quinta-feira, 4 de junho de 2020
Literatura e Pandemia: um percurso da antiguidade à atualidade (53 títulos de clássicos a livros contemporâneos)
Imagem acima: fotografia de autoria de José A. K. Roig
Esta postagem é fruto da pesquisa e seleção de 53 (cinquenta e três) livros que, direta ou indiretamente, falam de pandemias e confinamento em suas narrativas e que serve com um breve percurso, enquanto HISTÓRIA DA LITERATURA EM TEMPOS DE PANDEMIAS, já que meus mestrado e doutorado em Letras foram na área de concentração, justamente, de História da Literatura. Segue abaixo a listagem, que poderá ser acrescida de novas contribuições, mediante indicação nos comentários desta postagem:
1. A ILÍADA, de Homero (século VII a. C)
" A Ilíada é um dos dois principais poemas épicos da Grécia Antiga, de autoria atribuída ao poeta Homero, que narra os acontecimentos decorridos no período de 51 dias durante o décimo e último ano da Guerra de Troia, conflito empreendido para a conquista de Ílio ou Troia, cuja gênese radica na ira (μῆνις, mênis) da Aquiles.
A Ilíada é atribuída a Homero, que se julga ter vivido por volta do século VIII a.C., na Jônia (atualmente região da Turquia), e constitui o mais antigo e extenso documento literário grego (e ocidental) existente. Ainda hoje, contudo, se discute a verdadeira autoria e a existência real de Homero (nascido ou em Quios, Grécia ou em Esmirna, Turquia).
[...] No décimo ano do cerco a Troia, há um desentendimento entre as forças dos aqueus, comandadas por Agamemnon. Ao dividirem os espólios de uma conquista, o comandante aqueu fica, entre outros prêmios, com uma moça chamada Criseida, enquanto que a Aquiles cabe outra bela jovem, Briseis (Briseida). Criseida era filha de Crises, sacerdote do deus Apolo, e este pede a Agamemnon que lhe restitua a filha em troca de um resgate. O chefe aqueu recusa a troca, e o pai ofendido pede ajuda a seu deus. Apolo passa então a castigar os aqueus com a peste" [grifo meu].
Fonte: Wikipedia.
2. A ODISSEIA, de Homero (poema épico do século IX a.C)
Inicio com a literatura clássica grega e a famosa ODISSEIA, em que podemos tratar enquanto metáfora, primeiro o Cavalo de Troia de Ulisses nome latino para o grego Odysseus), hoje uma analogia com os vírus da informática, intitulados como tal. Na Odisseia, o militar grego, em seu retorna a mítica Ítaca, ainda enfrenta sereias, gigantes e outros seres mitológicos valendo-se da seu perspicácia para driblar todas as intempéries e desafios sobrenaturais.
Imagem: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=10808
3. A HISTÓRIA DA GUERRA DO PELOPONESO, de Tucídides (relato do séc. V a.C)
De acordo com Carlos Eduardo Martins, em "Peste E Literatura: A construção narrativa de uma catástrofe", em Dissertação de Mestrado em Estudos Anglo-Americanos, apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Portugal, "No texto mais antigo, A História da Guerra do Peloponeso de Tucídides, vemos a desordem social manifesta na incapacidade de manter o funcionamento das estruturas sociais durante a peste de Atenasao mesmo tempo que se estuda uma relação da epidemia com o Pathos da guerra" [https://core.ac.uk/download/pdf/43567031.pdf]. Tucídides "foi um historiador da Grécia Antiga. Escreveu a História da Guerra do Peloponeso, da qual foi testemunha e participante, em que, em oito volumes, conta a guerra entre Esparta e Atenas ocorrida no século V a.C."
Fonte: Wikipedia.
4. ANTÍGONA, de Sófocles (442 a. C.)
"Antígona (em grego Ἀντιγόνη) é uma tragédia grega de Sófocles, composta por volta de 442 AC. É cronologicamente a terceira peça de uma sequência de três tratando do ciclo tebano, embora tenha sido a primeira a ser escrita. A personagem do título é Antígona, filha de Édipo, e irmã de Etéocles e Polinice.
A história tem início com a morte dos dois filhos de Édipo, Etéocles e Polinices, que se mataram mutuamente na luta pelo trono de Tebas. Com isso sobe ao poder Creonte, parente próximo da linhagem de Jocasta. Seu primeiro édito dizia respeito ao sepultamento dos irmãos Labdácidas. Ficou estipulado que o corpo de Etéocles receberia todo cerimonial devido aos mortos e aos deuses. Já Polinices teria seu corpo largado a esmo, sem o direito de ser sepultado e deixado para que as aves de rapina e os cães o dilacerassem. Creonte entendia que isso serviria de exemplo para todos os que pretendessem intentar contra o governo de Tebas.
Ao saber do édito, Antígona deixa claro que não deixará o corpo do irmão sem os ritos sagrados, mesmo que tenha que pagar com a própria vida por tal ação. Mostra-se insubmissa às leis humanas por estarem indo de encontro às leis divinas.
Ainda no primeiro episódio, Creonte é informado por um guarda de que o corpo de Polinices havia recebido uma camada de pó e com isso seu édito havia sido desrespeitado, colocando sua autoridade à prova. Ele se enfurece ainda mais quando o coro interroga-se, questionando se não teria sido obra dos próprios deuses".
Um texto essencial, e destacado por Venus Poça, justamente pela dificuldade atual das famílias enterrarem seus mortos. O que torna este texto atemporal e universal, se pensada a questão do COVID-19 em diversos locais.
Fonte: Wikipedia
5. ÉDIPO REI, de Sófocles (427 a.C.)
"Édipo Rei é uma peça do teatro grego antigo escrita por Sófocles por volta de 427 a.C. Aristóteles, na sua Poética, considerou esta obra como o mais perfeito exemplo de tragédia grega. Édipo Rei é a primeira obra de um conjunto que inclui também Antígona e Édipo em Colono" [Wikipédia]. Observação: A partir de postagem da professora Claudia Costin, em seu perfil de rede social, comentando sobre sua leitura deste clássico na adolescência e a sua releitura na atualidade, resolvi incluir mais este título nesta postagem. Aqui, fragmento do comentário da referida professora: "[...] no enredo, uma peste causada pela permanência de Édipo no poder, impuro que era para o exercício do reinado. Para que a peste passasse, ele precisava de lá sair e teve a dignidade de fazê-lo."
