão com as crianças no recesso. Foi apenas um ou dois alunos e, em seguida, tornou-se contagiosa", acrescentou. "Eu vi o quanto isso significava para eles, então eu disse: 'Vamos lá. Todo mundo vem'. Então era minha classe inteira". Logo este gesto se espalhou pelas demais turmas do professor." White alega ter uma memória muscular que o faz lembrar de todos os movimentos por mais diferentes que sejam. "Eu faço isso muito com eles. Eles adoram vir até mim e fazê-lo. Eu só sei os certos movimentos que são com determinadas crianças, porque é personalizado. Por exemplo, eu comecei uma equipe de passo na escola. Alguns dos meus alunos do 5º ano que ensino estão na equipe de passo e você notará que damos um passo em seus apertos de mão." Em tempos que se fala em padronização, pensar que a aprendizagem é única e cada qual aprende de um jeito próprio, a iniciativa de White de personalizar um cumprimento e provavelmente uma interação com seus alunos é algo inspirador.
White é fã do time de basquete Cleveland Cavaliers, e diz que se inspirou nos apertos de mão dos seus jogadores para depois reproduzir com seus alunos, principalmente depois de ver LeBron James, seu jogador preferido, fazendo a mesma coisa com seus companheiros de equipe.
Interessante associação entre o esporte e a educação.
Para a Meaghan Loftus, diretora da escola: "A única maneira de ajudar nossos estudantes a alcançar níveis elevados todos os dias é abraçar a necessidade de um relacionamento significativo e profundo". "Os apertos de mão de Barry representam sua própria tomada autêntica em construir aqueles relacionamentos. Quando entro nas salas de meus professores, vejo o impacto desses relacionamentos fortes e confiantes."
Toda forma de linguagem é válida na comunicação entre professores e alunos, pais e filhos e a linguagem visual e corporal é algo que as crianças e os jovens, que pertencem a uma geração audiovisual encontra um amparo e uma reciprocidade. Educar é estabelecer pontes, e saber dar sentido ao estar numa escola, é estabelecer diálogos utilizando a arte, a cultura, o esporte e outras manifestações que fazem parte do cotidiano do aluno fora da escola, incorporando-o ao fazer pedagógico. Mas como bem demonstra o professor Barry: há que se ter um significado primeiro para o professor para depois ser significante e contagiar o aluno. O professor deve fazer algo que pra ele também seja importante e não apenas tentar agradar o aluno, pois este sabe quando a atividade é autêntica ou apenas improvisação.
Sejamos, pois, autênticos a nossa memória sentimental e a utilizemos dentro de uma proposta que una o útil ao agradável, o social ao educacional, como o professor White faz com seus alunos e a retribuição é imediata. :-)

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