quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Idade do Papel: A morte do impresso? (animação sobre a luta pela sobrevivência do jornalismo impresso; e pequena reflexão sobre a educação)



A incrível animação acima, Paper Age - The death of Print? (Idade do Papel: A morte do impresso?), descobri via Twitter do jornalista Luis Nassif e, conforme sua apresentação "A alegoria é bastante simples: um tiranossauro rex que andava firme por uma floresta de repente agoniza diante de um estranho objeto. O dinossauro é feito de páginas de jornal; seu antagonista silencioso é um tablet".
Conforme portal do Nassif: "Este é o enredo de "Paper Age", animação do designer alemão Ken Ottmann que, em menos de dois minutos, retrata a luta do jornalismo impresso para sobreviver em meio ao crescimento da mídia digital. 'É a história de uma indústria que vem sendo confrontada, que tem dificuldade em lidar com a tecnologia e que está deixando de ter o monopólio absoluto', disse o diretor, em entrevista ao iG. Sucesso na internet e premiada em festivais da Alemanha, a animação foi inspirada na polêmica lei conhecida como Leistungschutzrecht, que limita a reprodução de textos jornalísticos em sites de busca e agregadores de notícia".
Transpondo essa animação, do ambiente jornalístico para o contexto educacional, pode-se dizer que mais do que tecnologias que superam umas às outras, o bom educador deverá pensar novas metodologias que possam dar conta das novas tecnologias, sob pena de sentir-se um ser jurássico no meio de uma época digital.
Entretanto, cabe salientar que a cada ciclo, novas tecnologias surgem nem sempre extinguindo as demais, vide o livro impresso, o cinema que foi dado como moribundo com o advento da televisão, também decretada a morte com a invenção da internet e por ai vai. Pensando os multimeios apenas como isso - meios de interação e de favorecimento da comunicação e divulgação de conteúdo, que pode ser educacional, literário, jornalístico etc -, temos que levar em conta que o jornal, uma editora de livros (tanto faz se impressos ou digitais), uma escola (seja de educação presencial ou a distância), enfim, não importa a categoria nem função social, todas precisarão de profissionais especializados, dedicados, criativos e inovadores. A inovação tecnológica contribuirá para qualificar o processo, mas não pode ser a finalidade do mesmo, apenas seu meio, enquanto espaço e tempo: um meio de atingir uma finalidade.
Pensando assim, a Idade do Papel não extinguirá os livros, os jornais; assim como a idade da TV não tornou jurássico o rádio, apenas fez este se reinventar, e assim por diante, como os demais recursos tecnológicos, que são apenas isso: recursos. O maquinário, por mais eficiente e inovador que seja, jamais superará a criatividade humana, fruto de suas experiências por aprendizagem a partir de erros e acertos... Aquele que não erra - seja máquina biológica ou digital - não aprende significativamente, pois acaba sem ter parâmetros de avaliação...
O que penso é que as novas tecnologias digitais promoveram uma sensível mudança em alguns educadores que, por exemplo, se apropriando do blog (diário virtual), utilizando inicialmente por adolescentes, como diário mesmo de anotações de alegrias e tristezas, passou a ser pensado como um jornal virtual de divulgação de projetos, atividades escolares etc, o que influenciou a jornalistas, que hoje, quase todos, possuem sua coluna em forma de blog, nas edições online de seus jornais.
Então, o Educa Tube Brasil torna a utilizar uma citação de Charles Darwin, falando sobre a evolução, mas sem ser determinista como ele, afinal, vivemos em outro tempo e contexto, mas que serve de boa reflexão para a questão que Paper Age nos propõe: "Sobreviverá, não o mais forte nem o mais inteligentes, e sim o mais adaptável às mudanças" (tecnológicas também, digo eu).
E apenas mais uma provocação: A "Era do Tablet", como foi do notebook, já não está com os seus dias contados também?!?

7 comentários:

  1. Excelente reflexão!
    A mudança, o avanço, deve começar não através da utilização dos aparatos tecnológicos, mas sim a partir da mudança da postura/comportamento dos sujeitos que fazem parte do processo.
    Abs

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    1. Que bom que gostou, Jeniffer. Eu vejo às vezes uma falsa polêmica na supervalorização dos meios e multimeios. O importante é a valorização do conteúdo, como falei: literário, jornalístico, educacional e nem tanto a forma de sua divulgação. Como bem você destacou: é mais questão de postura/comportamento do que ferramentas que já nascem com seus prazo de validade bem curto. Um abraço,

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    2. Estou visitando o Corujas Digitais e bem interessante :-)))

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    3. Exatamente! A mensagem sempre foi e será o mais importante e antes dela os sujeitos, pois sem eles não haverá mensagem, nem comunicação, nem nada. :D

      O Corujas Digitais é um projeto novo e estamos bastante empolgados com ele. Volte sempre! O Educa Tube já faz parte do nosso blogroll.
      Abs

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    4. Pois é... Percebi o Educa Tube no blogroll. Gracias! Estou retribuindo a gentileza, preparando um post especial no blog sobre o Corujas Digitais. Estou visitando e vendo seus possibilidades de uso na Educação. Viva a rede social educacional Jeniffer. Um abraço, Zé Roig.

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    5. Nossa, que show! Fico muito feliz.
      Viva! \o/ Grande Abraço!

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    6. Oi, Jeniffer, já está no Educa Tube Brasil, post sobre Corujas Digitais. Dá uma olhada lá, amiga. abrs,
      http://educa-tube.blogspot.com.br/2014/02/corujas-digitais-novas-formas-de.html

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