sexta-feira, 14 de março de 2014

Idosa se desespera com vírus em pen drive e passa álcool na casa (tecnologia, educação e sociedade)



O engraçado vídeo acima Passou álcool na casa por causa do vírus no pen drive, trata-se de depoimento de senhora idosa a seus familiares (ouve-se a voz de uma jovem - talvez neta - dizer baixinho para que ela olhe para a câmera) e serve para refletir sobre a tecnologia na educação e na sociedade.
Conforme notícia da Revista INFO: "Uma senhora ficou desesperada quando descobriu que seu pen drive tinha sido infectado por um vírus. Quando percebeu que nada resolvia seu problema, jogou seus 300 CDs no chão e limpou tudo com álcool. Para completar a faxina, ainda espalhou cloro pela casa toda, inclusive debaixo da cama.
O medo do vírus foi tão grande que a senhora começou a sentir dormência nas mãos, dor nas costas e no pescoço. Achou que também tinha sido infectada pelo vírus e procurou o hospital".

Pelo semblante e simplicidade da idosa, considero um vídeo autêntico de um depoimento de vida, que resume muito o que temos assistido nessa transição entre os nativos e imigrantes digitais. Aqueles que parecem já nascer conectados a um cabo USB ao invés de um cordão umbilical e aqueles que por força da sociedade, já que tudo esta sendo informatizado, acabam aderindo ás novas tecnologias por vontade própria ou por imposição profissional e/ou social.
A senhora idosa chama-se Lurdes, sua filha Rita, e moram em Nazaré, Bahia, mas é uma situação que poderia ocorrer em qualquer parte do país. Dona Lurdes gosta de música e deve ter algum familiar que baixa e grava músicas em pen drive e CD. Da mesma forma, conheço muitos educadores que - quando eu era formador em Núcleo de Tecnologia Educacional - tem resistência, outros receio, alguns até pavor das TIC, mídias e rede sociais, temerosos diante de um computador, um notebook, um tablet, como se estivessem diante de uma bomba-relógio, como medo de se cortar o fio errado (azul, vermelho, verde, preto, branco ou amarelo?) ou apertar certa tecla do teclado, faço tudo voar pelos ares.
Exageros à parte, alguns educadores (da ativa e aposentados) me confessaram que não gostavam das tecnologias, que eram seus filhos e netos que manipulavam TV, DVD, computador e outros meios eletrônicos no ambiente familiar e que no ambiente escolar precisavam muito de um "Severino", o faz-tudo que toda escola tem, que vai lá na sala de vídeo e liga TV, aparelho de som, liga computadores e que resolve problemas de funcionamento de tais equipamentos.
Outros educadores estão se adaptando às mudanças tecnológicas, pensando também mudanças metodológicas. Outros educadores, mais jovens já nasceram neste novo contexto tecnológico e estão aprendendo e criando novas metodologias de interação com seu alunado. É um processo dinâmico e continuado... Há que se pensar a conexão das gentes (professores e alunos) além das tecnologias de ponta, calcado em teoria e prática adequadas ao que se propõe utilizar, seja no processo de ensino-aprendizagem, seja na convivência social.
Há que se desmistificar as TIC, mídias e redes sociais em ambos os ambientes (educacional tecnológico e social), pois não são nem bicho-de-sete-cabeças, impossíveis de se enfrentar; tampouco, varinha mágica que apenas com um simples apertar de botão e tudo se resolve.
Como sempre o Educa Tube Brasil declara: novas tecnologias requerem novas metodologias de utilização que não seja apenas a mera substituição de um retroprojetor por um datashow e a manutenção do show datado da educação. Pensar o notebook e/ou tablet e sua mobilidade, utilizando-o apenas em ambientes fechados, estáticos como a sala de aula e o laboratório de informática, sobre uma mesa e ligado a um cabo de energia à parede é repetir o famoso jargão: "Trocar seis por meia dúzia".
Ferramentas móveis requerem atividades que exijam do educador e de seu alunado uma certa mobilidade, temporal e espacial. Sem isso, tudo será apenas simulação de tecnologia aplicada à educação, de modernidade e de inovação. E toda simulação possui seus passwords. Passar de fase sem levar o conhecimento da vivência, logo poderá proporcionar o Game Over ou o susto que a senhora idosa, de forma divertida, descontraída, nos relatou...

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