quinta-feira, 21 de março de 2013
Capital Cultural e Educação (Pierre Bourdieu)
O vídeo acima, Capital Cultural, foi indicação via Facebook de Carla Kalindrah, professora de artes, atriz, contadora de histórias e escritora de Niteroi, RJ, Brasil, criadora e autora do portal Mix Cia. de Arte.
Capital Cultural é um vídeo da UnivespTV, inspirado nas ideias do sociólogo francês Pierre Bourdieu, que considera o conhecimento que trazem de berço este capital cultural.
De fato, os filhos reflexos de seus pais... Eis o verdadeiro capital cultural... A metáfora de Bourdieu demonstra que a cultura é uma espécie de moeda para acentuar as diferenças, e que a cultura é usada como instrumento de dominação, as classes dominantes impõe sua cultura às classes dominadas. Que a escola dissimuladamente contribui para que a cultura dominante seja transmitida como tal... E que o discurso de igualdade, que a escola prega, não funciona na prática. Que há uma violência simbólica colocada em pratica ainda de forma inconsciente pela escola, e que para evitar isto basta que seja exposto esse procedimento velado da instituição.
Um ótimo material para discutir as relações culturais e sociais na escola e na comunidade escolar.
Trabalhar com arte e cultura, valorizando o popular e o erudito é uma das formas de dialogar com o Capital Cultural dos alunos.
Se paramos para pensar, a obra de artistas consagrados como Heitor Villa Lobos (música), Monteiro Lobato (Literatura), Cândido Portinari (artes plásticas), Ariano Suassuna (teatro), entre outros, é um diálogo permanente do popular com o erudito: O Trenzinho do Caipira (Bachianas brasileiras #2), O Sítio do Picapau Amarelo, O Lavrador de Café, O Auto da Compadecida são obras universais a partir de questões puramente locais e populares. Um rico capital artístico, cultural, social que pode ser utilizado pela educação.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Adorei os exemplos de diálogo cultural Roig! Realmente temos um rico Capital Artístico Nacional que,aos poucos, consegue fazer-se presente também na mídia massiva (Auto da Compadecida e outros). E que adesão percebemos nas crianças, em seus comentários na escola!
ResponderExcluirAproveitando o centenário de Vinicius, ainda lembro da "Arca de Noé" passando na Globo... os vídeos da maior parte das músicas está disponível no youtube. "Lá vem o pato, pato aqui, pato acolá, quá, quá...." rssss
Oi, Carla, grato pela indicação deste vídeo e de outros materiais. Precisamos sim, incentivar o uso da arte e cultura no fazer pedagógico. Vou procurar a Arca de Noé, tem outros especiais infantis lá também. Um abraço,
ResponderExcluir