domingo, 11 de setembro de 2011
O escanfandro e a borboleta: mais que um simples piscar de olhos
http://youtu.be/DjdAEWAmctc
Cena 1: Forma de comunicação entre o paciente e sua terapeuta.
http://youtu.be/qnX9zuNNWjo
Vídeo 2: os bastidores do filme
http://youtu.be/WGGXQO1gYx4
Vídeo 3: Comentários do crítico Marcelo Janot sobre o filme francês O Escafandro e a Borboleta, estrelado por Mathieu Amalric.
O filme O Escafandro e a Borboleta, foi indicação da coleg'amiga Simone Einsfeld Zogbi, professora da educação especial na EEEF Barão de Cêrro Largo, em Rio Grande - RS - Brasil, que foi professora parceira, em 2009, no projeto de aprendizagem sobre uso de blog como ambiente de EaD (com suas turmas de 4ª série do ens. fund., na época), na minha especialização em Mídias na Educação.
É o quarto filme que utilizo para ilustrar a série CinEducação, que propõe a utilização de algumas cenas de filmes de cinema para discutir a própria educação e o papel social do educador, e de sua metodologia no contexto educacional.
Vejo neste belo e profundo filme a possibilidade de discutir o próprio processo de ensino e aprendizagem, e das diversas possibilidades de sempre desenvolvermos uma metodologia de interação com alguém, independente da limitação física, neurológica etc que essa pessoa possa ter.
O paciente, internado no hospital, consegue se comunicar e depois até escrever um livro inteiro, apenas piscando o olho esquerdo (única região do corpo que possui movimentação), e graças a dedicação das terapeutas, é desenvolvida uma nova linguagem, uma nova forma de comunicação... Uma espécie de "código binário" natural, em que um piscar de olho significa SIM, e dois, NÃO.
Muitas vezes, alguns alunos, por timidez ou não, parecem estar confinados cada qual em seu mundo particular, como escafandristas, e estabelecer um diálogo com alguns desses é um processo lento, como o que é retratado no filme.
Neste processo de ensino e aprendizagem, estamos todos aprendendo, através da própria interação e, às vezes, pensamos em desistir, achando que não aprenderemos jamais (seja a andar de bicicleta, a tocar violão, aprender uma lingua estrangeira, a pilotar um automóvel,a manipular um microcomputador etc); ou desistimos, acreditando que não conseguiremos também ensinar. O verdadeiro educador desiste de desistir, quando percebe que a aprendizagem acontece de forma variada e que cada um, mesmo em um grupo aparentemente homogêneo, acontece de forma diferente e individual. Somos todos diferentes. Amamos de forma diferente, ainda que ambos apaixonados; vivemos de forma diferente, ainda que alguns sejam gêmeos, quando gestados. Enfim, fazer a diferença é justamente respeitar os diferentes estágios da vida, das coisas e das pessoas, não desistindo de acreditar em si mesmo e em quem em nós deposita suas esperanças.
A vida passa num piscar de olhos para alguns. Mais que um piscar de olhos, devemos sempre refletir sobre o nosso papel social, seja como educadores ou alunos, estabelecendo formas diferenciadas para situações e pessoas diferentes, visando sempre a comunicação.
Destaco fragmetos poéticos do livro, ditado em um piscar de olhos:
- "Memórias de um náufrago nas praias da solidão";
- "(...) os enfermos cujo destino os deixaram à margem da vida..." e
- "O texto não existe até que seja lido".
Abaixo, link para download do referido filme, no blog Baixar Filmes Completos:
O ESCAFANDRO E A BORBOLETA
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