Fonte: Wikipédia
6. METAMORFOSES, de Ovídio (8. d. C.)
“A funesta doença penetra até as vísceras. Vi cadáveres abandonados às portas dos templos. Vi-os em frente aos próprios altares, para que a morte se tornasse mais odiosa. Estrangulam-se uns com um laço e, com a morte, afugentam o temor da morte (...)”. (Ovídio, “Metamorfoses”), incrível fragmento destacado por Marcelo Backes, via Twitter, traz ecos do passado na terrível arualidade. Conforme a Wikipédia: "A Metamorfoses de Ovídio poderia ser chamada de 'enciclopédia da mitologia clássica' - narra os acontecimentos míticos dos personagens mais importantes e utilizados na mitologia grega e as transformações que dão nome ao livro: homens transformam-se em rios, em flores, rochas, ninfas que são transformadas em sons, deuses que se transformam em pássaros. Ovídio produz uma estratégia narrativa que 'desenha' uma imagem global de um canto sem interrupção acerca das origens do mundo até seu tempo. O sentimento que correlaciona tal cronologia e metamorfoses é aquele que Ovídio sempre escolheu para permear sua poesia, ao menos antes do exílio: o amor, quer por seu excesso, quer por seu fim, quer pelo medo que provoca. O amor é apresentado ao lado de suas consequências; pode resultar em ciúmes, que cria monstros, ou pode resultar em mais amores, produzindo pássaros e flores. No poema, o amor transforma os brutos e insensíveis em seres de natureza pura, e sua perda enlouquece os bons."
Fonte: Twitter e Wikipédia.
7. O FLAUTISTA DE HAMELIN, conto folclórico medieval (1284)
"O Flautista de Hamelin é um conto folclórico, reescrito pela primeira vez pelos Irmãos Grimm [século XIX] e que narra um desastre incomum acontecido na cidade de Hamelin, na Alemanha, em 26 de junho de 1284".
"A História: Em 1284,[3] a cidade de Hamelin estava sofrendo com uma infestação de ratos. Um dia, chega à cidade um homem que reivindica ser um "caçador de ratos" dizendo ter a solução para o problema. Prometeram-lhe um bom pagamento em troca dos ratos - uma moeda pela cabeça de cada um. O homem aceitou o acordo, pegou uma flauta e hipnotizou os ratos, afogando-os no Rio Weser.
Apesar de obter sucesso, o povo da cidade abjurou a promessa feita e recusou-se a pagar o "caçador de ratos", afirmando que ele não havia apresentado as cabeças. O homem deixou a cidade, mas retornou várias semanas depois e, enquanto os habitantes estavam na igreja, tocou novamente sua flauta, atraindo desta vez as crianças de Hamelin. Cento e trinta meninos e meninas seguiram-no para fora da cidade, onde foram enfeitiçados e trancados em uma caverna. Na cidade, só ficaram opulentos habitantes e repletos celeiros e bem cheias despensas, protegidas por sólidas muralhas e um imenso manto de silêncio e tristeza.
E foi isso que se sucedeu há muitos, muitos anos, na deserta e vazia cidade de Hamelin, onde, por mais que se procure, nunca se encontra nem um rato, nem uma criança.
[Fonte: Wikipédia]
Imagem: O flautista de Hamelin (ilustração de Kate Greenaway), via Wikipédia.
8. DIVINA COMÉDIA, de Dante Alighieri (1320)
A questão da civilização e barbárie está presente em Divina Comédia, Dante Alighieri, que determina que "no inferno os lugares mais quentes são reservados àqueles que escolheram a neutralidade em tempo de crise". Em Inferno, primeira parte da Divina Comédia, retrata "A viagem de Dante é uma alegoria através do que é essencialmente o conceito medieval de Inferno, guiada pelo poeta romano Virgílio. No poema, o inferno é descrito com nove círculos de sofrimento localizados dentro da Terra. Foi escrito no início do século XIV". No Portal do Inferno o consta a inscrição: "Deixai toda a esperança, vós que entrais!"
No imaginário popular a obra de Dante se apresenta em forma de videogame "Dante's Inferno" (2010); na música, banda de post-Hardcore Alesana (2011) com álbum inspirada na obra do escritor florentino; e, na própria literatura e no cinema, através de adaptação do livro Inferno, de Dan Brown.
Imagem: Gustave Doré
9. DECAMERON, de Giovanni Boccaccio (1348 a 1353)
Imaginem um grupo de sete moças e três rapazes que se isolam numa vila de Florença, fugindo da peste negra, que atingia a famosa cidade, e lá contam histórias sobre aquele tempo medieval. Eis Decameron, livro de Giovanni Boccaccio, que reúne cerca de cem novelas. Lembra algo? Terrivelmente atual neste século XXI medievo.
“Tão grande era o número de mortos que, escasseando os caixões, os cadáveres eram postos em cima de simples tábuas", destaque de Marcelo Backes.
Imagem: Wikipedia.org
10. SUMMERS' LAST WILL AND TESTAMENT (Última Vontade e Testamento de Summer), de Thomas Nasche (1592)
"Thomas Nashe foi um dramaturgo elisabetano que ganhou fama na mesma época que William Shakespeare. Quando a peste bubônica atingiu Londres em 1592, Nashe fugiu para o interior da Inglaterra para evitar infecções. Foi a mesma época em que ele escreveu Summers’ Last Will and Testament, uma peça que reflete suas experiências ao longo da pandemia. Alguns trechos dessa peça dizem:
Adeus, adeus à terra feliz, (…)
A morte prova a todos, mas brinca,
Nenhum de seus dardos pode voar;
Estou doente, devo morrer:
Senhor, tenha misericórdia de nós."
(Beefpoint)
"A Última Vontade e Testamento de Summer é uma peça de teatro elisabetana, uma comédia escrita por Thomas Nashe. A peça é notável por inovar no desenvolvimento do drama renascentista inglês: "Nenhuma comédia inglesa anterior tem algo como o conteúdo intelectual ou a relevância social que tem". (Wikipedia)
Fonte: https://www.beefpoint.com.br/conheca-pessoas-que-foram-incrivelmente-produtivas-em-periodos-de-quarentena/
11. O MERCADOR DE VENEZA, de William Shakespeare (1596 a 1598)
Peça teatral do dramaturgo inglês William Shakespeare, é uma comédia trágica escrita entre 1596 e 1598, tendo como primeira apresentação em 1605, contando com o protagonismo de SHYLOCK, que chega a dizer no texto: - A peste que a carregue!, pois há nos diálogos o contexto histórico da pandemia, chamada de peste negra, naquele tempo da Veneza do século XVI.
