quinta-feira, 23 de junho de 2016

Somos Quem Podemos Ser: Sonhos Que Podemos Ter (Edição de vídeo = a poesia visual + proposta de projeto pedagógico)




O video acima Somos Quem Podemos Ser, descobri no YouTube e trata-se de criativa edição de vídeo em formato de videoclipe, adaptando canção homônima da banda Engenheiros do Hawaii em uma verdadeira poesia visual, graças o lirismo e beleza das imagens.
Mais que isso, de dar uma nova roupagem a uma canção antiga, de 1988 (vide abaixo vídeo de outras versões da mesma canção pela banda), é uma forma de pensar como a edição de vídeo para ser uma pequena obra de arte, mesclando som e imagem, e que muitos jovens fazem isso de forma recreativa que pode ser incorporada ao universo educacional, em parceria com professores e outros alunos, dentro de um conteúdo formal aliado à arte e à cultura de uma comunidade.
Abaixo, versão original da canção Somos quem podemos ser, incluída no disco "Ouça o que eu digo: Não ouça ninguém", que traz versos poéticos que ainda se mantém atuais, como "Um dia me disseram/ Quem eram os donos da situação/ Sem querer eles me deram/ As chaves que abrem esta prisão/ E tudo ficou tão claro/ O que era raro ficou comum/ Como um dia depois do outro/ Como um dia, um dia comum"; ou estes mais emblemáticos - quase proféticos - que servem como motes para uma aula de História, Filosofia, Sociologia e muito mais: "Quem ocupa o trono tem culpa/ Quem oculta o crime também/ Quem duvida da vida tem culpa/ Quem evita a dúvida também tem".



E o mais interessante são esses versos que falam algo que é essencial ao educador do século XXI, seja ele pai ou professor, saber: "A vida imita o vídeo/ Garotos inventam um novo inglês/ Vivendo num país sedento/ Um momento de embriaguez". Sim, "a vida imita o vídeo" e essa geração audiovisual imita tudo que vê em vídeos, clipes, filmes, animações, games e outras produções em tela pequena, média ou grande. Mas cabe ao educador também inverter essa lógica, apropriando-se do ferramental do cinema, da música, da arte em geral e da tecnologia em especial, em parceria com essa geração audiovisual para produzir seu material pedagógico, fazendo também "o vídeo imitar a vida". Ou seja, produzir material educativo a partir de sua realidade local, em parceria com seu alunado, e disponibilizá-lo via blogs, mídias e redes sociais.
Afinal, "Somos quem podemos ser/ Sonhos que podemos ter" e somos quem permitimos aos outros conhecer... Contar nossa história ou pesquisar sobre a história de uma banda, de uma música, seu contexto de criação e o mundo atual já é uma verdadeira aula ou motivo para um bom projeto pedagógico intertextual e interdisciplinar.
Abaixo, versão acústica da canção Somos quem podemos ser, mostrando outra roupagem para os mesmos versos noutro ritmo, diferente do feito em estúdio, que também pode ser a metáfora da própria didática que todo professor deve ter, seja em estúdio (na sala de aula) ou acústico (ao ar livre, em saídas de campo com seus alunos, mesmo que seja pelo entorno da escola).



Música, videoclipe, arte, cultura, educação e tecnologia podem dialogar além do tempo e do espaço e esta postagem é um pequeno exemplo dessa interdisciplinaridade (História, memória, Filosofia, Sociologia, Artes, etc) e intertextualidade (arte, cultura, tecnologia e educação).

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