sábado, 21 de maio de 2016

Nada se cria, tudo se copia: De Huxley a Pink Floyd, da Apple à Matrix




O vídeo acima 1984 Apple Macintosh, descobri via portal Blue Bus e trata-se de propaganda da empresa Apple, usando cenas do filme 1984, inspirado no livro homônimo de Aldous Huxley, que também lembra lendário videoclipe The Wall (1979), da banda Pink Floyd, logo a seguir:



Em 1984, ocorre justamente o comercial de lançamento do Apple Macintosh, vídeo dirigido pelo destacado diretor Ridley Scott (Alien, Blade Runner, etc), com o tema do livro de George Orwell, e segundo consta, foi ao ar apenas uma vez na TV americana.
The Wall mostra uma escola conservadora, em que um professor autoritário causa uma revolta geral em seus alunos.
Em tempo de medidas autoritárias de certos políticos, do papel tendenciosa da grande mídia e de alunos ocupando escolas, o mundo distópico proposto por George Orwell em 1984, um espelhamento do próprio ano de publicação 1948, que especulava sobre regimes fascistas surgidos antes, durante e depois da Segunda Guerra Mundial, há que se pensar noutra Onda Fascista mundo afora, em conjunto com os mesmos antecedentes daquele conflito: refugiados, intolerância, discriminação, racismo etc.
Como dizia Aberlado Barbosa, o Chacrinha, apresentador de TV brasileiro, parafraseando máxima de Lavoisier (Na natureza nada se perde, tudo se transforma): "Na TV nada se cria, tudo se copia". E não apenas na TV, na literatura e na arte em geral, o original, de tão copiado, muitas vezes parece ser clichê, quando na verdade, a falta dessa perspectiva histórica por parte do espectador e leitor, seja aluno ou não, é que dão a falsa dimensão de cópia ao original, e de original à cópia. Exemplo disso foi certa vez, canção clássica da MPB, de Roberto Carlos, em nova versão da banda J Quest, para uma jovem que ouvia o original exclamou: Nossa, é a música do Jota Quest! Não! Era a versão do Jota Quest para canção original de Roberto Carlos. E assim como esses , existem inúmeros exemplos, o que valorizam mais o papel do educador, seja pai oi professor em dirimir essas dúvidas, separando o original de sua versão.
Dentro desse contexto, do Nada se cria, tudo se copia..., apresento logo abaixo, entrevista com Steve Jobs (fragmento do documentário "O Triunfo dos Nerds"), que fundou a Apple em 1976, e é considerado por muitos um gênio, por outros não (e que junto com Bill Gates), mudou a interface do mundo a partir da informática, dos sistemas operacionais, equipamentos e aplicativos inventados.



Por fim, dentro da temática do "Nada se cria, tudo se copia", cena emblemática da trilogia Matrix (1999), em que utiliza-se de conceitos da informática e da filosofia, com certos elementos distópicos de 1984, de um controle da população, só que dessa feita, por máquinas que se autocontrolam, se alimentam da força vital dos seres humanos e os mantém num estado de suspensão, através de um sofisticado sistema operacional de realidade virtual e realidade aumentada... Neste filme encontram-se elementos de a Caverna de Platão e outros mais, como a Realidade Virtual ainda não tão abrangentes como hoje... Atualmente, um passeio pelo mundo dito real e vemos pessoas conectadas a uma "matrix" através de suas telas abertas nas redes sociais...



Nada se cria? Tudo se transforma! Estas são algumas amostras da intertextualidade entre literatura, cinema, filosofia, política, informática... que se influencia, e permite recriações...
Exemplo disso está nessa cena emblemática do filme Piratas do Vale do Silício em que Steve Jobs descobre o mouse e o incorpora ao seu projeto de trabalho, recriando o conceito inicial e melhorando-o:



Assim deveria ser a educação do século XXI, intertextual com outras disciplinas, utilizando a arte, a cultura e a tecnologia de forma transversal...

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