quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O aluno e o saber (Programa Didática Geral - UNIVESP-TV)



O vídeo acima, O aluno e o saber (Programa Didática Geral - UNIVESP-TV), descobri visitando o blog Mídi@as na Educação, que recomendo a visitação por conta de seu conteúdo relevante.
O vídeo traz entrevistas com alunos e professores e especialistas da área da educação, como Bernard Charlot e José Cerchi Fusari entre outros, que discutem a questão da aprendizagem e do ensino e por que alguns aprendem mais facilmente e outros não.
"Só aprende quem tem uma atividade intelectual", diz Charlot, complementando: qual o sentido de estudar? De se dar sentido a este estudo...
O depoimento de alunos que gostam de estudar está atrelado a função social que estes exercem dentro da escola. A maioria atua como monitor de seus professores, os auxiliando em atividades de instalar datashow, computador etc.
Charlot pesquisou na França e detectou que filhos de pais que não estudam, dificilmente gostarão de estudar. Não é regra, e logicamente que tem suas exceções, mas como o Educa Tube sempre diz: É a pedagogia do exemplo, do comportamento espelhado de filhos em seus pais e educadores. E quando conheço os pais, entendo os filhos (alunos). Mesmo assim, sabemos que a escola, que tem o papel principal de ensinar e não educar, cabendo aos pais esta atividade inicial, pode, mesmo assim, neste contexto, suprimir esta lacuna através de projetos de aprendizagem e atividades de ensino que incentivem a colaboração entre professor e alunos
. Conhecer o universo do alunado, cada vez mais ligados - independente da classe social - às redes e mídias sociais é um desafio urgente do professor do século XXI, que precisa contextualizar estes meios e mídias, dando sentido educacional.
O aluno e o saber, e o saber ao aluno cativar, duas situações que o educador do futuro precisar ter em mente no presente... Mais que isto, a escola do futuro precisa saber motivar seus educadores, alunos e a comunidade escolar; trazê-los para o convívio social dentro e fora da escola... Os alunos são considerados hiperativos, quando muitas vezes são apenas frutos de um meio extra-classe que promove múltiplas interações, seja online ou presencial, mas que a estrutura da escola ainda é centrada na figura do professor como mestre do saber, de aulas expositivas, de salas com mesas e cadeiras enfileiradas... Dar vez e voz ao alunado, promover as trocas de saberes, incentivar a produção textual, não apenas nas aulas de língua portuguesa e redação. Enfim, ter uma nova didática e também metodologia para um mundo do alunado em que está presente a tecnologia...
Importante a visão de Charlot das "coisas que não servem para nada", consideradas conhecimento formal (equações, datas históricas) e de outras coisas que também não servem para nada (dança, teatro etc), mas que podem ter um significado e dar prazer no ambiente escolar. Ou seja, o ideal é unir o conhecimento formal às atividades informais, tornando ambas significantes, tanto para educador como educandos...
Conforme vídeo: "Charlot concorda com Bordier que o fracasso escolar e as desigualdades sociais estão correlacionadas, mas para ele só essa explicação é incompleta e mistificadora." Saber automotivar-se para motivar o aluno é o grande desafio da educação e dos educadores, para superar esses fatores, pensa o Educa Tube.

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