Fonte: Wikipedia.
12. REI LEAR, de William Shakespeare (1605)
"'William Shakespeare escreveu o rei Lear em quarentena' é exatamente o tipo de história exagerada que você espera ver se espalhar durante um ciclo de notícias descontroladas, mas esse é um boato viral enraizado na verdade. Shakespeare era ator e acionista da tropa de teatro The King’s Men quando a peste bubônica forçou os teatros de Londres a fechar no início do século XVII. A regra oficial era que, depois de semanas, quando o número de mortos ultrapassava 30, os teatros públicos precisavam ser fechados. Isso significava que a indústria do teatro ficou paralisada por boa parte de 1606 quando a praga voltou à cidade. Depois de encontrar-se subitamente sem emprego fixo e muito tempo livre, Shakespeare começou a escrever. Ele compôs o rei Lear, Macbeth, Antônio e Cleópatra antes do fim do ano". (Beefpoint)
"Rei Lear (King Lear, em inglês) é uma tragédia teatral de William Shakespeare, considerada uma de suas obras-primas. No argumento da obra, inspirado por antigas lendas britânicas, o rei enlouquece após ser traído por duas de suas três filhas, às quais havia legado seu reino de maneira insensata.
Escrita em torno de 1605, a peça foi encenada pela primeira vez perante a corte inglesa no dia 26 de dezembro de 1606. Foi impressa em 1608 e novamente, numa versão revisada, em 1623.[1][2] Rei Lear foi adaptada repetidas vezes para o teatro e cinema". (Wikipedia)
Fonte: https://www.beefpoint.com.br/conheca-pessoas-que-foram-incrivelmente-produtivas-em-periodos-de-quarentena/
13. MACBETH, de William Shakespeare (1605 e 1606)
Macbeth é uma tragédia do dramaturgo inglês William Shakespeare, sobre um regicídio e suas consequências. É a tragédia shakespeariana mais curta, e acredita-se que tenha sido escrita entre 1603 e 1607, com primeira apresentação: 1606 (Wikipédia).
"Foi a quarentena também a responsável por um dos períodos criativos mais produtivos do “Bardo”. Entre os anos de 1605 e 1606, a maioria dos teatros da Inglaterra estavam fechados por medidas sanitárias devido à epidemia, fazendo com que Shakespeare não pudesse se apresentar com sua companhia teatral. Ele aproveitou para escrever. Foi nesses anos que produziu alguns dos seus maiores clássicos: Antônio e Cleópatra, Rei Lear e Macbeth." (CCMS - Centro Cultural do Ministério da Saúde)
Revista americana Slate "conta como a vida e a obra do gênio da dramaturgia foram influenciadas pela maior epidemia do seu tempo". (CCMS)
Fonte: http://www.ccms.saude.gov.br/noticias/shakespeare-e-peste
14. DOM QUIXOTE DE LA MANCHA, de Miguel de Cervantes (1605-1615)
De acordo com Antonio Feros, a Espanha no tempo de Cervantes, "período entre 1570 e 1616 foi um tempo de inquietudes, ansiedades, fracassos, de peste e carestias, de corrupção e perda de influência política do país na arena internacional" e, provavelmente, este contexto histórico tenha impactado por demais o olhar e a escrita do autor de Dom Quixote, o Cavaleiro da Triste Figura. Fragmento destacado por Fero demonstra bem isso: "Ditosa idade e afortunados séculos aqueles a que os antigos puseram o nome de dourados, não porque nesses tempos o ouro, que nesta idade do ferro tanto se estima, se alcançasse sem fadiga alguma, mas sim porque então se ignoravam as palavras teu e meu", palavras de Quixote [capítulo 11, 1ª parte].
Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/especial/fj1806200533.htm
15. ANTÔNIO E CLEÓPATRA, de William Shakespeare (1607)
"Antonio and Cleopatra é uma peça de teatro escrita por William Shakespeare, dramaturgo inglês, que pertence ao gênero da tragédia histórica ou épica, com primeiroa apresentação em 1607. Os cinco atos de Antônio e Cleópatra são repletos de intrigas políticas mescladas a fervorosas declarações de amor, onde está presente toda linguagem monumental de Shakespeare.
Produzida em 1607 – já quando a obra do autor inglês estava em uma fase plena e madura –, esta tragédia tem como tema a relação entre o militar romano Marco Antônio e Cleópatra, a célebre rainha do Egito".(Wikipédia)
Outra obra de Shakespeare, escrita durante a epidemia da peste.
Fonte: Wikipedia
16. A TEORIA DA GRAVIDADE, de Isaac Newton (1665)
"Em 1665, a Inglaterra vivia um momento complicado: a Grande Praga de Londres. Por isso, diversas universidades mandaram os alunos para casa, como a Trinity College, em Cambridge. Foi o caso do jovem Isaac Newton, que deve de voltar para Woolsthorpe Manor, propriedade na qual vivia a família.
Como relata o The Washington Post, por causa da doença, Newton teve de ficar mais de um ano longe da universidade – período que, mais tarde, seria chamado de 'ano miraculoso'.
Ele seguiu com estudos de matemática e foi durante essa 'quarentena' que ele decidiu sentar embaixo da árvore que o faria elaborar a Teoria da Gravidade, quando a maçã caiu na cabeça do matemático.
Newton só pode voltar aos estudos em 1667. Ele chegou a Cambridge com sua teoria escrita e, em dois anos, já era professor. Entre 1665 e 1666, um quarto da população de Londres morreu por causa da doença." (Beefpoint)
Fonte: https://www.beefpoint.com.br/conheca-pessoas-que-foram-incrivelmente-produtivas-em-periodos-de-quarentena/
17. UM DIÁRIO DO ANO DA PESTE, de Daniel Defoe (1722)
"Defoe escreveu uma reportagem sobre a epidemia de peste bubônica que dizimou 70.000 vidas em Londres, no ano de 1665. Misturando reportagem e ficção, se esmera em registrar os fatos sem deixar de lado a técnica do escritor, criando personagens, tratando literariamente as cenas, cedendo ao ritmo indispensável de diálogos que recompõem um clima novelesco irresistível. Este livro tem sido modelo, há quase trezentos anos, de um rigor descritivo que não abre mão do olhar apaixonado do repórter. Repórter (nada menos do que o autor de "Robinson Crusoé") que não trai a verdade, porém, para melhor recuperá-la, utiliza-se da beleza da forma, acrescentando no texto o que os dados não oferecem." [Estante Virtual]
Fonte: Estante Virtual
18. VIAGEM EM VOLTA DO MEU QUARTO, de Xavier de Maistre (1794)
Livro que descobri recentemente, através do canal Antofágica, que durante o isolamento forçado por conta de punição judicial, "um inventivo escritor do século XVIII, diria que sim. Preso por 42 dias na cidade de Turim, o autor decide realizar uma viagem em volta de seu minúsculo quarto. Sua poltrona e sua cama, antes mera mobília, logo se transformam em pontos turísticos de uma viagem que é feita sem pressa" [ANTOFÁGICA].
