sexta-feira, 13 de março de 2015
Mãos Que Ouvem: Cidade aprende língua de sinais para surpreender jovem surdo
O vídeo acima Hearing Hands (Mãos auditivas, ou mãos que ouvem), descobri via Pavablog , e trata-se de ação de empresa de equipamentos eletrônicos, promovendo a comunicação entre pessoas que ouvem e surdos, na cidade de Istambul, Turquia, em que alguns habitantes das mais variadas profissões, aprendem a língua de sinais para surpreender Muaharren, jovem surdo que vive na cidade.
Em um dia como outro qualquer, e nenhum dia nem um só dia é como outro qualquer, o jovem sai com sua irmã Ozlem para um passeio pelas ruas da cidade e sem saber de nada, participa da gravação do comercial sobre o primeiro centro especial de atendimento (call center) a pessoas com deficiência auditiva, desenvolvido pela empresa.
Conforme dados do Pavablog: "Durante um mês, equipes da agência de propaganda esconderam câmeras por vários lugares que o rapaz frequenta. Enquanto isso, comerciantes, vizinhos, taxistas e outros moradores passaram por um curso intensivo de língua de sinais para poderem se comunicar com Muaharrem".
O resultado disso, pode ser observado na reação comovente do rapaz, pois pode sentir pela primeira vez que era de fato entendido, aceito e integrado por todos.
O objetivo da empresa de eletrônicos e da agência de propaganda era oferecer ao jovem "um dia sem barreiras" e atingiu plenamente, com esta ação publicitária e social.
Pensar a inclusão, não apenas em seu aspecto tecnológico, mas educacional e social é o grande desafio da própria sociedade. E neste pequeno vídeo e ação estão presentes os três elementos: o tecnológico no call center; o educacional, promovendo curso de língua de sinais aos habitantes da cidade e o social, que é a própria interação e integração da pessoa portadora de deficiência - seja qual for a pessoa e a deficiência - ao convívio em comunidade, em sociedade.
Como o editor do Educa Tube Brasil destacou em postagem recente, as tecnologias assistivas, pensadas primeiramente para facilitar e integrar pessoas com deficiência motora, visual, mental, auditiva etc, através de telas de toque (touch screen), teclado virtual, sensor de movimento, o reconhecimento de voz e outros recursos, hoje são benefícios a todas as pessoas, integradas às TVs inteligentes, aos smartphones, tablets e tudo mais.
Integradas primeiramente ao universo da educação especial, hoje fazem parte da educação para a vida e devem ter em si, este caráter de proporcionar a comunicação a todos com todos, respeitando as limitações de cada um.
Algo que tem muito a ver com os conceitos de igualdade e equidade, conforme imagem abaixo, que descobri via Twitter:
Na questão da inclusão, a igualdade pura e simples, pode não resolver a questão, necessitando a compreensão do princípio da equidade, que é oportunidade iguais, respeitando as diferenças de cada um, nivelando, não por baixo, mas pelo alto, no que a imagem é bem expressiva dessa relação.
Colocar crianças, jovens e adultos portadores de necessidades especiais em uma sala de aula pode ser uma ação de igualdade, sim. Mas sem dotar o professor de curso de capacitação para lidar com estas situações, equipamentos tecnológicos que facilitem essa interação, pessoas especializadas (monitores e/ou facilitadores) para interagir adequadamente com determinada deficiência e limitação, não é promover a equidade, tampouco a inclusão em seus aspectos humano, tecnológico, pedagógico e social.
É a soma desses fatores, que além da igualdade de oportuinidades, promove a equidade de tratamento.
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