terça-feira, 31 de março de 2015

Sobre "anjos negros", racismo e outras questões, por Muhammad Ali




O vídeo acima, "Muhammad Ali, boxeador fala sobre o Racismo", trata-se de entrevista de 1971 com a lenda do boxe, e é um ótimo material para reflexão, que descobri via Facebook do colega e amigo Jarbas Novelino, educador de São Paulo, SP, Brasil e editor do blog Boteco Escola.
Trata-se, na verdade, de fragmento de entrevista (quase monólogo) em que Causius Clay, que adotou o nome muçulmano de Muhammad Ali, um dos maiores lutadores de boxe da história deu a TV, no início da década de 1970 e continua, infelizmente, mais de quatro décadas após, ainda atual no que tange a questões como preconceito, racismo, discriminação, intolerância.
Atualmente, por ironia, o presidente dos EUA é o negro Barack Obama (nome metade muçulmano, metade africano), mas ainda vemos pela TV diversas mortes de negros (de moradores de rua a delinquentes), em abordagens policiais discutíveis.
Com muito bom humor, Ali fala de suas inquietações quando jovem, das conversas que tinha com sua mãe, perguntando por que não existiam anjos negros nas igrejas; por que Tarzan, o Rei das Selvas na África (o famoso continente negro) era branco, e conseguia falar com os animais, enquanto todos os nativos negros, vivendo desde sempre lá, não tinham essa capacidade; e outras coisas mais, que comprovam as contradições humanas, de uma sociedade em que os brancos tem prevalência sobre os demais.
O mais emblemático e irônico é a história que Ali conta, após ganhar uma medalha olímpica no boxe e ir comemorar num local público, e se recusarem a servi-lo, pelo fato de ser negro.
Para os mais jovens, que nunca ouviram falar em Muhammad Ali, um homem que se tornou uma lenda, ele se negou a servir exército norte-americano, durante a guerra Vietnã; foi um bailarino nos ringues, simplesmente elevando o boxe à condição de arte (parecia balé, dança seus movimentos ágeis, leves, soltos, diante dos adversários). Foi o melhor lutador de boxe que o editor deste blog já viu lutar, e um gigante ao lutar também pela vida, depois que contraiu o mal de Parkinson.
Abaixo, vídeo com destaques do lutador Muhammad Ali e seus Melhores Movimentos:



O editor do Educa Tube Brasil, o escritor, poeta e educador José Antonio Klaes Roig é fã do boxeador, tanto que em 2006, escreveu um poema chamado justamente de MUHAMMAD ALI, conforme link para seu blog literário Control Verso, a seguir (a imagem que ilustra a poesia é também de sua autoria):

MUHAMMAD ALI - NO CONTROL VERSO

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