domingo, 28 de junho de 2020
Professor quântico: do teletransporte da ficção para a realidade da educação em tempos de pandemia
O vídeo acima, TELETRANSPORTE, encontrei no canal NERDOLOGIA, canal do, hoje famoso, biólogo Átila Iamarino que comenta sobre o recursos utilizados na ficção científica e buscados pela ciência, de teletransportar coisas e gentes.
Segundo o portal Inovação Tecnológica, em sua postagem "Teletransporte é realizado pela primeira vez envolvendo matéria", "No ano passado, os cientistas confirmaram que as informações podem ser passadas entre fótons em chips de computador mesmo quando os fótons não estão fisicamente ligados - eles teletransportaram uma operação lógica inteira". Entretanto, o "Teletransporte envolvendo a matéria" é mais complexo, pois "Experimentos realizados por uma equipe das universidades de Rochester e Purdue, nos EUA, mostraram agora que o teletransporte também pode ser possível entre elétrons".
Porém, entre teletransportar, em microescala, fótons e depois elétrons, e tentar desmaterializar pessoas e reorganizar suas moléculas noutro local, há mais coisas que podem supor nossa vã tecnologia, por enquanto...
Todavia, essa notícia, que envolve transporte e trata de computação quântica e do quanto a informática, a internet e muito mais poderão se transformar num futuro bem próximo me fez refletir, enquanto educador, sobre as transformações da Educação em tempos de pandemia, e a impossibilidade de promover de forma instantânea e automática o TELETRANSPORTE entre o professor convencional e o professor digital, pois, como a computação quântica, requer investimentos, pesquisa, testes, avanços tecnológicos (e pedagógicos e metodológicos) até que os resultados possam ser comprovados e tenham sucesso efetivo.
Por enquanto, nem internet quântica, tampouco computadores quânticos têm escolas, professores e alunos. Nossa realidade, ainda está bem longe da sci-fi, embora é inegável as mudanças que têm ocorrido nas tecnologias e metodologias deste século XXI.
Inegável também a mente privilegiada do escritor Gene Roddenberry que, lá nos anos 1960, imaginou em seu seriado Star Trek diversas tecnologias que hoje estão presentes no cotidiano social e educacional, do comunicador sem fio ao moderno celular, iPad, tablet; da Enterprise à ISS; sem falar na tomografia computadorizada, o escâner para digitalizar imagens, só faltando o phaser e teletransporte... Conforme podemos ver no vídeo a seguir, do CanalTech, sobre 10 tecnologias de Star Trek que são realidade [Top Tech]:
Todavia, Láctea ou não, cabe pensar o conceito de "Teletransportar o professor convencional para o meio digital", principalmente na atualidade, em função das medidas de isolamento, distanciamento e confinamento social em decorrência do coronavírus, o que forçou muitos professores tentarem se teletransportarem sem um preparo, uma formação, uma capacitação da Frota Estelar ou da própria instituição, literalmente tendo que adaptar material impresso e método expositivo tradicional para o meio digital, com videoaulas, hangouts, Lives, podcast's etc.
Porém, educação e ficção científica são campos diversos e nem tudo que funciona bem numa, funcionará adequadamente noutra. Ótimos professores convencionais não necessariamente conseguirão se teletransportar pro meio eletrônico, assim de supetão. Pra tudo requer treinamento, experimentação, capacitação continuada. Até mesmo no universo da sci-fi, o Capitão Kirk, o Senhor Spock e o Doutor McCoy precisaram passar por inúmeros testes para se tornarem oficiais da nave Enterprise, em sua missão de ir onde nenhum homem tinha ido antes...
Transposta essa metáfora televisiva para o mundo real e o ambiente escolar (vide imagem acima criada por este educador e blogueiro), nunca nenhum professor, sequer a Humanidade foi submetida a um confinamento tão amplo e drástico. Ninguém recebeu um treinamento de guerra e já teve que se teletransportar para um mundo novo, inclusive aqueles que já tinha experiência com os multimeios. Esse "Admirável Mundo Novo" é de fato novo, literária e literalmente, pra todo mundo. E qualquer tentativa apressada de tentar dar conta dos dilemas, complexidades e peculiaridades deste momento, será mera ficção... científica.
Estamos todos aprendendo e reaprendendo a viver nessa nova realidade. Alguns mais adaptáveis, outros nem tanto. Alguns conseguiram se reinventar, se fragmentar e se reorganizar melhor que outros. Mas o Senhor Scott na mesa de comando do teletransporte é também a figura daquele gestor que precisa coordenar essa transposição, auxiliando o corpo docente para se materializar n outra realidade de forma eficiente.
Mas quem disse que o professor já não ativou seu TELETRANSPORTE EDUCACIONAL há décadas atrás?
Lembro dos professore que tive, tanto no ensino fundamental e no ensino médio, nas décadas de 1970 e 1980 que levavam minha turma para SAÍDAS DE ESTUDO, da escola aos locais mais variados, fazendo o aluno se transportar da TEORIA para a PRÁTICA, numa época que internet, computador pessoal, scanner, iPad, tablet, jogos eletrônicos eram apenas sci-fi, assim como: fones de ouvido sem fio (Tenente Uhura), tradutor universal (Google), assistentes pessoais (virtuais), GPS, cartões de memória e a própria teleconferência, que eram uma prática usual nos episódios do seriado e muito distantes da minha realidade de aluno.
Mesmo assim, os professores do passado teletransportavam seus alunos para outros mundos, quando traziam revistas, jornais, que levavam suas turmas para bibliotecas e outros locais públicos, favorecendo a aprendizagem e o ensino e que me influenciaram a fazer o mesmo com meus alunos, em saídas de estudo que intitulei de PASSAPORTE LITERÁRIO, conforme link abaixo.
. Portanto, saber teletransportar-se e transportar junto os demais é um requisito nem tão tecnológico assim, mas mais metodológico e didático, de exercitar a imaginação, a criatividade, o desprendimento do bom PROFESSOR. Conheço muitos professores que promovem divulgação científica, ao transportar seus alunos da sala de aula para o mundo real, em expedições imersivas a locais os mais variados, independentemente da área do conhecimento: livrarias, museus, bibliotecas e outros locais.
Passaporte Literário: experiência imersiva na realidade local em 3D e 360 graus, no EducAção 3D+
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