domingo, 22 de março de 2015

Alteridade: 60 segundos sentindo como um autista vê e escuta o mundo ao redor




O vídeo acima Autism and sensory sensitivity (Autismo e sensibilidade sensorial), descobri visitando o portal Awebic, em postagem intitulada "60 segundos sentindo na pele como um autista vê e escuta o mundo a sua volta", que é justamente um exercício de alteridade, do colocar-se no lugar do outro para melhor entendê-lo.
Conforme o Awebic: "O autismo é uma desordem que requer muita atenção pela sociedade e, infelizmente, não é assim que acontece. Embora atinja 70 milhões de pessoas em todo o mundo, eu diria que poucos são aqueles que entendem de fato o que significa ter autismo".
Conhecer o outro, seja ele portador de necessidade especial, do ponto de vista da educação especial ou não, é essencial tanto para pais como professores, justamente para que o processo de inclusão educacional e social promova a adequada interação uns com os outros. No sentido amplo da expressão, somos todos portadores de alguma necessidade, nem sempre especial, mas que requer um cuidado especial, seja na aprendizagem, no ensino, na convivência em sociedade.
Há que se ter essa sensibilidade sensorial e social, que só se obtém passando por situações que simulem o que o aluno passa, seja autista, surdo, cego, tetraplégico etc.
Da mesma forma que há que se ter sensibilidade social e educacional com alunos com baixo rendimento escolar, com problemas de disciplina, investigando as causas desse modo de agir, pois muitas vezes é fruto de uma desestruturação familiar, em que as consequências repercutem na escola. Uma bomba-relógio social.
Como "urbanauta" em expedição ao Planeta Educação, lembro-me de certa vez que conversei com menino que tinha um comportamento reservado e às vezes agressivo com os professores, e por conta disso, estava proibido de participar de jogos realizados na escola. Dessa conversa, descobri que ele morava com a avó doente, que vivia sobre a cama, e que ele fazia tudo, desde sua higiene, até cozinhas, limpar casa, além de estudar. E que muitas vezes a escola era essa válvula de escape, essa comporta de represa. A partir de conversa com outros educadores, foi possível estabelecer essas comportas para impedir essa represa vazar, e o esporte foi uma das formas de promover sua integração. Sem esse exercício de alteridade, sua situação tenderia a se agravar. Tempos depois, ao reencontrá-lo, já adulto, soube que a avó não tinha resistido, já que estava em idade avançada, mas que ele conseguiu seguir os estudos, trabalhar e constituir uma família.
Já pensar e entender o portador de necessidade especial, em sentido mais restrito, requer uma atenção maior, e um atendimento especializado no turno inverso ao processo de ingresso em classe inclusiva, é essencial. Que o professor de sala de aula necessita de auxílio de pessoa especializada, como colaborador neste processo em sala de aula e fora dela, idem. Do contrário, esta inclusão será mera tentativa de...
Segundo Awebic: "O vídeo foi produzido pela organização britânica National Autistic Society. E No site deles é possível ter mais informações sobre o autismo".
E aqui no Brasil existe a AMA — Associação de Amigos do Autista.

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