sexta-feira, 28 de março de 2014

Professores de Física e Química dão aulas utilizando-se de música, humor e simpatia





Os vídeos acima Rap da Pilha e Equilíbrio 4 x 4, tratam-se de momentos de interação de um professor de química, cantando rap e funk com seus alunos, passando através de canções e paródias os conteúdos de sua disciplina, e descobri nas redes sociais, via portal Canal do Ensino.
Sílvio Predis ou MC Niteroi é professor de química da Escola Miguel Couto, do Rio de Janeiro, RJ, Brasil e por conta de seu talento nato para a música, seu bom humor, criatividade e simpatia cativou n]ao apenas os alunos em sala de aula, mas mais de 1 milhão de visualizações destes vídeos no You Tube e mais de 300 mil compartilhamentos no Facebook. Depois deste sucesso na rede escola e social, Predis tem sido convidado para dar aula em outros Estados e participar de programas de TV, como o vídeo abaixo:



Predis vale-se de recursos artísticos e culturais que todo professor do século XXI precisaria se valer, como bom humor, música, dança, jogos, esportes, tornando-se um arte educador no sentido mais amplo deste termo.
O que Sílvio Predis faz, apesar de criativo e divertido, não tem nada de original, pois antes dele o professor Pachecão já fazia tempos atrás, atingindo igual notoriedade, usando também da música, da paródia, do bom humor e da simpatia para passar aos alunos o conteúdo de Física (vejam vídeos abaixo). Antes dele, conheço outros casos de professores que não atingiram a fama, continuam no anonimato de suas escolas e de cursos pré-vestibulares, se fantasiando de super-herois, personagens de desenho animado, cantando e dançando para sensibilizar o aluno para o conteúdo ministrado.
Evidentemente que aquele professor que tiver este talento pra música e sabendo divulgar seus vídeos no You Tube e mídias e redes sociais poderá também fazer sucesso. Mais muito mais do que se preocupar em tornar-se um viral na internet, o bom professor é aquele que inocula em sues alunos o vírus do conhecimento, que fecunda em seus alunos a esperança no aprender significativamente...
Mas o que difere Predis, Pachecão e outros "animadores de sala de aula" é o jeito aparente espontâneo, autêntico e simpático de ser. Todos parecem, mais do que estar dando aula, estarem se divertindo muito. Mais que isso, usam suas experiências de vida para cativar o aluno, e sabem fazer o que o Educa Tube Brasil cham de "pequenas expedições ao mundo do aluno", para poder interagir melhor, conhecendo seus hábitos, gostos, gírias e tudo mais.
Não há mais como ser aquele professor, centro do saber, em que os alunos é que devem vir ao mundo do educador e não justamente o contrário. É o bom professor que deve conhecer primeiro o mundo de seu alunado, para depois pensar formas de atuação e interação, de preferência, utilizando-se do que de fato gosta, seja esportes, música, dança, jogos, literatura, arte, cultura etc.
Pachecão, em entrevistas a programas de TV (vídeos abaixo), conta um pouco de sua trajetória, de vida e de trabalho, contando fatos pitorescos como aposta que fez com seus alunos de que participaria do vestibular com eles. Fez e ficou em 1º lugar.
Pachecão nos lembra que como educadores "temos que ser raros e únicos em nossa profissão", mesmo que muitos façam coisas parecidas, o que nos diferencia mesmo é justamente esta simplicidade e autenticidade. E conta ele que era péssimo aluno e odiava física, até que um dia , num intervalo de aula, um professor deu um aula para ele que o motivou e o cativou, não pelo conteúdo em si, mas pela sua disposição em ajudar, em lhe entender e tentar fazer o seu melhor.
Para Pachecão, com o total apoio do Educa Tube Brasil: "A melhor forma de aprender é ensinando...". E ele conta que foi tornando-se educador quando começou a ensinar seus parentes, amigos e colegas de aula. Impossível ao editor deste blog não lembra-se de si mesmo, quando no ensino médio - quando nem imaginava um dia ser educador - ajudava seus colegas em exame nas disciplinas de matemática, português e mecanografia e processamento de dados, enquanto se preparava para o vestibular de Direito. Ali eu percebi e aprendi que poderia ensinar...
Por fim, quando Pachecão conta que certa vez, ele ainda aluno muito tímido subiu ao tablado de uma escola para cantar com um professor a canção Trem das Onze, e depois de ter sido aplaudido de pé, deu-se conta que ali mudara a sua vida, pois disse que subiu aluno e desceu professor, após 3 anos de cursinho vestibular e treze tentativas de passar no vestibular.
Algo que me lembrou frase de Emir Sader: "A prática teórica sem a prática política, se torna burocrática, medíocre, fechada sobre si mesma, desinteressante". E o que Predis, Pachecão e outros professores que utilizam-se da arte, da cultura, dos esportes, jogos e tudo mais nos mostram é que ser politicamente correto não é fazer belos discursos, mas ter uma prática significativa para ambos: professores e alunos.
Pachecão nos dá uma receita simples: "Ser feliz não é apenas cumprir tarefas", o que me remete aos burocratas do saber, mais preocupados com os 200 dias letivos e as 800 horas/aula. Educar esta além de aspectos discursivos, teóricos e burocráticos, requer a junção destes a questões tecnológicas, de formação continuada, de infraestrutura, apoio familiar, de sentir-se motivado e reconhecido em sua aldeia, sendo universal, ainda que particular.









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