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=aEmMWW7T-P0
19. O ÚLTIMO HOMEM, de Mary Shelley (1826)
O Último Homem (em inglês: The Last Man) é um romance de ficção científica apocalíptica de Mary Shelley, que foi publicado primeiramente em 1826. O livro conta a história de um mundo futuro que foi devastado por uma praga. O romance foi duramente criticado na época, e estava praticamente desconhecido até que um renascimento acadêmico começou na década de 1960. É notável, em parte, pelos seus retratos semi-autobiográficos de figuras românticas do círculo de Shelley, particularmente do falecido marido de Shelley, Percy Bysshe Shelley e Lord Byron. (Wikipedia)
Fonte: Wikipedia
20. EUGENE ONEGIN, de Alexander Pushkin (1830)
"Durante o outono de 1830, um surto de cólera assolou Boldino, deixando o poeta russo Alexander Pushkin preso na região durante três meses. Neste tempo, o escritor aproveitou para aperfeiçoar sua escrita, completando seu romance Eugene Onegin e os contos The Belkin Tales. Além disso, desenvolveu quatro dramas em versos e mais de 30 poemas.
Gente como a gente, ele experimentou, ainda, uma barba diferente para mudar seu visual. “Existem cinco zonas de quarentena entre aqui e Moscou, e eu teria que passar catorze dias em cada uma. Faça as contas e imagine como estou de mau humor”, escreveu em uma carta para sua noiva, Natalia Goncharova" (Aventuras na História)
Fonte: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/almanaque/historia-mentes-brilhantes-que-se-expandiram-na-quarentena.phtml
21. THE BELKIN TALES, de Alexander Pushkin (1831)
"Publicado pela primeira vez anonimamente em 1830, Tales of Belkin, de Alexander Pushkin, contém seus primeiros trabalhos em prosa. É composto por uma nota introdutória e cinco histórias vinculadas, ostensivamente coletadas pelo estudioso Ivan Belkin. As histórias centram-se em torno de figuras militares, ricos e empresários; esta bela novela dá um retrato vívido da vida russa do século XIX.
Tornou-se também um dos livros mais amados da história literária russa e simbólico da popularidade da forma de novela na Rússia. De fato, tornou-se o xará do mais prestigiado prêmio literário anual da Rússia, o Prêmio Belkin, concedido anualmente a um livro votado por juízes como a melhor novela do ano." (Wikipedia)
Fonte: Wikipedia
22. A MÁSCARA DA MORTE RUBRA, de Edgar Allan Poe (1842)
Durante a peste, o Príncipe Próspero se tranca em seu castelo com seus convidados para um macabro baile de máscaras, refugiando-se da Morte que ceifava vidas da população pobre do seu reino. Trancado, percebe que seus convidados começam a morrer um a um, até que fica frente com um misterioso convidado com uma máscara rubra que ao se aproximar, percebe ser a própria Morte que se infiltrara no castelo. Um conto de terror de Edgar Allan Poe com uma terrível semelhança com a atualidade.
Abaixo, link para o conto: A máscara da morte rubra
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=Wr2PoUC-5RU
23. CRIME E CASTIGO, de Fiódor Dostoiévski (1866)
Romance que Dostoiévski, sobre a história de Rodion Românovitch Raskólnikov, um jovem estudante que comete um assassinato e se vê perseguido por sua consciência e incapacidade de seguir sua vida após o crime. Neste fragmento trazido por Charles Nisz e Ricardo Hill há uma semelhança com a atualidade da pandemia e da onda de ódio: "Raskólnikov ficou de cama no hospital todo o fim da Quaresma e também na Semana Santa. Quando já estava se recuperando, recordou seus sonhos da fase de febre e delírio. Doente, sonhou que o mundo todo parecia condenado ao sacrifício por uma peste terrível, desconhecida e nunca vista, que provinha das profundezas da Ásia para a Europa. Todos tinham de morrer, exceto alguns escolhidos, muito poucos. Apareceram novos parasitas, criaturas microscópicas que se instalavam no corpo das pessoas. Só que tais criaturas eram espíritos, dotados de inteligência e vontade. As pessoas contaminadas por eles se tornavam imediatamente endemoniadas e loucas. Mas nunca, nunca as pessoas se consideravam tão inteligentes e tão inabaláveis na verdade como ocorria com os infectados. Jamais consideravam que houvesse algo mais inabalável do que suas sentenças, suas conclusões científicas, suas convicções morais e suas crenças. Povoados inteiros, cidades e populações inteiras se infectaram e enlouqueceram. Todos ficaram perturbados, ninguém se entendia, cada um achava que a verdade se encerrava só nele e sofria ao olhar para os demais, cada um batia no peito, chorava e retorcia as mãos. Não sabiam quem nem como julgar, não conseguiam entrar em acordo sobre o que era bom e o que era mau. Não sabiam quem deviam culpar e quem deviam inocentar. As pessoas se matavam umas às outras numa espécie de raiva insana. Uniam-se em exércitos inteiros, mas as tropas já em marcha começavam de repente a se dilacerar, as fileiras se dispersavam, os militares se atracavam entre si, furavam e cortavam, mordiam e comiam uns aos outros. Nas cidades, o sino de alerta tocava o dia inteiro: reuniam todos, mas ninguém sabia quem estava convocando nem para quê, e todos ficavam perturbados. Os ofícios mais corriqueiros foram abandonados, porque cada um propunha suas ideias, suas correções, e não conseguiam entrar num acordo; a agricultura parou. Aqui e ali, as pessoas se juntavam em bandos, concordavam em alguma coisa, juravam não se separar – mas logo começavam algo muito diferente daquilo que elas mesmas tinham acabado de propor, passavam a acusar uns aos outros, brigavam e se dilaceravam. Irromperam incêndios, começou a fome. Tudo e todos pereciam. A peste crescia e se alastrava cada vez mais. No mundo todo, só algumas pessoas conseguiram salvar-se, eram os puros e os eleitos, destinados a originar uma nova espécie de pessoas e uma nova vida, a renovar e purificar a terra, mas ninguém via tais pessoas, em nenhum lugar, ninguém ouvia suas palavras nem sua voz". [https://piaui.folha.uol.com.br/materia/dentro-do-pesadelo-2/?amp&__twitter_impression=true]
Imagem: Revista Superinteressante
24. O CORTIÇO, de Aluisio Azevedo (1890)
Clássico do Naturalismo, O Cortiço trata entre outros temas, da questão sanitária do final do século XIX no Brasil, como a falta de saneamento básico, as epidemias, a saúde pública ainda incipiente, diante do avanço da urbanização.
