segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Professor transforma sucata em computador: obsolência é apenas falta de imaginação



O vídeo acima, Robert Litt na construção de um laboratório de informática gratuitamente no DIY EdSurge, descobri via Twitter do Educadores Inovadores, que recomendo a todos os educadores seguirem o perfil na rede social, pois traz sempre ótimas indicações de recursos tecnológicos e práticas pedagógicas inovadoras.
No caso acima, uma ótima possibilidade de reciclar o chamado lixo eletrônico, tornando novamente ativo máquinas que antes eram descartadas.
Trata-se da iniciativa de Robert Litt, professor de tecnologia da rede pública de Oakland, na Califórnia (EUA), que explica como dar nova vida a computadores descartados, usando ferramentas de código aberto como o Ubuntu GNU / Linux.
Destaco a frase final de sua fala que é emblemática: "obsolência é apenas uma falta de imaginação" e que "descartar computadores é desperdiçar recursos à educação".
Conforme demonstra o vídeo acima: "Litt é capaz de criar laboratórios completos, utilizáveis ​​em sua escola com custo zero, através destas máquinas, que eram consideradas apenas sucata.
De acordo com o portal Porvir: o futuro se aprende:
"Mas ele tinha dois problemas relativamente graves: sua escola não tinha computadores nem orçamento para comprá-los. Como ele precisa ensinar os primeiros passos da alfabetização digital para alunos do ensino básico, sem computador, sua tarefa ficava bem complicada. Foi então que ele começou a pedir para que conhecidos, empresas e pessoas da comunidade doassem computadores velhos para montar um laboratório de informática.
Ele não fez nenhuma exigência. A máquina não precisava ter nenhum tipo de programa ou capacidade específica. Podia, inclusive, ser aquele computador pronto para ir para o lixo. “Nos EUA, o número de computadores que é jogado fora é inacreditável”, disse Litt, que se surpreendeu com o que recebeu. “A maior parte dos computadores tinham problemas de software e não de hardware”, afirmou. Isso quer dizer que as máquinas estavam lentas, cheias de vírus e mal ligavam, mas, com uma bela faxina e com a troca do sistema operacional por um que usa menos memória, 9 entre 10 computadores voltaram a funcionar."
Tudo se transforma, seguindo a máxima de Lavoisier, e uma ótima iniciativa de Litt, que outras escolas poderiam se associar com professores de informática e instituições que lidem com informática com seus alunos, em projetos de educação, informática e educação ambiental.
Conforme notícia do portal Porvir: o futuro se aprende:

Segundo Litt, a escola onde dava aula era pobre, assim como boa parte das instituições de ensino norte-americanas. “A gente pode fazer muito com muito pouco. Tenho um amigo que diz que ‘obsolescência é falta de imaginação’. Eu concordo”, afirmou. Para o norte-americano, os custos de reciclagem de computadores são nulos e, por isso, não há motivos para uma escola não ter um laboratório de informática. “Os computadores fazem com que a educação fique mais interessante. Você pode fazer música, arte, ciência. As crianças ficam motivadas a aprender.”
Litt afirma ainda que, embora assustem a muita gente, os procedimentos que usou são simples e qualquer pessoa pode fazer. Então, para ajudar professores que aceitem o desafio de montar um laboratório com computadores reciclados, o americano disponibilizou um artigo em seu site, escrito em inglês, para explicar o passo a passo do seu modelo. O documento é extenso, mas, Em síntese, as quatro principais etapas são:

1. Ter um professor que lidere a iniciativa;
2. Pedir doações de computadores que serão descartados;
3. Procurar instruções de como instalar um sistema operacional livre (ele sugere o Linux);
4. Não ter medo de testar e errar.


Reciclar, reaproveitar, reutilizar... E o melhor de tudo, com custo zero e ainda preservando o meio ambiente. Ótima iniciativa do professor Litt que merece ser divulgada e incentivada no ambiente escolar.
Quando eu era menino, lá pela década de 1970, eu, meus irmãos e a maioria das crianças daquela época não tínhamos acesso a brinquedos manufaturados, salvo aniversário e Natal. Mesmo assim, não haviam brinquedos eletrônicos, como hoje, alguma coisa a pilha e controle remoto, quando muito. Videogame era algo ainda experimental, como o tele jogo, com a tela preta e duas hastes que se movimentavam em sentido pra cima e para baixo, e uma bolinha para ser rebatida, bem diferentemente dos sofisticados videogames da atualidade...
Mesmo assim, éramos felizes, pois nossos brinquedos eram sucata reciclada, como pipas, aro, carros feitos de lata de óleo e de leite em pó etc. Eu e meu irmão Marco Antonio, fazíamos nosso bonecos de super-herois, articulados, mas com papelão, lápis de cor e tesoura. Se perdia um braço, a cabeça, uma perna, era simples: outro pedaço de papelão, lápis de cor e tesoura e tínhamos uma nova produção. Sem falar no conhecimento adquirido e na terapia feita durante este processo de dar vida à imaginação através de sucata.
Vejam também os três vídeos abaixo que tratam de tecnologia, brinquedos e reciclagem:

BRINQUEDOS ANTIGOS



BRINQUEDOS RECICLADOS



CARRINHOS DE JORNAL - PROFESSOR SASSÁ



Observação do Educa Tube: Ative as legendas em inglês, depois ative a tradução para o português.

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