domingo, 13 de janeiro de 2019

Uma metáfora visual para o ato de educar: apoiar alguém a chegar ao outro lado do rio do Conhecimento




O vídeo acima Maravilhas da Natureza encontrei nos vídeos correlatos do Facebook, quando assistia a outro e me chamou a atenção, primeiramente, pela beleza e delicadeza da imagem: um cervo sendo ajudado por um ser humano a poder sair daquele lago congelado, como alguém preso numa areia movediça que não consegue por si só se deslocar... Depois, como todo educador, além de escritor e poeta, passei a refletir sobre a Natureza, tanto a relativa ao meio ambiente, como a humana e a do reino animal como um todo e as lições que esse grande algoritmo ambiental está nos revelando cotidianamente, mesmo quando passamos ser dar a devida atenção.
Então, passei a pensar esse vídeo como uma metáfora visual sobre o ato de Educar, com letra maiúscula, sim, pois representa mais do que passar conteúdos programáticos, mas de caminhar junto, mostrar caminhos, auxiliar os outros a conhecer melhor o terreno em que pisa, a se erguer após quedas, a se manter de pé e seguir em frente seu caminho, sem a necessidade de bengalas ou muletas, seja se a necessidade requisitar. Mas que - como pais ou professores - sejamos apoios e não muletas e bengalas aos filhos e alunos... Eles podem e devem se locomover por vontade própria, saber fazer escolher entre as bifurcações do viver, ultra´passar fases, al[ém dos passwords dos jogos eletrônicos, sabendo que a na Vida real, longe das simulações digitais, nem sempre temos uma segunda chance, que o "Game Over" pode ser algo sem volta seja na escola, no trabalho ou na sociedade.
A metodologia utilizada pode ser um grande diferencial na didática do professor. Conhecer o meio em que pisa é essencial. O planejamento, o material, a interação, a resolução dos problemas são partes de uma equação simples: A + P = E (aluno mais professor = educação).
No vídeo em questão, o que percebi exatamente isso: que a profissional de macacão responsável pelo resgate do cervo, ao invés de recolher o animal, preferiu ir guiando o mesmo até a borda do lago, suavemente, para não estressá-lo e deixá-lo à vontade para poder se reerguer e seguir seu caminho. Assim deveria agir o educador do século XXI: com sua pedagogia e metodologia, deixando que o aluno encontre sua autonomia, independência e cidadania, proporcionando que informação gera conhecimento e, assim, o aprendiz se emancipe a partir do apoio do mestre (professor).
Saber respeitar o meio ambienta, escolar e social, mantendo-se um eterno aprendiz é o desafio, não apenas do aluno mas do professor do século XXI.
Já dizia o grande educador Paulo Freire que "Educar é ter a consciência do inacabamento". Portanto, não cabe ao professor nem à escola uma formação integral, mas gradual confirme os níveis de ensino e aprendizagem, pois a Vida em transformação é que continuará formando o estudante, o profissional e o cidadão.

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