Fonte: José Roig
25. MORTE EM VENEZA, de Thomas Mann (1912)
Conforme o site Opera Mundi: "Em 1912, é publicada Morte em Veneza, a história de um admirado escritor que decide permanecer em Veneza assolada pela cólera para se fixar num belo jovem que jamais havia encontrado. O livro aborda o dilema da posição do artista na sociedade. Em 1924, lançou sua aclamada obra A montanha mágica, a história de um jovem que visita um sanatório para tuberculosos, onde se depara com um microcosmo da sociedade".
Fonte: Opera Mundi
26. CAVALO PÁLIDO, PÁLIDO CAVALEIRO, de Katherine Anne Porter (1939)
"Cavalo Pálido, Pálido Cavaleiro (1939) é uma reflexão profunda sobre a natureza humana e a futilidade da guerra. Reúne três novelas essenciais na obra de Katherine Anne Porter: «Velha Mortalidade», «O Vinho do Meio-Dia» e o conto que dá nome a este tríptico, tido pela obra-prima da autora. Estudo magistral sobre o mal, «O Vinho do Meio-Dia» é uma história de ganância e crime numa quinta do Sul do Texas, inspirada na paisagem de infância da autora. Em «Velha Mortalidade» e em «Cavalo Pálido, Pálido Cavaleiro», enredam-se a infância, dominada pela enigmática figura da tia Amy e por histórias de família, e a vida adulta da heroína Miranda, alter ego da autora. Num brilhante exercício de escrita, «Cavalo Pálido, Pálido Cavaleiro» revela a mente febril de Miranda, os seus delírios e memórias estilhaçadas, quando, vítima da gripe espanhola, está à beira da morte." [Antígona]
Fonte: https://antigona.pt/products/cavalo-palido-palido-cavaleiro
27. A PESTE, de Albert Camus (1947)
"A Peste é considerada a Magnum opus de Albert Camus, publicado 1947, que conta a história de trabalhadores que descobrem a solidariedade em meio a uma peste que assola a cidade de Oran na Argélia. Questiona diversos assuntos relacionados a natureza do destino e da condição humana". [Wikipédia]
Fonte: Wikipedia.
28. ESTADO DE SÍTIO, de Albert Camus (1948)
Obra de Camus, pela teatral escrita após "A Peste" e lançada originalmente em 1948, Estado de sítio se passa em uma pequena cidade litorânea, assolada pela peste e dominada pelo medo e trata do autoritarismo do estado e a questão da estrangeiridade.
Fonte: Google Books.
29. O TEMPO E O VENTO, de Erico Verissimo (1949-1961)
"O Tempo e o Vento é uma série literária de romances históricos do escritor brasileiro Erico Verissimo. Dividido em O Continente (1949), O Retrato (1951) e O Arquipélago (1961), o romance conta uma parte da história do Brasil vista a partir do Sul - da ocupação do "Continente de São Pedro" (1745) até 1945 (fim do Estado Novo), através da saga das famílias Terra e Cambará. É considerada por muitos a obra definitiva do estado do Rio Grande do Sul e uma das mais importantes do Brasil" (Wikipedia).
Em O Continente, primeira parte da trilogia, em seu volume 2, a descrição sobre surto de cólera no século XIX, em 1817, conforme destaca o texto da pesquisadora Tatiana Zismann (abaixo, matéria no jornal ZH):
Fonte: Wikipedia, Companhia das Letras e jornal ZH.
30. CEM ANOS DE SOLIDÃO, de Gabriel García Marquez (1967)
"Cem Anos de Solidão é uma obra do escritor colombiano Gabriel García Márquez, Prêmio Nobel da Literatura em 1982, e é atualmente considerada uma das obras mais importantes da literatura latino-americana. Essa obra tem a peculiaridade de ser umas das mais lidas e traduzidas de todo o mundo." (Wikpedia) Obra do chamado realismo mágico, publicada pela primeira vez em 1967 e em 2020, sendo readaptada para o cinema, em formato curta-metragem, com o título de "A peste da insônia".
"Em 'La Peste del Insomnio', disponível no youtube, grandes atores leem trechos de 'Cem Anos de Solidão' que descrevem a epidemia que assola a imaginária cidade. ... Até que se acostumaram a isso e seguiram a vida normalmente, mas se deram conta de que a peste da insônia trazia outra ainda pior, a do esquecimento". (www.otempo.com.br)
Fonte: Wikipedia e O Tempo.
31. O ENIGMA DE ANDRÔMEDA, de Michael Crichton (1969)
"Um satélite sai de órbita, cai no Novo México e libera um vírus alienígena que mata todos em uma cidadezinha, menos um bebê e um bêbado. Cientistas são mandados ao local para tentar impedir que o vírus se propague e extermine a humanidade." [Wikipedia]
Fonte: Wikipedia.
