sexta-feira, 26 de junho de 2020

Arte Viva: Inteligência artificial recria rostos de sete pinturas clássicas e famosas (intertextualidade e interdisciplinaridade)




O vídeo acima [AI stuff] Top-7 world-famous portraits transformed into living human beings ("Os sete retratos mais famosos do mundo transformados em seres humanos vivos", tradução livre), encontrei no portal Olhar Digital, site especializado em informações que envolvem tecnologia.
Essa Inteligência Artificial que recriou rostos humanos de sete das mais famosas pinturas de mestres das artes plásticas, foi inventada por Denis Shiryaev que, segundo consta, teve outro projeto que restaurou o famoso curta "L'Arrivée d’un train em gare à La Ciotat", uma das primeiras produções de cinema, elaborada pelos irmãos Lumière, em 1895.
O mais interessante dessa notícia e vídeo, mais que a própria tecnologia envolvida e da IA em si, serve para demonstrar toda a genialidade de grandes pintores da Humanidade, como Leonardo da Vinci, Van Gogh entre outros, que desenvolveram técnicas fabulosas, envolvendo conhecimento de diversas áreas do conhecimento como a matemática, a física, a geometria, a química, a biologia etc.
Imaginem uma aula sobre a química envolvida na confecção de tintas, nelas sobre a tela e o resultado obtido; uma aula de geometria nas obras de Da Vinci, de Física nos movimentos das estrelas em Van Gogh, a questão da ótica em Vermeer, da Lógica e da Psicologia em Dalí e Magritte e outros mestres da pintura! Um rico manancial para interação de professores e alunos.
Imagino aulas integradas ou LIVE's interdisciplinares e multidisciplinares entre Física, Química, Matemática, por exemplo, tendo como tema transversal a arte e cultura Renascentista, Moderna etc. Que rico material para observação, reflexão e debate entre professores das mais variadas áreas e seus alunos, de forma online ou presencial.
Uma aula de Biologia com História, a partir da tela e o Nascimento de Vênus, de Sandro Botticelli.
A arte viva através dessa humanização da pintura, valendo-se ou não da Inteligência Artificial para contextualizar a Inteligência Humana através dos tempos, dos avanços tecnológicos, sociais e educacionais... Uma História da Arte e da Humanidade, com professores de História e de Artes e outros mais.
Tais recriações histórias, tornando rostos realistas de pinturas clássicas, mais que uma técnica e uma tecnologia, é uma forma de utilizar na prática o conhecimento em rede, não apenas digital, mas rede lógica, não apenas enquanto tecnologia. A lógica do conhecimento humano em roda de conversas entre turmas e escolas. Fazer valer o conceito de "rede neural", não apenas no campo da Ciência e da Tecnologia, dita "high-tech", mas no cotidiano escolar e social.
SE a arte imita a vida, a vida também se vale da arte. Da mesma forma, a tecnologia mais avançada, já foi pensada antes no campo da mitologia e da ficção literária. O próprio conceito de "Inteligência Artificial" está lá no teatro grego, tanto no mito de Prometeu (que será Frankenstein, de Mary Shelley, muitos séculos depois), como na moderna ficção científica de HAL-9000 e hoje nas IA como Sofia, Watson e outras.
Pensando a questão da intertextualidade, convém refletir pra outro tema que se relaciona com a IA, e que o Olhar Digital indica: "A recriação dos quadros remete a uma prática não muito interessante, mas que também é fruto de IA: os deepfakes. Softwares específicos conseguem criar vídeos de pessoas famosas falando qualquer coisa. Pode ser algo engraçado, mas também comprometedor e criminoso. Com o aprimoramento dos sistemas, essa pode ser uma realidade cada vez mais presente."
Por deepfakes, segue alguns exemplos, que podem causar bastante danos, principalmente em pleitos eleitorais, em que as Fake News vigoram. O outro lado da moeda digital:



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