32. CHÃO DE FERRO, de Pedro Nava (1976)
Memórias do médico e escritor mineiro Pedro Nava, em que "O narrador se desloca de trem entre esses dois polos todo o tempo: no Rio está o colégio interno; em Minas, as férias com a família e, posteriormente, a faculdade em que ingressa em 1921. Não são polos meramente geográficos, mas dimensões existenciais, afetivas, intelectuais, sociais, culturais e civilizatórias distintas. Concentrando ações transcorridas entre 1916 e 1921, Chão de ferro se abre e se fecha descrevendo aulas, no tradicional e reputado colégio Pedro II e na Faculdade de Medicina. "Campo de São Cristóvão", título do primeiro capítulo, praticamente forma um só capítulo com o último de Balão cativo, o volume anterior já lançado pela Companhia das Letras. Os dois capítulos juntos narram uma história do Pedro II a partir da experiência do narrador no colégio. "Rua Major Ávila" narra os anos de 1917 e 1918, em que passava as folgas do colégio na companhia dos seus tios paternos. O mesmo convívio é recriado em "Avenida Pedro Ivo", reconstituindo acontecimentos de 1919-20. "Rua da Bahia", o último capítulo, marca a volta do narrador, terminado o colégio, para a companhia da mãe, e de sua família nuclear, em Belo Horizonte, para preparar-se para o ingresso na faculdade." [Companhia das Letras] De acordo com o jornalista e escritor mineiro José Antônio Orlando: "Pedro Nava é impressionante. Relendo seus livros para localizar referências sobre os pioneiros da fotografia e do cinema, encontro os relatos que ele faz sobre a matança que a gripe espanhola provocou no Brasil em 1918: não há estatísticas oficiais, mas historiadores apontam que o número pode ter chegado a até 300 mil mortos em uma população que, no Brasil, somava 29 milhões. Em cada cinco brasileiros, um adoeceu gravemente de gripe espanhola e muitos corpos ficavam acumulados pelas ruas, porque, para tantos mortos, não havia mais lugar nos cemitérios. Entre os mortos que a pandemia levou estava até o presidente da República recém-eleito, Rodrigues Alves."
Fonte: Companhia das Letras e José Antônio Orlando.
33. A DANÇA DA MORTE, de Stephen King (1978)
Um vírus acaba sendo liberado por erro de computação do Departamento de Defesa dos EUA e contaminando e dizimando 99% da população.
"A Dança da Morte é um romance pós-apocalíptico de horror/fantasia do escritor norte-americano Stephen King, publicado originalmente em 1978. Recebeu uma edição expandida em 1990, e uma adaptação para a televisão em forma de minissérie em 1994, pela rede norte-americada ABC". [Wikipédia]
Fonte: Wikipedia.
34. CARTOMANTE, de Ivan Lins (1978)
Cartomante é letra de música "premonitória" da MPB e atualíssima em Tempos de Isolamento Social e Autoritarismos: textos, contextos e pretextos! A letra, por ser como tal, é produção literária, traz subentendido a luta pela liberdade de expressão em tempos ditatoriais, como é o caso do contexto de produção da referida canção: estávamos mergulhados na ditadura de 1964. A canção é de 1978 (vide mais abaixo interpretação do compositor e grande letristas Ivan Lins).
A Cartomante, ouvida nesses tempos de COVID-19 parece como um receituário de bem viver, se cuidar e cuidar dos seus em tempos de isolamento social, e pode ser utilizada como tal, desde que não nos esqueçamos das suas origens, seu texto, contexto e pretexto de escrever por linguagem figurada, simbólica, cifrada em tempos de Censura rígida. [Educa Tube Brasil]
Fonte: https://educa-tube.blogspot.com/2020/03/cartomante-letra-premonitoria-e.html
35. OS OLHOS DA ESCURIDÃO - THE EYES OF DARKNESS, de Dean Koontz(1981)
No livro, escrito em 1981, há a menção a um virus letal criado em laboratório, e essa "arma perfeita", denominada Gorki-400 é alusão à cidade russa de mesmo nome. O nome do vírus no livro mudou, no final dos anos 1980, curiosamente para Wuhan-400, após o final da Guerra Fria, já que os russos ja não representavam a mesma preocupação que passaram a ser os chineses. Na versão original, a arma biológica poderosa fora desenvolvida em um labora´torio secreto na cidade russa de Gorki.
Fonte: Web.
36. O AMOR NOS TEMPOS DO CÓLERA, de Gabriel García Marquéz (1985)
o enredo trata de uma história de amor em meio a uma epidemia de cólera, e relata as recordações de 50 anos desse amor Fermina e Juvenal, mensageiro dos correios que remete diversas cartas a sua amada, mas é rejeitado pelo pai da moça. A história gira em torno desse encontro e desencontros. “Cinquenta anos, nove meses e quatro dias é o tempo que Florentino Ariza espera para conquistar sua amada.”
Fonte: literar.com.br
37.SALÃO DE BELEZA, de Mario Bellatin (1994)
"Em uma grande cidade, um cabeleireiro que se traveste à noite para fazer programas, monta um sofisticado salão de beleza e cuida de aquários com diferentes espécies de peixes. Quando a cidade é assolada por uma peste implacável ainda desconhecida, ele começa a abrigar dentro de sua loja as pessoas doentes. Em nenhum momento aparece a designação da doença, mas é visível que se trata da AIDS. Ao mesmo tempo que se compadece dos que vão morrer, o cabeleireiro tenta manter uma certa distância e indiferença. “Salão de Beleza” foi escolhido por um júri de escritores e críticos latino-americanos como um dos 20 melhores relatos escritos em língua espanhola a partir de 1980." [Revista Bula]
Fonte: https://www.revistabula.com/29666-10-livros-sobre-pandemias-em-tempos-de-coronavirus/
38. ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA, de José Saramago (1995)
"A obra narra a história da epidemia de cegueira branca que se espalha por uma cidade, causando um grande colapso na vida das pessoas e abalando as estruturas sociais." Livro adaptado ao cinema.
Fonte: Revista Veja
39. A PRÓXIMA PESTE, de Laurie Garrett (1995)
Laurie Garrett, uma jornalista científica americana, aborda inúmeras doenças que já se constituem em graves epidemias ou cujo potencial de risco para a humanidade é grande e às vezes iminente. (Wikipedia)
Fonte: Wikipedia
40. A HISTÓRIA E DUAS EPIDEMIAS, de Stefan Cunha Ujvari (2003)
"O autor faz, aqui, o resgate abrangente e minucioso da luta travada pela humanidade contra os germes ao longo dos séculos – desde a tentativa de compreensão das primeiras epidemias da história, passando pela descoberta dos microorganismos como causadores de infecção e também dos antibióticos e vacinas que levaram ao controle ou extinção de alguns deles. Descreve com riqueza de detalhes a disputa aparentemente sem fim entre homens e micróbios e chega aos tempos atuais com o alerta de que, como as bactérias também estão “globalizadas”, o risco de epidemias se torna ainda mais ameaçador pela facilidade e rapidez com que os agentes causadores de doenças podem viajar para os quatro cantos do planeta." (Lê Livros)
Fonte: Lê Livros
41. ORYX E CRAKE, de Margaret Atwood (2003)
Da mesma autora de O Conto da Aia (The Handmaid's Tale), "Oryx e Crake (Editora Rocco), lançado em 2003 é o primeiro de uma trilogia sobre o fim do mundo e o seu reinício a partir do avanço da tecnologia e a irresponsabilidade do capitalismo.
O livro é narrado em terceira pessoa e faz uso de um tempo não-linear para percorrer o que sobrou do mundo após uma série de eventos ruins que, a princípio, o leitor não entende como a história chegou àquele caos." [Livro e Café]
Fonte: https://livroecafe.com/2019/02/10/oryx-e-crake-margaret-atwood-uma-trilogia-que-comeca-em-grande-estilo/
42. THE WALKING DEAD, de Robert Kirkman (2003 a 2019) The Walking Dead é uma série em quadrinhos de publicação mensal, publicada nos Estados Unidos pela Image Comics desde 8 de outubro de 2003 à 3 de julho de 2019. A história foi criada e escrita por Robert Kirkman e o desenhista Tony Moore, substituído por Charlie Adlard a partir da edição número 7.
The Walking Dead é centrado em Rick Grimes, um oficial de polícia de uma cidade no estado da Geórgia, Estados Unidos. Também acompanha a trajetória de sua família e uma série de outros sobreviventes que se uniram para manterem-se vivos depois que o mundo foi infestado por zumbis. Com o progresso da série, as personagens tornam-se mais desenvolvidas e suas personalidades são demonstradas sob a tensão de um apocalipse zumbi, especialmente a de Rick. [Wikipedia]
Fonte: Livraria Saraiva
43. A HOSPEDEIRA, de Stephenie Meyer (2008)
"The Host é um livro de romance/ficção científica de Stephenie Meyer. O livro introduz uma raça alienígena, chamados de almas, que dominam a terra e seus habitantes, destacando o caso em que a mente de sua hospedeira humana se recusa a cooperar com o domínio da alma". Em 2013, o livro foi adapatado para o cinema, nos gêneros drama romântico, ação e ficção científica, escrito e dirigido por Andrew Niccol.(Wikipédia)
Fonte: Wikipedia.
44. CONTÁGIO, de Scott Z. Burns (2011)
Roteiro de cinema de Scott Z. Burns, dirigido por Steven Soderbergh: "Pouco depois de voltar de uma viagem de negócios, Beth Emhoff morre de uma suposta gripe. Enquanto a epidemia mortal se espalha, os médicos precisam identificar o vírus para conseguir combatê-lo e acabar com o pânico da população". (Wikipedia)
Fonte: Wikipedia.
45. A REALIDADE DE MADHU, de Melissa Tobias (2014)
Livro de brasileira que supostamente previu a pandemia, exatamente em 2020, e que viralizou nas redes sociais digitais por causa de um trecho bem peculiar. Eis trecho:
De acordo com portal Cada Minuto: "ela explica que escolheu 2020 por causa da data limite de Chico Xavier que cita 2019 como a data limite para o fim de um ciclo e o início de uma nova era.
'E daí eu pensei: ah, se finaliza em 2019, em 2020 provavelmente vem uma catástrofe. Mas o livro todo é baseado em saberes antigos, em Chico Xavier, nos Vedas. Foi daí que tirei a ideia do livro', comentou Melissa no vídeo.
Para ela, a escrita criativa é uma forma de arte. 'Todo artista tem um tipo de mediunidade. Quando a gente está naquele estado de criação, a gente entra num estado mental alfa que a gente se conecta com alguma coisa que não vem da razão, mas sim do coração que tem ligação com a nossa alma'".
Apesar de ter viralizado, a explicação da autora deixa a entender que foi mera coincidência mesmo, dessas casualidades que fazem a vida imitar a arte e vice-versa.
Fonte: https://www.cadaminuto.com.br/noticia/356827/2020/03/30/livro-de-brasileira-previu-pandemia-em-2020-trecho-de-historia-e-de-arrepiar?fbclid=IwAR3LWyXSC7dVyPsEGaaB6ySI-HQO5H9zbgbKlvm8eGSkEFk2cu3DHEcV7I8
46. ESTAÇÃO ONZE, de Emily St. John Mandel (2014)
"Certa noite, o famoso ator Arthur Leander tem um ataque cardíaco no palco, durante a apresentação de Rei Lear. Jeevan Chaudhary, um paparazzo com treinamento em primeiros socorros, está na plateia e vai em seu auxílio. A atriz mirim Kirsten Raymonde observa horrorizada a tentativa de ressuscitação cardiopulmonar enquanto as cortinas se fecham, mas o ator já está morto. Nessa mesma noite, enquanto Jeevan volta para casa, uma terrível gripe começa a se espalhar. Os hospitais estão lotados, e pela janela do apartamento em que se refugiou com o irmão, Jeevan vê os carros bloquearem a estrada, tiros serem disparados e a vida se desintegrar.
Quase vinte anos depois, Kirsten é uma atriz na Sinfonia Itinerante. Com a pequena trupe de artistas, ela viaja pelos assentamentos do mundo pós-calamidade, apresentando peças de Shakespeare e números musicais para as comunidades de sobreviventes.
Abarcando décadas, a narrativa vai e volta no tempo para descrever a vida antes e depois da pandemia. Enquanto Arthur se apaixona e desapaixona, enquanto Jeevan ouve os locutores dizerem boa-noite pela última vez e enquanto Kirsten é enredada por um suposto profeta, as reviravoltas do destino conectarão todos eles. Impressionante, único e comovente, Estação Onze reflete sobre arte, fama e efemeridade, e sobre como os relacionamentos nos ajudam a superar tudo, até mesmo o fim do mundo." [Editora Intrínseca]
Fonte: Editora Intrínseca.
47. THE BOOK OF THE UNNAMED MIDWIFE (O livro da parteira sem nome), de Meg Elison (2014)
Uma febre se alastra e mata mais de 98% da população. Uma enfermeira tenta salvar a raça humana da extinção.
Fonte: https://www.momentumsaga.com/2017/01/resenha-book-of-unnamed-midwife-de-meg-elison.html
48.A GRANDE GRIPE, de John M. Barry(2020)
"Em 1918, um novo vírus de influenza, até então restrito às aves, passou a se manifestar também em humanos. Um ano mais tarde, o saldo era de pelo menos 100 mil mortos daquela que ficaria conhecida na história como gripe espanhola, marcando o primeiro grande embate entre a ciência e uma pandemia. Em apenas dois anos o vírus matou mais pessoas do que a Aids em todo o mundo ao longo dos 24 anos desde a sua descoberta, e mais pessoas em um ano do que a peste negra ao longo de um século.
Em A grande gripe, John M. Barry conta a história do surto que começou em uma unidade militar do Kansas, nos Estados Unidos, chegou à Europa durante a Primeira Guerra Mundial levado pelas tropas americanas e de lá se espalhou para o globo. O pesquisador mostra ainda a corrida contra o tempo da comunidade científica norte-americana para combater a pandemia e como se deu uma das principais descobertas do século XX.
Obra de referência sobre a gripe espanhola, premiada pela Academia Nacional de Ciência dos Estados Unidos e best-seller internacional, o livro é também um relato sobre poder, política e guerra, com importantes lições para um mundo sob a constante ameaça do bioterrorismo e do surgimento de novas epidemias globais. Barry crê que, nesses casos, a principal arma é sempre a informação". [Editora Intrínseca]
Fonte: https://www.intrinseca.com.br/livro/956/
49. MEU HERÓI ÉS TU, IASC-UNICEF (2020)
"Com a ajuda de uma criatura mágica, Ario, 'Meu herói é você, como as crianças podem combater a COVID-19!' (My hero is you na versão em inglês) explica como as crianças podem se proteger e proteger suas famílias e amigos contra o coronavírus e como gerenciar emoções difíceis quando confrontadas com uma realidade nova e que muda rapidamente. O livro é voltado principalmente para crianças de 6 a 11 anos de idade. [...]
O projeto deste livro é resultado de uma iniciativa liderada pelo Grupo de Referência do Comitê Interagencial Permanente sobre Saúde Mental e Apoio Psicossocial em Situações de Emergência em colaboração com agências das Nações Unidas (OMS, UNICEF e ACNUR), e mais de 50 organizações não governamentais nacionais e internacionais – como a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho e a Save the Children – e agências internacionais que trabalham com saúde mental e apoio psicossocial em situações de emergência.
A diretora executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Henrietta Fore, lembra que em todo o mundo, a vida das crianças foi completamente alterada – a maioria delas vive em países com algum tipo de movimento ou bloqueio restrito. 'Este livro maravilhoso ajuda as crianças a entender e navegar neste novo cenário e a aprender como podem realizar pequenas ações para se tornarem heróis em suas próprias histórias', explicou a diretora-geral do UNICEF". Download AQUI.
Fonte: https://nacoesunidas.org/livro-infantil-e-lancado-para-ajudar-criancas-a-lidarem-com-a-covid-19/?fbclid=IwAR3tztzouINYnx4rOhNytVXaOtR3hSzzHX4gaF27uxvtNm0YLc5IDd5TFwM
50. O VÍRUS MALVADÃO E AS CRIANÇAS PODEROSAS, de Daniel Campos (2020)
"Em um momento no qual o mundo luta contra a pandemia da covid-19, três crianças descobrem superpoderes que podem ser determinantes para vencer um certo vírus bem malvado. Essa é a trama de O vírus malvadão e as crianças poderosas, novo livro de Daniel Campos.
'Este lançamento tem o objetivo de trazer diversão para crianças do mundo inteiro por meio da arte e da cultura', conta Daniel, também autor dos livros Um mói di verso (poesia) e O menino que de tudo que via fazia poesia (infantil).
Com versões em três idiomas (português, inglês e espanhol), o livro pode ser baixado gratuitamente na internet. As ilustrações contidas na obra são todas de autoria do próprio escritor, que contou com a colaboração dos revisores Leonardo Mendes (português), Raíssa Campos (espanhol) e Gabriel Trigueiro (Inglês).
Para ler O vírus malvadão e as crianças poderosas basta clicar AQUI.
Autor da obra e produtor cultural da UFRN, Daniel Campos afirma que a história é direcionada a todas as crianças e famílias que estão em suas casas por conta do afastamento social imposto pela pandemia do coronavírus". [Portal da UFRN]
Além do livro, tem vídeo com a narrativa e a tradução em LIBRAS, veja AQUI.
Fonte: https://www.ufrn.br/imprensa/noticias/34774/livro-infantil-mostra-criancas-enfrentando-virus
51. O ESCUDO PROTETOR CONTRA O REI VÍRUS, de Guadalupe del Canto (2020)
O livro "O escudo protetor contra o rei vírus" é iniciativa da "psilógica argentina Guadalupe Del Canto, do Instituto Argentino de Salud Mental Perinatal, desenvolveu um conto para facilitar a conversa das mães com os filhos quando o assunto é a pandemia do coronavírus. O livro é gratuito e está disponível em sete idiomas, além de uma versão para colorir. Acesso em gzh.rs/livrocorona." Alé deste, no link AQUI, é possível conhecer outros livros através de lista feita por mães, para ajudar a outras mães a lidarem com o isolamento e a pandemia do COVID-19. Uma bela iniciativa que merece ser destacada.
Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/donna/maternidade/noticia/2020/04/livro-que-explica-a-pandemia-as-criancas-e-outros-titulos-para-ler-com-elas-em-casa-ck8htolcz00mq01pm5ibcfpfe.html
52. A CRUEL PEDAGOGIA DO VÍRUS, de Boaventura de Sousa Santos (2020)
"A cruel pedagogia do vírus, ensaio do sociólogo português Boaventura de Sousa Santos, novo volume da coleção Pandemia Capital, disponível exclusivamente em e-book, é uma didática argumentação sobre os desdobramentos da pandemia do coronavírus à luz da situação econômica e política dos últimos anos." [Google Books]
Fonte: https://books.google.com.br/books/about/A_cruel_pedagogia_do_v%C3%ADrus.html?id=ZJXcDwAAQBAJ&source=kp_book_description&redir_esc=y
53. AS QUARENTENAS NA HISTÓRIA, edição especial da Revista "Aventuras na História" (2020)
Edição especial da Revista "Aventuras na História" sobre "As Quarentenas na História: elas estão por trás da saúde e da medicina, mas também do urbanismo moderno e atpe das viagens especiais". Uma reportagem com dados bem interessantes que se encontre em versão ebook, via Amazon.
Fonte: Amazon.
Observação:
Esta postagem é de autoria de José Antonio Klaes Roig, professor, escritor e poeta, além de editor do blog Educa Tube Brasil. http://educa-tube.blogspot.com
José Antonio Klaes Roig ou Zé Roig, como gosta de ser chamado, possui o Prêmio de Professor Transformador [2020] e seu blog Educa Tube Brasil, o Prêmio de um dos melhores blogues educacionais do Brasil [2020], conforme selos estampados na coluna à direta desta postagem.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário